O Amor nos Tempos de Cólera

O Amor nos Tempos de Cólera Gabriel García Márquez




Resenhas - O Amor nos Tempos do Cólera


991 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |


Andreia Santana 15/10/2011

O amor nos tempos do cólera: o livro e o filme
O amor nos tempos do cólera é um dos meus livros favoritos de toda a bibliografia de Gabriel Garcia Marques. Embora escolher o melhor romance da vasta produção de GGM seja muito difícil, esse é um dos que mais gosto, ao lado de Crônica de uma morta anunciada e do clássico Cem anos de solidão.

A primeira conclusão a que cheguei quando li o livro, alguns anos atrás, era de que detestava Florentino Ariza. Acho que sentia por ele a mesma repulsa que Fermina Daza. Um amor tão servil, uma devoção tão obssessiva não são motivo de orgulho para uma mulher independente! Lógico que, nenhuma quer ser desprezada, mas ser amada como “deusa coroada” é um fardo. Ninguém é perfeito, todos tem bons e maus momentos. Mas o amor servil de Florentino na sua juventude era irritante. Quando alguém se humilha tanto por amor e ainda por cima sem esperar nada em troca, não parece humano. Não me parecia na ocasião. E Florentino, com suas cartas, sua paixão recolhida, sua falta de coragem de conquistar Fermina e sua lista de mulheres a quem levava para cama enquanto esperava o marido da sua amada morrer, me enojava. Ele era grudento demais, socorro!

Mas Gabriel é sábio, ele conduz os leitores, principalmente as leitoras, para uma armadilha: no final, todas gostariam de ter tido um Florentino Ariza em suas vidas. E nos pegamos apaixonadas por ele. Na velhice, Ariza é tão digno, já não parece tão apagado, sem sombra, sem alma.

No Cinema - Assisti ao filme baseado no romance de GGM recentemente. E pretendo reler o livro. Talvez agora, mais madura, quando li a primeira vez era muito nova, já não sinta tanta repulsa por um amor devotado e alucinado como o de Ariza. Com a idade vem a compreensão de que o amor tem formas e formas de manifestar-se. E Ariza, ao permitir que Fermina vivesse toda uma vida que era só dela, para finalmente, mais de 50 anos depois, viver o que restava da vida ao lado dele, foi generoso. A generosidade é uma prova de amor que comove depois que a gente abandona a impetuosidade da juventude.

No ano de lançamento do filme, 2007, não fui ao cinema assistir. Também não li as críticas. É uma das minhas birras pessoais. Quando se cria expectativa demais sobre alguma coisa, eu ignoro. Só mais tarde, depois que a poeira baixa, me permito contemplar e tirar minhas próprias conclusões. O amor nos tempos do cólera foi mais que badalado, Fernanda Montenegro vivia a mãe de Florentino, que por sua vez foi interpretado pelo novo latin lover Javier Bardem. Gosto do Bardem de Mar adentro, Lunes al sol, e No country for old man (Onde os fracos não tem vez). Acredito que ele podia riscar algumas coisas do currículo como o padre herege de A sombra de Goya.

O filme tem uma fotografia belíssima, os cenários são deslumbrantes. O diretor tentou ser o mais fiel possível à história – tarefa inglória, porque deve ser muito complicado roteirizar a narrativa de GGM -, mas cometeu a heresia de não filmar na língua de Cervantes, a mesma em que escreve Gabriel. Um filme baseado em romance de um escritor colombiano e gravado em inglês, ainda por cima com sotaque portenho?! Fiquei frustrada. O inglês não combina com a passionalidade da história. Assim como os modos de dândi do doutor Urbino, o marido de Fermina, também não.

Estamos na Colômbia, na América Latina selvagem e miserável, assolada pela cólera e pela pobreza, explorada por algumas poucas companhias inglesas ou americanas, mas a população habla espanhol! Os romances de GGM tem essa força, esse arrebatamento típico, mas o filme passa ao largo. Javier Bardem, que é um ator competente, até faz um bom Florentino Ariza, mas na minha imaginação, o personagem é menor, mais delicado, quase incorpóreo, enquanto Bardem é um homem enorme, com um rosto muito marcante para passar despercebido.

