O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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Negoamargo 02/08/2024

O estrangeiro
Havia muito tempo que gostaria de ler esse livro. E, bem, foi uma experiência... estranha. Definitivamente não esperava nada minimamente parecido. Na verdade, nunca lera algo minimamente parecido.
O protagonista é uma incógnita para si mesmo, e assim é o mundo ao seu redor. Camus sabe muito bem transpor essa estranheza. Assim como Meursault, nós, leitores, nos sentimos estrangeiros em meio a todo aquelas pessoas.
Filosoficamente, o livro também é riquíssimo, como lidar com esse niilismo absoluto e quais suas consequências?
Leitorconvicto 02/08/2024minha estante
Eu também estou nessa, faz algum tempo que estou com esse livro na mira




Maria22510 31/07/2024

Minha primeira leitura de Camus, achei a leitura muito fluida, apesar de alguns absurdos que ocorrem na história. O protagonista mostra ser, de certa forma, apático as coisas que lhe acontecem, seja na morte de sua mãe, seja com sua amante ou com ofertas do seu Patrão.
Após o assassinato que comete, sendo julgado e encaminhado a prisão, notei que Mersault começa a se tornar menos insensível sobre os fatos que lhe ocorrem. Achei que o personagem nunca mudaria, por não ser reativo, mas acabou que o mesmo mudou, nao ao todo, mas mudou de certa forma.
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Davi721 31/07/2024

O Estrangeiro
O Estrangeiro é um livro curto, mas extremamente detalhado.
Camus conseguiu construir perfeitamente vários personagem em menos de 150 páginas, mas principalmente o estrangeiro, que é um psicopata, maluco, dodói que não sente nada. Me deu muita raiva em todos os momentos que ele ignorou a humanidade dele e fez a pior escolha possível.
O Estrangeiro é uma das obras que eu mais recomendo pra ler em uma tardezinha com uma xícara (ou se você é como eu, uma caneca) de café (por mais que eu não tenha lido em uma tarde, de algum jeito vocês conseguem, então eu supus que meu cérebro só funciona errado mesmo)
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C4io99 31/07/2024

Mersault, um homem absurdo
O Estrangeiro, de Albert Camus, explora a mente de um homem simples que tem como objetivo principal da vida desfrutar o tempo que possui, sem exigir nem se importar com muitas coisas. Mersault é um homem tão emblemático quanto modesto, pois, ao passo que parece não fazer parte do mundo dos homens, (daí que surge o título do livro) é também extremamente despretensioso em seus empreendimentos, mostrando que a única coisa que o comove é a sua própria liberdade. Ao contrário de como podem interpretá-lo, Mersault não é um homem mal, pelo menos não no sentido de desejar algum mal a outra pessoa; o que pode passar por maldade é na verdade seu grande véu de indiferença para com quase tudo que o rodeia. Isso vai desde a morte de sua mãe, até mesmo responder sem uma gota de sensibilidade à declaração de sua amant... digo... amiga.

O ponto central da obra é a descoberta do Mersault, da constatação de sua existência na sociedade, isso após o personagem cometer um crime, ceifando a vida de uma pessoa a qual não tinha ódio algum. Após o homicídio, Mersault descarrega mais disparos sobre a vítima e depois sequer consegue explicar porquê o fez, o que deixa os responsáveis pelo caso perplexos. Não à toa, na segunda parte da obra, o que é discutido não é o crime, mas sim a figura de Mersault, quem ele é e como tem se comportado, visto que sua frieza e sinceridade em relação ao que havia feito e o que pensava eram notáveis, o que espantava a todos em seu julgamento.

Em suma, a proposta central é forçar o leitor a entender a mente dessa figura tão singular e fora das normas sociais, que é o Mersault. Para isso, a narrativa gira em torno de temas que seriam sensíveis em qualquer outro romance, como morte, amor e liberdade, mas aqui, tudo parece ser visto de forma muito direta e clara pelo protagonista. É uma obra que complementa o entendimento tanto do pensamento do autor, quanto de toda a corrente existencialista.
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brrruna 31/07/2024

