Utopia

Utopia Thomas More




Resenhas - Utopia


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Bruna 12/07/2020

Utopia, de Thomas More, é um livro que deveria ser parte da leitura essencial de todos. Escrito no período absolutista pelo chanceler de Henrique VIII, More cria uma sociedade modelo para que todos tenham a dignidade necessária para se viver. Com recortes dentro dos campos social, político e religioso, a sociedade descrita trata de forma mais justa esses campos que, de inúmeras formas, são tão injusto e seus apontamentos trazem reflexões valiosas que podemos usar e trabalhar na sociedade em que estamos inseridos. É um leitura valiosa, porém extremamente densa, cansativa, mas muito interessante e pertinente.
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bya 06/07/2020

...
"Em toda a parte onde a propriedade foi um direito individual, onde todas as coisas se medirem pelo dinheiro não poderá jamais organizar em a justiça nem a prosperidade social."
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Igor Almeida 23/06/2020

O mundo perfeito, ou não
E se fizéssemos o esforço de imaginar um mundo ideal, como ele seria? Não apenas em conceitos amplos e imprecisos, como "não haveria injustiça" ou "viveríamos em paz eterna", mas com definições claras e detalhadas de como seria cada aspecto dessa sociedade, explicando a lógica da moradia, dos empregos, dos conflitos, etc. Uma coisa é certa, quanto mais se escrever, quanto mais se detalhar o funcionamento das instituições, mais distante estará da realidade e mais se mostrará, de fato, a personalidade e as crenças de quem está escrevendo.

Neste livro não é diferente, Thomas More, em 1516, descreve detalhadamente (tão detalhado quanto 150 páginas permitem), uma sociedade chamada Utopia, em que o cerne da justiça, segundo ele, é a igualdade (de resultados) e a ausência da propriedade privada:

"Ora, a igualdade é, creio, impossível num Estado em que a posse é particular e absoluta; porque cada um se apoia em diversos títulos e direitos para atrair para si tudo quanto possa, e a riqueza nacional, por maior que seja, acaba por cair na posse de um reduzido número de indivíduos que deixam aos outros apenas indigência e miséria ...eis o que invencivelmente me persuade que o único meio de distribuir os bens com igualdade e justiça, e de fazer a felicidade do gênero humano, é a abolição da propriedade. Enquanto o direito de propriedade for o fundamento do edifício social, a esse mais numerosa e mais estimável não terá por quinhão senão miséria, tormentos e desesperos."

É fácil de entender o porquê de um homem do século XVI ser contra a propriedade privada e declaradamente contrário aos ricos em si mesmos. Quando se tem a crença que o enriquecimento unicamente se dá por meio do acúmulo de metais (roubados, tomados à força por impostos ou pelo comércio – que também era uma atividade considerada suja), que o comércio nada mais é que exploração de uma das partes e que a maneira mais justa de se viver para a maioria seria lavrando a própria terra; quando, somando-se a isso, o enriquecimento por nascimento em uma época de rígida imobilidade social, com posse de terras garantidas por título de nobreza, negócios sem concorrência real com monopólio dado aos amigos e familiares dos nobres e onde tudo era decidido por nascimento, realmente não há como julgar o pensamento de quem acredita que a única forma de justiça seria acabando com tudo para começar de novo, mantendo a propriedade comum a todos.

Ele se revela, em termos atuais, um verdadeiro planificador bem intencionado, em nome do bem comum (como todos os ditadores o são), imponto aos outros o que ele considera justo. Se é justo para ele, decerto é justo para todos, não há erro (De fato, não nascemos sabendo viver em liberdade, é preciso aprender a respeitar opiniões contrárias e esse conceito é relativamente novo.). E assim se enumera as regras sociais: como não há propriedade, as moradias seriam decididas por sorteios a cada 10 anos, ou seja, nova casa a cada 10 anos, não importa o local que se deseje morar. Todo mundo deve ser agricultor porque todos precisam comer, somente após algum tempo poderia haver escolha de profissões distintas (se houver vaga disponível). E lá se perde a produtividade gerada pela divisão do trabalho. Ele parte do pressuposto que o crime é originado da miséria e que, possuindo todos as mesmas propriedades, não haveria motivo para crime. O autor ignora completamente a natureza humana...

