Tati 25/02/2016Ideia interessante, ritmo razoável.Li agora, aos meus quase 25 anos, interrompendo minha maratona de obras da Agatha Christie. Li também tendo em mente se tratar de um livro infanto-juvenil. Tive a atenção chamada pela sinopse: crimes temáticos ocorrendo com aviso prévio codificado por diferentes tipos de besouros que indicavam o tipo de morte que acometeria a vítima, invariavelmente caracterizada por ser ruiva e cheia de sardas.
O que achei: a ideia pareceu bem legal, gostei da revelação final quanto ao que levou à série de assassinatos, mas achei que o ritmo dos acontecimentos, o fluxo mesmo da narrativa acabou ficando estranho. Enquanto os crimes aconteciam, tudo era muito rápido, por vezes inconsistente; todavia, em um dos últimos capítulos, foi como se se desse um grande freio na fluidez da história, como quando estamos no meio de uma ventania e ela, por súbito, cessa.
Daí para as explicações, apesar de, como já referi, ter gostado da proposta quanto ao que levou àquilo tudo, somaram-se muitas inferências tentando cobrir todo e qualquer buraco deixado na história. Isso achei desnecessário e até artificial. Taparam-se os buracos sem amarração, pela obrigação de tapar, o que não me pareceu satisfatório. No entanto, para um livro infanto-juvenil, é possível relevar muita coisa.
Foi uma leitura agradável e penso que, com o filme anunciado, pode-se fazer uma boa adaptação, desde que não se tente seguir exatamente o mesmo estilo de narrativa, que não me parece funcionar bem, seja para o livro, seja para uma arte visual. Como indicação para a leitura em idade infantil e adolescente, me pareceu muito bom.