O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley D. H. Lawrence




Resenhas - O Amante de Lady Chatterley


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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 30/11/2016

JÁ LI
"O Amante de Lady Chatterley" foi publicado em 1928 e criou polêmica porque aborda um relacionamento extraconjugal (o que já era chocante) entre uma mulher da elite com um homem da classe operária. A presença da classe operária demonstra o progresso da indústria que mencionei anteriormente.

Constance, a tal Lady Chatterley, é casada com Clifford, ambos da elite e ele é descrito como o "marido dos sonhos": bonito, forte, rico e bem humorado. No entanto, Clifford sofreu um atentado na Primeira Guerra Mundial e voltou desta paralisado da cintura para baixo. Por causa disso, ele se torna distante e taciturno, provocando um grande distanciamento de Lady Chatterley. Frustrada sexualmente, Lady Chatterley volta sua atenção para um dos empregados, Oliver Mellors.

Conforme o caso deles se torna mais frequente e ~ caliente ~, o espírito de Constance também vai mudando. Ela fica mais eloquente e mais destemida para expôr suas opiniões em seu círculo social que, por ser bastante elitista, também acaba sendo preconceituoso em relação às classes operárias. Constance passa a adquirir e manifestar pontos-de-vista políticos diferentes e vanguardistas, o que causa um choque na alta sociedade. Depois, as pessoas (inclusive o marido) descobrem seu caso extraconjugal e entendem as razões da sua mudança de comportamento.

Na narrativa em si, não aparece nada muito chocante, portanto, não espere por um romance hot. O caso extraconjugal deles é descrito com bastante sutileza e poucos detalhes, o que pode desapontar alguns leitores.

Recomendo a leitura porque achei vanguardista da parte de Lawrence escrever sobre a libertação sexual da mulher em pleno início do século XX. Estamos quase cem anos à frente desta obra e ainda lutamos pela libertação feminina em muitos aspectos. Por isso, admiro a coragem de Lawrence em escrever uma personagem mulher polêmica e interessante.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2016/11/rory-gilmore-books-challenge-o-amante.html
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Momentos da Fogui 20/11/2016

Momentos da Fogui
Leia a resenha no blog:

http://foguiii.blogspot.com.br/2016/02/o-amante-de-lady-chatterley-dh-lawrence.html

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Conchego das Letras 11/07/2016

Resenha Completa
Olá meus caros leitores, aqui estamos para mais uma resenha de clássicos! Dessa vez, vou trazer um livro diferente para vocês, diferente até mesmo do que eu costumo ler. Certo dia, nossa professora de Tópicos de Literatura Universal nos falou sobre o livro O amante de Lady Chatterley e eu resolvi comprá-lo para ler. Resultado? EU AMEI! Querem saber o motivo? Vem comigo!


O escritor é D.H. Lawrence e eu o considero um gênio da Literatura Inglesa. Enquanto todos escreviam de acordo com o que a sociedade permitia, esse escritor inovou! Suas obras foram consideradas obscenas e proibidas para a época, mas ele não desistiu. O amante de Lady Chatterley, por exemplo, circulou clandestinamente por toda a Inglaterra e O arco- Íris foi recusado pelas editoras de Londres e só foi publicado anos depois em Nova York. Nesse sentido, as obras de Lawrence são pertencentes ao movimento literário intitulado Naturalismo e fortes, sensuais e descrevem os verdadeiros sentimentos humanos.

O amante de Lady Chatterley é um livro bastante ousado que narra a vida de Constance, uma jovem escocesa que se casa com um ex-soldado mutilado na guerra. Clifford não pode lhe dar os prazeres carnais e não é um dos melhores maridos do mundo. Na verdade, ele é bastante egoísta e só pensa em si mesmo, principalmente porque ele é inseguro e tem medo de perder Constance para alguém que pode lhe dar aquilo que ele considera banal.


A mulher faz um grande esforço para atender aos seus desejos, ajudando-o em tudo, sendo-lhe amável e gentil, mas Constance não nasceu para levar uma vida de "semivirgindade", como diz seu próprio pai. Primeiro, deixou-se apaixonar por um jovem ator irlandês de melancólica personalidade, mas viu que aquilo não a levaria a nada e voltou para as águas paradas de seu casamento. Cada vez mais infeliz, observa como o mundo é cruel ao seu redor e como seu marido se torna cada dia mais odioso para ela.

