Por incrível que pareça essa é uma série de que gosto bastante, mas que demorei quase um ano para ler a continuação. É um tanto estranho que agora menos de três semanas depois já li o terceiro da série. "A Ascensão dos Nove" continua pouco tempo depois dos acontecimentos finais do livro dois e através de três pontos de vista segue o grupo de gardes divididos pelo mundo. Spoilers da trama apenas no segundo parágrafo.
Nove e Quatro estão em fuga após escaparem por pouco da caverna dos mogadorianos e do próprio Setrákus Ra. John está fraco demais para decidir alguma coisa e acaba acompanhando Nove, mesmo contrariado de não ir para o local de encontro combinado com Seis. John luta para se recuperar e não brigar com Nove. Enquanto isso na Índia, Seis, Sete (Marina), Dez (Ella) e seu cêpan Clayton partem atrás de um boato. Oito estaria vivendo nas montanhas. Quando ambos os grupos decidem checar as arcas em busca de alguma arma útil são atacados. Ambos os ataques os levam a crer que os mogadorianos estão trabalhando com os humanos. Usando-os através de alguma mentira muito convincente. Após escaparem por pouco o grupo na Índia segue montanha acima para encontrar Oito. E John e Nove após fugirem do FBI seguem para Chicago onde John constata que a tática de Henri para se esconder não eram tão boas quanto às do cêpan de Nove. Entre fugas e descobertas os caminhos dos Gardes convergem para um único lugar. Uma base onde nem tudo é o que parece. E agora faltando apenas um Garde para encontrarem eles mais do que nunca precisam sobreviver a fúria dos ataques de Setrákus Ra.
A narrativa de Pittacus Lore segue no mesmo ritmo agitado a tenso dos livros anteriores, mas como uma objetividade que chega a doer já que a história é tão interessante e inovadora. O autor desenvolve a mitologia desse universo que ele criou com habilidade acrescentando informações cruciais e levantando dúvidas para os próximos livros. Em diversos momentos fica a impressão de certa frase ou certo trecho contém outro significado por baixo das aparências. É uma forma de contar história muito única e que conquista o leitor por emaranhar uma trama que mesmo sendo rica e complexa nos é passada de maneira simples. Sem excessos, sem voltas desnecessárias. É raro ver uma história que é interessante e que prende o leitor sem usar artifícios para prolongar a trama e o interesse do leitor.
Outro ponto que merece destaque é a divisão entre as narrações de John, Seis e Marina. Além das personalidades que são bem distintas a forma como eles enxergam a luta contra os mogadorianos definem o tom de seus capítulos. Continuo gostando de John, mesmo as pessoas falando que ele é chorão demais. O que gosto dele é a sensibilidade de enxergar que tão obrigação deles, como escolhidos pelos dez anciões, proteger os seres humanos, a Terra quanto lutar e recuperar Lorien. Apesar de ter gostado dos legados do Oito achei o personagem um pouco antipático demais. Interessante fora o acréscimo e as possibilidades que ele trouxe consigo. Não gostei da personalidade arrogante de Nove. Além do mais depois daquele final senti que não era mais ele junto com os Gardes. Será que é isso que vem por ai? Na busca pelo Cinco eles ainda terão de lidar com Setrákus Ra se passando por Nove e causando discórdia?
Leitura rápida, até demais, que desenvolve com muita habilidade a trama e expande a mitologia da série. Estou curiosíssima para saber quem é o Cinco e porque ele ainda não se coçou em ir atrás dos outros. Será que minha suspeita sobre o Nove depois daquele final estonteante está correta? E a pergunta que não quer calar: qual deles recebeu os poderes, legados de Pittacus Lore? A edição da Intrínseca está (...)
Termine o último parágrafo em: http://www.cultivandoaleitura.com/2012/12/resenha-ascensao-dos-nove.html