Olhai os lírios do campo

Olhai os lírios do campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Alan188 20/10/2021minha estante
Linda resenha!!!




Gabriel.Almeida 15/01/2024

"A paz interior se conquista com sacrifício da paz exterior"
Indisposto para escrever uma resenha impessoal sobre esse livro quando eu só penso nos pontos altos dele que mexeram comigo.
Sobre o livro: resumo que o enredo é bem-estruturado, com ápices distribuídos de modo que não cansa o leitor, e a linguagem é fluída. Essa questão da linguagem é interessante porque ele é contemporâneo do período escrito, então serve bastante também como documento histórico e retrato sociopolítico da época.
Sobre o efeito do livro em mim: senti como se tudo que eu tento falar sobre a vida fosse contado através da história de Eugênio - o médico protagonista. Por isso, me senti o próprio autor escrevendo as frases de efeito. Me senti exposto, descrito, envergonhado tal qual Eugênio, em todos os momentos em que me distanciei de Jesus.
Me senti, em todas as vezes que olhei os lirios dos campos, orgulhoso e realizado, também igual Eugênio em seus momentos que deu ouvidos a Olívia - a médica que, em muitos aspectos, li como uma representação do próprio Jesus.
Me senti o escritor e o personagem ao mesmo tempo, e por não ter conhecido tantos livros do gênero, estou inseguro de julgar se estamos diante de uma obra digna de 5 estrelas; mas como meço a qualidade de uma produção por sua capacidade de me tocar, seria injusto qualquer elogio menor que o êxito máximo.
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Lala 02/01/2021

Aquela obra que nos encanta a partir da capa.
Olá gente. Tudo bem?
Passando aqui para dizer a vocês que está obra é super maravilhosa. Recomendo a cada um ler, pois é um livro que te faz pensar em vários assuntos importantes que ainda acontecem nos dias atuais.
No começo da literatura, se tem um certo embaralhado com a história, mas no decorrer do enredo, o leitor em si começa entender o assunto ao ponto. Então, é importante prestar atenção em cada detalhe.
O que mais me deixou inquieta na leitura, foi o fato de se ter o preconceito pelos judeus, o que me fez ficar muito pensativa, porque o modo de as pessoas agirem com esse ser humano na história não é citado, mas podemos perceber que existe muito preconceito em relação ao personagem.
Outro ponto importante que fiquei meia boquiaberta, foi os sentimentos de amor que existe dentro da história, as traições a queima roupa, o que é muito engraçado. Os médicos em si, contanto todas as suas magoas aos seus colegas, os namoros e tudo mais, é realmente muito interessante.
Para encerrar, um assunto que percebi muito na obra, é como os médicos agem com os seus clientes, a forma como acolhem os outros seres humanos, as vezes com frieza ou não, dependendo se cada um está com mau humor ou não. Isso faz pensar que todos os doutores daquela época não fazer o seu trabalho por amor e si por obrigação.
E é isso, até a próxima resenha!
Ruan.Henrique 14/01/2021minha estante
Adorei sua resenha. Eu tô tão imerso na história que as horas voam e nem percebo


Lala 26/01/2021minha estante
Que bom que adorou. A leitura faz com que nós seres huma possam sonhar cada vez mais por conta das histórias.




Vinicius 08/02/2020

Livro importante
Livro importante pra entender baixo-auto estima, ganacia e buscar um pouco de paz de espirito
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Gabriela Gonçalves 12/12/2022

Gostei bastante da leitura e da maneira que foi narrada. O livro é dividido em duas partes e achei a primeira superior a segunda. Em alguns momentos, o estilo da narrativa me lembrou Ciranda de Pedra da Lygia Fagundes Telles. Não consegui me afeiçoar muito ao personagem Eugênio, apesar de entender algumas de suas escolhas. A Olívia é a personagem que mais gostei, mas que ao mesmo tempo sei pouquíssimo sobre ela, gostaria que tivesse sido melhor desenvolvida. O autor não gosta muito desse livro: "Confesso, entretanto, que não tenho muita estima por este romance. Acho-o hoje um tanto falso e exageradamente sentimental. Sua popularidade às vezes chega a me deixar constrangido". Ao ler esse prefácio, fiquei intrigada em entender o porquê dele não gostar. Terminei a leitura e, de certa maneira, concordo com Verissimo. É uma leitura interessante, mas que chega a ter muitos clichês forçados. A segunda parte parece caminhar para lugar nenhum e a "mudança" de Eugênio não me convenceu nenhum pouco. Acho que tem passagens muito bonitas e que rendem boas reflexões, mas acabam sendo superficiais. Mas apesar de tudo, gostei de ler esse livro e de conhecer a escrita de Erico Verissimo. P.S.: Acho esse título tão bonito! (é de uma parte do sermão da montanha).
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Thamara 21/03/2020

