A sucessora

A sucessora Carolina Nabuco




Resenhas - A Sucessora


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- J 03/02/2020

Não é muito o meu estilo, mas é bom
Após casar-se com um viúvo, Marina Figueira, uma garota da roça, terá que enfrentar a pressão de ser tão, ou até mais, querida que a falecida esposa, Alice Steen, no Rio de Janeiro dos anos 20.


A estória não parece muito inovadora, não é? Parece igual "Rebecca: Uma Mulher Inesquecível", um filme de Hitchcock. Pois é, provavelmente foi plágio deles. Existe também um livro chamado "Rebecca", que foi publicado após "A Sucessora" e claramente inspirado no romance tupiniquim. Entretanto, nada nunca foi confirmado. E Carolina Nabuco também nunca assinou nenhuma declaração de que não havia ocorrido plágio, apesar de terem oferecido milhões para que o fizesse. Admissão de culpa? Vocês decidem.


Mesmo assim, a estória não me cativou tanto assim, pois minha personalidade é muito parecida com a de Alice, sendo, portanto, o contrário de Marina. Além disso, não vejo tanto brilho na obra. Prefiro livros mais agitados...


Apesar disso, esse livro me divertiu e me fez refletir um pouco. No início, achamos que "Madame Steen", como é chamada Alice, era uma pessoa perfeita e adorada por todos. Com o passar do livro, porém, percebemos que ela podia ser um pouco esnobe e difícil. Além disso, tem o fato de Roberto, o rico viúvo, reclamar quando Marina toma atitudes similares as tomadas anteriormente por Alice. Não temos como saber o motivo da raiva, já que a narradora em primeira pessoa é Marina, mas não deixo de imaginar que o próprio marido escolheu uma pessoa totalmente diferente de propósito, apesar da esposa anterior encaixar muito mais em seu meio social que Marina.


Creio que, para os curiosos de obras brasileiras, essa será muito boa. Os interessados em romances de época também. Mas, para mim, o estilo não foi tão compatível. O melhor mesmo foi a reflexão sobre como a morte lava seus pecados e defeitos. Isso sim foi muito interessante, e por isso a nota mais alta.


Agora quero ler "Rebecca" e descobrir por mim mesma se foi plágio, inspiração ou coincidência...
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Adriana1161 17/06/2020

Caprichos
Gostei do livro!
É um romance psicológico, que apesar de escrito nos anos 30 do século passado, é bem moderno e atual.
A personagem principal, Marina, vai revelando seus pensamentos e angústias de forma bem natural e nos envolvendo no contexto da história.
Aborda o racismo, condenando-o. O pai da autora era Joaquim Nabuco, famoso abolicionista, que tem frases muito lúcidas como: "A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil" e "O verdadeiro patriotismo é o que concilia a pátria com a humanidade".
Foi telenovela, adaptada por Manuel Carlos, em 1978/79. E eu assisti!
Personagens: Marina, Alice, Roberto, Germana, Vasco, dona Emilia, Laurita, Miguel, Adélia Isabel, Júlia
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pierrealmeidaba 01/10/2020

Uma grata surpresa literária
Comecei a ler "A Sucessora" após saber que o livro "Rebecca" escrito por Daphne du Maurier é um plágio da obra escrita por Carolina Nabuco, filha do abolicionista Joaquim Nabuco.

O agente literário da escritora inglesa recebeu de Carolina Nabuco os originais de "A Sucessora", traduzido por ela mesma. No entanto, Carolina evitou qualquer disputa judicial, alegando que a sua dignidade valia mais do que qualquer quantia financeira.

"A Sucessora" foi uma grata surpresa. A narrativa, para além dos conflitos psicológicos da personagem Marina, também se propõe a mostrar o estilo de vida burguês brasileiro no início do século passado e toda a conjuntura social que envolve a abolição dos escravos.

Carolina Nabuco merece ser ter sua obra lida e reconhecida.
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Ana Roque 02/12/2021

Polêmica de plágio
Estou tão animada em fazer essa resenha, desde que eu soube da polêmica envolvendo esse livro fiquei doida para ler, estava imaginando o escândalo de um livro nacional ser acusado de plágio e no final o livro gringo que nos plagiou, em uma entrevista a autora comentou o seguinte sobre o ocorrido:
?Eu fiquei muito triste. Mas pus a minha dignidade acima de interesses financeiros do filme. Um advogado norte-americano veio cá ao Brasil me perguntar se eu escrevesse um papel dizendo que podia ser coincidência, eles me pagariam uma quantia patrimonial?

