Olhai os lírios do campo

Olhai os lírios do campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Kinha 09/09/2009

Apenas uma nota.

Eugênio Pontes , moço de origem humilde, a custo se forma médico e, graças a um casamento por interesse, ingressa na elite da sociedade. Nesse percurso, porém, é obrigado a viver as costas para a família, deixar de lado antigos ideais humanitários e abandonar a mulher que realmente ama. Sensível, comovente, Olhai os Lírios do Campo é um convite à reflexão sobre os valores autênticos da vida.



""A crescente felicidade lhe deixa a mente aberta para novos ideais, não simplesmente para ganhar a vida, mas para ter a certeza de existir, pois Olívia sempre dizia: “Considerai os lírios do campo. Eles não fiam nem tecem e no entanto nem Salomão em toda sua glória se cobriu como um deles”.""
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Sinésio 15/02/2010

O dilema de Eugênio soa um tanto melodramático. No fundo, todos nós temos sentimentos de culpa que, volta e meia, nos batem à porta cobrando arrependimento, justificativa, promessa de mudança. Na prática é difícil mudar.
Gostei dos questionamentos que Eugênio fazia sobre a existência de Deus, apesar das respostas clichês da sua amada Olívia.
p.225
"(...) De repente os homens viram que tudo quanto lhes haviam ensinado em casa e no colégio a respeito de Deus, eram lorotas. Descobriram que tinham um corpo cheio de desejos e que para satisfazer esses desejos bastava que eles pulassem o muro das convenções. Ficaram loucos de alegria quando viram que esse muro era feito de fumaça e não de pedra e cal, como parecia. Foi uma corrida maluca. Só ficaram para o lado de cá do muro os tímidos e os doentes."
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Raffafust 04/07/2011

O livro que despertou uma paixão....
Tudo que eu fale sobre esse livro é pouco, já perdi a conta de quantas vezes o li e volta e meia acho que preciso de uma nova edição dele em minah estante mas não consigo me desfazer da primeira que tive, da única que tenho, do livro que despertou em mim o prazer de ler, era 1991 e a professora do Colégio Santo Inácio epdiu que lêssemos esse livro para um trabalho, nunca tinha me encantado tanto com algo, chegava em casa e não ligava a tv, não ouvia os lps da Xuxa e nem queria falar com minhas amigas horas no telefone, eu queria terminar de ler a incrível e cativante história do menino pobre de nome Eugenio que passou a infância sendo ridicularizado na escola porque nem dinheiro para seu uniforme que era rasgado no fundilho a família tinha e narra como aquela criança de transformou em um médico poderoso que não consegue esquecer o passado de humilhações e casa por vingança com uma herdeira abandonando a mulher que a amava sem interesse e era sua companheira da faculdade de Medicina.
O livro de Eric Veríssimo lançado em 1938 é um dos livros mais lindos que já vi, tem uma historia tão envolvente que nos faz querer ler até o final e mistura o sentimento de pena por Eugenio até termos raiva de sua ambição desenfreada.
Foi a partir dele que me encantei pelo mundo literário pena que meu autor favorito culpado pela minha paixão já tivesse falecido quando fez eu me apaixonar pelo que escreveu!
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Henrieth Hasse 04/12/2021

O Eugênio é um miserável e que passa todo livro lembrando isso a si mesmo: o quanto é inferior, inadequado, inexperiente...nada é o suficiente para ele porque nada ele é merecedor. Triste, real, humano.

Diferente da Olívia que parece ser tão bem resolvida que é quase um ser de luz.

Interessante também é a ambientação histórica, um transporte aos anos 30 com suas ideologias no pré segunda guerra.

Recomendo
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Camila.Queiroz 04/01/2023

Gostei mais ou menos
Eu já havia lido Erico Verissimo nos tempos de colégio - lembro especialmente de Ana Terra, que amei -, mas esse é meu primeiro contato com suas obras na vida adulta. Ao longo da leitura, alternei entre momentos que gostei e outros nem tanto. Achei que ia me envolver mais com o enredo, por ter sido um grande sucesso na época, mas na verdade bateu um desânimo ao perceber que as críticas e reflexões trazidas pelo livro, publicado em 1938, ainda são tão atuais. Terminei concordando com o Dr. Seixas: “Tudo em conversa é muito fácil. Mas na vida, seu Genoca, é um buraco.”.
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dateluis 09/01/2022

Um livro incrível e conversa muito comigo
Eu amo esse livro e o li no ensino médio e reli agora, simplesmente tocado com todas as reflexões que o Érico consegue compor durante o enredo. São questões éticas quanto a que caminhos escolher quando se quer mudar de vida e ter uma vida financeiramente confortável que invariavelmente esbarra em questões que acredito que todos nós já tivemos que lidar. Incrível!
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JV 08/02/2023

O pior arrependimento é a falta de coragem
Um amor não vivido, uma decisão não tomada ou uma situação jamais experenciada. Muitas vezes essas coisas não têm volta. Arrependam-se daquilo que fizeram e não passem a curta existência remoendo aquilo que a vida poderia ter sido e nunca foi. Não vivam como Eugênio, jamais deixem que as mazelas da vida mudar a sua essência.

"Quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves no céu"

A vida é um sopro.
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Amarildo Jr 19/02/2023

A moralidade intrínseca nas relações sociais
A obra “Olhai os Lírios do Campo”, do escritor gaúcho Erico Verissimo, foi escrita no período conturbado do século XX e faz parte da segunda geração do modernismo. De certo, o livro discorre sobre a realidade social e econômica da época. Por fim, todos esses prismas estão ligados diretamente com a questão da moralidade – para mim, o ponto mais interessante.

Nesse viés, acompanhamos a vida de Eugênio desde a infância pobre e difícil até a hipócrita vida adulta resultante do complexo de inferioridade do jovem. Certamente, esse personagem causará ao leitor repugnância em diversas passagens, dado que fará de tudo em prol de sua ambição egoísta de se tornar médico, ter ascensão financeira e prestígio social. Entretanto, ao conhecer Olívia que possui convicções completamente diferentes e, posteriormente, Ana Maria, Genoca entrará em conflito com seus ideais. Enfim, veremos a dualidade de um indivíduo dividida em primeiro e segundo capítulo.

Diante disso, o livro é um clássico, visto que expõe diversos temas que sempre estarão presentes na sociedade e, principalmente, pautados de forma intrínseca nas relações sociais e econômicas.
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Pamy 14/12/2013

Melhor livro do ano!
Não sei como definir essa leitura para mim.Tocante.Profundo.Emocionante.Essas palavras não fazem jus ao livro.Pelo menos para mim,ele foi muito mais.
Olhai os lírios do Campo me fez ficar pensando por horas....até eu perceber que foi o melhor livro que li no ano!
Não da para defini-lo.Ele pode ser o melhor livro do mundo,mas sem dúvidas é o melhor livro da minha vida.Por enquanto,claro.
Não vou fazer uma resenha enorme,mostrando o quanto ele me tocou...
Muitas pessoas podem achar que estou superestimando o livro,como uma amiga minha disse(Aliás ela lê livros clássicos,e seu livro favorito é orgulho e preconceito),mas para mim realmente foi tudo isso.
Recomendo muito a leitura desse livro.Mas para realmente sentir tudo que senti,entre na história,reflita e pense em tudo que o protagonista passou...
Acho que estava muito consumida entre livros de adolescente,para perceber que os livros são muito mais do que entretenimento.
Amei,e sei que não vai ser a mesma coisa mas pretendo reler todo ano!
Mais que recomendado!
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Silmara 18/12/2013

a carta de Olivia
Quero que abras os olhos, Eugênio, que acordes enquanto é tempo. Peçote
que pegues na minha Bíblia, que está na estante de livros, perto do rádio, e
leias apenas o Sermão da Montanha. Não te será difícil achar, pois a página está
marcada com uma tira de papel. Os homens deviam ler e meditar nesse trecho,
principalmente no ponto em que Jesus nos fala dos lírios do campo, que não
trabalham nem fiam e no entanto nem Salomão em toda a sua glória jamais se
vestiu com um deles.
Está claro que não devemos tomar as parábolas de Cristo ao pé da letra e
ficar de papo para o ar, esperando que tudo nos caia do Céu. É indispensável
trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também triste e sem
beleza. Mas precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E
quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos
fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do Céu.
Não penses que estou fazendo o elogio do puro espírito contemplativo e
da renúncia, ou que ache que o povo deva viver narcotizado pela esperança da
felicidade na «outra vida». Há na Terra um grande trabalho a realizar. É tarefa
para seres fortes, para corações corajosos. Não podemos cruzar os braços
enquanto os aproveitadores sem escrúpulos engendram os monopólios
ambiciosos, as guerras e as intrigas cruéis. Temos de fazer-lhes frente. É
indispensável que conquistemos este mundo, não com as armas do ódio e da
violência e sim com as do amor e da persuasão. Considera a vida de Jesus. Ele
foi antes de tudo um homem de ação e não um puro contemplativo.
Quando falo em conquista, quero dizer a conquista de uma situação
decente para todas as criaturas humanas, a conquista da paz digna, do espírito
de cooperação.
E quando falo em aceitar a vida não me refiro à aceitação resignada e
passiva de todas as desigualdades, malvadezas, absurdos e misérias do
Mundo. Refiro-me, sim, à aceitação da luta necessária, do sofrimento que essa
luta nos trará, das horas amargas a que ela forçosamente nos há-de levar.
Precisamos, portanto, de criaturas de boa vontade. E de homens fortes
como esse teu amigo Filipe Lobo, que seria um campeão da nossa causa se
orientasse a sua ambição, o seu ímpeto construtor e a sua coragem num sentido
social e não apenas egoisticamente pessoal.
Não sei, querido, mas acho que estou febril. Este entusiasmo, portanto,
vai por conta da febre.
Ouço agora um ruído. Deve ser a ambulância que vem buscar-me. Senti
um calafrio
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@adriana_ lerlivros 24/12/2022

