Olhai os lírios do campo

Olhai os lírios do campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Pamy 14/12/2013

Melhor livro do ano!
Não sei como definir essa leitura para mim.Tocante.Profundo.Emocionante.Essas palavras não fazem jus ao livro.Pelo menos para mim,ele foi muito mais.
Olhai os lírios do Campo me fez ficar pensando por horas....até eu perceber que foi o melhor livro que li no ano!
Não da para defini-lo.Ele pode ser o melhor livro do mundo,mas sem dúvidas é o melhor livro da minha vida.Por enquanto,claro.
Não vou fazer uma resenha enorme,mostrando o quanto ele me tocou...
Muitas pessoas podem achar que estou superestimando o livro,como uma amiga minha disse(Aliás ela lê livros clássicos,e seu livro favorito é orgulho e preconceito),mas para mim realmente foi tudo isso.
Recomendo muito a leitura desse livro.Mas para realmente sentir tudo que senti,entre na história,reflita e pense em tudo que o protagonista passou...
Acho que estava muito consumida entre livros de adolescente,para perceber que os livros são muito mais do que entretenimento.
Amei,e sei que não vai ser a mesma coisa mas pretendo reler todo ano!
Mais que recomendado!
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Silmara 18/12/2013

a carta de Olivia
Quero que abras os olhos, Eugênio, que acordes enquanto é tempo. Peçote
que pegues na minha Bíblia, que está na estante de livros, perto do rádio, e
leias apenas o Sermão da Montanha. Não te será difícil achar, pois a página está
marcada com uma tira de papel. Os homens deviam ler e meditar nesse trecho,
principalmente no ponto em que Jesus nos fala dos lírios do campo, que não
trabalham nem fiam e no entanto nem Salomão em toda a sua glória jamais se
vestiu com um deles.
Está claro que não devemos tomar as parábolas de Cristo ao pé da letra e
ficar de papo para o ar, esperando que tudo nos caia do Céu. É indispensável
trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também triste e sem
beleza. Mas precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E
quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos
fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do Céu.
Não penses que estou fazendo o elogio do puro espírito contemplativo e
da renúncia, ou que ache que o povo deva viver narcotizado pela esperança da
felicidade na «outra vida». Há na Terra um grande trabalho a realizar. É tarefa
para seres fortes, para corações corajosos. Não podemos cruzar os braços
enquanto os aproveitadores sem escrúpulos engendram os monopólios
ambiciosos, as guerras e as intrigas cruéis. Temos de fazer-lhes frente. É
indispensável que conquistemos este mundo, não com as armas do ódio e da
violência e sim com as do amor e da persuasão. Considera a vida de Jesus. Ele
foi antes de tudo um homem de ação e não um puro contemplativo.
Quando falo em conquista, quero dizer a conquista de uma situação
decente para todas as criaturas humanas, a conquista da paz digna, do espírito
de cooperação.
E quando falo em aceitar a vida não me refiro à aceitação resignada e
passiva de todas as desigualdades, malvadezas, absurdos e misérias do
Mundo. Refiro-me, sim, à aceitação da luta necessária, do sofrimento que essa
luta nos trará, das horas amargas a que ela forçosamente nos há-de levar.
Precisamos, portanto, de criaturas de boa vontade. E de homens fortes
como esse teu amigo Filipe Lobo, que seria um campeão da nossa causa se
orientasse a sua ambição, o seu ímpeto construtor e a sua coragem num sentido
social e não apenas egoisticamente pessoal.
Não sei, querido, mas acho que estou febril. Este entusiasmo, portanto,
vai por conta da febre.
Ouço agora um ruído. Deve ser a ambulância que vem buscar-me. Senti
um calafrio
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Juu 20/10/2021

"De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?"
- Olivia
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Gabryely2 09/12/2021

Um belo livro.
Com uma narrativa bem simples o livro trás a história Eugênio e de sua trajetória em busca de fama, amores e respostas.

TRECHO - "Se naquele instante - refletiu Eugênio - caísse na terra um habitante de Marte, havia de ficar embasbacado ao verificar que, num dia tão maravilhosamente belo e macio, de Sol tão dourado, os homens, na sua maioria, estavam metidos em escritórios, oficinas, fábricas... E se perguntasse a qualquer um deles: «Homem, porque trabalhas com tanta fúria durante todas as horas de Sol?» - ouviria esta resposta singular: «Para ganhar a vida». E no entanto a vida ali estava a oferecer-se toda numa gratuitidade milagrosa. Os homens viviam tão ofuscados por desejos ambiciosos que nem sequer davam por ela. Nem com todas as conquistas da inteligência tinham descoberto um meio de trabalhar menos e viver mais. Agitavam-se no Mundo e não se conheciam uns aos outros, não se amavam como deviam. A competição transformava-os em inimigos. E havia muitos séculos tinham crucificado um profeta que se esforçara por lhes mostrar que eles eram irmãos, apenas e sempre irmãos.
Na memória de Eugênio soaram as palavras de Olívia: «Devemos ser um pouco como as cigarras». Era estranho como ele já não se lembrava com precisão do som da voz dela...".
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JV 08/02/2023

