Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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João Oliveira 14/12/2021

OBRA ESSENCIAL
Uma história de amor, é o que podemos concluir desta obra monumental da literatura de Língua Portuguesa. Um tributo ao sertão mineiro, à linguagem regionalista e ao Brasil. Guimarães constrói uma história que ao mesmo tempos que nos intriga, nos remete a uma reflexão constante sobre o ser. Não se preocupe em entender a história contata, que por vezes nos deixa perdido, propositalmente. Preocupe-se apenas em ouvir, pacientemente, o que Riobaldo tem a dizer. De alguma forma, isso irá mudar a sua vida e o que você pensa sobre o amor.
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Val Alves 07/12/2021

É preciso estar preparado para entrar no Sertão!
O que dizer sobre esse clássico da nossa literatura já ostensivamente resenhado e comentado: Grande Sertão, Veredas?
Não irei resenhar sobre o enredo, pois ele já é bastante conhecido e qualquer coisa que eu disser ou será algo repetido ou - se na tentativa de não me repetir- acabarei entregando algo que não deveria.
De fato a leitura de Grande Sertão é, para fazer jus ao título,  um grande desafio! O estilo do autor é diferente de tudo o que li até então e exigiu um preparo extra para não acabar sendo mais uma leitura não concluída.
Por isso em alguns momentos arquivos de áudio, demarcação de páginas a serem lidas por dia, dicionários e textos de apoio foram necessários. Todo esforço valeu a pena, pois tenho a certeza de que li uma das obras mais originais da humanidade.
E não me arrependo de não ter lido antes porque, provavelmente, sem o preparo necessário e de forma desavisada,  provavelmente teria abandonado. O que seria uma grande perda!

Fazer a Travessia não é para todos, mas todos deveriam fazê-la! Portanto, ao pensar em iniciá-la é preciso saber que "é
preciso ter coragem!"
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Jamyle Dionísio 07/12/2021

Grande
Nonada. Assim, indecifrável, desafiante, começa Grande Sertão: Veredas. Como uma advertência aos incautos, ou senha misteriosa que só os iniciados entendem e ousam prosseguir. Ou os descuidados, que esses, assim como os loucos e as crianças, talvez sejam também protegidos por Deus.
Muito parei em Nonada, tal qual porta fechada na minha cara. Mergulhei nos outros riachos, controláveis, dos contos de Guimarães Rosa. Mas aquele imenso e caudaloso rio do Grande Sertão: Veredas, sem descansos em capítulos, corrente, barrento e fundo? Desse eu sempre tive paúra.
Mas como Riobaldo sempre repete, de um jeito ou de outro? o que a vida quer da gente é coragem. Fui. Como no episódio em que o narrador, ainda criança, conhece o garoto Reinaldo/Diadorim, que o leva para um passeio de canoa rio São Francisco acima (canoa que afunda reto se não manejada direito): teme, quase se arrepende, mas faz a travessia. Sempre puxado pelos olhos verdes de Diadorim, olhos que também nos puxam rio-livro adentro até um final embasbacante, doído. Aqueles finais que deixam a gente assim, sem pensamento, só boca aberta em assombro.
Assombro, sim, com a grandiosidade dessa obra que não tem par na literatura brasileira. Chamar isso de livro é pouco. Vou chamar é pelo primeiro nome, daqui pra frente: o Grande.

https://www.instagram.com/p/CVL7gBKrNT2/?utm_medium=copy_link
Dhewyd 13/03/2022minha estante
Esse livro está entre meus favoritos... demorei algum tempo pra poder entender a linguagem usada, até porque não é bem o português que está sendo utilizado, mas como gosto de dizer , o jagunçês rsrs... comecei a entender melhor quando comecei a lê-lo em voz alta, aí a leitura fluiu como uma correnteza... Livro marcante e grandioso.




Rick 05/12/2021

É a travessia mais importe que eu fiz na vida
Amor vem de amor. Digo. Em Diadorim, penso também - mas Diadorim é a minha neblina?

