O filho de mil homens

O filho de mil homens Valter Hugo Mãe




Resenhas - O Filho de Mil Homens


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Jeniffer 25/03/2017

Primeira obra de Valter Hugo Mãe que tive o imenso prazer de ler e a surpresa ao me deparar com um livro tão poético e bem escrito foi grande e maravilhosa.

O livro narra sobre a vida de Crisóstomo, o qual acredita que ao ter um filho irá completar-se como um homem feliz e plenamente satisfeito com sua vida. Depara-se com um menino na rua, com sua vizinha mandando-o sair de casa para trabalhar. Ao avistar a criança, Crisóstomo tem certeza de que encontrou o filho que tanto sonhava e decide adotá-lo. A vida dos dois juntos não poderia ser melhor, porém Crisóstomo ainda depara-se com uma moça, sentada em seu lugar na praia, pois ele era pescador e viva de frente para o mar, e assim começa outra história de amor.
enredo não é linear. Inicia-se com a vida do humilde e sonhador pescador para depois perpassar por outras personagens, como Rosinha , Antoninho, o filho “maricas” de dona Matilde, e a própria vida do garoto encontrado, Camilo, e sua mãe, a anã vigiada por toda a pequena cidade onde se passa a trama.

É preciso deixar claro que o espaço em que ocorre a narrativa parece ser de um interior de uma região bem humilde e simplória. E a linguagem utilizada pelo autor deixa bem claro isso. Antoninho é o personagem denominado “maricas” pelos personagens, extremamente hostilizado numa cidade preconceituosa e sem grande conhecimento sobre o mundo e as diferenças sociais existentes. Sua trajetória em O Filho de Mil Homens é extremamente difícil e conflituosa, consigo mesmo até, por desejar ser alguém “normal”, aceito por todos, principalmente por sua mãe.

A história da mãe de Camilo também é extremamente significativa quanto à discriminação e hipocrisia social com uma mulher, anã, solteira e grávida. Sua história continua com o nascimento de Camilo e o aparecimento do seu avô. A história dos dois é de uma poesia linda, os diálogos e as cenas finais entre esses dois personagens são emocionantes e ao mesmo tempo singelas.

Eu poderia descrever um pouco sobre como cada personagem e suas histórias me cativaram, comoveram e despertaram sentimentos bons em mim durante a leitura desse livro; mas nada se compara ao ato em si da leitura sobre Crisóstomo, Rosinha, Antoninho, Camilo e Matilde. Valter Hugo Mãe tem uma escrita maravilhosamente poética de beleza extraordinária.

site: https://monautrecote.blogspot.com.br/2017/02/resenha-o-filho-de-mil-homens.html
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Jéssica - Janelas Literárias 25/03/2017

Mãe tem um jeitinho muito especial de escrever. Esse tom onírico, metade real, metade fantasia com que ele monta suas histórias é encantador. Sem falar da incrível facilidade de combinar o poético com o visceral. ⠀

O filho de mil homens é uma história sobre paternidade, sobre como família é a arte de criar laços, muito mais do que uma linhagem de sangue. ⠀
Os personagens são excluídos e estigmatizados sociais. Presos e estagnados em suas próprias desgraças, eles vão obter sua emancipação por meio do encontro. A crítica do moralismo hipócrita e do decoro se esconde por trás da percepção ingênua de Crisóstomo, Isaura, Antonino e Camilo.

É um livro que fala de desejo e censura. E desde muito cedo o ser humano vem aprendendo a domesticar os seus desejos em nome do bem social. Mas, parece também que há muito tempo o homem desaprende e desconstrói tudo que lhe foi passado em nome dessa coisa que chamam felicidade.

site: https://www.instagram.com/p/BNzML33jTs6/?taken-by=janelasliterarias
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EliAntonopoulos 27/04/2017

Beleza que doi na alma: O filho de mil homens
O filho de mil homens, de Valter Hugo Mãe, é um daqueles livros arrebatadores, que te fazem querer ler sem parar. Te tocam no fundo da alma, captando vidas, dores e amores. Não te deixam sem esperança na vida e nos homens, pois falam de pessoas que mudam o mundo pois amam a beleza do viver, ainda que não sejam ingênuos em acharem que o sofrimento não exista.
Se há personagens de que nunca me esquecerei, serão os dessa estória. Principalmente dois: Crisóstomo e Antonino!
Amei!
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William.Almeida 10/05/2017

Muito mais que um livro, um tratado de convivência entre as diferenças
O livro trás a proposta também presente em Toda Luz Que Não Podemos Ver, de compartilhar o amor e por assim dizer, acreditar que sentimentos bons podem surgir mesmo quando não há condições para tanto.