Assim, desgostosa de tudo, em um dia extremamente rotineiro, Constance conhece o guarda-caça de Clifford, o misterioso Mellors e começa a sentir coisas que considerava mortas dentro de si. Confusa, primeiro sente-se envergonhada por tais desejos, mas é como se fosse atraída para aquele homem simples, um homem do povo, parte daquele cenário que ela tanto odiava. O desejo de ter um filho também lhe fala alto, ela já não é mais uma jovenzinha e consciente de que Clifford nunca poderia lhe dar isso, Constance se aventura por um caminho perigoso, onde ser Lady Chatterley não é mais importante do que sentir o prazer carnal nos braços de Mellors. Tendo consciência do seu adultério, ela terá de decidir: sua honra ou sua intensa paixão pelo guarda-caça?

Um livro extremamente atual, não só pela liberdade sexual feminina, mas por se situar em um ambiente pós-guerra, numa sociedade como a nossa: dinheiralista, egoísta, industrialista ou simplesmente capitalista. O começo da obra é um tanto maçante, mas depois ela simplesmente fluí e você não consegue deixar a leitura de lado, as cenas consideradas picantes para a época, para nós, é bastante light e necessárias para entender o que a personagem sente. O narrador é onisciente, dando um ar mais plano da obra. Nós conseguimos nos sentir na pele dos personagens. O espaço é bastante aberto, os personagens transitam em ambientes descritos com maestria para nosso deleite, pois conseguimos até mesmo sentir os cheiros dos miosótis que Mellors dá a Constance em um dia de garoa... Enfim, é incomparável!

Vale a pena conferir, pois além de ser um clássico da literatura inglesa, esse livro nos remente as personalidades, anseios e angústias que podem ser encontradas em cada um de nós.
Até a próxima, pessoal, e espero que curtam esta indicação!

CURIOSIDADE:

- O Amante de Lady Chatterley ganhou uma adaptação cinematográfica em 1981, chamada "L'amant de Lady Chatterley". O filme foi protagonizado pela atriz holandesa Sylvia Kristel que faleceu em 2012.


site: https://conchegodasletras.blogspot.com.br/2016/07/resenha-o-amante-de-lady-chatterley-d-h.html#more
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caarolparker 15/04/2016

Ainda é polêmico?
Esse livro foi estranho. Considerei a leitura porque era um livro #polêmico quando lançado, com as suas cenas obscenas e explícitas ao público. Porém quando realmente cheguei as tais partes não considerei totalmente chocantes. Até trouxe para ler em público porque sei que ninguém iria olhar por cima do meu ombro #lendonaspalestras
O autor escreve bem, os três primeiros capítulos foram muito bem escritos e dão um impulso para o leitor para ler o resto da narrativa. Em algumas partes, por exemplo, as conversas tediosas de Clifford ou Mellors falando sobre posições políticas.

Um resuminho: Lady se casa com Clifford, mas esse volta cadeirante da guerra. Lady não se importa porque o amor é feito dos pensamentos iguais e apenas a inteligência é suficiente para o amor completo. Porém cansa dessa vida sem #sexo e o PRÓPRIO PAI sugere um amante para apimentar as coisas na vida entediante de dona de casa e cuidadora de Clifford. Então Lady encontra um autor que o marido não curte e dá uns pegas aí, não é suficiente porque ele fala depois de transar sobre assuntos desnecessários que aborrecem Lady.
De repente, Lady descobre #acabana que vai ser sua nova casa para copular, junto é claro do excitante guarda-caça que uma vez o vê nu. E Lady visita essa cabana que é perto da casa do guarda-caça, então sempre se depara com esse majestoso homem.
Um dia estão observando os pintinhos e as galinhas, e Lady fala:
-Queria tanto tocar no pinto...
E como o guarda-caça não é lá muito esperto, pensa AH MAS QUAL DELES ELA TÁ FALANDO, então recolhe um pintinho e dá nas mãos de Lady. Triste porque não era qual ela queria, o guarda-caça pede pra segui-lo até #acabana para mostrar o outro ;)