Agora é crime não chorar em enterro
É meu primeiro do Albert Camus e estou completamente apaixonada. Camarada querido que critica tanta coisa, principalmente como o trabalho pode reduzir as pessoas a nada, ao mesmo tempo que suga completamente qualquer resquício de humanidade, o conformismo, por que amanhã ainda será outro dia e nada irá ter mudado. Focando no absurdismo, como talvez seja mais saudável se contentar e ser feliz com o pouco que tem, mesmo aquilo não sendo justo, ou mesmo essa felicidade não sendo tão real. O cara é foda e eu adorei a escrita dele, ele não fala apenas sobre isso, mas existe TANTO pra se discutir sobre esse livro, muitas mais interpretações, falaria POR HORAS. Maravilhoso!
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Pamela.AnAlia 30/07/2024

Mas estava certo de mim mesmo, certo de tudo, mais certo do que ele, certo da minha vida e desta morte que se aproximava. Sim, só tinha isto. Mas ao menos agarrava esta verdade tanto quanto esta verdade se agarrava a mim. Tinha tido razão, ainda tinha razão, teria sempre razão. Vivera de uma certa maneira e poderia ter vivido de outra. Fizera isto e não fizera aquilo. Não fizera determinada coisa, ao passo que fizera esta outra. E depois? Era como se durante todo o tempo tivesse esperado por este minuto e por essa madrugada em que seria justificado. Nada, nada tinha importância, e eu sabia bem por quê. Também ele sabia por quê. Do fundo do meu futuro, durante toda esta vida absurda que eu levara, subira até mim, através dos anos que ainda não tinham chegado, um sopro obscuro, e esse sopro igualava, à sua passagem, tudo o que me haviam proposto nos anos, não mais reais, que eu vivia. Que me importavam a morte dos outros, o amor de uma mãe, que me importavam o seu Deus, as vidas que as pessoas escolhem, os destinos que as pessoas elegem, já que um só destino devia eleger-me a mim próprio e comigo milhares de privilegiados que, como ele, se diziam meus irmãos. Ele compreendia? Ele compreendia o que eu queria dizer? Todos eram privilegiados. Só havia privilegiados. Também os outros seriam um dia condenados. Também ele seria um dia condenado. Que importava se, acusado de um crime, ele fosse executado por não ter chorado no enterro de sua mãe? O cão de Salamano valia tanto quanto a mulher dele. A mulherzinha-autômato era tão culpada quanto a parisiense com quem Masson se casara, ou quanto Marie, que queria que eu me casasse com ela. Que importava que Raymond fosse tão meu amigo quanto Céleste, que valia mais do que ele? Que importava que Marie oferecesse hoje a boca a um novo Meursault? Será que compreendia, portanto, este condenado? E que do fundo do meu futuro... Sufocava ao gritar tudo isso. Mas já me arrancavam das mãos o capelão e os guardas me ameaçavam. Foi ele, no entanto, quem os acalmou e me olhou por um momento em silêncio. Tinha os olhos cheios de lágrimas. Voltou-se e desapareceu.
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emzy 29/07/2024

Até onde chega a indiferença? Obra provocadora em absurdismo
Li em uma noite.

Já na primeira frase você se pergunta se leu mesmo aquilo, e inicia sentindo o incômodo com a frieza de Meursault em relação à morte de sua mãe. Conforme prossegue a leitura, nota o desprendimento dele com as normas sociais. A narrativa de Camus é breve, o que reflete a apatia do protagonista. Você nota imediatamente a crueldade da indiferença.

Seu modo de viver lhe coloca numa cena de crime. A falta de emoção diante do assassinato me agoniza, pois resulta propositalmente na ausência de justificativas claras para o ato, que ressalta ainda mais a alienação de Meursault.

O julgamento, que ocupa a segunda parte do livro, é (acredito) uma crítica FORTE às convenções sociais e ao sistema judicial. Ele é julgado mais por sua falta de conformidade com as normas sociais do que pelo crime em si. A indiferença e falta de remorso são vistas como uma ameaça maior do que o homicídio, o que busca te fazer refletir sobre o cenário.

A filosofia do absurdo sugere que a vida é sem sentido, mas os seres humanos buscam incessantemente por significado. Meursault, no entanto, rejeita essa busca, aceitando a indiferença do universo. Sua recusa em fingir sentimentos ou em buscar um propósito maior quer te fazer pensar sobre o que realmente define a humanidade.

