Persefone82 06/05/2012PungenteSempre fui uma leitora emocional, e por isso meus livros preferidos são aqueles que de alguma forma atingiram meu coração com intensidade.
Esperei um tempo para fazer a resenha desse livro, primeiro até pela minha emotividade, pois acabaria fazendo uma avaliação momentânea e talvez injusta de um livro que me marcara muito então. Agora, passado um mês, sinto que posso vê-lo mais claramente, embora algumas emoções ainda estejam à tona.
Não é um livro para quem quer uma distração. É um livro triste, cuja vida de uma família de pequenos fazendeiros na Depressão é descrita com uma crueza e sinceridade cortante...seguimos o caminho da família Joad, a Mãe, forte e o alicerce da família, Tom Joad, o filho saído da prisão que ao longo da estória toma consciência das injustiças sociais das quais sua família (e outras na mesma situação) são vítimas, e o ex-pregador Casy, descrente até perceber de que sua oralidade pode ser usada de uma forma a ajudar efetivamente essas pessoas.
Denuncia a indústria agrícola, fala de fé, esperança, luta, fome, morte...há partes que eu senti vontade de ajudá-los, pedir para voltar. Há poucos livros que te fazem sentir como parte da ação, que te envolvem totalmente. Para mim, esse foi um deles!