Este livro possui uma escrita permeada de ternura, praticamente impossível parar de ler!
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Christine.Jara 10/08/2019

Melhor leitura do ano.
Quanta beleza em forma de palavras, tão lindo que chega a doer, o amor e a transformação. Não dá pra descrever, leiam.
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Julia 17/06/2024

"Os filhos, pensava ele, são modos de estender o corpo e aquilo a que se vai chamando alma. São como continuarmos por onde já não estamos e estarmos, passarmos a estar verdadeiramente, porque ansiamos e sofremos mais pelos filhos do que por nós próprios, assim como nos reconfortam mais as alegrias deles do que a satisfação que directamente auferimos".
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Toni 11/09/2019

Um livro de mil qualidades
Valter Hugo Mãe já se tornou um dos meus autores preferidos. Este é o segundo livro dele que li (o primeiro foi o ótimo A Máquina de Fazer Espanhóis).

Existem escritores que são criadores de boas histórias, tramas e mistérios. VHM é diferente, sua obra se aproxima muito mais da poesia do que do romance. Aqui, não são as histórias que mais importam, e sim a forma como elas são contadas. E nisso, o português é imbatível.

Sensibilidade, beleza, poesia, amor. Mãe transforma personagens sofridos em felizes. Mostra como a pequena felicidade pode ser grande. Tudo de forma simples e inspiradora.

O que dizer do protagonista deste livro? Crisóstomo é o pai de mil filhos e filho de mil homens. Uma pessoa que mudou o mundo, mesmo que esse mundo seja bem limitado. Me identifiquei muito com ele e me pegava sorrindo a cada frase que o nosso herói soltava.

O Filho de Mil Homens fala de preconceito, solidão, amizade e, sobretudo, de amor. Este livro é amor puro. Um amor que não cabe no peito, mas que se torna possível através de suas breves linhas. Que livro lindo!

VHM é um autor que merece ser lido por todos. Eu farei minha parte e tentarei ler todas as obras que este grande artista produzir.
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Thais Trench 20/09/2019

Sem palavras
Apenas: PERFEITO!
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Carolina 08/10/2019

Da grande família humana
O que mais gostei no livro foi a maneira como as "humanidades" das personagens foram entrelaçadas em suas várias camadas: sentimos de maneira parecida, sofremos com a mesma intensidade, somos bem iguais... e como é bonito me enxergar em outrem, ainda que também possa ser bem triste.
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Bruno 15/10/2019

Bom!
Eu de fato fui ler com altas expectativas, que não foram atingidas. Gostei do lirismo do Valter Hugo Mãe, porém a construção da história como num todo eu não curti, ele meio que joga as coisa fragmentadas, isso me decepcionou um pouco pois me pareceu os personagens isentos de cuidado em um cenário desprovido disso. O livro na reta final me deu esse deslumbre de sutilezas positivas. Boa história mas nada grandioso !
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Patty.Minie 20/11/2019

O filho de mil homens
Valter Hugo mãe conta a história de Crissostomo um pescador de 40 anos que vivia sozinho em sua casa perto do mar com um boneco grande cheio de botões. Conversava com esse boneco como se fosse seu filho. O grande sonho de Crissostomo era poder ter filho, sonhava com um tempo em que o homem pudesse gerar um filho sozinho, para ele sua vida só se tornaria completa quando tivesse um filho que pudesse perpetuar sua história. Por ironia do destino, em uma cidade não muito longe do mar, ocorria uma história em que uma Anã que morava sozinha numa casa pequenina e que tinha uma cama de casal enorme. De repente essa Anã se vê grávida e acaba falecendo ao dar a luz a um menino. Esse menino se vê sozinho quase não sobrevive, o padre da cidade não sabe o que fazer e então surge um velho viúvo que quer criar o garoto , o padre não achou muito bom um velho sozinho se encarregar disso. Mas pensou bem e refletiu que não seria saudável para o garoto ser criado numa cidade que qualquer um dos homens poderiam ser seu pai e nenhum teve a coragem de reconhecer a paternidade e além disso as mulheres da cidade iriam odiar a criança por lembrar da traição de seu marido. Por conta disso o padre deixa o velho criar o menino.
O velho deu o nome para o menino de Camilo, criou contando que era seu avô e falava muito da sua amada esposa, mas nunca contava pro Camilo sobre sua mãe e pai. O pior acontece, como o padre prévia, o velho não durou muito tempo e acabou deixando Camilo sozinho e desolado. É aí que o destino cruza a história de Crissostomo um homem que queria muito ser pai, e um menino órfão que queria ter uma família. Uma história com várias histórias pararelas que no final por conta do destino essas histórias são cruzadas
Vale muito a pena a leitura
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Cricia.Ramos 24/11/2019