"O Estrangeiro" é uma obra provocadora e profundamente filosófica, assim como agonizante no comportamento que, como sociedade, costumamos descrever por "falta de humanidade" do protagonista.
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Edno.Jesus 27/07/2024

Reflexão sobre a vida do absurdismo
Li esse livro todo em horas, não consegui para de ler, a primeira frase deixa você pensando como isso vai nos afundar no mar do existencialismo!
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balbsbalbs 26/07/2024

Existencialista ou não, eis a questão!
Obra-prima da literatura ocidental, centrada na vida de Meursault, um homem aparentemente apático e indiferente. O romance começa com a notícia da morte da mãe de Meursault, e a partir daí, segue-se uma narrativa que explora temas profundos como o absurdo da existência, a alienação e a busca por significado em um mundo indiferente.

Camus utiliza uma linguagem simples e direta para revelar as nuances complexas da vida de Meursault, que se comporta de maneira insensível e distante em eventos cruciais de sua vida. Essa postura não apenas desafia as convenções sociais, mas também convida o leitor a questionar suas próprias percepções sobre a moralidade e a existência.

Através de um enredo aparentemente banal, "O Estrangeiro" provoca uma profunda reflexão sobre a condição humana e o papel do indivíduo em um universo desprovido de sentido intrínseco. A obra é uma exploração instigante da liberdade, da responsabilidade e das consequências de viver uma vida autêntica.

Leitores de "O Estrangeiro" são levados a confrontar questões existenciais fundamentais, enquanto acompanham a jornada de um protagonista que se recusa a conformar-se com as expectativas da sociedade. Camus, com sua narrativa envolvente e filosófica, oferece uma experiência literária que ressoa profundamente, deixando uma marca duradoura na mente e no coração do leitor.

Obra que vale a pena ser lida e relida, sempre.
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Oluwa 24/07/2024

Uma boa leitura
? é um livro curto, porém bem interessante e com diversas temática importantes.
Bom pra quem gosta de drama
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Arthur1342 24/07/2024

Tragicômico
O livro passa a filosofia de Albert Camus da melhor forma possível. Seu protagonista, apesar da indiferença, cativa a empatia do público. Não se preocupe, essa resenha não vai ter spoiler, porque o estrangeiro não é algo para se contar, e sim uma obra pra experienciar, só saiba que por mais entediante que seja a viagem, no meio do caminho ela te fará refletir.
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Kaly Schnapp 22/07/2024

Clube de leitura /1 livro
"Tinha convicção de que nenhum homem era tão culpado para que Deus não o perdoasse, mas que para isso era necessário que o homem, pelo seu arrependimento, se transformasse como que numa criança, cuja alma está vazia e pronta a acolher tudo."
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Virgílio 22/07/2024

Ótima leitura
Um livro muito interessante e bem escrito. Seu protagonista é um personagem passivo e despreocupado com tudo a seu redor a tal ponto que você fica bravo com sua falta de ética e empatia .
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danmitskz 22/07/2024

Só sofremos se nos importarmos?
Diferente de "O mito de Sísifo" que Albert Camus narra e expõem seus pensamentos de uma maneira curta e clara, aqui ele introduz com uma história, uma narrativa. Tal história que se desencadeia com a morte da mãe do protagonista e sua reação "confusa" após esse acontecimento, acredito eu, que nós leitores ficamos encucados com o fato do cara ser tão apático nessa situação! (não só nós, como os personagens do livro também). Porém, Camus, desenrola o enredo de uma forma sutil mas ao mesmo tempo desfere um soco imperceptível no nosso estômago.

Durante toda a história, acompanhamos a incompreensão dos outros personagens em relação as atitudes do Meursault (prota), principalmente nos momentos que ele revela não se importar com as coisas que estão acontecendo. Eles realmente ficam indignados com tamanha indiferença! qualquer pessoa no seu lugar estaria desesperado, querendo a todo instante mudar o rumo do desfecho da sua vida, porém Meursault, demonstra uma tranquilidade e uma quietude intangível. Mas quando ele é condenado, seus pensamentos voltam a sua mãe, as coisas ao seu redor e aí que vem o declínio. Ele se descontrola, se chateia e fica enraivecido. A partir do momento que ele deixou se importar com tudo, ele se viu num misto de emoções. Ele sofreu.



O PURO SUCO DO EXISTENCIALISMO!!!
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