Olhai os lírios do campo

Olhai os lírios do campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Fernando.Risso 05/05/2024

"Olhai os lírios do campo" foi o primeiro livro de sucesso de Érico Veríssimo. Como o próprio autor disse, foi a obra que o possibilitou trabalhar, de fato, como escritor.

O livro conta a história de Eugênio, médico nascido em uma família humilde de Porto Alegre que, desde a sua infância, possuía a grande ambição de enriquecer e de se "tornar alguém", o que ele identificava como subir de classe social e abandonar a pobreza.

O livro é dividido em duas partes. A primeira se passa durante a infância, a adolescência e a formação de Eugênio enquanto médico. A segunda se passa após um acontecimento significativo da história e é mais reflexivo (e, sinceramente, é a parte que eu mais gostei, pois contém muitos diálogos interessantes). Ambas as partes, porém, estão profundamente conectadas com a relação de Eugênio e Olívia, a mulher de sua vida.

Recomendo não ler o prefácio do autor, porque contém alguns spoilers do que acontecerá no livro e, além disso, há também as suas impressões sobre a história, escritas décadas depois, o que pode "contaminar" a experiência do leitor.

A construção do ambiente de Porto Alegre da década de 30 é um dos pontos altos do livro. Dá a impressão de que o leitor está vivendo naquela cidade, naquele momento histórico. É bem imersivo.

Além disso, os diversos diálogos filosóficos, históricos, religiosos e políticos entre os personagens são bastante interessantes.

Embora seja um livro escrito na década de 30, as suas mensagens continuam bastante atuais, pois o materialismo, o consumismo e o desprezo pelos valores humanísticos, infelizmente, somente cresceram depois disso.

Com certeza foi um livro que me fez pensar sobre o que realmente importa na vida.
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Maria.Regina 22/04/2020

Nunca fui acostumada a ler livros de autores brasileiros que não fossem contemporâneos, mas Paulo Coelho me cativou, me despertou o desejo de me aventurar em um mundo novo. E com Érico Veríssimo não foi diferente. Para quem não é acostumado a essa forma de escrita, no início o desejo de abandona é grande, é preciso ter muita concentração para conseguir ler e se envolver. Porém com o decorrer de cada página surge um mistério, surge o mistério daquele amor. Não é um romance qualquer, tem muito mais do que só amor nessa história, tem muito mais do que amor entre o Genoca e a Olívia, entre todos os dilemas da vida do Genoca....
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Juliana 03/01/2023

?Olhai as estrelas. Enquanto elas brilharem haverá esperança na vida. As estrelas eram um símbolo de pureza, qualquer coisa inatingível que a mão dos homens não haverá conseguido poluir.?
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Alê Guimarães 29/11/2020

Retorno para a efemeridade.
Uma obra dolorosamente bela. Veríssimo parte do sermão da montanha, explícito no texto, para uma reflexão sobre outra passagem bíblica, de que vale o homem ganhar o mundo e perder a alma? Não se trata, no entanto, de uma narrativa religiosa, antes é filosófica. O diálogo entre Eugênio e Seixas é um embate entre a política da fé e a política do ceticismo, entre o ufanismo e o niilismo. Livro bom para nos afastar da crescente deificação humana e nos trazer de volta à nossa efemeridade.
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missbiridim 19/05/2020

um clássico da literatura brasileira, de leitura fácil e rápida, mas não exatamente espetacular, me senti ficar um pouco entediada as vezes, com a falta de alguma coisa, uma movimentação. apesar disso, gostei de conhecer um pouco sobre o dia a dia da época e região ambientados.
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Steph.Mostav 26/06/2020