Fermina Daza, em certo momento, define Ariza como a sombra de um homem. Dificil pensar em Javier Bardem como a sombra de um homem. Já Benjamim Bratt, que vive o marido de Fermina, no romance é um homem forte, rico, bem-sucedido, viril e é essa força dele, em contraste ao perambular incerto de Ariza pela vida, que conquistam a mocinha. Sendo que no cinema, a atriz que faz Fermina Daza é delicada demais para viver uma das mulheres fortes criadas por GGM.

O filme não é de todo ruim, tem momentos muito bons. Mas o livro é infinitamente superior, é a magia latina de Gabriel.
comentários(0)comente



Larissa3666 25/10/2020

Vale a leitura só pela escrita
A experiência de ler esse livro foi realmente uma jornada, principalmente por conta da escrita do Gabriel Garcia Márquez, tão poética, diferente e realmente muito bonita, mas também por conta da forma em que ele narra a história, cheia de idas e vindas e viradas, o enredo cheio de pequenas peças pregadas por ele, que brinca com o desenvolvimento dos personagens a todo momento, fazendo você mudar de ideia acerca deles até o praticamente a última página.
A construção dos personagens (principalmente os femininos) e do enredo, aliado ao contexto histórico do livro, foram os pontos que mais me marcaram na leitura que só foi prejudicada pela existência de alguns aspectos que considerei problemáticos, como a utilização de descrições racistas que era dada a personagens pretos, de forma bem gratuita no livro (o que pode ser sim reflexo da época, mas que deve ser sempre pontuado), apesar do racismo ser também de certa forma denunciado em outros momentos do livro.
Acerca disso, outro ponto interessantíssimo acerca da construção da narrativa foi a maneira que o Gabo a utilizou como forma de denúncia, principalmente acerca da realidade de uma cidade grande da América Latina: a pobreza, a violência, a injustiça social, a insalubridade.
Impossível também não relacionar a epidemia atual do COVID-19 com a doença do Cólera, retratada de forma tão visceral no livro, tanto com relação a doença em si, mas também traçando um paralelo com o amor, que é totalmente desconstruído nesse livro, outro aspecto que tornou essa leitura tão surpreendente e marcante.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Nivia.Oliveira 29/01/2022

Estamos preparados para esperar sem desesperar?
O livro conta a história de amor entre Fermina Daza e Florentino Ariza que durou cinquenta e três anos, sete meses e onze dias, 60 páginas de cartas, e um num-sei-quanto de mensagens de telégrafo.
Gabo vai e volta no tempo com maestria para relatar todos os acontecimentos que ocorreram durante meia vida.
No meio das “desordens do amor, os estragos do cólera” p.82, doença bacteriana normalmente transmitida pela água. Impossível não comparar algumas passagens com o nosso infeliz momento atual de Pandemia do Covid-19:
Os esforços do Doutor Juvenal Urbino para combater a epidemia de cólera: convencer pessoas descrentes do invisível; insalubridade dos rios (falta de infra-estrutura social); quarentena; utilização de métodos inovadores e drásticos; as advertências sobre os riscos mortais das vacinas; a fé nos supositórios; o cemitério transbordante, criptas lacradas, enterros coletivos; “qualquer acontecimento, bom o mau, tinha alguma relação com ela”p.177. preconceito de que a doença era responsabilidade de um país específico (África).
O texto é cheio de reflexões (e ironias, é claro) sobre amor, vida, sexo, política, guerra e sociedade... Também é um elogio à literatura “até os documentos oficiais pareciam de amor”.
No início pensei que fosse obsessão e sinceramente esperava um final diferente... (é que eu prefiro, a tragédia! 😊 ), mas como disse o próprio autor na entrevista: “o amor é a rendição que nos salva”!
E talvez é com um grande amadurecimento que consigamos realmente sentir o amor de verdade, apesar da carne já não ser tão tenra...