Pontos positivos: escrita francesa, Lady e Hilda são livres irmãs que copulam com quem quiser e o pai não se mete em nada.
otxjunior 01/02/2018minha estante
kkkkkkkkkk




Eduarda Graciano do Nascimento 31/03/2016

Além da infidelidade
Após o retorno do marido (tendo este ficado paraplégico) da guerra, Lady Constance Chatterley se vê presa num casamento sem amor, sem companheirismo, sem sexo e, consequentemente, sem a possibilidade de filhos. Clifford, o Sr. Chatterley, se torna extremamente dependente de Connie (apelido carinhoso de Constance). Ela é sua enfermeira, confidente e sua distração. Seus dias estão fadados à dedicação integral ao marido e à casa deles.
Com o tempo, Connie começa a sentir um grande vazio em sua vida, sem perspectiva de felicidade no futuro. Filha de um pai relativamente liberal, Connie iniciou-se no sexo ainda jovem e antes do casamento. Seu marido não fora seu primeiro homem. A possibilidade de que tivesse sido o último a afligia imensamente e era um dos motivos de seu aborrecimento cotidiano, que juntando-se à falta de outras companhias que a estimulassem e à empatia excessiva da sociedade da qual fazia parte pelo dinheiro, deixavam-na à beira da depressão.
Após um breve caso com um amigo de seu marido, que acaba de forma decepcionante para Connie, ela se envolve com Oliver Mellors, o guarda-caça da propriedade que, assim como ela, encontra no sexo uma fonte intensa de alegria e prazer, e um dos aspectos que dá, até mesmo, um sentido à vida.

Connie às vezes me irritava, com seus sentimentos inconstantes, e me lembrava uma perua na TPM. Digo às vezes porque na maior parte eu a compreendi e cheguei a ficar angustiada durante a leitura. Michaelis, o primeiro amante dela, também se mostrava instável em certos momentos, era egocêntrico e tinha isso em comum com Clifford. Este é egoísta, mesquinho e um intelectual esnobe (talvez um pseudo-intelectual?). Mellors, por quem Lady Chatterley se apaixona, despreza estes tipos, é o que melhor a compreende, aceita e até mesmo cuida dela. Ainda assim passa longe da perfeição, sendo sarcástico e por vezes ignorante. Tem verdadeiro amor pela solidão e essa antipatia dele com relação à sociedade como um todo faz com que ele adote posturas consideradas impertinentes e um pouco azucrinantes até.
Quanto à estrutura e escrita, não é preciso dizer, mas fiquei surpresa com o quanto O Amante de Lady Chatterley humilha os new adults na questão de descrição do ato sexual. Claro que parte disso se deve à consciência de que se trata de um livro lançado no começo do século passado, mas ainda assim é capaz de chocar. E esse choque não se deve somente à isso, mas também à forte crítica presente. Durante todo o romance, Lawrence nos atinge com constatações sobre a sociedade da época, sua hipocrisia e seu amor pelo dinheiro acima de tudo.
Fico só imaginando a revolta dos senhores de respeito e as mocinhas virgens enrubescendo à menção de John Thomas.
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Fogui 29/03/2016

O Amante de Lady Chatterley - D.H. Lawrence
Título original: Lady Chatterleys Lover
Título: O Amante de Lady Chatterley
Autor: D.H. Lawrence
Tradução: Glória Regina Loreto Sampaio
Editora: Abril
Ano: 2004

Não há dúvida que foi o livro mais ousado editado no fim da década de 20. Uma grande patada aos bons costumes da hipócrita sociedade inglesa. O autor expõem de forma clara e precisa assuntos como sexo, casamento infeliz, misturas de classes através do desejo e da atração física e faz um paralelo interessante sobre a vida rural e na cidade.

A Lady do título vive um casamento sem graça, sem paixão, sem sexo, sem afinidades, com um aristocrata e ex-comandante de guerra ferido que ficou paraplégico. Um homem egoísta e hipócrita.