Parábola moderna na forma de romance
Queria muito ter gostado mais desse livro e aproveitei ao máximo o que ele tinha de muito bom. Érico Veríssimo escreve muito bem e sabe inserir os pensamentos e questionamentos internos do protagonista de forma natural no texto em terceira pessoa. Muitos dos personagens são marcantes, assim como seus discursos (a cena de Simão desabafando a respeito dos preconceitos que ele mesmo e seu povo sofriam por serem judeus, em plena ascensão do nazismo, é impressionante e tem muitos ecos das falas de Shylock, de O mercador de Veneza). Existem cenas excelentes do ponto de vista emocional, como a primeira cena protagonizada por Olívia e uma das minhas preferidas, em que Eugênio janta com o pai. As discussões a respeito do papel da medicina como direito a todos os cidadãos e do que eles chamam de socialização da medicina são de fundamental importância até hoje e a representação de algumas das diversas realidades brasileiras da década de 30 oferece dinamismo ao enredo e oportunidade de analisar e questionar as diferenças entre as prioridades para a elite e para o restante do povo. Mas não só de acertos se faz esse livro e o próprio autor apontou no prefácio que ao relê-lo achou a história "um tanto falsa e exageradamente sentimental" e de "uma filosofia salvacionista barata". Não tenho como discordar dele. Apesar de ser uma espécie de romance psicológico, o amadurecimento de Eugênio, o protagonista, se dá através de um processo ingênuo de redenção, da "valorização do que a vida tem de melhor além da busca desenfreada por dinheiro". E essa redenção chega até ele na figura de Olívia, uma personagem que é interessante pelo modo com que só sabemos dela pelos olhos de Eugênio, mas que por isso mesmo é tão dedicada, altruísta e nobre que mal nos convence como humana. Ela é menos uma personagem e mais um símbolo praticamente religioso e que sempre tenta converter Eugênio à crença de que deus é bom e justo - aí entra a tal filosofia salvacionista barata. Eugênio é salvo pelo amor de Olívia e isso poderia ter sido conduzido de maneiras melhores, e é aí que entra outro grave problema: a estrutura. A primeira parte do livro tem uma unidade temática e avança num ritmo que sempre acrescenta mais uma peça relevante à montagem do todo, além de encerrar com um sabor agridoce que combina com o tom do livro e do título. A segunda parte, ao contrário, mais parece uma colagem de episódios que não tem muita relação uns com os outros além da presença do protagonista em todos eles e dos ensinamentos que ele tira de cada uma dessas situações. Muitas passagens passam a soar como um didatismo moralizante e entediante. Como bem disse o escritor, "talvez Olhai os lírios do campo deva ser considerado mais uma parábola moderna na forma de romance do que um romance propriamente dito".
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Renata 14/07/2020

Um clássico
Fazia tempo que tinha o livro na minha lista, e agora resolvi ler. É extremamente bem escrito, fiquei apaixonada pela escrita do autor. E a história se desenrola bem, prende nossa atenção, até que chega na parte final e parece meio arrastado. Li rapidinho até uns 75% do livro, estava adorando, mas esses outros 25% praticamente nem precisavam existir, ficam cansativos e não são tão relevantes para a história. No geral, vale muito a pena! Veríssimo consegue dar beleza e profundidade a um enredo que a princípio parece até banal. Deu vontade de ler os outros dele!
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jacqueline 15/08/2020

Cansativo
Livro chato. Esperava muito mais do autor . Não valeu a pena. Muito ruim mesmo
Isabel Verena 15/08/2020minha estante
Nossa... Eu adoro esse livro, rsrs.


jacqueline 15/08/2020minha estante
Infelizmente fiquei decepcionada ?




