Dom Casmurro

Dom Casmurro Machado de Assis...




Resenhas - Dom Casmurro


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Bianca 30/08/2024

Dom Casmurro
A escrita desse livro é simplesmente uma das melhores que eu já vi, ela prende o leitor do início ao fim, até mesmo em algumas partes mais chatas.
A história é boa, mas achei que o livro passa pouco tempo falando das melhores partes.
Por mais que este livro seja bom, eu esperava mais.
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Juliana 28/08/2024

Não resenhável
Este está na categoria não resenhável. É excelente e ponto! Quem não leu, leia, quem já leu, releia. E quanto à mais tradicional pergunta da Literatura Brasileira, pois... não sei, só sei que Capitu tinha olhos de ressaca, e tb oblíquos e dissimulados. E sei tb que foi narrado em primeiríssima pessoa (como diria José Dias), por ele, Dom Casmurro.
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Duda 28/08/2024

Capitu traiu ou não traiu?
Olha oq falar desse livro.

Para ser bem sincera eu enrolei muito para lê-lo, em principal porque eu não estava muito familiarizada com o estilo da leitura, que é vários capítulos, mas capítulos bem curtinhos.

Mas eu gostei muito do livro, e fica aí o questionamento, traiu ou não?
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Auriel.Dourado 28/08/2024

Pensamentos que corroem
Esse é um dos maiores clássicos da literatura brasileira, se não for o maior. É um livro carregado de análises e percepções pessoais e lembranças de Dom Casmurro, o personagem principal da trama.

Através de sua narração fluída, poética e bem desenvolvida, vemos o estilo brasileiro de literatura ganhando vida, enquanto nos envolvemos em uma história intrigante, que poderia ser uma trama qualquer, se não fosse criada por Machado de Assis; que nos apresenta um enredo repleto de maneirismos brasileiros de sua época. Um relato que envolve fascínio, fé, desconfiança e outras expressões humanas.
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Maria22510 28/08/2024

Dom Casmurro
Mesmo sendo um livro que eu tive que ler por conta da escola, eu gostei muito da leitura e leria com certeza de novo. O final é surpreendente e trata de tópicos sensíveis pra época, mas que atualmente são muito interessantes.
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EuLeitor 28/08/2024

Dom Casmurro: entre traições e superinterpretações (André Benedetti ou Benê)
Advertência: ao leitor que tiver firmes posições no polêmico embate envolvendo a questão da traição de Capitu; em particular, àquele se sente feliz em fazer parte do time que defende a moça com grande entusiasmo, peço-lhe, por favor, que não leia este texto. Melhor é esquecê-lo, fazer uma outra coisa. Se, apesar do aviso, quiser ir até o fim, a culpa é sua; não respondo por eventuais ataques de pelanca.

Minha proposta aqui não é exatamente resenhar Dom Casmurro, de Machado de Assis; mas, antes, esmiuçar e criticar o tal debate, já tão desgastado.

ALERTA DE SPOILER

Antes de mais nada, é importante que busquemos saber a origem desta controvérsia. Aparentemente isso se deu a partir de um estudo da americana Helen Caldwell, publicado em 1960, no qual a professora chama a atenção para a influência shakespeariana em Dom Casmurro. Segundo Caldwell, o nome do protagonista, Bento Santiago, seria a junção de Santo + Iago. Iago, na peça Otelo, de Shakespeare, representa o mal. Portanto, Dom Casmurro, o Bentinho, teria em si tanto o bem quanto o mal; e da mesma forma como Otelo gradualmente se afasta e enlouquece em relação a Desdêmona, até matá-la, o mesmo acontece com Bentinho em relação a Capitu, até despachá-la para a Suíça.

Não cabe a mim fazer um levantamento histórico preciso. Parece-me quase impossível que durante 60 anos, ninguém tenha percebido Otelo em Dom Casmurro (publicado em 1899). Principalmente porque, num dado momento do romance, o próprio Bentinho vai ao teatro e assiste, segundo ele mesmo, “justamente Otelo”. Há um capítulo inteiro sobre isso. Mas tudo leva a crer que, de fato, foi Helen Caldwell quem inaugurou essa idéia de “girar a mesa”, e colocar em xeque Bentinho e sua narrativa.