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/?hl=pt-br
Ricardo.Borges 01/02/2022minha estante
Este livro é incrível, não é?




Ricardo.Borges 10/01/2022

A vida inteira de amor, por amor
Com personagens surpreendentemente humanos (Juvenal Urbico, Fermina Daza e Florentino Ariza) e descrições complexas e realistas, a trama do livro se desenrola de maneira não linear e fica impossível prever o que acontecerá na sequência, no próximo parágrafo (eu ficava o tempo todo me perguntando o que faria se estivesse em determinada situação). Não há nada gratuito na história, pelo contrário, o autor consegue - com maestria - trazer à tona sentimentos fortes em situações aparentemente simples, cotidianas.
O livro exala amor, do começo ao fim, de uma maneira nada vulgar, mesmo quando traz descrições um pouco mais ?sujas?, e culmina em um final épico! Algumas páginas antes do final, de fato, eu pensava comigo :?ele poderia parar por aqui, já está bom??, mas a história continuou se desenrolando e não decepcionou, só retribuiu ?com a suspeita tardia de que é a vida, mais que a morte, que não tem limites?.
comentários(0)comente



filho de zeus 28/06/2021

Inventando o amor com amor
Minha primeira experiência com o autor e posso dizer que foi inesquecível. Gabriel Garcia Marquez consegue contar muitas histórias diferentes nesse romance, que diga-se de passagem, não se prende a moralismos, talvez propositalmente, por conta da época em que se passa.
Num contexto de guerra e morte, absurdos são naturalizados na vida cotidiana e é inevitável desviar o olhar disso. Mas ainda assim, a história de Fermina, para mim, foi interessante de acompanhar, do começo ao fim. Apesar dos seus vários defeitos, é uma personagem intrigante, principalmente pela maneira como se opõe a regras sociais, mesmo que timidamente.
Mas o que mais gostei sobre esse livro é a maneira que o autor consegue traçar uma linha do tempo muito bem descrita da vida de cada um dos personagens. O tempo é o grande protagonista pra mim. Pois tudo na história depende dele. E acontece, apesar dele.

?E se assustou com a suspeita tardia de que é a vida, mais que a morte, a que não tem limites.?
comentários(0)comente



Mafê 13/03/2023

O amor nos tempos de cólera
Foi o primeiro contato que tive com o modo de escrita de Gabriel García, me surpreendi por não ser tão rebuscada quanto eu imaginava. Posso nem comparar a escrita dele com a do último livro que li (depois, leia a resenha de "Mil beijos de garoto") é infinitamente superior.
Confesso que estranhei o tamanho dos capítulos, as divisões são longas, mas é justificável já que cada parte conta um período, no passado ou presente, da vida de Juvenal Urbino, Fermina Daza e Florentino Ariza.
A história é cativante e instiga do início ao fim, o leitor fica ansioso para descobrir o desfecho, se eles ficam juntos ou não. Os personagens são únicos e suas características contribuem com a trama.
O envolvimento da fé católica me chamou atenção, a maioria dos personagens são praticantes e seguem as doutrinas da Igreja. Em contrapartida, Florentino representa a subversão completa da moral humana em oposto ao Urbino. O seu comportamento só muda quando está sob influência do seu amor por Daza.
O final cumpre com o prometido e nada mais, não é chocante, é previsível, mas ainda assim com sua simplicidade é bonito pois mostra o quanto o amor deles suportou.
comentários(0)comente



Claudia Canazart 26/02/2020

null
"Amor demais é tão mau quanto falta de amor"
Uma obra prima.
Cíntia.Coelho 08/06/2021minha estante
Concordo plenamente




Carla.Zuqueti 09/08/2020

Um poema
Foi amor a primeira vista, o que Florentino Ariza sentiu ao ver a jovem Fermina Daza, em um momento de leitura com sua tia Escolástica. Sabia que seria seu amor eterno. Atreveu-se a mandar-lhe uma carta, onde se declarava à amada.