Eu não sentia nada. Só uma transformação, pesável. Muita coisa importante falta falta nome.
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Paulo 02/12/2021

Adaptar um livro para quadrinhos é sempre uma tarefa complicada porque exige não apenas o conhecimento dos detalhes da obra, mas compreender o coração daquilo que foi contado. Na maior parte das vezes, a quadrinização fica aquém do resultado proposto. O que chega a nós com mais destaque são aqueles quadrinhos que são diferentes em algum ponto, seja na forma de adaptar ou na precisão do que foi adaptado. Eloar Guazzelli é alguém que trabalha há muito tempo com a arte de adaptar obras de ficção para quadrinhos. E ele tem como principal características não apenas traduzir bem as cenas e os diálogos, mas compreender a essência da história. Aquilo que faz a história pulsar. E nessa HQ ele pegou uma missão bem complicada: a de adaptar Grande Sertão - Veredas, um clássico da literatura brasileira escrita pelo gênio Guimarães Rosa.

Vou tentar a infeliz missão de fazer uma sinopse dessa obra. Grande Sertão Veredas é uma história contada pelo seu protagonista Riobaldo que nos conta sua trajetória pelo sertão mineiro em uma imensa jornada que nos fará conhecer o coração dos homens do interior, ao mesmo tempo em que ele precisa enfrentar as tropas governistas que buscam a opressão do povo sertanejo. Durante suas andanças ele conhece Diadorim (ou Reinaldo), um homem que através de sua bravura e decisão o encanta a ponto de ele dedicar sua vida a estar ao seu lado. Riobaldo e Diadorim fazem parte do bando de foras-da-lei sob a chefia de Joca Ramiro, um homem justo, porém embrutecido por todas as violências que ele já viu na vida. Grande Sertão é uma narrativa que mostra o interior do coração de Riobaldo, um homem balançado pela vontade de fazer a diferença, mas também a de estar ao lado do enigmático Diadorim, alguém por quem ele descobre sentimentos conflitantes.

Fica bastante complicado eu falar de como Guazzelli adaptou a obra porque a maneira como o roteiro chega nas páginas da HQ é muito semelhante ao que Guimarães Rosa empregou em sua obra. Óbvio que é basicamente impossível chegar próximo ao nível de escrita do grande autor, mas o que parece claro é que Guazzelli entendeu o que Rosa tentou transmitir em sua obra. E ele traduz isso de uma forma gentil e honesta, nos mostrando um sertão vivo, que é quase como o verdadeiro protagonista da obra, mais do que os personagens presentes na narrativa. Um sertão que pode ser belo e cruel ao mesmo tempo, e que bate forte no coração como as agruras da vida. As dificuldades são muitas vividas pelos sertanejos, tudo em troca de um pouco de liberdade em suas existências. Outro ponto legal do roteiro do Guazzelli é em como ele deixou a arte do Rodrigo Rosa trabalhar nos momentos mais idílicos.

A obra de Guimarães Rosa é muito mais complexa do que os temas que vou trabalhar aqui, mas queria chamar a atenção em três pontos. O primeiro deles é a existência de uma linguagem que se assemelha a um realismo mágico em alguns momentos. O sertão é um ambiente que ultrapassa a compreensão humana. Tem um momento da narrativa em que eles precisam atravessar uma faixa de terra que seria um atalho para o seu objetivo. E o sertão os castiga terrivelmente, mostrando suas garras para que o homem conheça o seu lugar. Já em outro momento temos uma informação de que o antagonista teria feito alguma espécie de pacto com o demônio para que ele pudesse suplantar todos os esforços feitos contra ele. E todos os reveses sofridos pelo bando de Riobaldo são fruto desse pacto. Ou que Diadorim tem o corpo fechado e por essa razão a narrativa nos mostra alguém que não se enquadra em definições mundanas. Ou seja, o mágico se une a uma vida cheia de dificuldades e fornece explicações possíveis para alguns dilemas.

Outro lado interessante é que o roteiro ressalta bastante as dificuldades que Riobaldo tem para entender a si mesmo e a seus sentimentos por Diadorim. Na época em que o livro foi escrito, Rosa recebeu críticas e elogios por nos apresentar a imagem de um sertanejo dono de um espírito humano e frágil. Retirando do palco aquele estereótipo do homem másculo e viril, e nos colocando frente a frente com uma personalidade que precisa entender o que ele faz no meio de pessoas que matam outros. Desde o começo da história, Riobaldo critica as ações violentas do bando ao qual faz parte. Se ele buscava outras soluções no começo, o convívio com seus companheiros e as situações que eles vivem cria uma casca nele em que há a compreensão de uma necessidade de encontrar a justiça. Diante de tanta opressão e violência, somente esse caminho pode nos levar a alguma solução futura. Claro que em vários momentos, se coloca contra decisões mais extremas do bando como quando eles capturam o líder das tropas governistas na região.