É claro que Caldwell foi extremamente perspicaz e feliz ao perceber essas relações entre a peça de Shakeaspeare e o romance de Machado. Não há dúvidas sobre isso. Todo grande gênio deve ser lido nas linhas e nas entrelinhas; e assim Caldwell o fez. Contudo, derivar disso a absolvição de Capitu é uma extrapolação, um erro; e que muitos, aparentemente ávidos de uma vontade, talvez inocente, de querer revirar a obra mais do que se deve, estão incorrendo até hoje.

A começar, sim, Dom Casmurro tem em si tanto o bem quanto o mal. Mas isso não significa que Capitu seja Desdêmona. Ao contrário, tudo em Machado de Assis, inclusive sua fase mais romântica, tende a correr para o Realismo. Ou seja, se encontramos em Shakespeare personagens arquetípicas, como Desdêmona, Otelo e Iago — respectivamente, Deus, o Homem maculado e Satanás —, o mesmo não ocorre em Machado. O universo machadiano é diferente, composto justamente por personagens mais parecidas com as reais, de nosso cotidiano comum; que carregam em si, portanto, o bem, o mal, problemas, confusões, e uma infinidade contradições. Pôr em dúvida a traição de Capitu seria, basicamente, chamá-la de Desdêmona, o que ela não é. Só isso já bastaria para dar um fim nesse debate.

Mas é óbvio, e para isso não é preciso ser vidente, que os amigos da discordância hão de discordar. Vão retorquir dizendo que associar Bento a Otelo e Iago, não significa, necessariamente, associar Capitu a Desdêmona. Ou então, para os mais ousados, que nada impede Dom Casmurro de ser, quem sabe, uma espécie de exceção, um ponto fora da curva na obra do autor. Consideremos (ainda que seja mais simples e mais sensato aceitar a traição, sob pena de tornar Capitu um ser imaculado, e ainda que tudo isso não passe de teimosia, de insistência vazia em um assunto superado, consideremos).

Seja por um lado, seja por outro, cedo ou tarde esbarraremos no clássico argumento de que, uma vez que a narrativa parte da perspectiva de Bentinho, nunca se saberá ao certo; portanto, a traição seria, ao menos, duvidosa. Ora, se a narrativa parte de Bentinho, e nela é possível colher evidências pró-Capitu, então esta é mais uma evidência pró-Bentinho. Todos os famigerados detalhes ao longo da obra: o nome Casmurro como jocosidade da vizinhança, as semelhanças entre Capitu e a mãe de Sancha, as inseguranças de Bento, a falta de uma prova cabal sobre a traição... Tudo isso, e quaisquer outras informações, nós descobrimos pela voz do próprio narrador. Ou seja, das duas, uma: ou Bentinho é uma espécie muito particular de maluco, que escreve em favor próprio, mas vai salpicando, aqui e ali, evidências contra si mesmo, sabe-se lá por quê; ou... Ele simplesmente está sendo sincero. Muito mais sensato este do que aquele, não é mesmo? E ainda assim, não faltarão intérpretes bastante criativos, dispostos a “viajar na maionese”, fazendo um esforço imenso, querendo porque querendo “pegar o narrador no pulo”. Mas falando em sinceridade...

