A náusea

A náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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isadora.borsato 13/04/2022

Esse livro transmite uma sensação, quase indescritível, de desconforto e desespero diante da vida. O sentimento sem definição é denominado por Roquentin como uma espécie de Náusea. E de fato, é de embrulhar o estômago.
A crise vivenciada pelo protagonista é tão profunda que alcança níveis físicos, não só no personagem, como também no leitor. É inegável a inquietação que nos assola ao ler suas passagens pelos dias, que contadas na forma de um diário, acaba por nos transportar para o café de Bouville e sua vida monótona.
Roquentin, muito embora seja um indivíduo relativamente jovem, financeiramente estável e sem qualquer real responsabilidade em sua vida, se vê perante a falta de um propósito que o eleve para um estado de excitação e aproveitamento de seus dias. Na verdade, Roquentin não compreende a necessidade de se ter um propósito e, por consequência, não tem qualquer ânimo de buscar por um.
Ele acredita que as pessoas apenas existem sem um verdadeiro motivo para fazer mais do que isso, sendo que, toda a ideia social de ser útil e buscar por algo é ilusória, um falso objetivo atribuído ao indivíduo para que este não caia na triste realidade: o sujeito apenas existe, nada mais.
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malu_peres 01/03/2022

Quando li o Estrangeiro, pensei que o existencialismo era sobre viver todo dia como se fosse seu último. Agir sem se preocupar com consequências ou com qualquer outra forma de moral. Mas eu estava enganada. Ler a Náusea me fez perceber que era exatamente o contrário.

Existencialismo é viver todo o dia como se fosse o primeiro. Não é fazer tudo que dá na telha, por não se importar com o que vai acontecer. É estar liberto das amarras do passado e das morais que sempre condicionam nossas ações. É se permitir todas as possibilidades na hora de agir, inclusive aquelas que não estão de acordo com os valores sociais. Tudo isso, porque, para essa filosofia, não há sentido maior pra vida. Diferente de uma narrativa com começo meio e fim, ela é um conglomerado de existências e acontecimentos que carecem de um significado maior. Ter consciência disso abre a porta de uma liberdade que, quando li estrangeiro, interpretei erroneamente como uma rebeldia ou até como um desleixo moral que chegava a me irritar. Gostaria de ter lido Náusea antes, porque esse é o livro de entrada para entender o existencialismo como ele é.
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Ariana87 28/02/2022

Primeiro tinha dado duas estrelas e meia
Mas percebi minha injustiça e resolvi dar três e Meia.
O livro é bom, só que eu não consegui gostar, não conseguiu me convencer, eu estava esperando uma escrita parecida com a da Simone e o Sartre escreve muito diferente dela, então o problema foi com a minha expectativa.
Quanto o enredo de Náusea eu não conseguir gostar do personagem principal e seus devaneios da náusea me foram muito estranhos, eu gostava um pouco do autodidada (o pobre humanista) e me apeguei bastante a figura da Anny, e que dialogo foi aquele entre ela e o Roquentin quase no fim?
Aquela cena dele olhando as pessoas do alto e pensando que se elas soubessem da miséria de suas vidas a angústia que seria, não me angustiou, talvez por que eu não converse muito com o existencialismo.
Mas não posso dizer que o livro não é genial, com certeza é. A forma como o Sartre molda o mundo nas suas palavras é impressionante, porém como eu disse antes, não me convenceu.
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Marques 15/02/2022

Esse livro existe
Me fez repensar não o que quero, mas o que é querer, importa querer? Importar é uma coisa do passado, que não é mais nosso, mas importa (?) Eu só sei que estou num estado muito diferente do que quando iniciei a leitura. Preciso de mais livros assim.
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Sha 31/01/2022

Ninguém melhor do que Sartre pra falar sobre a existência de uma forma tão simples e detalhada. Acredito que seja impossível não se identificar com certas reflexões.
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Gihwest 27/01/2022

Existir
No decorrer do livro, você acompanha a jornada de um homem solitário, que se questiona a todo tempo sobre a existência, mas o quê é de fato existir?
Sim, recomendo esse livro, para os seguros e saudáveis, porque, meus amigos a crise existencial é um fato.
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tarzico 19/11/2021