Silvia 28/08/2020

Uma história sobre o ser humano
Nunca havia tido a oportunidade de ler nada das obras desse autor e foi através do grupo de leitura que faço parte que surgiu essa chance.
Sempre gosto desses desafios, ainda mais por ser um ator brasileiro tão renomado.
Temos que ter em mente que o livro foi escrito em 1938 e o linguajar e escrita condiz com aquela época, então não se assustem com algumas expressões e colocações.
A história se embasa na trajetória de Eugênio, vamos de sua infância a sua vida adulta. Mesmo na infância, percebemos que Eugênico tinha um certo inconformismo com sua classe social e situação financeira, por ser mais tímido, sofria com os preconceitos enfrentados com os colegas de escola. Eugênio não tinha um relacionamento próximo com seu pai, havia uma certa resistência do filho com as atitudes e pobreza enfrentada por ser genitor, que ao meu ver fez tudo dentro de suas possibilidades para o filho, que era uma pessoa humilde e conformada, honesto e vivia em função de sua família.
Eugênio vai crescendo com esse sentimento de inferioridade, querendo ser uma pessoa de situação econômica melhor, fazer seu nome, não passar mais por todas as privações que lhe foram impostas durante infância e juventude, por isso consegue ingressar na faculdade de medicina e se formar médico, mesmo assim, parecia uma pessoa que não se encontrava, que sempre estava infeliz. Da faculdade ele conhece Olívia, moça simples, alegre, que vê Deus nas pequenas coisas. Os dois começam a ter um envolvimento amoroso, mas Olívia arruma um emprego fora de Porto Alegre, por um período de 3 meses. Nesse período Eugênio conhece Eunice, moça rica, da alta sociedade. Nesse ínterim, eles começam a se relacionar também e logo marcam casamento.
Nisso, Eugênio escreve a Olívia e lhe informa o ocorrido e Olívia, sempre amiga e compreensiva, permanece em Nova Itália por 3 anos.
Esses fatos descobrimos na primeira parte do livro, acompanhamos todos os questionamentos e indagações que Eugênio faz da sua vida, entre presente e suas lembranças.
A leitura em si não é muito fluída, o livro não é dividido em capítulos, ele vai e vai contando a história, por isso, algumas partes ficam meio confusas, pois estamos num fato e logo se passa para outro.
Da metade para frente, depois que Eugênio toma coragem de dar uma mudada radical em sua vida, achei que os fatos foram melhor explicitados.
Achei que o amadurecimento e transformação de Eugênio realmente só foi possível pelo sofrimento e por ter que passar a pensar em outra pessoa e não somente em si próprio, naquela vida sem sentido e vazia que vivia.
As reflexões sobre a sociedade, Deus, diferenças entre os seres humanos foram excelentes e enriquecedoras.

?Quero que abras os olhos, Eugênio, que acordes enquanto é tempo. (...) Jesus nos fala dos lírios do campo, que não trabalham nem fiam e no entanto nem Salomão em toda a sua glória jamais se vestiu com um deles.?
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Rosalba Moreira 16/09/2020

"Procurar a riqueza por amor é fugir da vida"
Conta a história de Eugênio, um homem que veio de uma família muito humilde e por isso, em sua infância e adolescência, se sentia humilhado por todos. Ele sofria intimamente por não poder ter tudo que desejava (riquezas, posses).

Lidar com a pobreza era, para ele, uma humilhação diária. Por isso, resolveu estudar para ser um grande médico e, assim, poder ser rico e viver na alta sociedade. Mas será que valeu à pena todo o esforço? Será que a riqueza lhe trouxe mesmo felicidade?

O livro nos faz refletir sobre a importância que damos às coisas e às pessoas (ou deixamos de dar). Muitas vezes damos atenção demais ao trabalho e ao dinheiro, e deixamos de lado o que realmente nos faz feliz e que, muitas vezes, está bem a nossa frente e não nos damos conta.
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Karina Paidosz 06/11/2020

Uma esperança desde sempre se faz, onde alguém quer mudar a vida do outro, deixar um mundo melhor, uma convivência mais harmônica;
Mas por onde começar se tudo o que vemos, necessita de âmparo e cuidado?
Linda história de um médico que se depara a sair do seu mundinho a querer ajudar o próximo.
Adorei esse primeiro contato com Érico Veríssimo.
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Aylana Almeida 21/11/2020

Escrita poética, encantadora e emocionante!
Que felicidade conhecer esta obra, conhecer este autor tão renomado e importante para a literatura nacional! Reconhecer o talento deste poeta é reconhecer o valor da literatura nacional e do que ela trás consigo enquanto expressão de uma cultura, de um povo. Que livro, meus amigos! Quantas lições, reflexões e sentimentos este livro me remeteu! Queria ter tido a oportunidade de ter lido antes pra conhecer essa obra prima e ter vivido estas emoções! Mais um livro nacional FAVORITADO COM SUCESSO ?
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Juu 20/10/2021

"De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?"
- Olivia
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