Devo chamar a atenção aqui para algo que tem passado bastante despercebido: o outro romance de Machado de Assis, também célebre, Memórias Póstumas de Brás Cubas, certamente nos ajuda a iluminar este imbróglio. [ALERTA DE SPOILER PARA MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS.] “[...] não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor”. Assim começa Brás Cubas a nos contar de sua vida, pelo seu fim; e que não vai passar, na verdade, de uma história bastante comum, desinteressante até, de uma pessoa típica da alta sociedade brasileira do século XIX, que no fim das contas, não fez nada. Note bem: a vida do narrador foi sem graça, não o romance! Brás Cubas, uma vez morto, já pode ser sincero. E é a partir daí que surge o brilho da obra e a genialidade do autor aparece. Esta é a cara de Machado: contar uma história que acontece por dentro, da mente que borbulha, que cria ramos, que vai, volta, e conduz a personagem em sua trajetória. Curiosamente — e não coincidentemente —, Brás Cubas é oriundo de uma classe onde as aparências importam. Agora, porém, ele já pode nos contar tudo, toda a verdade. Não há máscaras, não há mais por que fingir. E ora, não seria esta a mesmíssima (obrigado, José Dias) situação de Dom Casmurro? Bentinho, agora velho, sem esposa, sem família, nem amigos... Está na hora de falar, de abrir o jogo, de nos contar exatamente o que foi que aconteceu — e, quem sabe, de justificar para nós os motivos de seus “hábitos reclusos e calados”. Inclusive, de nos contar que fazia viagens à Europa, fingindo visitar Capitu, com o intuito apenas de manter as aparências de casado. É claramente uma confissão. Nenhum dissimulado contaria quase ter dado veneno a uma criança — e ainda com esta o chamando de papai!

Quando se joga total desconfiança sobre o interlocutor, seja quem for, ainda mais logo de início, acaba-se com qualquer possibilidade de diálogo. E é exatamente isso que acontece quando — no capítulo um! — os argüidores de Bentinho dizem que “casmurro”, no dicionário, além de “ensimesmado”, significa também “turrão”; o narrador, portanto, estaria nos enganando desde o começo. Muito criativo. Mas não parece se quer passar pela cabeça dos que leram até o fim, que um homem velho, traído e frustrado, só pode mesmo é ser amargurado, ser casmurro. Quando despertamos dessa hipnose de ver coisa onde não existe, damo-nos conta do tamanho dessa bobagem. É como chamar Brás Cubas de mentiroso, já que mortos não escrevem. É uma injustiça. Uma pena que a boa-vontade dos leitores venha sendo grande com Brás, enquanto que, com Dom Casmurro, só se tenha mesmo é a “boa-vontade” de colocá-lo contra a parede. Nos livros — e na vida — é um erro não darmos ouvidos ao outro; e isso vale para Dom Casmurro. Se a minha desconfiança é total, qual o sentido de se ler, qualquer que seja?

Toda interpretação deve ser feita na medida, nem para mais, nem para menos. É preciso, portanto (e digo isso como um apelo), o cuidado e a delicadeza de quem carrega uma bandeja de cristal. Destrinchar uma obra pode ser tentador; mas espremê-la, torcê-la além da conta, é incorrer, inevitavelmente, em superinterpretação. É um equívoco, um erro literário. Devemos sim interpretá-la, mas até certo ponto: o ponto certo; e optar pela hipótese mais lógica e translúcida. Existe até um princípio filosófico para isso: basicamente, a hipótese mais simples, desde que não seja simplória, tende também a ser a correta. Por exemplo, é possível arranjarmos mil desculpas para achar que a Terra é plana; mas podemos simplesmente aceitá-la como redonda. (Não faz sentido adentrarmos muito nisso, mas aos interessados, procurem por Navalha de Ockham.) E o que não faltam são interpretações das mais exóticas para Dom Casmurro: que Bentinho trai o leitor, que Bentinho tinha uma paixão reprimida por Escobar, que Bentinho escreve por peso na consciência... O que é a verdade? Não seria tudo isso simplesmente um efeito colateral da escrita machadiana? O homem, o gênio, vai tão profundo nas personagens, em seus pensamentos, com tantos detalhes, em tantas fotografias, que acaba abrindo, de forma involuntária, portas interpretativas das mais inesperadas. Essas hipóteses, porém, apesar de muito criativas, e aparentemente possíveis, claramente não passam de um mal entendido; um mau uso de uma estética sofisticada, dotada de nuances, como é a do gênio Machado de Assis.