Infelizmente eu ainda não consegui achar uma boa promoção para adquirir o físico, mas durante minhas pesquisas fiquei sabendo que o áudio book está disponível no aplicativo ?Storytel?, fui logo ouvir e terminei no mesmo dia.

A escrita da autora é linda, caracteriza muito bem o Brasil daquele período com várias críticas e temas muitos interessantes. Nessa obra nos é apresentado a história de Marina, uma mulher do campo que acaba de se casar com um rico viúvo e vai sendo assombrada pelo fantasma da primeira esposa do marido, Alice.
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Ana 14/07/2021

Um romance psicológico, na atmosfera elegante dos anos 30.
Ouvi falar de A Sucessora a partir de uma polêmica resenha que li, envolvendo Daphne DuMaurier e um suposto plágio. Li Rebecca em 2016, mas antes, sim, eu já havia assistido ao filme com Laurence Olivier, e lendo tardiamente A Sucessora, pude perceber que realmente há uma forte possibilidade de que Rebecca tenha sido plágio do livro de Nabuco. São duas histórias parecidas demais para que não haja essa possibilidade, afinal. Mas ao que parece, mesmo assim Nabuco não quis processar a autora estrangeira, porém a intriga atravessou os anos, até chegar aos nossos dias. Se fosse comigo, eu processava era mesmo! Ora se não. Brincadeiras à parte, na minha humilde opinião, os dois livros são muito bons. Sobre a obra de Nabuco: temos aqui no enredo, uma atmosfera misteriosa de um romance psicológico, envolvendo Marina, moça jovem e ingênua do interior, que cai nas graças do viúvo Roberto Steen, lindo, rico, e que para sua sorte, apaixona-se por ela à primeira vista. Antes de conhecer Roberto porém, Marina estava noiva do primo Miguel; mas como este não lhe despertava grande paixão, ela mal encontra Roberto pela primeira vez e já rompe o noivado. Roberto e Marina casam-se então, e ela vai morar na deslumbrante casa em que o marido viveu com sua falecida esposa, a deslumbrante Alice; linda, elegante, desembaraçada, destemida, que vivia cheia de admiradores, enfim, que foi tudo aquilo que Marina não era e nem podia ser. Sentindo-se sobretudo ameaçada pelo retrato da falecida, que parecia encará-la com ar superior e com um certo ódio, Marina esteve desde o primeiro dia, pouco à vontade na casa, e sem dizer a ninguém, um dia, volta para a fazenda onde nascera. Será que ela poderia fazer frente à lembrança de uma mulher tão singular como Alice? Na minha opinião, se Marina tivesse tido um pouco mais de força de vontade, saberia vencer a idolatria que todos ao seu redor tinham por Alice, e mais ainda: saberia lidar com a futilidade de todos os amigos tolos da falecida, que continuavam a frequentar sua casa. Bastava saber se impor, mas para muitos, o caráter tímido demais acaba sendo um empecilho, até para se defender.
Bom livro.
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Amanda Bento 21/09/2021

Símbolos e croquis
É um livro muito subjetivo e simbólico, com uma perspectiva feminina do início do século passado muito firme, uma crítica a todo exagero da aristocracia que acabava de abandonar as grandes fazendas e se urbanizar na capital do Rio. Assim como todo clássico de outros tempos, tem muito preconceito racial, chega a ser complicado de ler, mas não priva a experiencia.
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Cinara... 15/02/2020

"Sempre sentia inveja de gente normal, de gente como Roberto, sem sensibilidade execessivas, sem nervosismos, capaz de viver no presente, de absorver-se no cotidiaismo da vida. Sentia uma atração especial por essas naturezas práticas, possuidoras de um dom tão simples e tão comum, mas que lhe faltava. Com ela, a imaginação estava sempre a se interpor diante da vida real, a afastar dos seus sentidos o momento presente, criando uma sombra, ou um receio, ou um remorso."

