A redoma de vidro

A redoma de vidro Sylvia Plath




Resenhas - A Redoma de Vidro


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pinkmann 26/02/2023

muito bom porém nem tanto...
a forma como ela descreve a depressão, desde os primeiros indícios de que algo não está certo até atingir o ápice da tristeza e angústia, quando somos dominados pela doença, é muito bem escrito e eu me identifiquei demais em várias situações. acredito que esse seja o ponto forte do livro, e também como ela, mesmo naquela época, enxergava, de certa forma, a sociedade patriarcal em que vivemos e fazia críticas ao machismo e a misoginia.
porém, é impossível não notar o racismo escrachado durante todo o livro, desde o começo, até o fim, o que me incomodou bastante... é triste pensar que ao mesmo tempo em que ela era tão pra frente para enxergar os problemas da sociedade patriarcal, ainda assim tinha um pensamento tão escroto e racista :/ confesso que isso roubou bastante a minha brisa durante a leitura e por isso não consigo dar mais estrelas, embora o livro seja sim muito bom.
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bianca81 29/01/2023

Sylvia Plath tem uma escrita minimalista, sabe contar suas histórias, porém não se expõe tanto sentimentalmente. É apática e indiferente, um retrato ideal do que ela propõe a escrever. Existe um iceberg de vulnerabilidade que não é revelado ou aprofundado. O livro funciona bem como um diário da progressão de uma pessoa suicida. Termina no momento certo e toma ainda mais peso quando o leitor descobre como, quando e o que aconteceu depois que ela terminou de escrever o livro.
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ge_giusti 19/01/2022

O leitor vive na pele a depressão da personagem.
Esse livro é tão chocante... Pra quem tem ou já teve depressão é quase como estar lendo uma bibliografia sua. Cada pensamento, cada sentimento que a personagem sente é muito bem representado. Aqui vão dois dos muitos trechos que me marcaram:

"O problema em pular era que se você não escolhesse o número certo de andares, você poderia continuar vivo quando atingisse o chão."

"Eu vi minha vida estendendo seus galhos em minha frente como a figueira verde da história. Da ponta de cada ramo, como um figo roxo e grande, um maravilhoso futuro acenava e piscava. Um figo era um marido e um lar feliz e filhos, e outro figo era uma famosa poetisa e outro figo era uma brilhante professora, e outro figo era E Gê, a editora incrível, e outro figo era Europa e África e América do Sul, e outro figo era Constantin e Socrates e Attila e um pacote de outros amores com nomes esquisitos e profissões incomuns, e outro figo era a campeã da equipe olímpica, e além e acima desses figos haviam muitos outros figos que eu não podia distinguir bem. Eu me vi sentada na bifurcação dos galhos desta figueira, morrendo de fome, só porque eu não conseguia me decidir de qual figo escolher. Eu queria cada um deles, mas escolher um significaria perder todo o resto, e, enquanto eu estava sentada ali, incapaz de me decidir, os figos começaram a se enrugar e ficarem pretos, e, um por um, eles caíram ao chão, aos meus pés."
Rafael Kerr 19/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Me chamo Rafael Kerr e sou escritor. Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria - O oráculo. Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




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Francisco 07/06/2016minha estante
Gostei muito de sua resenha, se obra enveredar por esse caminho, será uma das melhores da vida!!!


Aline 20/06/2016minha estante
Sua resenha foi além do senso comum, apesar do senso comum ser de bom tato. Gostei bastante.




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Mareufq 21/08/2023

Gradualmente a letargia vai se alastrando na personagem, rasteiramente, tal como geralmente a depressão se institui. Eu achei este livro impactante!
Bem explicitado nesse trecho:
?Para a pessoa dentro da redoma de vidro, vazia e imóvel como um bebê morto, o mundo inteiro é um sonho ruim.?
A autora também aborda questões sociais referentes a identidade feminina e a própria existência humana.
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mille is reading 21/09/2023

Um soco no estômago, eu diria.
Nós mulheres meio Esther Greenwood que percorrem um árduo e longo caminho para alcançar objetivos, mas ao atingi-los, não sentem mais prazer neles. Aí, começam a priorizar hobbies e sentem-se mais inclinadas a fazer qualquer coisa, exceto aquilo que envolve esses objetivos.

O livro é bem feminino e isso fez com que eu me sentisse bem, mas do meio pro fim ficou bem depressivo. Alguns relatos com relação a tentativas de suicídio, tratamento de choque e lobotomia me deixaram um tanto quanto chocada, então é um livro bem cru. Não tem como não se identificar, de certa forma, com a protagonista, a sua solidão, sobre achar que sabe o que quer pro futuro etc. Existem alguns pensamentos sobre moral humana e o papel da mulher na sociedade no decorrer do livro.

Foi uma leitura interessante e eu diria que me identifiquei mais do que gostaria. Só devo alertar a todos que se forem ler, procure fazer isso quando estiver com a saúde mental estável.
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ultrsviolence 28/09/2023

Devastador. uma das leituras mais difíceis que já fiz na vida, tanto que demorei QUATRO meses pra terminar. senti cada palavra como se fosse um tiro no meu próprio peito. eu me vejo muito na esther, muito mesmo. me vejo muito nela e foi por isso que doeu tanto ler esse livro. doeu ter meus sentimentos verbalizados dessa forma, porque eu mesma nunca tive coragem pra visualizar eles assim. a slyvia plath é corajosa, e eu me vejo muito nela.

