Matheus 02/02/2013
Um livro monótono, escrito apressadamente
Eu cheguei a gostar do livro, e esperar pelo segundo, mas aqui vou expressar meus sinceros sentimentos quanto à escrita de Veronica Roth.
Já li livros de vários autores, e ela foi a que mais me decepcionou. O livro começa até bem legal, um novo mundo dividido em facções onde todos se aventuram, mas, a partir da cerimônia de escolha das facções, tudo vai por água abaixo.
Tudo é extremamente apressado depois disso, ao invés de os escolhidos da Audácia irem para uma espécie de pequena aula, para ensinar a "arte" de pular de trens em movimento, eles simplesmente vão para a ferrovia como se fosse algo do tipo: Vocês fizeram isso a vida inteira, Vamos! Isso vai te tornar legal e divertido! E aí vocês pulam desse trem para um prédio e desse prédio para um buraco com uma rede!
E aí todos começam a fazer tatuagens adoidadas para provar que são realmente fortes. Então vem um incrível treinamento de manuseio de pistolas e arremesso de facas, misturado depois a simulações sem o mínimo sentido. Coloque no meio disso uma "incrível aventura" de pular de um prédio e você verá como o livro é escrito só para fazer pensar que a personagem principal se tornou uma Chuck Norris versão feminina.
E, só para piorar tudo, o livro começa a se desenrolar em um tedioso e mal escrito romancezinho que inspira tudo o que acontece depois. E, nos momentos finais, quando Tris, a incrível, fica presa em um dos seus supostos medos, como se tudo estivesse escrito, sua mãe aparece matando todo mundo e a salva, depois com o caminho livre para a saída.
Se esse livro devia me trazer algum pensamento específico, eu não o vi. Simplesmente tenho certo desprezo por todos que fizeram esse livro ir para um dos mais vendidos do New York Times. Provavelmente, foram aqueles que amam romances doentios como Crepúsculo. Lamentável.
No final das contas, o livro é monótono, como se tudo já estivesse programado para acontecer, e nada surpreendente. Espero que o segundo livro seja melhor.