A Intrusa

A Intrusa Júlia Lopes de Almeida




Resenhas - A Intrusa


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Nado 26/10/2021

Romance clássico de autoria nacional que traz ao leitor a sensação de estar assistindo a um folhetim das 18h. Uma leitura leve, com boa construção de personagens e uma história que se entrelaça em todos os sentidos.
O mote central se passa com a família de Argemiro, um rico advogado que ficou viúvo com uma filha pequena para cuidar. Perseguido na sociedade, diversas famílias gostariam de entregar a mão de suas filhas para ele. A questão é que foi feita uma promessa à esposa no leito de morte: manteria a sua viuvez eternamente, sendo fiel a ela. Tanto que para ajudar a cuidar da casa e da filha pequena, ele contrata uma governanta com uma condição: que ela nunca apareça em sua frente.
É nesse momento que Alice entra na história, uma jovem que consegue fazer a diferença na casa de Argemiro e ele começa a sentir a presença dela em vários cantos da casa. Em pouco tempo a moradia tem outros ares e a menina, que tem um gênio difícil, começa a mudar depois de ter contato com a ?intrusa?.
O que parecia evitável, aconteceu, Argemiro se apaixona pela alma de Alice, presente em todos os lugares da sua casa. Com esse desenrolar, outros personagens começam a surgir e mostrar a que veio. Nessa trama há a típica sogra cruel e implicante e o padre amigo da família. É com o religioso que o leitor começará a fazer algumas perguntas, querendo entender alguns ?segredos? que fazem parte do passado de muitos membros, com um em especial.
Para mim A Intrusa trouxe grandes reflexões no que diz respeito ao papel da mulher na época em que a história se passa e como a cultura machista era ainda mais presente nesse século. Algumas falas racistas também trazem incômodo, que apesar de considerar a ?época em que foi escrita e quando a história se passava? (que merecem notas de rodapé em qualquer edição), é impossível tais fatos passarem despercebidos.
Jhess 26/10/2021minha estante
Agora fiquei curiosa para saber como foi o encontro deles.? Muito importante se posicionar sobre as questões racistas e machistas durante nossas leituras, as notas de roda pé viriam acalhar mesmo.




William LGZ 25/04/2022

Um clássico desconhecido
Já tinha me encantado por esse livro no momento em que li sua sinopse, mas ao final acabou superando as expectativas que já estavam elevadas. Decididamente um clássico para mim!

Apesar da trama simples e até que clichê, achei todo o modo como ela foi conduzida, seus personagens e histórias paralelas, simplesmente fenomenais. Tendo ótimos diálogos e mesmo algumas surpresinhas durante sua reta final.

Talvez no futuro eu olhe a nota que dei e ache um exagero, mas por enquanto, um dia depois de concluir a leitura, ainda a ratifico absolutamente.

E não preciso nem dizer que indico totalmente a leitura dessa obra que, com sua narrativa leve e linguagem não tão difícil embora a época em que foi escrita, acredito que gerará uma boa experiência para todos!
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Janaina Edwiges 06/05/2020

"Na vida, como nos folhetins, os romances fazem-se por si"
Júlia Lopes de Almeida foi vítima de uma injustiça histórica cometida pela Academia Brasileira de Letras. Apesar de ter colaborado para fundação da ABL, ela não pôde figurar entre os imortais pelo simples fato de ser mulher. Assim, a cadeira de número 3, que deveria pertencer à Júlia, foi concedida ao seu marido Filinto de Almeida.

O seu romance A Intrusa foi publicado em formato de folhetim no Jornal do Comércio e a primeira edição do livro lançada em 1908. Na história, que se passa no Rio de Janeiro, temos o rico viúvo Argemiro Cláudio, que está em busca de uma governanta para administrar sua casa e ser responsável pela educação de sua filha Maria da Glória. Maria vive em uma chácara com os avós maternos, os barões do Cerro Alegre, mas Argemiro deseja ter a companhia da filha em sua residência com mais frequência. Ele é fiel a memória da esposa, que no leito de morte o fez realizar um juramento: jamais se casaria novamente. Deste modo, ao contratar Alice Galba para a função, Argemiro impõe uma condição, que eles não se vissem nunca, para que assim não paire nenhuma suspeita sobre a mulher que deveria zelar pela filha.

A questão racial foi um ponto do livro que me chamou atenção e me fez refletir sobre o lugar na sociedade reservado às pessoas negras nos primeiros anos da República. O personagem negro do livro é o copeiro Feliciano e em inúmeras passagens ressalte-se a cor da pele dele: “o negro, todo empoado e bem vestido”, “a baronesa já não ouviu as razões do preto e gritou para o marido, num desabafo” e por aí vai. Dos demais personagens não é preciso ressaltar a cor, já que o “padrão” é serem pessoas de pele clara.

