Nina 30/12/2021
Ame ou odeie.
O livro se leva muito a sério, mas não passa de uma alternativa para passar o tempo e, quem sabe, sair de uma ressaca literária.
Com uma protagonista de 16 anos que em 90% do tempo pensa e raciocina como uma criança de 13, Nascida à Meia-Noite é o livro ideal para quem não gosta de tensões e ama clichês românticos, com direito a triângulos amorosos envolvendo homens musculosos e uma protagonista sem sal, rivalidade feminina e paixões ardentes sem muito desenvolvimento que as justifiquem.
A história é ótima se você, como eu, quiser sair um pouco da redoma de livros pesados. A escrita, embora não muito rica, te prende e consegue te levar a um universo leve de fantasia. Com exceção de ocasionais crises de raiva e reviradas de olho para a protagonista, o livro não tem nada que te leve a se sentir tenso, ansioso ou com emoções opressivas.
Não passa muito disso. A autora, numa tentativa de deixar a trama descontraída e jovial, tirou qualquer seriedade que a história pudesse vir a ter. Com piadas e trechos de alívio cômico em momentos sérios da história, Kylie, a protagonista, é infantilmente precipitada e constantemente fixada por músculos e corpos sarados nos momentos mais inoportunos. É preciso muita paciência para acompanhá-la.
Leitura para passar o tempo e trazer conforto. Dá para se apegar aos personagens e se importar com o destino deles, mas nada fora isso. Espero que os demais livros entreguem mais.
Bom para adolescentes e para quem realmente gosta de romance pouco complexo. Se eu tivesse terminado a saga quando mais jovem acredito que teria aproveitado melhor.