Inspirador
Livro que me prendeu de início ao fim.
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Gaby 22/05/2022

Olhai os lírios do vale.
Livro polêmico que dá o que falar, o próprio autor no começo do livro diz que não se orgulha dessa obra. Minha experiência foi boa, gostei bastante do livro, nada que me impacte, gostei bastante da construção do livro. Só que na 2 parte o livro deixou a desejar, mostrou um Eugênio transformado, no meu conceito, foi algo do dia para noite, uma mudança súbita e repentina, só por causa da Olívia, não sei, talvez eu não tenha entendido o conceito. Mas em geral, foi um livro muito bom, que tem como tema principal o sermão da montanha que Cristo deu, e mais precisamente nessa fala dele: Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Porém, eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé?.
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Rodrigo1001 21/02/2023

Estol (Sem Spoilers)
Título: Olhai os Lírios do Campo
Autor: Érico Verissimo
Editora: Globo
Número de páginas: 290

Foi com uma certa surpresa que li a autocrítica feita por Verissimo quanto ao seu quinto e um dos seus mais famosos livros. Em um primeiro momento, disse o autor: “?Posso afirmar que só depois do aparecimento de Olhai os Lírios do Campo é que pude fazer profissão de literatura”?.

Já em um segundo momento, o mesmo autor confessa o seguinte: “?Não tenho muita estima por este romance. Acho-o hoje um tanto falso e exageradamente sentimental”?.

Minha surpresa não diz respeito ao abismo entre as duas avaliações completamente antagônicas, mas sim por expressarem tão bem o sentimento que tive ao chegar na última página. Fiquei completamente dividido.

O principal ponto positivo de Olhai os Lírios do Campo é a estrutura narrativa da primeira parte da obra. Ocupando praticamente metade do livro, essa parte mostra o protagonista Eugênio se deslocando ao encontro de uma amiga de infância. Durante essa viagem, deveras angustiante e desesperada, a memória do personagem vai reconstituindo os acontecimentos passados, desde a infância de Eugênio até bem próximo da ação presente, até que eles expliquem completamente o drama vivido por ele. É elegante, pois o autor faz uso da combinação de dois eixos temporais na narrativa (técnica, inclusive, que seria usada anos mais tarde na escrita de seu outro livro O Tempo e o Vento). Bem escrita, redonda e empolgante, o livro decola e crava no leitor as garras da curiosidade. A velocidade de leitura aumenta.

O problema, então, vem na segunda parte. Pra usar de uma analogia, posso dizer que o livro entra em estol. Explico: quando um avião ultrapassa o limite máximo de inclinação, chamado de ângulo de sustentação máxima, ele entra em estol e perde sustentação rapidamente, ocasionando a perda de altitude. O estol acontece porque a inclinação impede que o ar circule sobre a parte superior da asa. E isso faz a aeronave despencar.

Pois é bem aí que falta oxigenação e que entra o sentimentalismo exacerbado, a filosofia salvacionista que coloca em xeque a qualidade do livro. O aprimoramento técnico da primeira parte é abandonado, o enredo se torna quase que inteiramente linear e, temo dizer, monótono. Tem-se uma incômoda impressão de se estar lendo quase sempre a mesma coisa. O leitor já sabe que se trata de uma redenção do personagem, mas se sente saturado por páginas intermináveis que tentam explicar o que já está muito claro. Se torna repetitivo, pra ser exato.

Por fim, o livro perde o brilho, inverte o movimento de curiosidade crescente e aterrissa em um pouso sem maiores emoções. Voo de galinha.

Dito isso, deixo um alerta: é evidente que a valorização temática de Olhai os Lírios do Campo oscila de acordo com as perspectivas do leitor e tenho certeza absoluta que para algumas pessoas esse é ou será o seu livro de cabeceira. Para mim, malgrado seja, não o vejo como nada além de uma literatura mediana, morna, que não é absolutamente ruim, mas que poderia ter sido muito melhor.

Leva 2.5 de 5 estrelas.