Assim foram 2 anos de correspondências de um amor proibido de dois jovens inocentes. Ele, telegrafista, criado por mãe, filho bastardo de um importante membro da CFC. Ela, criada por um pai severo, cuja fortuna foi adquirida por meios escusos, mas criada para ser uma dama da sociedade.

Claro que o pai de Fermina não aceitou o amor proibido da filha, mandando-a para uma viagem que lhe clareasse as ideias, e providenciando um pretendente à sua altura: o jovem médico Juvenal Urbino.

Um casamento mais por conveniência e curiosidade que por amor, afinal, mais se espera do casamento a estabilidade que a felicidade, leva Fermina ao tão cobiçado posto de dama da sociedade, e Florentino a vida de solteiro incurável, cujo propósito era fazer riqueza para se tornar digno de sua amada.

Inconformado com o destino, Florentino sentia todos os sintomas do cólera. Mas não era cólera. Eram as dores do amor interrompido. Mas uma certeza tinha: que ainda teria sua Fermina, mesmo que fosse preciso esperar pela morte do Dr. Juvenal, mas que seus caminhos ainda se cruzariam.

O livro é um poema! Contado de forma não linear e pelas lentes de cada um dos protagonistas, é como sentir as mesmas emoções que cada um sentiu em cada momento. Suas vidas cheias de angústias, protagonistas imperfeitos, cheios de defeitos, e muito reais.

O ponto inicial foi baseado na verdadeira história dos pais do Gabo, que também tiveram um amor proibido. Talvez isso tenha elevado a carga emocional.

Fascinante!!
comentários(0)comente



Bê. 29/12/2021

E o Gabo conseguiu de novo!
Eu sou suspeita pra falar de uma obra desse autor? Meu primeiro contato com ele foi através de Cem anos de solidão - que acabou se tornando um dos meus livros favoritos! - e desde então sou encantada com a escrita poética que ele transfere pra seus livros.
Apesar de terem pontos chocantes, como uma certa naturalização de absurdos como pedofilia e irresponsabilidade na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, este livro é um grande romance de teimosia!
Um amor obsessivo e inofensivo que atravessou 51 anos, 9 meses e 4 dias pra ser vivido.
Um dos personagens principais é capaz de cativar de forma muito peculiar: um momento de desperta dó, depois um certo asco, logo em seguida uma torcida e assim vai uma confusão de sentimentos!
A outra é um poço de orgulho que as vezes chega a irritar, mas esconde um coração mole!
E não tem nenhum núcleo ou personagem que não desperte empatia no leitor!
Sensacional!
O único ponto negativo, na minha opinião, é que em certos momentos a história fica arrastada e perde por um momento a fluidez.
No mais, suuuuper recomendo e adorei essa experiência literária!
comentários(0)comente



DIRCE 26/03/2023

Misturei alhos com bugalhos
Não consigo entender o porquê de eu ter gostado tanto desta obra na primeira vez que a li. Gostei tanto que fui até assistir ao filme no cinema.
Ainda que se considere o humor e a leveza da escrita do escritor, e a forma que ele trata o desdém pela América Latina, as guerras civis que se sucedem, a miséria da população ignoradas pelos políticos, a corrupção etc...etc... e que a inspiração para o romance tenha partido da estória de amor dos seus pais, o amor do Florentino Ariza por Fermina Daza, para mim, não passou de uma caricatura.
51 anos , 9 meses e 4 dias ( Op s!) Olha um déjà-vu : 41 anos e 43 dias ( As Brasas- Sandor Marai, data da publicação 1942, logo...
Deixarei de lado o blá, blá, blá e partirei para a justificativa da minha implicância com o romance. Fermino Ariza teve um amor platônico pela Fermina Daza por mais de meio século, porém, ele foi um enamorado traíra como jamais visto. Até pedófilo foi. E mais: teve a cara de pau de dizer a Fermina que permaneceu virgem para ela. Que asqueroso! Ah! Mas ele enganava a alma com a carne. Explica, mas não justifica.
Creio que o que corroborou para esse meu desafeto, foi o fato de que durante a leitura do romance , assisti , concomitantemente, a 6ª temporada da série “This is us” e, lá, também temos dois homens que amaram uma mesma mulher. O primeiro casamento vemos o arroubo da juventude, a dificuldade de se lidar com os 3 GRANDES ( três recém-nascidos) a dificuldade de lidar com vício do álcool , porém tudo isso só serviu para consolidar o amor entre Rebecca e Jack , foi um amor além da vida ( creio que eram almas gêmeas ). O segundo casamento, já na meia idade, foi um relacionamento lindo. Um amor sereno, com a rotina presente e repleto de cuidados: o modo como Miguel cuidou de Rebeca, mesmo sem ter condições, é enternecedor.
Talvez em uma terceira leitura, sem a influência da série eu fara uma leitura totalmente diferente do "O amor nos tempos do cólera", mas sei de antemão que não haverá um terceiro repeteco.
Tenho que me desculpar pelo fato de que nesse meu comentário, misturei alhos com bugalhos, entretanto, sou vítima da minha imaginação intempestiva.
Que heresia! 3 estrelas para o Grande Gabo.