Sem falar na situação com Diadorim que percebemos se tornar uma paixão verdadeira da parte de Riobaldo. Seus sentimentos por seu companheiro são claros, o que lhe causa uma confusão ao pensar que ele está apaixonado por um homem. Na sua concepção de mundo, isso é errado e ele tenta se convencer de que é o amor de um irmão. Mas, os indícios apresentados por toda a narrativa falam o contrário e ele não os aceita. Sua saída, muitas vezes, é encontrar uma paixão efêmera seja com amantes vazias nas cidades ou se convencendo de que vai se casar com Otacília. O que o deixa mais confuso ainda é a percepção de que Diadorim parece também sentir o mesmo, dada as expressões de ciúmes que ele visualiza eventualmente. Então Riobaldo fica nesse dilema e chega a pensar até em pegar Diadorim e abandonar o bando em busca de uma vida longe de tudo. Mas, ele acaba rechaçado pela promessa de Diadorim que busca sempre um objetivo que parece não ter fim.

Essa é uma belíssima adaptação do romance de Guimarães Rosa. Acho que Guazzelli foi muito feliz ao conseguir captar a essência da narrativa tão mágica e desoladora de Grande Sertão - Veredas. Ele conseguiu transmitir para os leitores um texto difícil de ser adaptado dada a maestria de Guimarães Rosa de empregar a língua portuguesa de maneiras criativas e inesperadas. O livro em si possui uma linguagem própria, dificílima de ser traduzida e o roteirista conseguiu ser muito feliz. Para aqueles que sentiram dificuldade com o texto literário, recomendo esta HQ como uma porta de entrada para um retorno futuro ao mundo mágico criado pelo grande autor. Espero ter feito um bom trabalho em apresentar essa HQ, porque tentar reduzir a narrativa magnífica deste autor em uma resenha de poucos parágrafos chega a ser uma heresia à grandiosidade do gênio de Guimarães Rosa.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Rodrigo Melo 30/11/2021

Esconda sua leitura
Recomendo manter sua leitura em segredo de seus conhecidos, desses que possam, de alguma forma, tentar adiantar a história. Fuja por tudo dessas pessoas nesse período. É uma história muito bela para ter seu fim narrado por alguém sem coração que só quer ver o caos alheio.
Talvez seja uma das mais belas obras que poderia ler nessa vida.
Lhes desejo uma bela leitura.
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Yara 25/11/2021

Grande sertão: veredas
Uma obra-prima. Uma leitura difícil. Uma narrativa linda de viver. Uma história de amor, jagunçagem e política. Um dos melhores plot twists que já li.
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Fernando 09/11/2021

Ser-tão infinito
De tudo um pouco já foi comentado e revisto dessa obra. Por isso, é pretensão demais querer eu em falar um pouco mais das Veredas. Mas pergunto: como pode uma história ser tão intimista e, mesmo assim, tão grande? Travessia.
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Leticia 09/11/2021

Se Riobaldo ama "inteiriço fatal", fatalmente eu amaria
Tá aí um livro que eu morria de medo, sua fama me aterrorizava, iniciei essa leitura pronta para nada entender. É... Guimarães Rosa, cê acabou comigo! Mas eu gostei de me acabar, me acabar de lágrimas e de amor. Eu aqui não me proponho a uma resenha, até porque não tenho cacife para isso, mas coloco aqui as minhas singelas reflexões.

Nessa travessia, pouco mais de quatrocentas páginas. Eu, Ana, consegui me perder um pouco, na vida e na narrativa. Eu acho que perder-se é uma capacidade dignamente humana, as certezas estão para além dessa mera existência mortal. É como diz Riobaldo " Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa".

Na travessia de Riobaldo e Diadorim que se perdem nas veredas do sertão e do coração, aprendendo que o amor é um "inteiriço fatal" , a recusa se faz presente, e ela é incessante. Recusa do amor, do ir, do viver, do morrer. Perder-se na vida, na travessia. A entrega a desorientação é por demais dolorida, e fica a tentativa de encontrar um Deus, um demônio, um existir, um Deus por vez odioso, um diabo amoroso (um amor não tal como o cristão, mas um amor que satisfaz os nossos desejos, desejos demoníacos?)