Passagens interessantes:

“Só foge da solidão quem tem medo dos próprios pensamentos, das próprias lembranças” (pg. 92)

“A vida começa todos os dias” (pg. 151)
edu basílio 22/02/2023minha estante
as metáforas de que você se vale em suas resenhas já valem os livros em si :-)


Rodrigo1001 22/02/2023minha estante
Sempre um gentleman! Obrigado pelos comentários e por permanecer ;-)




Faby 19/05/2021

Uma das melhores leituras que já fiz.
Tentando me recompor dessa leitura. Foi com certeza, um dos livros que mais me fizeram refletir sobre temas como: a ganância, a sociedade, a felicidade, a busca por status e reconhecimento e sobre como vivemos nossas vidas. O livro foi um choque de realidade a cada página.

No início do livro cheguei a odiar Eugênio decido às suas atitudes. No desenrolar da história, ele conseguiu conquistar minha simpatia e com isso comecei a sofrer junto a ele e torcer por suas vitórias. Os diálogos entre Eugênio e o Dr. Seixas são os mais interessantes e profundos.

O livro também apresenta um arcaísmo literário porém, de uma forma suave sem deixar a leitura pesada ou cansativa.
É muito forte a presença da cultura brasileira (típico de livros nacionais). A escrita, a história, a narração são bem diferentes de qualquer livro estrangeiro.

Além da reflexão, me identifiquei com diversos momentos da história. E até associei uma determinada passagem ao conto O Alienista de Machado de Assis.

Quando criança ganhei esse livro na escola e nunca havia lido. Acabei me desfazendo dele. Quase 20 anos depois, resolvi compra-lo e iniciar sua leitura. Não imaginava o que estava por vir. Foi uma das melhores leituras que já fiz.
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Mari 24/06/2020

Você trocaria o verdadeiro amor em nome da ambição?
O título da obra é uma referência ao Sermão da Montanha, que é um resumo perfeito para a história de um materialista que estragou o presente por medo do futuro.

Eugênio e Olívia foram colegas no curso de Medicina. E ela, assim como ele, era pobre e formou-se com sacrifício. Nutriam um amor puro um pelo outro, mas tomaram rumos diferentes pós faculdade: ela foi para outra cidade trabalhar e ele se concentrou no seu projeto de vida: enriquecer e ser respeitado.

A recordação amarga da infância pobre, da vergonha e, ao mesmo tempo, da raiva que sentia do pai o moviam cegamente nesse propósito.

Finalmente, casa-se com uma mulher rica, filha de um industrial, e vive um casamento de fachada. A saudade de Olívia o corrói, a covardia, o vazio e os sentimentos de rejeição e inferioridade o perseguem.

O arrependimento só veio mais tarde quando recebe a notícia que Olívia está internada e não vai bem da saúde. A partir daí ele vai tentar fazer o caminho de volta e encarar os seus fantasmas.

Achei uma bela história, sentir as angústias e dores de Eugênio. Lamentei o que não foi e poderia ter sido. Sentir pena e raiva de Eugênio.

Recomendo a leitura! Com certeza um clássico da literatura brasileira.
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Emily 11/08/2020

