O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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melbernardoo 25/03/2024

Mersault, Sr. Anticristo.
Em ?O estrangeiro?, a desgraça não é capaz de abalar quem é indiferente a tudo.
Mersault é um homem que, em alguns momentos parece difícil de decifrar, mas que na realidade, é genuinamente simples em seu absurdo indiferente. Inexpressivo diante do falecimento da mãe, nada parece o abalar.

Ainda que, quando diante de uma situação irremediável em relação ao próprio futuro Mersault se mostre angustiado, nada o faz abandonar sua convicção de que nada importa demais.

Para mim, o ponto alto do livro está na forma que o Camus coloca o sol como um personagem ativo na primeira parte do livro, ao ponto que, na segunda parte do livro eu senti falta da presença direta do sol, apesar dele estar presente de forma indireta.
Durante o julgamento inclusive, Mersault afirma que assassinou o mouro por causa do sol, o que não justifica os tiros que ele dirigiu a um homem que já estava morto.
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Fernanda 23/03/2024

Nem aí com nada
Adorei, leitura curta que você lê em uma tarde. Meursault é uma personagem que me deixou bem desconfortável, mas me fez pensar muito tbm. Um verdadeiro passivão
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Wolpim 23/03/2024

O preço da indiferença diante do absurdo que a sociedade nos impõe!
Com atmosfera pesadíssima, a escrita de Camus nos concede um drama intenso e absurdo!

Meurseault é um personagem estranho que parece sempre ausente e indiferente, e isso, terá um preço que o livro discorre até um fim, talvez poético? Não sei. Depende da perspectiva. O fato é que sua angústia talvez venha do déficit de sentimento, do vazio emocional que carrega dentro de si e que retira todo sentido, todo propósito de sua vida. A primeira observação, após a indiferença sentimental, que posso descrever é a recusa da possibilidade da mudança. Porém, não é um romance comovente, dificilmente tive empatia com o protagonista, obviamente temos pena dele, especialmente no desfecho final, mas nada que traga uma grande emoção. Camus conseguiu com O estranho ilustrar seus ensaios e suas observações sobre a natureza absurda da vida e da existência. Para finalizar, Meurtsault é um estrangeiro porque a sociedade não o compreende e como não corresponde aos critérios desta sociedade, é eliminado.

Sim, a vida é absurda e todos os dias algo nos prova isso. Mas tenha cuidado, é apenas um absurdo para nós, humanos, que pensamos e buscamos significado nisso.
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Caetano.Fernandes 22/03/2024

Sei que é um livro filosófico, mas, para mim, foi como uma crônica. percebi que não seria praticante do absurdismo por diversas razões, mas a principal delas seria minha alma romântica (mais especificamente da 2a geração, com um ascendente gótico)
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carlosmanoelt 22/03/2024

?O absurdo é a razão lúcida que constata os seus limites.?
?O Estrangeiro", de Albert Camus, é uma obra profundamente existencialista que desafia as convenções sociais e questiona os valores tradicionais da moralidade. Narrado de forma direta e desapaixonada, o livro mergulha na mente do protagonista, Meursault, um homem apático e alheio às expectativas sociais. A crítica social e a reflexão sobre a alienação humana são temas centrais, evidenciados pela frieza com que Meursault enfrenta a vida e a morte. Camus utiliza a história para explorar a desconexão entre o indivíduo e a sociedade, levantando questões sobre o sentido da existência e a busca por significado em um mundo absurdo e indiferente. Sendo esse o norte da filosofia absurdista, uma interpretação do existencialismo e exploração da falta de sentido aparentemente aleatória da vida. Em suma, "O Estrangeiro" tem argumentos sólidos e uma história aterradora, que permanece fascinante e provocativa, qualificando-se como um manifesto existencialista do absurdo.
Bia Calixto 23/03/2024minha estante
Amo esse livro! É um dos meus favoritos da vida.


carlosmanoelt 23/03/2024minha estante
também favoritei




rafamassagardi 22/03/2024

"Eu me abria pela primeira vez à terna indiferença do mundo"
O Estrangeiro nos apresenta um homem completamente alheio e estranho ao andamento da vida. Nesse contexto, todos os absurdos cometidos pelo protagonista se conectam à perspectiva que ele mesmo carrega de que o viver não têm sentido nenhum.
O desenvolvimento do enredo é bastante inteligente e reflexivo, tratando do absurdismo e existencialismo. Ademais, eu particularmente achei muito interessante o uso da primeira pessoa para representar quão frio e distante é o personagem principal. Plus, a obra inspirou Killing An Arab, do The Cure! Recomendo muuuito!!
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Bonkis 21/03/2024

Talvez por eu ter esperado algo diferente eu não consegui gostar tanto. É um livro um pouco difícil de entender tudo. Mas bom livro.
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Cami 21/03/2024