O pior arrependimento é a falta de coragem
Um amor não vivido, uma decisão não tomada ou uma situação jamais experenciada. Muitas vezes essas coisas não têm volta. Arrependam-se daquilo que fizeram e não passem a curta existência remoendo aquilo que a vida poderia ter sido e nunca foi. Não vivam como Eugênio, jamais deixem que as mazelas da vida mudar a sua essência.

"Quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves no céu"

A vida é um sopro.
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Rodrigo de Lorenzi 01/05/2019

Bonita história que não me emocionou
Eu devo estar um pouco amargo, mas não me emocionei muito, não. Entendi tudo, quando a gente estiver virando escravo do dinheiro, tem que parar e olhar os lírios do campo. Mas, assim, o protagonista é muito escroto. Embora ele vá se redimindo quando a vida começa a dar na cara dele (assim como dá na nossa cara), eu já estava de saco cheio das decisões erradas que ele tomou. De qualquer forma, é um romance muito delicado, lindo mesmo, mas o tom meio de lição de moral me incomodou um pouco e as bilhões de reflexões começaram a me encher o saco. Estou amargo. Vou olhar os lírios do campo.
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Camila.Queiroz 04/01/2023

Gostei mais ou menos
Eu já havia lido Erico Verissimo nos tempos de colégio - lembro especialmente de Ana Terra, que amei -, mas esse é meu primeiro contato com suas obras na vida adulta. Ao longo da leitura, alternei entre momentos que gostei e outros nem tanto. Achei que ia me envolver mais com o enredo, por ter sido um grande sucesso na época, mas na verdade bateu um desânimo ao perceber que as críticas e reflexões trazidas pelo livro, publicado em 1938, ainda são tão atuais. Terminei concordando com o Dr. Seixas: “Tudo em conversa é muito fácil. Mas na vida, seu Genoca, é um buraco.”.
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abibliotecadamica 15/01/2023

Érico sempre sublime.
Olhai os lírios do Campos é um romance urbano que narra a história de Eugênio Fontes, um porto-alegrense de origem humilde, filho de um alfaiate e uma lavadora de roupas, que viveu uma infância infeliz, cercado por sua família pobre, e cresceu com muitas dores e conflitos internos, atormentado por um enorme complexo de inferioridade. Não aceitava a carência material em sua vida, sentia vergonha e rancor de sua família, especialmente de seu tão humilde pai, e guardou na alma todas as humilhações provocadas pela pobreza. A fim de livrar-se de tudo que o constrangia, Eugênio formou-se em medicina e decidiu casar-se por interesse com uma herdeira para fugir do passado, ascender socialmente e finalmente se sentir aceito. Para isso, deixou para trás Olívia, a mulher que amava, mas que era tão pobre quanto ele. Aos poucos, porém, Eugênio começa a perceber que nenhum casamento é capaz de curar conflitos internos ou problemas de auto estima ou falta de aceitação. E assim, Érico inicia a exploração do lado psicológico do personagem, suas angústias, reflexões, medos, complexos e traumas, até a sua evolução e transformação. Escrito em 1938, foi a obra que deu projeção nacional a Érico e uma das minhas obras favoritas da literatura nacional, que eu recomendo fortemente.
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Eduarda2569 03/09/2021

A morte e a continuidade
Eugênio, Olívia. Duas entidades apaixonadas, mas separadas pela racionalidade que a vida dos humanos tem.
Ateu, teísta. Eugênio pensa: Acredito ou não em deus? por que ela acredita? ela não vê a desgraça que cerca o mundo?. Olívia diz: Amai ao próximo.
Do meio ao fim do livro Eugênio muda de vida, de pensamento. Toma atitude apenas após perder o que lhe era mais precioso, mas antes esta preciosidade foi ficando para depois, e depois, e depois... até não haver mais preciosidade nenhuma e quando foi ver, já tinha-se ido.
Mas... mesmo com o luto, a alma de Olívia ficou nele e eu adorei a forma com que ele foi se modificando a partir dela. No fim, a imagem dela não mais importava, mas sim os seus ensinamentos, o aprendizado que ela deixou para ele.

De resto, o livro trata sobre diversas questões sociais, econômicas, etc.. principalmente quando falamos no começo da indústria cá no Brasil. Mas o que me fez continuar não foi exatamente isso porque questões deste tipo estão sempre circulando em nossas vidas.. para falar a verdade, não sei o que me prendeu.
No fim do livro, Eugênio conversa com um amigo dele, de 61 anos, e começa a sonhar acordado sobre a realidade que a vida poderia ter, excluindo os impulsos maldosos do ser humano. Isso me deu raiva, porque claramente é impossível fazer da nossa sociedade perfeita, mas no fim do seu discurso ele citou que talvez, se modificarmos nossos círculos próximos, poderemos fazer uma mínima diferença no mundo. Mas não sei.. agora, escrevendo isso, me deu um grande nó na cabeça! Seria esse o nosso propósito? precisamos mesmo tornar a sociedade melhor? e se eu não quiser? talvez seja o egoísmo que Eugênio dizia possuir.
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Fabi 20/02/2022

Mais um livro favorito da vida!
Este livro não tem explicação. No início eu peguei ranço do Eugênio, mesmo sabendo das dificuldades pelas quais passou durante a vida.

Ao começar a segunda parte do livro, tive uma impressão oposta ao início da leitura, com um Eugênio mais maduro, olhando para os outros com empatia e sendo feliz, foi uma mudança surpreendente. Essa transformação psicológica, no entanto, não foi clichê, tampouco milagrosa, foi real, daquelas que podemos acompanhar na nossa vida do dia-a-dia. Foi feita com suor, altos e baixos e que contou com a ajuda de pessoas importantes para ele. Recomendo muito!
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Rai @atequeolivronosrepare 15/11/2019

Um livro que chapinha em memórias.
📚 "Olhai os lírios do campo", por Érico Veríssimo.
📚 288 páginas. Companhia das Letras (@companhiadasletras).
🇧🇷 Literatura brasileira. 1938.
🌡 Nota: 5/5 (é um dos meus preferidos) 💭 [Minhas considerações]: Eugênio Fontes é um homem que chapinha em memórias. Em seu passeio pelo passado e pelos afetos, o leitor é conduzido para os sentimentos de um homem que cresceu junto com sua sensação de inferioridade. Pessimista, ensaiando o pragmatismo, triste e irremediavelmente humano são algumas características que atribuo ao jovem homem. Ele não foi construído para agradar, para ser o preferido da literatura. É notável o desconforto que Eugênio provoca na maioria dos leitores de Veríssimo.

O livro, situado na segunda fase do Modernismo brasileiro, passeia por fluxos de consciência. A infância pobre, a puberdade incômoda e as decisões de adulto são cavucadas pelas páginas. O protagonista, em ascendência dos próprios desejos, forma-se médico. Junto à sensibilidade em descrever as fragilidades do moço, Érico Veríssimo se compromete também em uma extensa crítica social. Temas como antissemitismo, fascismo, aborto e desigualdade social são colocados em seus capítulos.

De longe, a personagem que mais provoca empatia é Olívia, amiga de curso de Eugênio. Foram suas cartas narrando os primeiros passos de Ana Maria, sua filha bebê, que me emocionaram na minha primeira leitura do clássico, quando eu tinha meus 12 anos. À época, eu lia também um periódico de cartas de uma mãe para sua filha, do ventre ao contato com a terra. Foi ali que nasceu minha paixão por cartas - muito incentivada pelo Concurso Internacional de Redação de Cartas dos Correios, que participei e fui premiada duas vezes. De todas as partes do texto, com certeza as cartas de Olívia são as minhas preferidas.

É preciso que se fale também sobre as diversas vezes que vi, não sei se por imaginação ou acuidade, a semelhança com "Madame Bovary", de Gustave Flaubert. A cena do encontro de Eugênio com Eunice, após o médico cuidar de uma empregada dos Sintra, e posteriormente a narrativa de uma esposa que largou o marido para fugir com o amante e largou o amante para fugir com outro amante foram algumas conexões.

site: https://www.instagram.com/p/B4xD91qJLLs/?igshid=e29x2r2b0eee
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Dani 28/03/2023

A vida começa todos os dias
Livro que nos faz pensar no que realmente importa na vida, nos faz parar e olhar pra dentro. A leitura fluiu melhor na segunda parte do livro, e a personagem da Olivia foi de longe a melhor parte da leitura.
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Carol.Panaro 23/02/2020

Belíssimo!
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Rosana.Brito 24/03/2020

O essencial é invisível...
O livro fala da busca pelo poder/status e como estes não valem de nada no final. Lindo ?
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Geannetti 31/03/2020

Um livro para a vida
Já faz muito tempo que li esse livro, mas a lembrança de um livro profundo que te faz refletir sobre o que realmente importa na vida não é esquecido tão facilmente. Recomendo para evocar dúvidas e perguntas profundas sobre a razão de viver e para que viver!
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