Ao se envolver com um serviçal, a Lady em questão, desperta para vida. Seu corpo a muito adormecido, acorda e tem desejos, sente necessidades físicas, emocionais e claro luxuria. E todo esse calor faz com que a moça se sinta viva, inteira, bonita, amada e com esperança de uma vida mais significativa...

Quer ler a resenha completa e muito mais, visite o blog Momentos da Fogui:

site: http://foguiii.blogspot.com.br/2016/02/o-amante-de-lady-chatterley-dh-lawrence.html
Thamiris 25/09/2016minha estante
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SILVIA 01/03/2016

Um dos meus livros favoritos
Meus comentários estão no Blog através do link abaixo.

site: http://reflexoesdesilviasouza.com/livro-o-amante-de-lady-chatterley-de-d-h-lawrence/
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sentilivros 07/11/2015

resenha de O Amante de Lady Chatterley
"Uma mulher pode receber a um homem sem dar-se-lhe, ou sem cair em seu poder - antes utilizando do sexo para adquirir poder sobre ele."
Estamos numa onda de romances eróticos atualmente, porém O Amante de Lady Chatterley foi um revolucionário em sua época.Sendo, inclusive, proibido.

D. H. Laurence acreditava na crença do sangue e da carne acima até do que o intelecto. Isso se reflete em todo o contexto do livro, onde a liberdade sexual (que de certa forma a leitura me remeteu aos anos 70) é aceita e estimulada e as "convenções sociais" duramente criticadas. Eu, particularmente o vi como um "revolucionário".
" Podemos nos enganar com a razão. Mas o que o nosso sangue sente, crê e diz é sempre verdadeiro."
Constance, lady Chatterley, é nova, bonita e casada com Clifford. Este, após um mês de casados ficou debilitado fisicamente por causa de sua participação guerra (1ª guerra mundial). Assim, após seu retorno, tiveram que reaprender a viver juntos e ainda com a nova situação financeira. afinal, a renda se tornou baixa e tiveram que tomar a decisão de ir para o "triste " solar dos Chatterleys.

Clifford apesar de aristocrático era tímido e se " apaixonou" por Constance. forte, lutadora, geniosa, inteligente. Casaram-se durante sua licença do exercito e ao fim desta, voltou "quebrado".

Constance era nova e louca para ter filhos, mas aós a guerra não havia mais essa possibilidade Começou a dedicar-se a sua casa e marido, mas seu forte temperamento e sua personalidade livre começaram a querer submergir-se novamente.

Ela começa a sentir-se só e então acaba por manter um caso com com um dos amigos de Clifford que frequentava a casa regularmente, mas logo se cansa dele. Sua irmã, desconfiada de seu estado de espirito leva-a para passar uns tempos com ela e o pai. e, por isso, eles tiveram que contratar uma enfermeira para Clifford, que acabou se "efetivando". Assim, Constance, começou a ter um tempo só para ela.

Caminhando pelos bosques da propriedade, acha uma cabana e também seu guarda-Caças. É aqui que a história começa...
"Constance vibrou de novo àquela penetração poderosa, inexorável, terrível! O golpe veio como um enterrar de espadas em seu corpo aberto, e podia ser a morte. Agarrou-se a ele, numa súbita agonia de terror..."
Vi uma citação de Alfredo Stherlin, jornalista e escritor da revista Cultura de Setembro/12 que quando li pensei em postá-la na resenha:
" A literatura erótica a meu ver está sendo redescoberta.Madame Bovary e O Amante de lady Chatterley foram escandalos pornográficos em suas épocas. 1857 e 1928 (respectivamente) e hoje são clássicos."
Eu "entendo" a proibição nessa época, pois a linguagem é um tanto explícita e mesmo hoje, muitos romances considerados eróticos não chegam nem aos pés de O Amante de Lady Chatterley.