O filho de mil homens
Uma leitura cheia de emoções com personagens que nos traz a reflexão do que é a realização de sonhos sobre o desejo de ter uma família. O livro aborda temas como preconceito, diferença, tristeza, alegria, realizações e aceitação do outro. Uma leitura quase que obrigatória para nos lembrar do que é ser humano!
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Debora.Vilar 24/11/2019

Ser ou estar: uma questão de razão e coragem.
O que fazer quando percebemos que não nos encaixamos na família, no trabalho, na roda de amigos e na falta de amor? O medo amálgama a razão, medo da solidão, medo de enfrentar a realidade que humilha.

A obra aborda de forma poética sobre sermos o resultado de séculos de uma determinada cultura e costumes. O cotidiano social está carregado de rituais pachorrentos e de sisudez, em nossas ações está refletida a história de nossos ancestrais.
Contudo esse transcurso não é um mutação estática somos devir. Representamos a mescla de passado e presente em constante transformação e, o futuro formará novas gerações, negar a esse fato é negar a si mesmo e toda história que carregamos nas células.
Fazemos parte de uma grande família.

Angústia, medo e solidão são sentimentos tão legítimos como a alegria, a esperança e o amor. Porém apesar de genuínos são sentimentos capazes de nos impedir de ver o próximo como irmão, além de mutilar forças para reclamar a plenitude do ser sobre o estar.

O desejo de aprender a arte de amar não pode ser menor que a dor da rejeição. A necessidade de amar e ser compreendido são maiores que a fome, a sede ou o cansaço, não são do plano físico e por isso somos seres complexos e transcendentais.

É o amor, e a esperança da ação, que nos impulsiona na mudança da realidade nos transformando não só de forma endógena o exógeno também.
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Gisele Gusmão 26/11/2019

O filho de mil homens, Valter Hugo Mãe
A narrativa se desenvolve numa pequena aldeia e envolve temas como temas machismo e homofobia. Mostra a construção de uma família a partir de um homem que decide ser pai, não, como era de se esperar, fazendo um filho mas procurando um filho na aldeia que estava abandonado já que ele era o pai. A estória se desenvolve daí e vai apresentado várias personagens e discutindo vários temas. Excelente leitura.
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Luciana1005 26/12/2019

O filho de Mil homens
Esse livro estava em minha cabeceira há uns bons meses, aguardando uma brecha, entre as várias leituras concomitantes que estava fazendo, até o dia que não resisti. Ele me chamou com uma força quase sobrenatural. Não houve atraso em leitura coletiva, demanda de trabalho, ou quaisquer argumentos lógicos que me impedisse de tomá-lo naquele momento.
Para as pessoas que acreditam em anjos, eu sou uma delas, acho que eles nao me sopraram ao ouvido " leia O Filho de Mil Homens ". Eles me tomaram num vendaval de docura asfixiante. Seria lê-lo ou ser engolida por aromas desconhecidos, que já estavam presentes, antes mesmo de serem exaltados.
É verdade que eu já havia me impressionado com a beleza simples do poemas do autor de " O paraíso são os outros ". Livro que ganhei de presente da minha querida. Bem, então as criaturas mágicas não tiveram um trabalho tão difícil assim!
Ao iniciar a leitura, não conseguia mais parar. A beleza de suas palavras, a construção de seu quebra cabeça de emoções, seu ritmo e seu dengo, me impossibilitaram. Respirava suas linhas e parecia que o mundo estava tão colorido e brilhante quanto às cores da capa do livro. Quando terminei sua última linha, era um misto de saudade e gratidão.
Fiz como faço com os santos. Não os protegidos pela eternidade, mas os que desafiam mortalmente as desumanidade do mundo, com seu excesso de amor, de se dar, de compreender e aceitar tido que é de amor. De combater o que novo for, não se acovardando diante das dores, quaisquer caras e cores que tenham quem as possua.
Rezei por Valter Hugo Mãe, porque amar assim...não é seguro.
Agradeci sua generosidade, por tanta beleza que me proporcionou.
Pensei preocupada: e agora, como me contentarei com menos VHM?
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