Durante a leitura senti falta de conhecer mais sobre a visão e sentimentos de Alice e também achei o final um pouco corrido. Apesar disso, foi uma leitura muito prazerosa, que prendeu minha atenção do início ao fim. Gostei bastante deste romance e espero ler mais obras da Júlia.

Escolhi ler a versão original, que está em domínio público, ao invés da versão com a linguagem adaptada pela editora Pedrazul. Acredito que foi a melhor escolha que fiz, pois, a escrita não é difícil e além disso me fez mergulhar ainda mais no contexto das personagens. Temos o uso de algumas palavras menos usadas atualmente na língua portuguesa, mas nada que comprometa o entendimento ou que não se possa facilmente consultar o significado no dicionário do kindle.
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Babi 04/05/2021

"A intrusa " de Julia Lopes de Almeida foi uma leitura que me agradou em alguns sentidos .É um livro envolvente , de leitura fluída , possui personagens e sub-tramas interessantes e a premissa principal desse homem apaixonando por uma mulher que não viu é bem legal .
Gostaria de comentar que a premissa me lembrou do recente "Teto para dois " da Beth O'leary , ali os personagens principais também dividem o mesmo teto mas também não ficam cara a cara por um bom pedaço do livro. O engraçado é que muita gente falou sobre essa ser uma premissa diferente referindo a "Teto para dois ".Imagina como o enredo de "A intrusa " foi inusitado quando o livro foi lançado a mais de um século atrás.

Porém "A intrusa " tem seus defeitos ,.Por exemplo , ele acaba se tornando um pouco repetitivo durante o desenvolvimento da historia e o desfecho, por sua vez, acabou sendo muito apressado .Foi deixado todas as pontas soltas serem acertadas nas últimas páginas .
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Bela 02/07/2021

Li pela capa, e fui pega pela história.
Comecei a ler por curiosidade, já queria ler livros nacionais e não sabia por onde começar. Li Torto Arado e amei. Então por coincidência achei essa porque gostei da capa. Tá vendo! Capas são importantes.
Essa história é muito fácil de ler. Só não dei cinco estrelas porque o livro termina e você quer ler mais sobre a vida dos dois.
Como é um livro antigo, os costumes são antigos, como as obrigações de uma mulher, isso tá bem ultrapassado. Mas a escrita prática e direta faz você se apaixonar pela escritora. Gostei muito.
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Patty Costa 06/10/2022

Acolhedor..

Nós lemos livros de autoras como Jane Austen, Charlotte Brontë, entre outras autoras de clássicos da literatura internacional, mas esquecemos que o Brasil também tem sua parcela de autoras de livros. Não estou aqui comparando, por favor, mas somente dizendo que temos opções na literatura brasileira.
Júlia Lopes de Almeida é uma delas. Nasceu em meados do século XVIII e, mesmo sendo uma época em que não era comum para as mulheres se tornarem escritoras, ela conseguiu ter seu destaque. Em “A Intrusa, escrito nos anos de 1908, temos uma obra que nos traz boas surpresas. Uma narrativa que nos remete ao Rio de Janeiro do início do século XIX e nos faz andar de bondinhos e a conhecer outros lugares da época.
Nosso mocinho é Argemiro, um advogado bem sucedido e viúvo. Sua amada esposa morreu ainda jovem o deixando com Maria da Glória, a filha do casal, ainda um bebê, para criar. Em seu leito de morte ele jura a ciumenta esposa que nunca mais se casará e passam anos assim sem nem em outra coisa. Sua filha passa a viver com os avós maternos e o vem visitar em alguns momentos. Até que ele percebe que a casa precisa de uma melhor administração e coloca um anúncio no jornal solicitando uma mulher para governanta da residência.
Alice, nossa mocinha, atende ao anúncio e ao pedido do novo patrão de nunca se encontrarem. Ela pode fazer o que bem entender com a casa e com os gastos, desde que a mantenha arrumada e bem organizada. Um feito que ela consegue tranquilamente e isso o deixa muito feliz. Tanto que pensa em trazer a filha de volta para morar novamente com ele, o que desagrada muito a avó que fará de tudo para tirar Alice da casa e ter a neta de volta. Mas o que nossa protagonista fez com a casa, foi muito mais do que Argemiro poderia esperar. E, mesmo sem nunca ter visto seu rosto, ele se vê pensando em um futuro diferente e isso pode mudar suas vidas por completo.
Ana 06/10/2022minha estante
Que lindo


Patty Costa 06/10/2022minha estante
Ana, o livro é lindo.. Vale muito a pena ler .. E essa edição da Editora PedrAzul é um primor.. ????