?Tuas mãos que eu beijei, estão cheias de perdão só para mim?

Ao ouvir esta música do cantor, Moacir Franco lembrei desta leitura, dos personagens Olívia e Eugênio, me emocionei.
Um clássico escrito em 1930.
LC de novembro com @blogliteraturese

Eugênio, um protagonista ambicioso e covarde, cheio de remorsos, de medo do futuro. Um personagem nem bom e nem mau. Colecionador de escolhas erradas. Alguém que sempre deseja ter além do horizonte e não enxerga os valiosos tesouros em suas mãos. Esta é a nossa primeira impressão de Eugênio. Ele repugna a pobreza, cresceu acreditando que ser rico é sinônimo de felicidade.
Desprezou seus entes queridos, sacrificou seu verdadeiro amor, pois ter dinheiro era algo que ele almejava desde a infância, nada mais era tão importante quanto conquistar isso. Durante toda a sua vida sentiu-se inferior por ser pobre, sentia-se vítima da vida, sentia ódio.
Neste romance entramos em contato com os pensamentos mais íntimos e infames do protagonista. Sua covardia, vaidade e egoísmo, o devoram e ele tem consciência disso.
A narrativa é dividida em duas partes. Inicia-se com Eugênio rememorando o seu passado enquanto corre para vê, talvez pela última, uma pessoa muito importante pra ele. No seu devaneio enquanto viaja ele relembra a sua infância muito pobre, sua vida na faculdade de medicina, sua amizade com Olivia...
Na segunda parte da narrativa, vislumbramos sua redenção, o amadurecimento deste personagem que sofre intimamente com suas escolhas.
Fico fascinada com a complexidade das emoções humanas. Ao mesmo tempo que Eugênio deixa sua vaidade tomar conta, ele demonstra ter potencial para sentimentos nobres, que por imaturidade e covardia não deixa vir à tona. Existe uma briga interna nessa dualidade que todos nós enfrentamos.
Ele sabe que o certo é amar sua família e demonstrar sua gratidão...
Uma leitura muito filosófica que nos convida a reflexão, combina muito com esse clima de fim de ano.

Aqui deixo os questionamentos que essa leitura me trouxe:
Até onde o nosso egoísmo nos leva a decidirmos sermos bons?
Ser bom para termos redenção?
Ser bom para salvarmos a nós mesmos?
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lua 08/01/2023

É muito bom acompanhar a vida e o processo de amadurecimento, evolução, de um personagem como o Eugênio.
Gostei muito mais da primeira parte do livro, onde presente e passado se desenrolam de forma dinâmica na agonia do protagonista. Já na segunda parte, senti a história mais arrastada, com tantos questionamentos relevantes que fiquei baqueada.
Apesar de ter sido escrito há 85 anos, a história continua com problemáticas muito atuais. E ainda que seja considerado um clássico, não achei a leitura difícil.
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Carol.Panaro 23/02/2020

Belíssimo!
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Rosana.Brito 24/03/2020

O essencial é invisível...
O livro fala da busca pelo poder/status e como estes não valem de nada no final. Lindo ?
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Geannetti 31/03/2020

Um livro para a vida
Já faz muito tempo que li esse livro, mas a lembrança de um livro profundo que te faz refletir sobre o que realmente importa na vida não é esquecido tão facilmente. Recomendo para evocar dúvidas e perguntas profundas sobre a razão de viver e para que viver!
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