?Eu sabia que deveria ser grata à sra. Guinea, mas não conseguia sentir nada. Não teria feito a menor diferença se ela tivesse me dado uma passagem para a Europa ou um cruzeiro ao redor do mundo, porque onde quer que eu estivesse ? fosse o convés de um navio, um café parisiense ou Bangcoc ?, estaria sempre sob a mesma redoma de vidro, sendo lentamente cozida em meu próprio ar viciado.?
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Skoob_math 10/10/2023

Cada um de nós vive em uma redoma de vidro
Um livro quase autobiográfico sobre a vida de Sylvia Plath e sua depressão. Uma narrativa de sentimentos destrutivo que acabei de ler faz um tempo, e que inclusive já tinha dado uma nota e feito uma resenha, mas resolvi mudar tudo. O livro retrata como a depressão acaba com uma pessoa, cada vez em que Esther, a protagonista, se vê mais e mais fundo em seus próprios pensamentos, em seus próprios medos, afundada em sua ansiedade e se afogando em seus receios, nos leitores, percebemos como ela vai se perdendo mais, mais e mais, e como ela vai perendo o brilho do desejo pela vida. Um livro bom, curto, de leitura lenta, mas que vale muito apena.
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mari.moonbeam 13/12/2021

Pesado.
É um livro sobre depressão. Eu particularmente não curto muito esse tipo de leitura porque fico muito mal lendo, mas não sabia do que se tratava quando comecei.

Porém é um bom livro, é bem escrito e um tanto pesado.
Tem diversos gatilhos e não é uma leitura fácil, eu particularmente me senti bem mal lendo ele.

Não entendi o final :/
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Cris 28/03/2022

Momento errado.
Fui munido de altas expectativas para esse livro, e preciso nem dizer o resultado disso, né?
Sou fascinado por livros que desenvolvem temáticas sociais, principalmente das pesadas (a reflexão sobre diversos assuntos é absurdamente essencial, porque infelizmente ainda precisamos falar o óbvio).
Mas esse livro não me prendeu em nenhum momento, sempre fiquei na expectativa de que isso iria mudar. E foi bem decepcionante, porque realmente não me prendeu.
Completei a leitura mesmo assim porque considerei muitas coisas importantes.
Algumas partes desse livro foram fortes demais. É notório que a personagem principal acumulou diversos pensamentos no decorrer da vida e isso corroeu ela no final. Os pensamentos suicidas descritos são de apertar o coração.
Talvez em outras circunstâncias eu gostasse desse livro, por isso ainda irei relê-lo. Talvez a minha rotina não me permitiu uma experiência completa com essa obra.
Então, leiam e decidam por si, é um livro necessário. Futuramente eu darei uma nova chance e espero ter conclusões muito diferentes.
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Sil 29/04/2020

Perturbador
O jeito que a autora descreve a loucura comprova que a mesma a provou na carne.
Cleuzita 03/05/2020minha estante
Também achei perturbador, ainda mais sabendo do suicídio dela pouco depois da publicação desse livro. Depressão é coisa séria.




Karoline 25/06/2021

Esta obra da Sylvia Plath estava no meu radar há muito tempo, pois é considerada um clássico, não apenas da literatura norte-americana, mas também entre os escritos sobre o feminismo. Então, o meu interesse estava bem alto e só faltava pegá-la e lê-la mesmo. Infelizmente, o hype dessa vez foi um tanto decepcionante.

Esther, a protagonista do romance, em diversos momentos se mostrou bastante preconceituosa e isso me incomodou muito durante a leitura. Ela se utiliza de estereótipos para com personagens negros, latinos e asiáticos, além de eu achá-la com opiniões gordofóbicas em algumas passagens também.

Além desse incômodo ao longo da narrativa, confesso que o que me deixou ainda mais inquieta foi o fato de eu nunca ter lido sobre essas observações e comportamentos problemáticos em nenhum lugar antes. Eu sempre li as pessoas aclamando essa obra, o que eu entendo, pois acredito que a autora conseguiu captar muito bem a condição de uma pessoa que sofre com doença mental. Isso se deve pelo fato da escrita ser bastante fluida e imersiva, as metáforas utilizadas são muito bem construídas (a passagem na qual ela compara a vida dela com uma figueira é uma das coisas mais impressionantes que já li), e ser realmente os sentimentos de angústia e sufocamento em forma de livro.

Todavia, acredito que nós, como leitores do século XXI, temos a responsabilidade de pontuar e chamar a atenção para essas questões problemáticas, que tornam o livro um verdadeiro produto do seu tempo: anos 50, EUA, racismo e feminismo branco.
Cassio Kendi 25/06/2021minha estante
Gostei bastante da resenha! Realmente é necessário levar em consideração o momento histórico da obra para a compreensão, mas sem ser conivente com o que hoje conseguimos enxergar como erros.


Karoline 25/06/2021minha estante
Obrigada! E penso o mesmo :)




Indria 16/11/2020

Um sonho ruim
Para a pessoa dentro da redoma de vidro, vazia e imóvel como um bebê morto, o mundo inteiro é um sonho ruim.
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