Eu Super recomendo!!!

site: http://sentimentonoslivros.blogspot.com.br/2013/04/o-amante-de-lady-chatterley-d-h-lawrence.html
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Ingrit 30/06/2015

Livro Clássico da literatura mundial, sobre uma mulher, Connie, casada com um baronete inglês, se envolve com outro homem. Através desse envolvimento, a heroína encontra uma razão para viver e, vive em paz com sua atitude. Não achei o livro maravilhoso, mas também não achei ruim. O linguajar do livro é vulgar, mas não me incomodou. O que me causou estranhamento foi a forma comoo amante racionaliza as coisas. Homem bobo, infantil, não me agradou.
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OceaneMontanea 09/04/2015

O AMANTE DE LADY CHATTERLEY

O amante de Lady Chatterley é, sem sombra de dúvidas um dos livros mais ousados de sua época, considerado uma afronta aos costumes e à hipocrisia da sociedade (principalmente da alta) inglesa. D. H. Lawrence ousa falar claramente de sexo, casamento infeliz e mistura de classes sociais através do desejo e da atração física. Lady Chatterley mantém um casamento chato, sem paixão, sem afinidades, com um homem deficiente de guerra, até o momento em que, após outro caso menor com um visitante de seu marido, ela encontra um homem de uma classe muito abaixo da sua, que desperta nela as vontades físicas adormecidas e que a trata de maneira puramente sexual. Longe de esse tratamento ser considerado no livro como algo dramático e subjugante, faz com que Constance Chatterley se sinta viva, bonita, inteira, esperançosa e amada.
Apesar de ser um clássico e de ter essa característica de desconstrução de padrões estabelecidos na sociedade, para mim, o livro não foi uma leitura fluida. Li espaçadamente, por vezes mesmo me arrastando. Não sei se pelo tema, que não me atrai, ou pela protagonista, que não me encantou, o livro não foi uma leitura tão boa quanto pensei que seria por ouvir falar. Quem sabe numa releitura daqui a algum tempo eu consiga enxergar a excelência que já ouvi outras pessoas aclamarem nesse livro.
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patita 28/02/2015

Que 50 tons de cinza que nada!
Quando eu tinha 10 anos eu era uma devoradora de livros, revistas e o que mais me caísse em mãos. Minha mãe escondia os livros “impróprios” na parte mais alta da estante para que eu não pudesse alcançá-los, o que me atiçava mais ainda. Mas eu sempre os alcançava com a ajuda de precárias pilhas de banquetas e almofadas. Desconfio que por isso livros como A Carne, O Cortiço e o aparentemente inocente O Amante de Lady Chaterlley nunca entraram em minha casa. Fico imaginando o furor que este livro causou na época de seu lançamento. O autor foi extremamente ousado. As cenas de sexo são explícitas e bastante descritivas. A descrição dos sentimentos dos personagens também é maravilhosa, é fácil entender porque são daquele modo e reagem de determinada maneira. Enfim, um bom livro. Ah! E me atrevo a sugerir não somente este livro mas também os outros citados nesta resenha à autora de 50 tons de cinza. Aí ela vai entender o que é erotismo.
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TÁSSIA ROCHELLI 19/02/2015

O amante de Lady Chatterley
Lawrence revoluciona com a publicação da sua mais renomada obra, pois na época em que foi publicada, 1928, foi proibida por trazer cenas explícitas de sexo.
Na história temos Constance, Lady Chatterley, uma mulher bonita, jovem e dotada de liberdade desde muito cedo. Viajou bastante, visitou grandes festas e saiu com muitos homens; e Clifford, um aristocrata tímido, que serve na 1ª Guerra mundial. Os dois se conhecem em uma das licenças da guerra de Clifford, e casam-se, vivendo uma lua de mel com duração de um mês.
Após a lua de mel, Clifford volta para a guerra e depois de um tempo regressa para casa em uma cadeira de rodas, morto da cintura para baixo. Constance utiliza seu tempo para cuidar do esposo e da casa (wragby), mas isso a entristece muito, deixando-a doente.
Sem ter uma vida sexual ativa com o esposo, Constance começa a trair o esposo com um de seus amigos que estava de visita em wragby. Michaellis é o primeiro amante de Lady Chartteley, mas não dura muito a relação, pois Constance se cansa do homem. O segundo amante é o guarda-caça da família, Mellors, com quem Constance tem momentos de muito sexo e realização como mulher. Por ele se apaixona, engravida e deixa o marido Clifford, passando a viver uma vida simples e cheia de amor e sexo.
Além de retratar cenas explícitas de sexo, a obra faz uma crítica ferrenha a classe aristocrática, que na maioria das vezes, vive de aparência.
Enquadrado na literatura erótica, O amante de Lady Chatterley, apesar de proibido na época de sua publicação, passa a ser considerado um dos romances mais célebres do século XX, dando a Lawrence o título de um dos maiores renovadores da prosa de ficção desta época.
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Lista de Livros 13/02/2015