Tudo nos leva a crer que a “traição” mesmo, é que as pessoas têm aberto o livro já contaminadas pelo viés da discórdia. Se antes de Helen Caldwell não existia todo esse discurso sobre uma Capitu inocente, talvez seja porque o texto naturalmente nos leve a isso; e este é um dado que não pode ser ignorado. As semelhanças entre Ezequiel e Escobar são tão gritantes que nem Capitu as pôde negar. É aquela história: “Tem cheiro de cocô, tem cara de cocô, tem cor de cocô, textura de cocô, parece cocô... Mas vamos provar para que possamos ter certeza...”. Quem não aceita tal fato está para o sujeito que pede recibo como prova em caso de corrupção. Se fosse casado com Capitu, acabaria encontrando Escobar em sua cama, e vendo os dois nus, duvidaria; afinal, no Rio de Janeiro faz muito calor.
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ShanksCareca 28/08/2024

Poxa q livro foda, eu tinha uma impressão baseado em nada q esse livro teria uma leitura mt arrastada e difícil, mas foi totalmente o contrário, cada linha cada parte da história era totalmente imersivo e ia me puxando mais e mais pra trama, q ia meio q "se renovando" a cada hora sabe, tipo era uma história longa como eu tava querendo onde teria mts partes e mt continuidade. Sinceramente me arrancou algumas risadas e mts surpresas, em primeiro pq ele deixa bem claro todos seus pensamentos intrusivos ent apesar de parecer horrível mts vzs é algo q ja pensamos sem mesmo desejar, ent era uma história q eu n sabia pra onde ia e nem oq o narrador falaria sobre tudo aquilo, gostei mt msm.
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Duda 27/08/2024

Melancolia
Começo dizendo que demorei muito para ler esse livro, pois queria absorver tudo, li e reli diversas vezes e sim faltava só duas páginas para acabar o livro, mas me senti tão triste nos últimos cap que ficava com certo receio da sensação de melancolia me atacar kkkkkkkkk então adiei a leitura por conta de duas últimas páginas. Para mim fica bem claro tudo, não traiu, mas para mim isso não importa muito.Oque me deixa mais abismada é como Dom Casmurro fez isso, como ele deixou de ser o Bentinho doce e amável e se tornou esse cara frio, amargurado , por que se deixou torturar tanto?
Talvez eu como mulher, esteja me colocando mais no lugar da Capitu e por isso
talvez esteja um pouco, se não muito, apaixonada pelo Bentinho e ao mesmo tempo triste pq ELE ME DEIXOU TAMBÉM. Agora vou dormir, pq se eu ver um olho ou uma metáfora com ressacas do mar, acho que entro em depressão
gabrielrdcunha 28/08/2024minha estante
desde criança ele já tinha um amor meio suspeito à capitu, tipo a cena que ele deseja enforcar ela, tipo??? sei que pode ser apenas impulso mas não da pra ignorar kkkkkk sem contar daquela gracinha com a sacha lá


Duda 28/08/2024minha estante
Com certeza não dá para ignorar várias coisas kkkkk, não é atoa que para mim fica bem claro que ele vive se desmentindo durante o livro, pq acho que até ele não acredita com tanta convicção que ela tenha traído ele, mas é uma pena que ele tenha se alimentando desse lado do caráter dele, só que me julga eu ainda adoro o personagem, na minha concepção ele é um ser humano como todos nós , só que ao contrário da gente ele tem coragem de escrever as maldades que perpassa sua mente, só começo a desgostar dele quando ele envelhece mesmo, logo após ter o filho


gabrielrdcunha 28/08/2024minha estante
concordo demais com você, não consigo odia-lo, pelo menos ele teve a coragem de escrever e confessar as coisas que ele fez né kkkkkk mas enfim, machado criou um personagem tudo questionável - o cara era advogado ou seja manipulou toda a narrativa pro pronto de vista dele - e que faz o leitor criar seu próprio desfecho, simples o amor da literatura brasileira!