Olhai os Lírios do Campo é uma narrativa marcante e, em diversos aspectos, intensa. Esse misto de sentimentos diante da leitura ocorre porque é abordado desde o sentimentalismo até problemas sociais, como a desigualdade. O personagem principal é Eugênio, o Genoca, um rapaz de origem humilde e que reconhece desde pequeno as divergências existentes entre as prioridades da sociedade elitista e da sociedade popular. Essa dicotomia pobre x rico, este detendo facilidades e prestígios; aquele precisando sofrer para garantir o mínimo para sua subsistência, transfere em Eugênio crises existenciais, complexos de inferioridade, indecisões e, majoritariamente, um desejo absurdo de fazer parte do outro lado. É um sentimento tão intenso que ele se torna egocêntrico e passa a sentir vergonha de sua própria família, em especial seu pai, que, em alguns trechos do livro, é notoriamente desprezado pelo filho. Recém-formado em Medicina, Eugênio se aproxima de Olívia, uma personagem que possui em comum com Eugênio apenas o fato de ser também de origem humilde. Ele sempre recorria a ela para falar acerca de seus lamentos, de suas frustrações, de seus desejos... Olívia não teve muitas falas na narrativa, mas em um capítulo específico em que ela toma destaque, é facilmente perceptível que ela possui clareza diante das adversidades da vida e delicadeza em suas falas ao mesmo tempo em que é sensata. É uma passagem tão linda que a gente anseia por saber mais sobre a personagem, sobre seus pensamentos, sobre suas opiniões... Ela era exatamente o perfeito equilíbrio de Eugênio e, tal qual a vida real, Olívia lembra a capacidade que o ser humano tem de amar com todo coração um ser humano tão cheio de falhas e de ambições. E, mais uma vez, assim como algumas realidades, a escolha que Eugênio fez em sua vida nada tinha a ver com amor. E sim com interesse. Se relacionou, na verdade, com Eunice, filha de um homem de posses e de muito prestígio social, o Sintra. Viveu, certamente, infeliz, amargurado, arrependido e ansiando por seu amor verdadeiro, Olívia - que, incontestavelmente, se afastou e compreendia as decisões do amado (são tantas virtudes adicionadas a personagem, tanta idealização, que o leitor poderia facilmente acreditar que nem humana ela é). Eugênio amadurece muito no desenvolvimento da narrativa - ainda bem! - e sua redenção é bem clichê e bem previsível: saber que a vida é muito mais do que meramente recursos financeiros ou posse de bens materiais. Ele é impulsionado também a desistir dessa vida de caráter elitista, que tanto ambicionava, pelos sentimentos por Olívia. Paralela a história desse personagem principal, existem outros personagens notáveis, assim como seus discursos, a dizer: Simão, um jovem judeu, que desabafava para Eugênio os obstáculos pelos quais ele precisava enfrentar em um cenário de ascensão do nazismo e, consequentemente, de preconceitos diante dele e do seu povo; a abordagem acerca da pretensão que Eugênio tinha, assim como outros médicos, de socializar a medicina, como um direito para todos, e não somente para a elite... São diversas temáticas introduzidas em uma única narrativa, tornando-a, assim, envolvente e propícia a diversas opiniões. O final é em aberto, assim como a vida real: sujeita a diversas interpretações e acontecimentos imprevisíveis (ou nem tanto assim!). De qualquer forma, já recomendava Olívia: "Olhai as estrelas. Sempre há esperança na vida".
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Sun's daughter 31/01/2018

Favorito
Esse livro me tocou a alma.
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Jeff_Rodrigo 09/09/2023

Burguês sente culpa?
Talvez uma simples crítica à burguesia? À mesquinhez humana? Um romance sobre a capacidade de renovação do ser humano? Uma história sobre a busca pela paz interior? Tudo isso junto e misturado? Não sei.

O fato é que o livro conta a história de um pequeno burguês, Eugênio Fontes, que fez de tudo para se formar em medicina e prosperar na vida, abrindo mão de muita coisa que amava pelo caminho, por puro interesse.

Em um dado momento, no entanto, ele se descobre infeliz, vazio: num casamento mentiroso, cercado de pessoas falsas e fúteis.

Num dia triste e melancólico, ele é obrigado a rever toda a sua trajetória. Ao mesmo tempo, ele é abençoado pela notícia de um fruto de uma amizade colorida que teve no passado.

Assim, num gesto de renovação e tentativa de redenção pelos pecados cometidos em sua escalada social, ele decide abrir mão de todas as coisas luxuriosas que o cercam e viver uma vida de simplicidade e caridade - como um monge, inspirado no sermão da montanha.

Ps.: Burguês sente culpa? O ser humano sente. Talvez seja essa a mensagem de Veríssimo.
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EduardoCDias 06/09/2022

Consciência que pesa
Clássico escrito em 1938 que colocou o autor na lista dos mais vendidos, para surpresa do mesmo, que dizia não gostar do romance. Li pela primeira vez na adolescência e lembro de ter gostado muito, mas a releitura me decepcionou. Não é tudo aquilo que imaginava. Muito inferior à ?O tempo e o vento?. Conta a estória de um médico que, por ganância e orgulho, deixa o amor de sua vida para casar com uma mulher rica. Previsivelmente o casamento não dá certo e sua profissão não lhe satisfaz, provocando crises de consciência.
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Apenas Evelim 19/08/2021

Uma história sobre amadurecimento de caráter.
É um deleite. Durante a leitura acompanhamos o amadurecimento do caráter de Eugênio Fontes. Um rapaz de origem humilde que com muita ajuda dos familiares consegue se tornar médico.
Eugênio Fontes nos oferece um mix de emoções. Morri de raiva quando ele nega os seus familiares, chorei... Fiquei extremamente contente com a coragem dele ao deixar a família e a esposa, Eunice (rica, fútil e vazia). O admirei pela caminhada e pelo seu entender consigo mesmo. Eugênio se tornou um amigo. História linda, digna de ser lida por séculos.
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