.Mih. 07/10/2022minha estante
Amo essa história




dialogonoslivros 18/10/2020

É bom, mas poderia ser melhor
A Intrusa foi minha primeira leitura da autora Julia Lopes de Almeida, e devo confessar que não foi uma experiência das melhores. A história é ótima, a ideia da narrativa é bastante interessante, entretanto os personagens são extremamente rasos, inclusive, se Alice tiver dez falas é muito.
Apesar de tudo a leitura me prendeu bastante, pois queria saber como o livro terminaria. Porém várias vezes me peguei pensando "tá e daí? É isso?" Achei que a narrativa é mal explorada, há tantos personagens interessantes mas todos se apresentam muito rapidamente sem grandes desdobramentos. Ah outro fato que me chocou é o racismo no livro, tanto com pessoas de origem africana quanto de origem asiática.

Quanto a edição... Meu exemplar é da editora Pincipis de 2019, no qual encontrei diversos erros como palavras com letras faltando ou repetidas. Além do mais o texto é antigo, fiquei muito curiosa em saber se há uma versão atualizada, para tornar a leitura mais fluídica.
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Noemy 21/08/2022

A intrusa de Júlia Lopes
Julian Lopes na obra a intrusa te surpreende em um primeiro momento, no começo da história fiquei confusa pois esperava o ponto de vista de uma heroína isto é de uma personagem feminina.
Mas é isto que surpreende, ponto de vista desta história vai te surpreender.
Lembrando que é uma obra importante e de uma escritora extremamente importante também...
Considerada avançada pela época pois defendia a abolição da escravatura; Júlia Lopes de Almeida escreveu para vários periódicos, atividade incomum para mulheres da época, e foi a única mulher entre os idealizadores da Academia Brasileira de Letras, apesar de ter sido impedida de ocupar uma cadeira nessa instituição.(Brasil escola)
Recomendo que você leia e tire suas próprias conclusões.
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carolmureb 27/02/2024

O romance de Júlia Almeida é um prior! Sua escrita é fluida e objetiva. Os diálogos são consistentes. A escritora que participou da criação da Academia Brasileira de Letras, mas não pôde ocupar uma cadeira por ser mulher, faz uma crítica à sociedade carioca da época preocupada com a moral e bons costumes. Retrata o saudosismo dos tempos dos barões. Critica também a vocação presbiteral apresentando-as mais como fruto de uma frustração, fuga ou decepção e não de chamado de Deus.
Por que, então, o livro é bom? Além das tramas bem escritas, do humor e críticas, a heroína é uma mulher que pouco aparece, mas que se conhece pelo que faz. Corajosa, honesta, dedicada, culta e inteligente. Conquista o coração do protagonismo não pela sua bela aparência e artifícios de sedução, mas pelas qualidades e talentos de sua personalidade. Além disso, Júlia Lopes de Almeida é uma das primeiras romancistas brasileiras e merece ser valorizada por seu pioneirismo.
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Adriana1161 14/06/2023

A mulher ideal
Livro maravilhoso, como todos os outros que li desta autora, que infelizmente sofreu um "apagamento" na sua época.
Um romance cotidiano, com gostinho de novela, personagens interessantes!
Aborda racismo, feminismo, e a questão da pobreza.
Personagens: Alice, Argemiro, Glória, Padre Assunção, Floriano, Luiza, Sinhá
Local: RJ - 1908
@driperini

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Elexandra.Amaral 25/01/2021

"Não dá pra não pensar em você..."
A proposta de Júlia Lopes é interessante, promissora: um homem apaixona-se pela alma de sua governanta, uma mulher virtuosa e inteligente, apesar de sua determinação em permanecer atrelado à memória da falecida. O desenvolvimento de Argemiro, o patrão, e de Alice, a governanta, e dos demais personagens deixa a desejar.
Apesar disso, o livro prende (e muito!) a atenção.
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Aline.Andrade 03/02/2020

Só leiam
Essa escritora foi injustiçada demais quando foi barrada de entrar na ABL (que ela ajudou a criar) somente por ser mulher. Pra piorar, colocaram o marido dela, que era um zero a esquerda (minha opinião aki), pra ocupar a cadeira que deveria ser dela. Eu tenho como meta ler todos os livros dela. Esse foi o primeiro e só posso dizer e amei.
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Ariane.Rodrigues 02/05/2021

A intrusa
Me surpreendi muito com esse clássico nacional. Não sou fã do gênero e eu ter gostado tanto desse foi uma surpresa. Leitura muito fluida e a edição acredito que ajudou bastante. É uma história muito envolvente, que te deixa com muita raiva de alguns personagens kkkkk. Mas também te deixa apaixonada por outros. Recomendo pra quem quer começar a ler clássicos nacionais.
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