As vinhas da ira

As vinhas da ira John Steinbeck




Resenhas - As Vinhas da Ira


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Adriana Pereira Silva 24/04/2020

Enquanto houver esperança há vida
John Ernst Steinbeck nasceu em Nova Iorque, EUA, em 1902, falecendo em 1968. Em 1962 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.
Sua obra “As vinhas da ira” é considerada sua obra-prima. Conta a exploração a que são submetidos os trabalhadores itinerantes e sazonais, através da história da família Joad, que migra para a Califórnia, atraída pela ilusória fartura da região. Passado durante a Grande Depressão. Recebeu o Prêmio Pulitzer de Ficção.
Devido ao caráter de denúncia do autor, esse livro foi proibido em Salinas, na Califórnia até a década de 90, e o Sindicato de Fazendeiros da Califórnia queriam tirar do ar todos os filmes sobre esta obra, tendo o autor mesmo sofrido ameaça de morte.

A família Joad, expulsa de Oklahoma, onde eram meeiros, parte para a Califórnia devido à seca e dificuldades econômicas. Como não há como sobreviver em Oklahoma, vendo panfletos de propaganda de muito trabalho rural na Califórnia, pegam o pouco dinheiro que lhes resta e vão rumo ao Oeste americano em busca de uma vida digna, onde possam sobreviver.
No caminho percebem quantas milhares de pessoas também estão indo para o mesmo local, vendo que são apenas mais uma família a ir rumo a empregos para não passar fome, mas vão descobrindo que não é tudo aquilo que anunciam os panfletos.
Essas famílias sofrem muito nas mãos do governo e dos grandes proprietários de terras, onde são praticamente escravizados, não conseguindo ganhar nem para comer direito, sendo privados de tudo, sofrendo maus-tratos por todos na Califórnia. São chamados de “okies”, tipo a escória da sociedade.
“Nos olhos dos homens reflete-se o fracasso. Nos olhos dos esfaimados cresce a ira. Na alma do povo, as vinhas da ira diluem-se e espraiam-se com ímpeto, amadurece com ímpeto para a vindima.” (p.446)
Enfim, é uma luta pela sobrevivência, que não acham, e que fica a cada dia mais complicada.
Steinbeck também viveu em Oklahoma, e descreve de maneira magistral a região e a época passada, da Grande Depressão. Entre os capítulos da história, estão embutidos outros que descrevem a realidade da época retratada, de maneira especial.
Fica marcada a Esperança, vista por toda a história na figura da mãe, a fortaleza da família, sendo ela que une a família, é o porto seguro de todos.
Leila 24/04/2020minha estante
um dos meus livros favoritos da vida




Dan 23/04/2019

"Cada um de nós é um tambor batendo a sua própria desgraça"
Esse é o retrato visceral da grande depressão. Se ouvimos algumas vezes se falar na escola sobre a crise de 29 de uma maneira até banalizada, aqui, Jhon Steinbeck empresta seu coração ao leitor para que ele conheça - mediante suas experiências vividas - de perto as misérias, suplícios e dores da vida a partir de uma família de meeiros que luta a cada segundo pela própria subsistência - mesmo que muitos aspectos devessem ser direito do cidadão trabalhador.

Essa é uma trajetória que vai te emocionar, te fazer sofrer junto com os personagens, te fazer torcer para que do outro lado exista uma canaã.
Leninha 09/05/2019minha estante
Muito obrigada a indicação desse livro, finalmente terminei!! Eu adorei a escrita e me emocionei muito com a história..




Carlota 20/05/2021

Ju Cirqueira não erra
Li esse livro por influência dela e não me arrependi, apesar do começo ser meio confuso e a família caipira ser um tanto desagradável (devemos levar em consideração que é um livro dos anos 40) a estória prende o leitor pela quantidade de coisas que dão errado e você também fica, né, naquela expectativa que eles vão conseguir se reestabelecer novamente.

Também é um livro a ser explorado nas aulas de história e sociologia.
Gabrielle 15/08/2021minha estante
Também li por influência da Ju ?




