Nickolas2 24/03/2024
Obra intrigante, inovadora e com reviravoltas.
De maneira geral, obra inicia com a personagem Beatrice Prior em um mundo distópico, dominado por facções que estruturam as ?funções? dos indivíduos. Uma delas, por exemplo, chama-se audácia, denominados como a ?polícia? da cidade, responsáveis por manter a ordem e o status quo. A personagem Beatrice, ou Tris, abandona sua antiga facção e entra para a audácia. Contudo, a personagem é uma ?Divergente?, termo cunhado para designar indivíduos que não se encaixam em nenhuma das facções, porém são perseguidos pelos grandes governantes como maneira de perpetuar a base social e evitar rebeliões e revoltas coletivas.
Boa parte do decorrer do livro refere-se ao dia a dia de sua iniciação na nova facção, os treinamentos e aplicações práticas que desumanizam, exploram os piores medos do ser humano e são tratados como máquinas. A personagem, ao decorrer da obra, apaixona-se por um dos líderes da audácia, Quatro, abordando também na obra o desenvolvimento afetuoso de ambos. Com relação a este desenvolvimento, achei um tanto quanto fraco e supérfluo: em um primeiro momento, Quatro demonstra guardar ao máximo seus medos para si e diz à Tris que não os compartilha com ninguém, porém em um segundo momento o mesmo mostra todos os medos para a personagem por meio de uma simulação, mesmo ainda não tendo um vínculo afetivo forte pois acabaram de se conhecer.
Ao final do livro, as reviravoltas dos grandes líderes das facções ao descobrirem a verdadeira identidade de Tris levam a uma perseguição intrigante e agrega diversas reviravoltas com o passar dos capítulos. A obra se apresenta de forma inovadora, ao criar um mundo totalmente autêntico e distinto de outras obras literárias distópicos, além de aprofundar nos sentimentos da personagem principal, seus medos inconscientes e seus relacionamentos com outros indivíduos ao seu redor.