Livia.gosalbez 26/08/2024

Eu sei que é um clássico bem escrito e tudo mas MDS,eu n via a hora de acabar,um monte de detalhe desnecessário e é tão difícil de ler que eu nem lembro do que aconteceu no meio do livro pq n entendi direito, clássicos realmente n são meu tipo de livro,mas eu n acho que traiu
deardean 26/08/2024minha estante
esse muita gente considera chato, em geral não é o favorito, de repente você pode gostar dos outros (ou não tb, e tudo bem kkkkk)




Rafa 26/08/2024

Dois terços do livro parecem lentos, mas são necessários para o leitor se acostumar com os personagens e as dinâmicas entre eles. A última parte, infelizmente, é muito corrida e deixa um gosto de quero mais absurdo. A indiferença com a Capitu é triste e as últimas menções deixam o coração apertado com um fim tão frio e distante.
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JuMarchese 26/08/2024

Um clássico!
Comecei a ler esse livro na força do ódio obrigada por uma professora de literatura na época da escola... Porém acabei de surpreendendo e é um livro que eu gostei bastante, mesmo com sua linguagem super complexa. A profundidade psicológica dos personagens e a sutileza da narrativa tornam a experiência de leitura muito rica. Embora o estilo e a construção das frases possam ser desafiadores, a trama envolvente e a reflexão sobre temas como ciúmes e traição compensam qualquer dificuldade linguística.
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Neyla Marinho 26/08/2024

Capitu não traiu ?
Na minha concepção Capitu não traiu Bentinho. Ele é apenas louco, ciumento e possessivo e precisa de terapia urgente. Triste é saber que existem homens me pleno 2024 igual Bentinho. ?
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Maryy.Maria 25/08/2024

Otelo brasileiro
Maravilhoso! E essas são palavras que eu nunca pensei que escreveria. A história é muito mais do que a questão de traição ou não traição.

Otelo, de Shakespeare, é pautado pelo ciúme masculino. Otelo é instigado a assassinar sua própria esposa por conta de dúvidas de traição fomentadas por seu rival Iago. Essa história é referenciada várias vezes ao longo de Dom Casmurro. A partir dessa comparação, podemos interpretar que Bentinho é seu próprio Otelo e Iago.

Ao longo do livro, o autor vai dando várias pistas para que possamos tirar nossas próprias conclusões sobre o final. Uma das graças é ler atentamente esses detalhes que Machado vai colocando. Em um capítulo, o próprio Bento Santiago admite que ele não tem uma boa memória. A memória é sempre um fruto de desconfiança, já que o narrador escreve sobre alguns momentos que se passaram há muito tempo. O quanto a memória desse sujeito é confiável? Além disso, a questão do ciúme: quando ele vai assistir à peça de Shakespeare, Otelo, ele não entende a mensagem da peça, que é justamente contra o ciúme de Otelo e a favor da esposa. Ele faz o contrário, coloca Capitu nessa situação e a culpa.

A descrição de Capitu menina, com seu jeito de se recompor facilmente na frente dos adultos, é também uma Capitu que tem tudo para ser uma enganadora no futuro, segundo o raciocínio dele. A desconfiança sobre Capitu se acentua justamente quando Bento é o senhor da casa. Dessa forma, passamos a ver Dom Casmurro não como ele foi lançado na época, como romance de adultério feminino, mas sim como um romance de ciúme masculino.

E o mais maravilhoso de tudo é que nem mesmo Casmurro tem certeza. Ao contrário do que ele diz, ele não resolve escrever a história da própria vida porque não tem nada para fazer. Ele é um homem triste e amargurado, cheio de remorsos e culpa, e escreve a história da própria vida como uma maneira de se justificar. Dom Casmurro quer se convencer de que agiu bem ao acusar a própria esposa, mas no fundo ele não tem certeza.

A narração do livro é o crème de la crème, é a melhor parte do livro. Eu me divertia toda vez que ele quebrava a quarta parede.
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