Ademais, há número máximo de filhos. Quem ultrapassar esse número terá a criança tomada da família pelo estado. Se a população crescer, haveria emigração forçada para formar uma nova nação em outras terras (E quando povoarem tudo? Seguindo o raciocínio, tenho é medo da solução que podem propor...). Num ímpeto utilitarista, acredita que 6 horas de trabalho diário seria suficiente para todos, afinal não haveria profissão “inútil” e todos trabalhariam no que é importante, sem nenhum tipo de luxo (ele usa o exemplo dos ourives como símbolo da inutilidade). Esse merece um comentário à parte. Me pergunto, quem definiria o que é luxo? O luxo de alguns é realmente danoso para os demais? Há 100 anos, ter um carro era puro luxo. Um carro era caro, menos funcional que um cavalo e só rodava dentro das grandes propriedades com estradas preparadas, ou seja, era um brinquedo, uma extravagância dos ricos. No entanto, foi essa extravagância que financiou a indústria automobilística nascente e permitiu que se desenvolvesse ao nível que temos hoje. Da mesma forma, talheres e ter banheiro em casa também já foram considerados luxo. O que seria de nós se houvesse, em cada época, justiceiros sociais definindo o que os outros devem fazer ou não em nome do bem comum...

E segue no devaneio: "Na Utopia, as leis são poucos numerosas; a administração distribui indistintamente seus benefícios por todas as classes de cidadãos. O mérito é ali recompensado; e, ao mesmo tempo, a riqueza nacional é tão igualmente repartida que cada um goza de todas as comodidades da vida".

De início, soa bonito, mas só de início. É um trecho autorrefutado. As leis são pouco numerosas? O autor passa o livro inteiro mostrando de que maneira o príncipe faria isso ou aquilo, com infindáveis regras do que é permitido e o que é proibido, e fala em leis pouco numerosas? Mérito recompensado e riqueza igualmente repartida? Se é igualmente repartida, não há critério de recompensa nenhum, já que os mais merecedores e os menos recebem igualmente a produção. Afinal, quem decide quem é merecedor? Como não existe igualdade de capacidade e houve igualdade de distribuição, há injustiça intrínseca ao modelo. Esse sistema gera estímulo ou inibição para aqueles que fizeram a maior parte da produção? O que se tem em longo prazo? A última frase: todos vão gozar das comodidades da vida? Se não levarmos em conta um sistema que estimule e permita produtividade e aumento na geração de renda, sistema esse garantido pela propriedade privada, que tipo de gozo da vida haverá em distribuir renda nenhuma?

Neste livro, cada parágrafo é um "eita atrás de eita", compreensível para a época que foi escrito e com certeza vale a leitura. É uma ótima história, geradora de assunto pra muita conversa, mas direcionei os comentários para o fato dessas ideias terem sido postas em prática (tentadas) várias vezes desde então e serem idolatradas ainda hoje. Não é à toa que esta obra é considerada a precursora do socialismo, as bases ideológicas são as mesmas: controle estatal sobre o indivíduo em nome do paraíso futuro da igualdade.
Jamile.Almeida 23/06/2020minha estante
Teoria de sociedade ja testada e ?cientificamente? comprovada como ineficiente e fadada ao fracasso... exemplos nao faltam... confesso que toda vez que começo a ler esse livro, não consigo passar da pagina 20... mas tentarei... um dia... rs




Italo 19/06/2020

.....
Confesso que esperava um pouco mais da obra, no entanto é um conteúdo útil e que traz uma boa reflexão sobre como era a sociedade há uns bons anos e sobre como a utopia idealizada a tanto tempo ainda é o que muitos desejam no hodierno.
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milton_rocha 16/06/2020

Utopia é diferente do que imaginam
Sempre que ouvimos Utopia pensamos no suprassumo da evolução tanto social quanto política e econômica, mas para que possamos realmente julgar algo como sendo isso devemos saber de onde o termo apareceu.

Na história fica claro que a ilha de Utopia é um paraíso construído através da existência de um Estado autoritário - que se passa como provedor e de decisão suprema, quase que onisciente, talvez uma alusão a um Estado à lá Deus - que consegue tomar decisões de modo melhor que o indivíduo e sabe o melhor modo de gerir social e politicamente.