Lista de Livros: O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence
“Os homens, gratos às mulheres pela experiência física, deram-lhes um pouco das suas almas. Depois, pareciam mais uma pessoa que perde dez tostões e encontra cinco. O jovem de Connie tinha mau feitio e o de Hilda era trocista. Mas os homens são assim! Ingratos e sempre insatisfeitos; se não são aceitos, odeiam a mulher por não os aceitar; se o são, odeiam-na por qualquer outra razão, ou por nenhuma razão, porque são crianças descontentes e nada os satisfaz, por mais que a mulher faça.”
*
“Não havia lugar para expectativa ou esperança dentro dele. Odiava a esperança. “Uma enorme esperança atravessou a Terra”, era uma frase que tinha lido não sabia onde, e à qual acrescentou “e destruiu na sua passagem tudo o que valia a pena”.”
*
“As pessoas! As pessoas eram todas iguais, com pequenas diferenças. Só queriam dinheiro.”
*
Mais em:

site: https://www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2015/02/o-amante-de-lady-chatterley-d-h-lawrence.html
Monique @librioteca 29/02/2024minha estante
Mais um que está na minha lista faz tempo. Rs


Lista de Livros 22/03/2024minha estante
É um bom livro, mas não seria exatamente aquele que eu indicaria prioritariamente... ?




@fabio_entre.livros 15/11/2014

A liberdade do sexo moderno
Constance, uma aristocrata britânica criada no seio de uma família relativamente liberal, é casada com Clifford Chatterley, que retorna da Primeira Guerra paralítico em consequência do conflito. O casal vive em uma majestosa propriedade rural inglesa, acompanhado apenas de alguns criados e da enfermeira de Clifford (que, posteriormente torna-se governanta da casa). Naquele ambiente bucólico, Constance conhece Oliver Mellors, o guarda-caça do marido e acaba por se envolver em um tórrido relacionamento sexual com ele.
Basicamente é esta a premissa do romance de David Herbert Lawrence; contudo, a obra não fica presa no modelo simplista de mais um livro sobre adultério feminino. Publicada já no século XX, a obra de Lawrence é estruturalmente inovadora em vários aspectos, sendo, sem dúvida, a abordagem sexual aberta um dos mais relevantes. Lawrence utiliza, nas constantes descrições e diálogos eróticos uma linguagem bastante crua e direta, sem eufemismos no que se refere ao ato sexual, que é mencionado em detalhes objetivos. O tratamento liberal dado ao sexo justifica por que “O amante de Lady Chatterley” gerou tanto escândalo na sua época e até problemas judiciais, o que resultou na censura de trechos mais explícitos do livro. Apenas à beira da década de 60 o texto integral foi liberado e chegou a ser conhecido amplamente.
Como já mencionado, o romance difere da maioria das histórias clássicas sobre adultério da literatura ocidental (como ‘Madame Bovary’ e ‘O primo Basílio’), especialmente porque, neste caso, a mulher tem plena consciência de seus atos, não estando seduzida pelo homem, deixando-se levar por inércia e ilusões românticas. Longe disso, Constance foi educada sob frouxos e inovadores princípios morais (já não era virgem quando se casou) e compreende seu papel ‘feminista’ como ser humano ativo, sem a passividade característica das personagens femininas nas obras do século XIX. Lady Chatterley é um símbolo da mulher do novo século, que anseia por liberdade sexual e a alcança tanto em ações quanto em pensamento. Não são raras as ocasiões em que Constance conversa abertamente sobre sexo e orgasmo com o marido inválido (ele deseja um herdeiro e até sugere que ela engravide de alguma ‘aventura’ externa) e com Mellors, de quem realiza as fantasias e vice-versa.
Entretanto, a obra de Lawrence projeta-se além do apelo carnal imperioso dos personagens: ele discute a modernização, acima de tudo; seja a própria concepção moderna do sexo, isto é, o desfrute dele sem o pudor hipócrita e os estigmas das épocas passadas, seja através do conceito mais concreto da palavra ‘moderno’ numa escala global: a industrialização. O livro fala amplamente acerca da industrialização que cada vez mais mecaniza o ser humano e suas relações na sociedade, evidenciando, paralelamente, o contraste entre a zona rural – onde se passa a maior parte da história – e a cidade, que cresce e gera lucros exorbitantes para alguns, enquanto outros são explorados em sua mão de obra.
De uma forma ou de outra, o livro de Lawrence lida com a dualidade; figurativamente, ressaltando a força e vigor instintivo e emocional do ser humano apoiados em um ambiente natural (o campo) e a perda da naturalidade de suas relações (inclusive a intimidade) através do artificialismo moderno e da mecanização da sociedade urbana. Nota-se, por fim, que “O amante de Lady Chatterley” é um romance paradoxal e complexo, insinua-se pelos caminhos da psicologia dos personagens e de questões sociais, as quais se mesclam ao erotismo e resultam em uma obra relevante.