A mais grata supresa que já tive como leitora!
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Babi 04/05/2021

Eu sabia faz muito tempo que a Rede Globo transmitiu a novela "A sucessora " com a Suzana Vieira.
Teve uma epoca que eu era viciada no Video Show e eles falavam sobre a novela.
Imagina meu espanto quando estava pesquisando sobre "Rebecca" e acabei descobrindo que a antiga novela global era baseada em um livro que até então nunca ouvi falar.
Fico um pouco triste por ter descoberto esse fato por causa de uma treta com outra obra e não por causa de sua adaptação.
Sobre o caso do plagio : concordo que existe alguns pontos em comum , mas no geral são duas histórias com rumos diferentes e pesquisando bastante sobre o assunto não achei muitas provas que realmente o manuscrito ao menos tenha ido parar na editora que publicava Daphne que inclusive também respondeu por plagio envolvendo "Rebecca" e "Blind Windows" nos E.U.A , cujo tinha os mesmos pontos comuns que "A Sucessora " tinha com "Rebecca" .Acho que deva ter sido um caso de coincidência ...

Agora voltando ao livro "A sucessora " , gostei bastante da leitura. Senti bastante envolvida com o drama da personagem Marina. Infelizmente , não consegui gostar muito do desfecho dado a historia .Porém é uma otima leitura
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Bianca 19/02/2024

Sim, só fui ler esse livro pra ver se a fofoca sobre rebecca da daphne du maurier ser um plagio dele ? e legalzinho, envolvente, porem o final foi broxante.
Sabrina784 28/02/2024minha estante
Hahaha, também estou lendo por causa da fofoca ?




Nane 09/09/2020

Surpreendente
Não conhecia esse livro e por indicação de um grupo de leitura fui atrás dele. Comprei para participar do grupo e não sabia nada sobre a história. Me surpreendi em conhecer mais uma autora nacional, e em gostar muito da escrita. Um romance psicológico bem desenvolvido mostrando o que uma mente inquieta é capaz de fazer com nosso corpo. Pensei em cinco finais diferentes, e não foi nem próximo do que imaginei. Não me agradei, mas pensando na época em que foi escrito me convenceu.
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Carla Verçoza 21/04/2024

Achei a leitura um pouco chata, não foi uma leitura que me animava a continuar. Insistir de toda forma, achei um livro ok.
Conta a história de Marina, q se casa aos 18 anos com um viúvo rico do Rio de Janeiro. Ela começa a sentir o peso de viver à sombra da primeira mulher. Livro retrata bem sua época, com seus preconceitos e sociedade machista.
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@thereader2408 04/04/2022

Alice, Rebecca e Julieta
A sucessora, Rebecca e Encarnação...o que eles têm em comum? O plot e muita polêmica. No entanto, existem outras obras que tem como enredo a história da mocinha que se casa com o viúvo rico, isso não é novidade. “A Sucessora” (1934) esteve fora de catálogo desde 1996 e foi publicado pela Editora Instante em 2018, o que deu visibilidade ao trabalho de Carolina e a polêmica que a envolve, permitindo que façamos nossa avaliação.

O livro conta a história de Marina que se apaixona por um viúvo rico, Roberto Steen, e vai morar com ele em sua mansão no Rio de Janeiro. Entretanto, o que era para ser um conto de fadas, vira um pesadelo, pois a presença da primeira esposa, a falecida Alice, é quase física. Alice está em todo lugar, na casa, nos amigos e até nos pensamentos do marido...

A obra foi bastante elogiada, mas só ficou mais conhecida com a publicação, e adaptação cinematográfica (Hitchcock, 1940), de Rebecca (1938) pela inglesa Daphne Du Maurier. Preciso salientar que até hoje Rebecca é alvo de especulações, pois além do plot ser muito parecido com "A sucessora", há algumas semelhanças nas duas histórias e muitas coincidências que envolvem a publicação do livro. É possível que Daphne tenha tido acesso A sucessora por cause de Victor Gollancz, seu editor. Foi Victor quem recebeu e rejeitou a o livro da Carolina, que sonhava ver seu livro publicado no exterior.

Victor e Daphne negaram o plágio, mas o processo veio em 1941, mas não foi a Carolina. Edwina MacDonald publicou Blind Windows em 1927, que conta a história de Wilda, que se casa com um viúvo rico, mas não se encaixa na sociedade de Nova Orleans. Segundo os herdeiros de Edwina, existiam 46 paralelismos entre as duas publicações e ainda assim não foi confirmado o plágio. O filho de Daphne afirma que sua mãe teve essa ideia devido ao ciúmes que ela tinha da primeira noiva de seu marido.

“Encarnação", de José de Alencar (1893) tem um plot semelhante, é improvável que Daphne tenha lido Encarnação, mas é possível que Carolina sim. Se foi plágio ou não, talvez nunca saberemos com certeza já que não temos prova, só convicção.

@thereader2408
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