Jécyka 18/09/2021

Uau!!!!
Há muito o que se falar dessa obra de arte mas preciso dizer que finalizo a leitura focada na potência da mulher chefe de família, na força do povo que só quer um lugar ao sol com o básico para sobrevivência, e não menos importante, preciso dizer que esse pequeno trecho da história da família Joad conseguiu tratar sobre consciência de classe, desigualdade social e tantos outros temas. Estou extasiada. Há muito tempo não lia um livro tão incrível, sério! Favoritei e indico de todo coração.
Jécyka 18/09/2021minha estante
E o final???? Impactada.




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Maria.Helena 04/10/2017minha estante
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Rodrigo 23/09/2022

Visceral
Que livro pungente! O autor consegue nos proporcionar uma experiência transcendental. Impossível passar incólume a essas mais de 500 páginas.
Reflexão e empatia são presentes demais.
Daniel 24/09/2022minha estante
Muito bom mesmo!




suellen 20/04/2021

A crítica social do livro é incrível. A trajetória sofrida da família Joad nos mostra um retrato social que ainda é corriqueiro, não teve uma página que não senti tristeza pelo relato. Pois ainda vemos inúmeras pessoas batalhando pelo pão de cada dia.

Voltando, apesar de tudo fiquei bastante encantada com a mãe. Ela não deixava a peteca cair, uma típica mãe, guerreira, que estava sempre ali pelos seus. Fica também impossível não gostar do Tom, e aí acabei ficando com curiosidade de saber o que aconteceria com ele ao decorrer de sua nova jornada, mas isso ficará apenas em meus pensamentos.
Marcelo Marques 02/05/2021minha estante
A mãe é sem dúvida a personagem que mais marca nessa história, uma força descomunal que tenta manter a família Joad em pé, mesmo com toda triste trajetória.




Israel145 30/03/2016

A grande depressão de 1929 foi um marco na história americana e suas consequências se espalharam pelas entranhas do país acometendo os Estados Unidos de uma estagnação econômica, social e moral. A miséria que assolou o país surgiu em diversas facetas e uma delas foi a migração das famílias do leste e meio-oeste americano para a Califórnia, a terra dos sonhos para muitos na época. A Califórnia, por ser um estado altamente industrializado criou uma ilusão de segurança e bem estar social, atraindo milhares e milhares de caravanas de caipiras famintos e sedentos por uma oportunidade de trabalho, atraindo assim mais miséria num desastroso círculo vicioso.
Essa história é narrada com maestria por John Steinbeck quando apresenta a saga da família Joad, que tem sua fazendinha tomada por grandes proprietários quando o banco executa a hipoteca e esses se veem incapazes de competir com a agricultura mecanizada. Partem então numa sufocante jornada pelo coração do país em busca de trabalho rumo à uma nova conquista do oeste em direção à Califórnia.
Steinbeck narra as condições humilhantes e desumanas como eram tratados os trabalhadores, a exploração desconcertante, a luta pela comida e pelo centavo de dólar para comprar um pouco de gasolina e continuar a jornada rumo ao desconhecido.
A linguagem simples dos personagens coloca o leitor dentro do cerne da família. Impossível não se afeiçoar imediatamente ao jovem Tom Joad, recém saído da prisão depois de cumprir pena por assassinato e ao regressar, encontra a família se preparando para a arribada, expulsos da terra onde nasceram, rumo a um destino incerto.
O autor se consagrou com As vinhas da ira e Ao leste do éden, mas o linguajar simples, a situação do caipira e a crueza da vida também são exploradas no clássico Ratos e homens, seu livro mais conhecido. Na saga dos Joad é inegável a simpatia descarada que Steinbeck nutre pelo comunismo, colocando várias vezes os Joad em acampamentos de trabalhadores autogestionários. Uma luz num túnel de desespero e uma opção ao capitalismo que então sofrera seu grande primeiro baque. Ele vê com simpatia a alternativa comunista para um mundo mais justo.
Ao expor o lado reverso do sonho americano, John Steinbeck conferiu ao mundo um clássico da literatura, onde mostra o peso da exploração do homem pelo homem, da natureza inclemente e de um sistema às vias da falência por meio da condição nômade dos Joad. Clássico absoluto.
Lô Becco 05/04/2016minha estante
Quero muito ler esse livro!




pontarolli 16/01/2024

A cena final é espetacular
"As Vinhas da Ira" é um verdadeiro clássico.