Riobaldo diz que "o diabo vige dentro do homem" então, talvez sejamos o próprio demônio, soltos por aí, demônios encurralados dentro de um corpo mortal, frágil, assim, "viver é muito perigoso" além de ser perigoso, sempre acaba em morte, mas esse corpo enquanto não encontra Thánatos, insiste no viver, o como viver é uma resposta singular, ela não está posta , fica o que diz Riobaldo: "O real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia."

Obs: Ao lerem o livro não procurem imagens da adaptação, eu - jacú - fiz isso, levei um baita spoiler ?.
Joao 09/11/2021minha estante
Parabéns pela resenha Ana!!! Só me deixou com mais vontade pra encarar esse livro hahaha


Leticia 09/11/2021minha estante
João, foi a minha melhor leitura do ano, quiçá da vida.


Isadora1232 09/11/2021minha estante
Que resenha linda! Esse livro é um acontecimento. Costumo dizer que fui realfabetizada por GSV e depois dele nenhum livro foi mais o mesmo. Lindo lindo!


Joao 09/11/2021minha estante
Ana, fico feliz por você. É uma maravilha quando finalizamos um livro e saímos com essa sensação. Provavelmente no próximo ano, vou encará-lo hehehe. Você me deu o estímulo que faltava


Leticia 09/11/2021minha estante
Obrigada, Isadora. Realmente, não sei se outro livro chegará aos pés desse, GSV foi um divisor de águas na minha vida.


Leticia 09/11/2021minha estante
João, fico feliz !! Espero que você ame como eu, e que essa experiência seja diferente do seu primeiro contato, que não foi promissor. É um livro lindo.


Ana Sá 09/11/2021minha estante
Me fez reviver tudo que senti depois de ler esta obra prima! É um tsunami de emoções mesmo! ?? Daqueles livros "o que eu era e o que me tornei depois de ler...". rs

Resenha ótima pra recordar e ter vontade de ler de novo!


Leticia 09/11/2021minha estante
Ana, eu já quero reler, lendo os textos de apoio, eu percebi que deixei passar muita coisa. Então, essa primeira foi só uma leitura de reconhecimento do terreno, preciso de uma outra para ler mais atentamente. Realmente, me tornei outra depois desse livro.




Cassio.Santos 30/10/2021

Eles vivem.
Um bom livro vive independentemente. Coisa dos grande clássicos. Você pode reler aos 30, aos 40 e aos 50 e sempre eles vão te dizer algo. Não sei se eu vou viver tanto tempo assim, mas esse livro vai...
Lindo, sobretudo uma história de amor e fé no amor.
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Dani 20/10/2021

No início da leitura confesso que fiquei um pouco confusa e foi preciso algumas páginas para me adaptar a sintaxe de Guimarães. É uma obra envolvente que deveria ser obrigatório sua leitura em voz alta de tão poético que é. Nenhum elemento do livro é por acaso. Seu final é surpreendente, mesmo com as pistas que Rosa vai nos dando no decorrer da narrativa. Mas acredite, essas pistas passarão despercebidas e só farão sentido quando você chegar ao fim da leitura.
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Thâmara 06/10/2021

Grande Sertão: Veredas, é um clássico da literatura.
Grande Sertão: Veredas, conta a história de Riobaldo, um homem perdido em meio as confusões da vida que decide mudar, tomar novos rumos e seguir uma travessia buscando compreender o mundo e, principalemnte, compreender a si mesmo. A edição é impecável! Utilizando cores fortes que remetem ao cenário descrito pelo autor.
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Pri Garcia 27/09/2021

Não é um livro fácil. O tipo de escrita sem capítulos e o uso da gramática errada para construir o cenário dificultaram minha leitura - inclusive perdi várias coisas que eu fui entender lendo os textos de apoio. Mas, é indiscutivelmente lindo! Com um plot twist gigante no final. Fico feliz por ter lido essa história e indico de olhos fechados!
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Mariana 25/09/2021

?Genial. Que outro nome dar??
Definitivamente uma leitura difícil mas que vale o esforço para concluir.
Poesia, filosofia, misticismo, aventura e romance nessa trajetória de jagunços cheia de dualidades.
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