Entretanto, se o Estado faz isso e possui grandes castas sociais nas quais relega os indivíduos enquanto pessoas para que estes tenham um papel fixo na sociedade e se encontrem com suas almas gêmeas e nunca mais se separem não existe, portanto, a diminuição do indivíduo mais forte possível que se reflete em uma sociedade não livre e dependente completamente de decisões que transcendem a sua decisão? Não é justamente isso que é a ideia de um Deus todo poderoso enquanto entidade que determina da melhor forma o caminho que cada ser humano deve seguir?

Uma leitura recente que me pôs a questionar e completar a minha análise deste livro foi o conto "La Loteria en Babilonia" de Jorge Luis Borges. Não é justamente a aleatoriedade - assim como a apresentada via Loteria - que a vida nos fornece que gera o prazer de existir e simplesmente ser enquanto indivíduo? A necessidade de dominar tudo e tentar entender como todas as coisas se conversam é intrínseca a existência do ser humano e pode dar algum sentido à vida, mas a aleatoriedade e a falta de entendimento do Todo é, justamente, o que faz valer a pena viver.
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Ana Viebrantz 06/06/2020

Interessante!
Um dos meus primeiros livros mais completos que li, me marcou muito. A história é interessante e de alguma forma levo até hoje alguma inspiração dele pra minha vida.
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Hugo.Lousada 05/06/2020

Um ótimo livro. Gostei bastante, não é apenas um conto ou uma história, é o livro de um dos precursores da sociologia (mesmo que o autor nunca tivesse essa pretensão). A obra retrata o suposto mundo perfeito, pelo menos na visão do próprio autor. Muito interessante, recomendo.
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DeniseSC 24/05/2020

A sociedade perfeita... Ou não
Ótimo para pensar os erros na sociedade, que em 1500 já estavam presentes na vida das pessoas.
Mas ao meu ver a sociedade não é tão perfeita assim, para os padrões medievais talvez... Mas hoje nem tanto
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@apilhadathay 06/05/2020

Em construção!
A resenha está em construção. O que posso adiantar é que esse livro é um clássico.

A leitura é densa, sim, é um livro de 1516! Mas o que tem de difícil, tem de importante para a história e a Literatura. Amo e não é pouco!

Em breve, a resenha completa aqui, no IG @apilhadathay e no blog www.pilhaflutuante.com.br
R. K. 20/10/2020minha estante
Estou relendo


@apilhadathay 26/10/2020minha estante
Maravilhoso, não é, profe? S2


R. K. 27/10/2020minha estante
E simples. Ando voltando ao básico, flor. A humanidade está cada vez mais difícil de interpretar




Paula.Mello 05/05/2020

Utopia
Uma fábula de um mundo perfeito e imaginável aonde todos os seres são iguais !
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Joao.Magalhaes 21/04/2020

O ideal imperfeito
Livro difícil de se ler, pois boa parte é um monólogo.

A obra representa um marco, principalmente para as doutrinas socialistas. É um diálogo entre alguns personagens, mas a partir do primeiro terço do livro, se transforma num monólogo de Rafael, o teorizador da Utopia.

Alguns trechos retirados do livro:
"A riqueza e a liberdade conduzem à insubordinação e ao desprezo da autoridade; o homem livre e rico suporta com impaciência um governo injusto e despótico."

"Aprendei a dizer a verdade com propriedade e a propósito; e, se vossos esforços não puderem servir para efetuar o bem, que sirvam ao menos para diminuir a intensidade do mal; porque, tudo só será bom e perfeito, quando os próprios homens forem bons e perfeitos; e até lá, os séculos passarão."

"Eis o que invencivelmente me persuade que o único meio de distribuir os bens com igualdade e justiça, e de fazer a felicidade do gênero, é a abolição da propriedade. Enquanto o direito de propriedade for o fundamento do edifício social, a esse mais numerosa e mais estimável não terá por quinhão senão miséria, tormentos e desesperos."

"Porque o que acrescentais ao haver de um indivíduo tirais ao de seu vizinho."

"Entre os regulamentos do senado, o seguinte merece ser assinalado. Quando uma proposta é feita, é proibido discuti-la no mesmo dia; a discussão é transferida à sessão seguinte.
Dessa maneira ninguém fica exposto a desembuchar levianamente as primeiras coisas que lhe passem pela cabeça, e a defender, em seguida, a sua opinião antes do que o bem geral;"

"As roupas têm a mesma forma para todos os habitantes da ilha..."