O ritmo lento e a narrativa detalhista são necessários para ambientar o leitor no drama da família Joad.

Os personagens são muito bem construídos. Os avós cansados. A matriarca inquebrantável, que constitui o pilar da família. O pai incansável. O pregador aparentemente descrente, mas que se sacrifica pelos outros. Os filhos, capitaneados por Tom, com personalidades variadas.

O livro é muito triste. O leitor sofre junto com os Joad, em cada tragédia que se apresenta no caminho. O roteiro expõe a realidade universal e atemporal dos excluídos. Existem muitas famílias Joad espalhadas pelo mundo.

O livro termina, sem terminar, deixa para o leitor a tarefa de imaginar o futuro dos Joad.

por fim, é preciso dizer que a cena final é de arrebentar. Simplesmente genial!
Fernanda Taniz 31/01/2024minha estante
chorei muito na cena final, jamais imaginei algo assim ???




Rogéria 22/01/2016

Excelente!
Há muito tempo queria ler "As Vinhas da Ira", de John Steinbeck, pq esse livro sempre aparecia na lista dos melhores livros já lançados. E não me decepcionei. O livro é tudo o que dizem que é, e seu autor mereceu o Pulitzer que ganhou com sua criação.

"As Vinhas da Ira" conta a historia de uma familia de meeiros que é expulsa de suas terras, juntamente com milhares de outros pequenos arrendatários, e parte para o Oeste dos EUA em busca de trabalho e uma nova vida, atraídos pela promessa de fartura e bons empregos na Califórnia. Acompanhamos todo o drama da família Joad e, numa apurada crítica social, vemos o quanto o ser humano pode ser cruel com seu semelhante nos momentos de dificuldades, explorando quem luta pra sobreviver sem qualquer escrúpulo. Impossível não se comover com a luta dessa família, que sintetiza milhares de outras que viveram a crise que se abateu nos EUA na década de 30. Destaque para a Mãe, a matriarca da família Joad, personagem forte, dura e ao mesmo tempo sensível que luta com todas as forças pra manter sua família unida e seguindo em frente. E mesmo tendo sido escrito há mais de 70 anos, esse livro é bastante atual e provoca a reflexão com o que vemos nos dias atuais. Super recomendo!
amanda.turkoco.9 03/12/2016minha estante
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Aline Bitencourt 05/09/2015

História espetacular, triste super bem escrita. mas não gostei do final... Deixou muitas brechas sobre o futuro dos personagens.
Marcelle Pinheiro 20/09/2016minha estante
Exatamente, eu terminei e fiquei pensando sobre o paradeiro de Tom e Noah :/ Acho que o ator deixa lacunas para que possamos preencher com nossa imaginação.




Marina Fülber 12/05/2024

Fortíssimo, incrível, sou extremamente fã de Steinbeck. Nunca decepciona.
Realista e poético. Amo a dinâmica que ele impõe nesse livro, assim como no A Leste do Éden. São bem semelhantes nesse ponto, sobre contar a história mais de um contexto do que de um personagem, de ter as famílias que acompanha mas de ser ao mesmo tempo o drama de uma geração, de todo um grande grupo de pessoas que sofreram dessas dificuldades. E de ser uma história da terra, de como as pessoas não estão separadas da sua terra, do seu espaço. Isso é trazido de uma forma extremamente bela. Sempre me emocionava na leitura.
Belíssimo, uma obra maravilhosa, nunca vou me cansar de Steinbeck. Recomendo muito não apenas essa como as demais obras do autor.