site: http://metamorfosedaleitura.blogspot.com.br/2014/11/a-liberdade-sexual-em-o-amante-de-lady.html
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Larissa Castro 14/09/2014

Análise
Quem diz que os homens não entendem as mulheres, não conhece D. H. Lawrence. O autor, com sua percepção e sensibilidade tamanhas que beiram a genialidade, constrói em Lady Chatterley's Lover uma narrativa que mergulha profundamente no universo feminino de Constance, personagem central, traduzindo para ao leitor de forma bastante original todas as problemáticas que envolvem a vida da mesma, desde a sensação de estar presa e infeliz no próprio casamento até problemas com o corpo e envelhecimento.

D. H. Lawrence, com sua literatura perseguida, censurada, dita como obscena e pornográfica, atribuindo ao autor o título de "escritor maldito", vem a nos apresentar - primeiramente em 1928, através de publicação clandestina na França - o que se trata na verdade de um romance de linguagem tão honesta e direta, tão desmistificadora de convenções sociais, que pode ser chocante ou desconfortável até para a contemporaneidade. Críticas acerca do casamento, da adoração ao dinheiro, da perseguição pela carreira pública visando status social; a colocação de casos extraconjugais na posição de acontecimento natural, a discussão sobre a relação homem/mulher são os temas principais de composição da obra. Lawrence se mostra bastante a frente do seu tempo quando descreve personagens femininas tão sexualmente livres quanto os personagens masculinos, usando a liberdade para desconstruir conceitos antigos de que o sexo estaria sempre ligado ao sentimento amoroso.

"Uma mulher pode receber um homem sem se entregar a ele, ou sem cair em seu poder antes utilizando-se do sexo para adquirir poder sobre ele. Durante a cópula, basta que se contenha, que o deixe chegar ao clímax sem que com ela aconteça o mesmo. Por outro lado, ela pode prolongar o coito e conseguir seu orgasmo sem que o homem seja outra coisa senão mero instrumento." (Cap. 1)

Em um cenário de total melancolia - que representa possivelmente um reflexo geral de herança da guerra, mas que se agrava pelo estado depressivo em que se encontra Constance Chatterley, ao viver com o marido inválido por ferimentos de guerra numa casa distante de todo movimento cotidiano das grandes cidades, em função do mesmo se dedicar totalmente a sua escrita e a sua tão sonhada posição de escritor louvável - a obra parece conter algumas ideias existencialistas, que fica percebido ao leitor através da linha de pensamento da personagem central.

"Vácuo! Aceitar o grande vazio da existência parecia-lhe a única finalidade da vida, com todas as pequenas ocupações compondo o grande todo: nada!"