"Mas, dizem, a fortuna pode traí-lo e a lei (que tanto quanto a sorte precipita frequentemente o homem do pináculo ao lodo) pode arrancar-lhe o dinheiro, fazendo-o passar às mãos do mais ignóbil de seus lacaios. Então, este mesmo rico se sentirá feliz em passar também, na companhia de seu dinheiro, a serviço de seu antigo criado."

Sobre eutanásia: "os que se deixam persuadir [pelo discurso de um sacerdote] põem fim a seus dias pela abstinência voluntária ou são adormecidos por meio de um narcótico mortal, e morrem sem se aperceber..."

"Os maridos castigam suas mulheres; os pais, seus filhos; a menos que a gravidade do delito exija uma reparação pública."

"As leis são em muito pequeno número e não obstante bastam às instituições. O que os utopianos desaprovam especialmente nos outros povos é a quantidade infinita de volumes, leis e comentários, que, apesar não são suficientes para garantir a ordem pública. Consideram como injustiça suprema enlear os homens numa infinidade de leis, tão numerosas que se torna impossível conhecê-las todas, ou tão obscuras que é impossível compreendê-las."

"Os utopianos pensam que é preferível que cada um defenda sua causa e confie diretamente ao juiz o que teria a dizer a um advogado. Desta maneira há menos ambiguidade e rodeio e a verdade se descobre mais facilmente. As partes expõem seu negócio simplesmente, pois não há advogados para ensinar-lhes as mil artimanhas da chicana.
O juiz examina e pesa as razões de cada um com bom senso e boa fé; defende a ingenuidade do homem simples contra as calúnias do velhaco."

Mesmo sendo uma "Utopia", não deixa de ser uma sociedade com muitas falhas descritas pelo próprio autor, quando analisadas hoje. Apesar das inúmeras falhas, a sociedade descrita no livro não seria impossível, mas somente numa ilha, tal como é apresentada, isolada do resto do mundo. Outro ponto não abordado é a figura do príncipe, que segue existindo na Utopia. Não haveria nenhum conflito pelo poder?

Enfim, são muitas questões que dificilmente podem ser respondidas por se tratar de um mundo ideal, muito longe da realidade, mas que, acredito eu, poderia ser simulado em pequenas experiências, em ambiente controlado, e com algum investimento inicial.
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Livia 19/04/2020

Livro fascinante! Thomas More expõe as características de um país chamado Utopia, retratando os seus costumes, suas leis, suas religiões, entre outros aspectos. É uma leitura que te faz refletir em diversos momentos. No entanto, como foi escrito em 1546, observa-se um sistema patriarcal e escravocrata. Obviamente não o considero um país ideal, mas certamente é uma ideia encantadora onde a benevolência e empatia imperam. É um livro que quero reler sempre que puder. Vale a leitura e, além disso, aconselho lerem a versão da editora Unb disponível gratuitamente na internet.
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Magda14 18/04/2020

Olha, apesar de pequeno, pense num livro complicado de ler! Não por conta da linguagem, que mesmo conservando alguns arcaísmos, consegue passar a mensagem. O que me incomodou na obra é que, justamente por conta desses arcaísmos, a leitura foi um pouco enfadonha. Várias vezes eu tive que me concentrar para não cair no sono, mesmo quando lia de dia. Por conta disso, levei muito mais tempo para terminar de ler uma quantidade de páginas que, normalmente, leria em um dia.
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jhagmolina 29/03/2020

Utopia x distopia
Um clássico mundial, lembrando que utopia não é aquilo que não pode ser, é aquilo que ainda não é!!!
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Luiz Fábio 26/03/2020

A Utopia é um livro que definitivamente todos devem ler, somos apresentados a Ilha de Utopia por Rafael Hitlodeu, um dos personagens do livro, em Utopia não existe dinheiro, Ouro e prata não possue valor algum nesse lugar, embora o lugar seja rico desses minerais.

Os habitantes de Utopia praticam o princípio da posse comum, trocam de casa há cada dez anos para abolir a ideia de propriedade individual, que segundo Rafael Hitlodeu é a causa de todos os males nas sociedades.

Recomendo a leitura do livro, é uma leitura agradável, esse foi o livro que gerou o tema Utopia e consequentemente distopia que ficou bem famoso com diversos livros e filmes baseados em sociedades autoritárias e perfeitas".
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