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Hugo 13/07/2010

Grande grande grande grande livro,
Impressionante a naturalidade do estilo do autor, a dureza da história e o peso do livro.
Demais, noa 10.
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Thara 20/12/2010minha estante
Os suecos, lá em Dakota... Tu sabe o que eles costumava fazer? Botava pimenta no chão e a pimenta pegava nos vestido das moça e elas ficava assanhadas que nem potra no cio. Às vezes eles faziam isso, esses danados desses suecos...




Su 12/06/2018

Decidi ler esse livro por ser um clássico. Não sabia nada sobre a história e, muito menos, sobre a forma de escrita do autor.
Joad acaba de sair da prisão. Ao parar em um restaurante de beira de estrada, ele pega carona com um caminhoneiro. Joad está se encaminhando para a fazenda onde seu pai é meeiro. Segundo o caminhoneiro, várias famílias estão tendo que deixar as terras por causa dos tratores. O caminhoneiro, também, lhe conta sobre a solidão que passar de oito à doze horas sentado em um caminhão ocasiona.
Ao desembarcar do caminhão, Joad encontra o ex-pregador Jim Casy. Jim afirma que não faz mais sermões, não tem mais as certezas que tinha. Além disso, não sabe para onde guiaria o povo. Jim se atormentava com os seus pecados, ou com o quê ele acreditava serem pecados. Abandonou a igreja porque não acreditava mais no que pregava e não via motivos para o ser humano ser tão dependente de Deus.
Quando chegaram perto da casa de Joad, viram que tinha algo errado. Não tinha ninguém em casa. A seca acabou com as terras, como as terras não produziam, os proprietários tiveram que pegar empréstimos com bancos e para pagar os bancos precisavam que a terra produzisse mais, para isso, trouxeram máquinas que fariam o serviço mais rapidamente que mãos humanas. Assim, famílias inteiras de meeiros eram despejadas de suas casas. E, para onde essas pessoas iriam, quando só sabiam fazer aquilo?
Acredito que esse é o livro mais triste que já li. Talvez, por saber que tudo o que foi retratado é verdade. O autor nos mostra, de forma magistral, como o homem pode chegar a total pobreza. A forma que Steinbeck narra nos faz sentir completamente enredados na história. Embora, teoricamente, soubesse dos males do capitalismo, nunca tinha sentido a extensão desses males.

“— Porque ganho três dólares por dia. Andei lutando como diabo para ganhar com o que comer, e nada. Eu tenho mulher e filhos. Temos que comer. Três dólares por dia, todo santo dia.
— Tá certo — falava o meeiro. — Mas por causa de seus três dólares por dia, quinze ou vinte pessoas vão passar fome. Mais de cem pessoas têm que ir embora, queimar estrada. Tudo por causa de seus três dólares por dia. Isso tá direito?
E o homem do trator dizia:
— Que é que eu vou fazer? Tenho que pensar na minha família. São três dólares, que vêm todos os dias. Os tempos mudaram, não sabe disso? Não se pode mais viver da terra, a não ser que se tenha dois, cinco, dez mil hectares e um trator. A lavoura não é mais pra pobretões como a gente. Você não começa a reclamar porque não pode fabricar Fords ou porque não é a companhia telefônica. Bem, as safras agora são assim. Não há nada a fazer contra isto. A gente tem que se virar pra arrumar três dólares por dia. É o único jeito.”
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Lista de Livros 23/12/2013

Lista de Livros: As vinhas da ira, de John Steinbeck
“Quando a gente se acostuma, até o barulho de uma serraria faz falta”.
*
“Eu nunca fiz uma coisa que não tivesse um pouco de pecado”.
*
“Como é que pode se incutir medo num homem que não sente fome apenas em seu estômago, mas também na barriga torturada dos filhos? Não se pode assustar um homem assim... ele já passou por todos os transes.”
*
Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2010/09/as-vinhas-da-ira-john-steinbeck.html
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