"Pois é só isso mesmo!" (Cap. 5)

[...] "O nada a envolvê-lo de todos os lados. Sinistro esse existir assim sem vida nenhuma em torno; existir na morte - apenas existir, não viver." (Cap. 10)

Outra exposição da grande sensibilidade de D. H. Lawrence acontece na construção do personagem masculino de grande complexidade psicológica, Oliver Mellors, o segundo e principal amante de Lady Chatterley. Através de Mellors, Lawrence introduz o polêmico assunto de divisão de classes, cujo caráter problemático permeia por toda a obra. Isso porque, apesar de Mellors assumir o posto de guarda-caça da família, o leitor vem a descobrir, à medida que detalhes mais íntimos do personagem vêm sendo expostos, que o mesmo se trata de um homem estudado que já havia pertencido à "classe de intelectuais" no passado, abandonando-a posteriormente por vontade própria, falando em dialeto propositalmente, quando tinha muito interesse em literatura e dominava totalmente o inglês formal, tudo isso por rebeldia às constituições sociais. Nesse ponto, especialmente, Mellors era o total oposto de Clifford, o marido, e de Michaelis, primeiro caso efêmero de Constance, assim como da maioria dos homens da época, pois odiava a busca cega por dinheiro e a forma como a sociedade era agora diferente naquela que ele chamava de "Nova Inglaterra" - podendo tais impressões do personagem constituir caráter autobiográfico, visto que coincidem com algumas opiniões do autor a respeito do tema -. Segundo o próprio Oliver Mellors, o mesmo tinha tudo o que era necessário para assumir uma boa posição no exército, mas não foi de sua vontade seguir este caminho, pois não era do seu interesse a busca pelo poder. Tal característica, segundo o personagem, fazia com que terceiros o definissem como "afeminado" ou pouco másculo. Isso faz com que o leitor infira que Mellors não é uma vítima do destino quando se trata de ocupar a posição de empregado dos Chatterley, mas alguém que assume as conseqüências de suas próprias escolhas, de sua filosofia de vida e visão de mundo.

Se tratando das questões sentimentais, a complexidade não abandona o personagem. O amante aos poucos expõe seus traumas provenientes de relacionamentos passados, especialmente os desagradáveis problemas relacionados à sua esposa, do qual é separado, porém não legalmente divorciado. Ao mesmo tempo que parece completamente envolvido com Constance, principalmente pela compatibilidade que ocorre entre os dois no ato sexual - fator de grande importância para Mellors, visto que o mesmo afirma não ter experimentado tal compatibilidade nunca antes com qualquer outra mulher - ele também hesita em entregar-se emocionalmente à Lady, por vezes retraindo-se, tornando-se frio e distante. Mas seu comportamento e sua insegurança são justificados pelo contexto problemático em que o relacionamento de ambos se encontra: Mellors na situação de amante de sua patroa, pertencente à classe dominante, cujo alto padrão de vida ele jamais poderia proporcioná-la, caso a mesma abandonasse tudo para viver com ele. Mas Constance não se importa, pois além de amá-lo completamente, é possuidora de sua própria quantia de dinheiro, que daria para sustentá-los inicialmente, caso viessem a viver juntos. E é o que realmente acaba acontecendo ao fim da narrativa, com ambos dando entrada ao processo de divórcio de seus respectivos cônjuges, constituindo assim um final feliz, como uma verdadeira obra de romance.

Tal análise é superficial diante do que um estudo profundo da obra poderia oferecer, mas à mesma já mostra um pouco da injustiça sofrida pela rica narrativa de D. H. Lawrence, quando a mesma é citada apenas como obra de conteúdo sexual explícito. Certamente, a riqueza das questões abordadas no livro vão muito além de tal aspecto. Assumindo uma postura honesta e colocando de lado pudores de uma geração - alguns estando presentes na sociedade até os dias atuais - Lawrence nos apresenta uma bela história de amor, mostrando que, apesar de a relação sexual não ter de estar necessariamente associada ao sentimento - focando tal aspecto especialmente no universo feminino através da liberdade sexual de Constance - quando ambos os fatores se unem: sexo e sentimento, alma e corpo, espírito e carne, o resultado pode ser transcendental.
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