A falta de fé em Deus e na vida
Diante de tanta angústia e reflexões que esse livro pode nos causar (até porque nos identificamos com muitas reflexões e indagações trazidas pelo personagem principal), a pior coisa foi a indiferença que o personagem lida com as coisas de seu cotidiano. Ele vive no automático.
É triste viver sem acreditar em algo divino, em algo Supremo ou Maior (independentemente de religião). Passamos a viver sem sentido, sem orientação, sem motivação.
Obra clássica e famosa. Ao mesmo tempo que me provocou angústia, me provocou também felicidade ao saber que além de acreditar no Divino, consigo ver beleza e sentir emoções nas coisas simples da vida?
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Mariana Rodrigues 20/03/2024

O Estrangeiro
O Estrangeiro narra a história de um homem comum que se depara com o absurdo da condição humana depois que comete um crime quase inconscientemente. Meursault, que vivia sua liberdade de ir e vir sem ter consciência dela, subitamente perde-a envolvido pelas circunstâncias e acaba descobrindo uma liberdade maior e mais assustadora na própria capacidade de se autodeterminar. Uma reflexão sobre liberdade e condição humana que deixou marcas profundas no pensamento ocidental. Uma das mais belas narrativas deste século.
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leticia2037 18/03/2024

Muito difícil fazer uma resenha sobre esse livro.

meu primeiro contato com as obras de Camus, achei uma escrita incrível e cheia de emoção, mesmo com a "falta de emoção" de nosso protagonista.

no começo interpretei sua apatia como algum sinal de depressão, mas agora acredito não se tratar disso. Estrangeiro, nesse contexto do livro, vai ser alguém que não se encaixa no que a sociedade propõe, que não entende ou não liga para o dito como "moralmente social".

sua mãe morreu, mas, enquanto todos esperam por rios de lágrimas, ele não chora em momento algum, não quer ver o corpo, só quer terminar o dia.

seu patrão lhe oferece uma vaga na filial em Paris, ele não liga, não se anima, poderia ir se fosse obrigado, mas não "desgosta" de sua vida atual então não vê porquê mudar.

em determinado momento ele diz só enxergar o hoje e o amanhã, ele não para para sentir remorso de algo do passado.

mas, na minha percepção, ele não quer que as coisas que faz sejam "por acidente", ele cometeu um crime sem querer, então fez com que seu ato não fosse mais apenas um acidente.

toda essa fase em seu julgamento, toda essa melancolia de não ser permitido de falar, de não quererem escutá-lo, essa visão dele de se sentir fora de sua própria vida, de ter tanta gente falando sobre seu futuro e ele não ser uma dessas pessoas, ao ponto que depois de todo o desconforto e as esperanças frustradas ele apenas aceita seu destino sem querer mais ser escutado...

terminei essa semana, e já sinto vontade de lê-lo novamente.
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bluerised 17/03/2024

Ele é muito fd-se pra tudo. é vazio. o mundo pode cair e ele simplesmente não tem reação nenhuma, chega a ser insensível, mas alguma coisa faz você criar alguma espécie de sentimento bom sobre ele, seja pouco ou muito pouco. enfim, é difícil descrever esse livro, mas é muito bom e te deixa preso até o fim.
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Gustavo666x 16/03/2024

Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: "Sua mãe faleceu. Enterro amanhã. Sentidos pêsames." Isso não esclarece nada. Talvez tenha sido ontem.

Assim, somos introduzidos à nossa viagem ao absurdismo de Albert Camus.
Para Camus, a vida não tem sentido, e a busca de um sentido transcendental é uma tentativa absurda. Mas, se o sentido é criado por nós em nossas cabeças e, quando morrermos, deixará de existir junto conosco, então por que dar tanta importância às coisas?
Esse vazio é vivido na pele por Meursault, que leva uma vida ausente de sentido e perspectivas, não se sentindo afetado em momento algum pelas situações deprimentes ao seu redor, sendo somente um hedonista que só se vê prejudicado ao ser distanciado de seus prazeres carnais, como o sexo e seu vício em cigarros.
O personagem constantemente regido pelo "tanto faz", como se nada tivesse tanto peso assim em sua vida, e ao ser submetido a perguntas sobre alguma situação sensível, não hesita em dar uma resposta fria, sem senso empático ao próximo.
Camus disse que, na sociedade, todo homem que não chora no enterro da mãe pode ser condenado a morte. Meursault não demonstra mais do que ele sente, e por isso, podemos sentir empatia em alguns momentos ou até mesmo nos identificar.
Senti uma semelhança absurda entre Meursault e o personagem Travis do filme "Taxi Driver" de 1976, dirigido por Martin Scorsese. Quando pesquisei, descobri que Paul Schrader, escritor do filme, usou o existencialismo de Camus como inspiração. Muito interessante!

No mais, melhor do que um filósofo criar apenas um conceito, é ter a proeza de conseguir torna-lo também um clássico literário fantástico! Muito bom!
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