comentários(0)comente



Rayana 15/12/2021

Quero ter a sorte de um amor tranquilo
Florentino Ariza, o homemmais romântico da literatura contemporânea! Lindo, nada mais que isso é a experiência dessa leitura, gabo como sempre com sua escrita profunda e avassaladora que te arranca tudo e te coloca em outro lugar, te faz refletir sobre espera, amor, luto, felicidade... sobre a vida através de fermina e florentino! Muito honrada de poder ter conhecido e convivido com essa história tão bela. E espero que um dia eu possa entender o amor tão profundamente como esses personagens.
comentários(0)comente



Sthefany148 22/07/2023

A perversão mascarada com pinceladas de um amor ilusório
Florentino não é todo amor. E mesmo com a genialidade do Gabo não posso falar desse livro sem pontuar tamanho cinismo desse protagonista; um homem mentiroso, pedófilo, manipulador, que não sabe ouvir um não. Fermina o rejeitou e ele ficou esperando por mais de meio século para impor lhe um amor pautado no engano. Ele com seus mais de 70 anos brincando de casinha com meninas de 14? Desculpa, mas só por essas atrocidades eu não consigo considerar mais. EM CONTRAPARTIDA, Gabriel Garcia Marques é um gênio e ninguém pode desmerecer a inteligência desse homem. A cólera que tanto é uma doença diarreica causada por falta de saneamento básico que foi fatal para a América Latina do século 19 quanto a raiva colérica fruto da Guerra civil entre conservadores e liberais que também foi fatal. Como amar quando há tanta morte e por dois motivos tão cruéis? Em suma, não encontrei esse amor..
comentários(0)comente



kleyson 08/10/2021

O Gabo sempre vem com uma maneira extraordinária de contar histórias, amei também essa, de amor. Fermina Daza e Florentino Ariza, quanta história! Nos mostrando de alguma forma que nos encontros e desencontros, muito se pode florescer.
comentários(0)comente



Lídia 14/08/2021

O amor é amor em qualquer tempo
Gabriel Garcia Marquez retrata o amor nos tempos do cólera como um maestro que coordena e dirige uma orquestra sinfônica.
A linguagem do livro não é fácil. Palavras desconhecidas que parecem inventadas aparecem pelo texto o tempo todo. É preciso conhecê-las e entender seu contexto. Porém, Gabo apresenta o desenrolar da história tão magistralmente que queremos continuar lendo, aprendendo com ele novas palavras, rindo de suas pitadas de humor.
Não é só o humor que encontramos no livro. Filosofia, arte, descrições impecáveis da vida cotidiana, da natureza, dos sentimentos, da pobreza, da riqueza e do cólera, doença que levou incontáveis vidas mundo afora.
É um livro que nos faz pensar na vida e na morte. Nos faz pensar no quanto esperamos por alguém, se realmente amamos ou só nos sentimos seguros.
Enfim, uma ficção de tirar o fôlego.
comentários(0)comente



991 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR