* 06/05/2012Qual seu Número - Karyn Bosnak [Editora Novo Conceito]" Sim. 10,5. Eu quase tive um ataque cardiáco quando li aquilo, pois a verdade é que... bem... Greg, o imbecil do East Village, foi o 19º homem com quem eu dormi. Sim, 19, e houve outros 18 antes dele. Meu número era quase o dobro da média nacional. "
Página 04
De acordo com a matéria publicada Delilah está atingindo seu limite, falta apenas 1 homem para ela chegar a marca dos 20, se ela atingir esta marca estará perdida a chance do tão sonhado príncipe encantado aparecer. Loucura não?! Mas a matéria é categórica em afirmar que quanto mais parceiros uma mulher tem, mais longe ela está de achar um marido. Mas a marca da nossa personagem está para aumentar...
Após ser demitida do seu emprego junto com sua melhor amiga Michelle, Delilah resolve comparecer ao noivado de Dayse, sua irmã caçula, mesmo sabendo que vai ter que aturar a mãe pensando que ela tem inveja da irmã enquanto procura um motivo para sua solteirisse aguda. Ser lésbica está no topo da lista! Depois de um tempo na festa ela se vê sentada em sua velha cama, olhando ao redor de seu velho quarto enquanto se entope de chocolate, cansada dessa vida ela resolve ligar para Michelle e ver a onde os "demitidos" estão reunidos tomando umas e outras para esquecer, afinal ela deveria estar com eles.
Mas Delilah acaba exagerando na bebida e termina a noite na cama do ex chefe Roger, o cara que ela sempre ódio, desde o primeiro dia de trabalho. Mesmo sem lembrar muito bem do que aconteceu na noite anterior, nem como foi parar ali, ela tem absoluta certeza de um fato. Ferrou# Ela chegou no número 20!
"Observo-o enquanto está deitado;
Observo-o se virar na cama e coçar as costas.
Eu o observo enquanto ele coça o seu traseiro.
E logo depois, eu o observo trazer a mão
com a qual ele acabou de se coçar até o nariz e...
cheirar seus dedos? Eca!"
Página 47
Quando ela se dá conta do que fez acaba por se desesperar acreditando piamente que jogou na lata do lixo sua ultima chance de ser feliz com um cara legal, e sai pela rua sem rumo... Dalilah nunca foi muito religiosa, mas algo dentro dela a faz parar na porta de uma igreja. Ela não tinha muito a perder então resolveu se confessar, quem sabe assim Deus poderia tirar 1 ou 2 homens de sua lista. Mas o impossível acontece. Não gente, Deus não ouve seus pedidos. O padre é um desses ex.
Depois do susto inicial de contar toda sua vida sexual, para um padre que participou da tal vida sexual eles acabam conversando sobre os problemas de Delilah, e o padre surge com uma ideia. Ele pede a ela que faça uma lista desses 20 homens e depois pense porque não deu certo cada um desses relacionamentos. Assim ela poderá entender e ficar em paz consigo mesma. E claro, se arrepender de um por um! rs. Óbvio que ela só ganha o perdão divino com um arrependimento sincero. Mas isso não vem ao caso.
Delilah resolve aceitar os concelhos do padre e faz a tal lista.
Essa é a quantidade de pessoas que constaria na lista
de uma pessoa normal.
Mas eu não sou normal, sou uma vagabunda, e
sendo assim, minha lista continua na página seguinte".
Página 75
Ai sim o livro começa... Delilah terminou a lista, mas nem por um momento ela resolve deitar no sofá e realmente pensar no motivo do termino de todos aqueles relacionamentos, ao invés disso ela tem uma ideia. Uma ideia que ira salva-lá da ruína. Ela vai atras de todos eles... Vai descobrir seus endereços e telefones, segui-los e sem querer esbarrar neles em algum lugar.
Já que o número máximo de homens com que uma mulher pode dormir são 20, Delilah acredita que pode ter deixado o príncipe encantado escapar no decorrer de sua vida e vai fazer de tudo para encontra-lo, ou melhor dizendo reconquista-lo.
Mas será que um ex é a solução?!
Minha Opinião: Qual seu número? Foi um dos livros mais desejados por mim no ano passado. Tipo ontem rs... Voltando... Sabe como é quando você lê uma sinopse e já tem completa certeza de que vai AMAR o livro?! Pois bem, foi assim! E é claro que eu não me arrependi em nada ao decorrer das 414 páginas.
O livro é super leve de ler apesar do grande número de paginas, eu o li em apenas 2 dias. Ele é narrado em primeira pessoa pela própria Delilah, mas contem as famosas listas, alguns e-mail e mensagens deixadas do telefone dela. A diagramação é perfeita e a capa é sensacional. Adoro capas com a foto das pessoas principalmente dos atores quando o livro virá filme, que é o caso de "Qual seu número?".
Quanto a trama... A maioria das pessoas alguma vez na vida já sonhou em reencontrar um ex namorado (a), mas garanto que 99% dessas pessoas imaginou uma cena mais ou menos assim: Você linda (o), andando em um carro importando, exalando felicidade de todos os poros do seu corpo encontra um ex, que intimamente você odeia e assim que ele te olha e vê o quanto você mudou/ficou linda/e rica cai aos seus pés e diz "Você não sabe como eu me arrependo de ter te perdido", ai você vai ter o prazer de dizer F*D*-SE ou NEM LIGO IDIOTA. E vai sair toda feliz para sua vida feliz!
Ok, exagerei um pouco hehehe. Mas voltando ao livro nossa personagem faz exatamente ao contrario. Ela vai contar com a ajuda do seu vizinho, aquele do qual ela não consegue tirar os olhos para encontrar todos eles e sai em uma viagem louca pelo país tentando reconquistar um por um.
Não preciso comentar que toda essa história é palco para milhões de risadas, preciso?! É até difícil descrever qual desses reencontros é o mais cômico. O melhor de tudo é que você não fica sem entender como o tal relacionamento começou ou porque terminou, conforme ela vai tentando se aproximar de um, ela nos narra tudo que precisamos saber sobre ele.
No meio dessa busca pelo homem dos sonhos Delilah também terá que aprendera lidar com a mãe, que é controladora ao extremo, sua irmã caçula que está se casando e pensar em um jeito de arrumar um novo trabalho.
Quanto aos personagens não há criticas a fazer. Karyn realmente sabe fazer com que o leitor se apaixone por tudo que ela coloca no papel. Delilah é maluca, engraçada, pirada e psicopata como toda mulher. Ela é o que todas nós somos as vezes. Quem nunca se preocupou em ficar solteirona? Quem nunca cometeu erros? Todas as dúvidas da personagem já atingiram ou vão atingir todas as mulheres em alguma etapa da vida. Colin, o vizinho/detetive particular, ao decorrer do livro pude aprender a admira-lo. Se vê de longe que ele não é perfeito, mas se empenha para fazer de sua vida mais feliz, fazendo o que realmente gosta. Achei super fofo o modo como ele passou a realmente se preocupar com a Delilah no meio da maluca viagem sem destino. Bom enfim adorei o personagem. A mãe neurótica também foi uma jogada de mestre da autora, serviu para muitas risadas. Não posso deixar de comentar do avô da personagem, que na realidade foi um pai a vida inteira, me emocionei em varias passagens com ele. Para finalizar todos os personagens são ótimos, mas como eu sou suspeita minha preferida é a Eva.
Quem é Eva?! Um cachorro que sorri! Amei. Mais uma loucura da personagem.
Para finalizar, as ultimas paginas de um chick-lit em sua maioria sempre são previsíveis. "Qual seu número" não fugiu totalmente da regra, mas a autora fez acontecer de um jeito que eu simplesmente me apaixonei. Não poderia ter tido um final melhor.
Termino essa resenha deixando pra vocês meus trechos
preferidos do livro...
- Colin, você já pensou que pode estar sendo idealista demais? Você já parou pra pensar que pode estar esperando encontrar algo que, na verdade, não existe? Não estou sendo pessimista, e, embora eu queria acreditar que um “bum” ou um “nós” existam, eu não tenho certeza de que ainda acredito. [...] - É claro que existe - diz Colin, ardentemente. - Mas, como eu lhe disse, algumas pessoas demoram um pouco mais para encontrar esse alguém especial.
Página 340
- Delilah a vida está cheia de dor e beleza. É uma jornada, uma experiência de aprendizado. Você sempre foi uma garota que aprendeu fazendo, e não por meio de leitura ou escutando alguém falar. Não mude isso em você. Não mude agora. Você é jovem demais.
- Já tenho quase 30 anos, vovô. Meu aniversário é daqui a duas semanas.
- Não, você tem somente 30 anos. Bem, quase. Ouça o seu avô, que tem 75. Você ainda tem muito o que viver. Página 391
Classificação: 5/5 Terminei o livro com vontade de ler outra vez!