A palavra chave é sentimento
Esse livro possui uma atmosfera nele que é algo extremamente único e bem construído. Desde a primeira página até o final do livro, existe esse sentimento de vazio, de nada, de algo vago nas palavras ditas. Tudo isso é retratado durante toda a história na personalidade do protagonista, que desenvolve seu sentimento de solidão e vazio conforme o livro acontece. As reflexões filosóficas acompanham toda a narrativa, se tratando especialmente da existência humana, e vão chegar no seu pico lá pela página 140-150, onde é apresentado de fato o conteúdo filosófico do livro, como um ensaio. Essa parte pode ser meio exaustiva, especialmente se não se está acostumado a ler livros dessa natureza (como eu), mas todo o resto da narrativa é envolvente. O final é extremamente satisfatório, deixando-nos com a emoção trabalhada durante todo o livro: o vazio.
Mateusssss 22/11/2021minha estante
lol




boemillys 16/11/2021

O cansaço de existir
O cansaço de uma existência pauta a narrativa de Sartre, como já era de se esperar. Foi uma ótima introdução e descobri nele um grande escritor. Foi um livro que me fez sentir como alguém sendo lida, o que foi agradável e, sim, nauseante. A escolha de palavras foi cuidadosa e crua, de modo a transmitir exatamente o que deveria. Posterguei o final dessa leitura e a tomei como por algo precioso, saboreando um pouco de cada vez.

P.S. Excelente leitura se for acompanhada por jazz, já que está presente na obra.
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Mary 27/10/2021

(Falo aqui sobre um sentimento ao ler este livro)
Após terminar fiquei mais ou menos 1h olhando para este livro sem entender muito bem o que é pra fazer com ele, o que é pra sentir.
Tem alguns trechos que me identifiquei muito e me fizeram pensar “caramba! é exatamente isso que está aqui dentro”. Quando estava faltando pouco menos de 10 páginas para terminar o livro fiquei por dias adiando o fim dessa leitura, por medo de não sentir o que muitas pessoas sentiam após terminar. Torci para que nas últimas páginas esse sentimento aparecesse pra eu pudesse falar (pra ninguém) que consegui "entender o livro".
Este livro é compreendido como a introdução a filosofia existencial sartreana, muita coisa ao longo dos anos vão mudando, a teoria vai sendo reformulada de acordo com que Sartre vive, mas a contingência da vida por exemplo, a gratuidade da existência permanecem ao longo de toda sua filosofia.
É interessante como o tema existencial é mostrado no livro, no começo parecem apenas divagações de Roquetin, mas depois vai se tornando uma fala mais atenciosa e carregada . Com certeza (claro!) um bom livro, no início foi mais difícil do que as partes finais, eu estava bastante ansiosa pra ler o personagem principal falar diretamente sobre o existir e suas descobertas sobre a existência.
Terminei, mas ainda vou ficar pensando e pensando sobre este livro.
(Esta "resenha" pode sofrer mudanças de acordo com que o tempo passa e penso mais a respeito desse livro e desse tema)
Marcos.Azeredo 03/11/2021minha estante
Eu gostei deste livro, mas o que eu mais gostei do Sartre foi A idade da razão.




Bru 08/10/2021

nauseante
leitura simplesmente incrível e avassaladora, um dos melhores livros que já li, sem dúvidas. Recomendo pra todo mundo mesmo, lindo de verdade
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Cringe Literário 28/09/2021

Não uma resenha, mas uma sensação
Eu sou muito crua de leituras filosóficas estou até com medo de falar besteira, quem já tem um amparo nesse sentido consegue ter uma reflexão e se aprofundar na compreensão sobre o sofrimento do personagem Antoine, nas suas sensações de se perceber como comum, casual e em uma rotina de imperfeições, em que o mesmo só existe e se aprofunda no tédio.
Terminei a leitura com a sensação de que tenho que ler o livro novamente, me identifiquei em muitas situações de tédio, falta de empatia com o cotidiano, com a tristeza de não ser extraordinária e ser apenas mais um na multidão.
Eu fiquei muito depressiva com essa leitura, achei até esquisito, mas terminava com mau estar, quase desisti várias vezes, porém fiquei feliz de ter conseguido terminar a leitura e com um desfecho que tem um certo alívio para o leitor.
Giovanna 30/09/2021minha estante
oi amiga kkkkkkkk fique bem


Cringe Literário 06/10/2021minha estante
Ahhhh esse livro!!! juro foi difícil, felicidade foi só o final mesmo, e o pior que outros livros que estou lendo estão se relacionando kkkkkk até o retrato de Dorian Gray "tornar-se uma obra de arte é a finalidade da vida"...


Giovanna 06/10/2021minha estante
Kkkkkkkkkkkk




Bruno.Souza 27/09/2021

Um livro sobre a existência das coisas
O eu lírico, Antoine faz um diário pra entender como se dá uma sensação de enjôo e ansiedade em relação aos objetos a sua volta, ele busca retratar o que se passa para descobrir as razões desse sentimento, que no fundo é um estranhamento em relação ao mundo. O autor busca retratar a forma viva de uma visão filosófica que surge na sua época, essa visão filosófica vê a existência como algo ativo, os entes estão constantemente existindo e todo instante podem vir a existir de infinitas formas, por isso o sentimento do personagem de que o mundo está existindo demais e de que essa existência exerce uma certa pressão nele. Uma ótima leitura para entender uma forma interessante de olhar o mundo.
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