A náusea

A náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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Priscila.Lanza 20/09/2022

Aquele pulo na piscina
Sabe quando você pula na piscina e todos os sons externos ficam abafados? É só você, seu corpo, sua circulação, e se concentrar o suficiente sente o coração bater, se não se concentrar o suficiente você pode se afogar.
A experiência de ler A Náusea, é mergulhar em si mesmo (a), ciente que revisitará memórias, lugares, cheiros, sensações e pessoas...e que não necessariamente será bom, mas será preciso. Ler este livro, é tornar-se consciente da existência, da temporalidade, da rotina, perceber que há muito se olha para o próprio reflexo e pouco se vê. Minha sugestão? Mergulha! Voltar pra superfície é revigorante!
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@leiturasdanickson 18/09/2022

"Existo porque penso... e não posso me impedir de pensar"
o termo "a náusea" representou exatamente o que Sartre quis passar, me senti nauseada de verdade e associei esse sentimento com alguns momentos bem específicos da minha vida, achei incrível. as últimas 50/60 páginas do livro foram mais chatinhas, mas no geral eu adorei a experiência.

nesse livro vivenciamos o fardo que é viver um dia após o outro e como às vezes isso pode ser cansativo e em como a existência é frágil em sentido quando a analisamos profundamente. Sartre aborda tanta coisa que eu nem consigo elaborar uma resenha decente. vou deixar apenas algumas citações:

"Um dia perfeito para a introspecção: essas feias claridades que o sol projeta, como um julgamento sem indulgência, sobre as criaturas, entram-me pelos olhos; estou iluminado por dentro por uma luz empobrecedora. Tenho certeza de que bastariam 15 minutos para que atingisse a suprema repugnância de mim mesmo."

"Apego-me a cada instante com todo o meu coração: sei que é único; insubstituível - e no entanto não faria um gesto para impedi-lo de se aniquilar."

"Mas para mim não existem segunda-feira nem domingo: existem dias que se atropelam desordenadamente e, além disso, lampejos como esse."

"Sou, existo, penso, logo sou: sou porque penso, por que penso?"

"... que aqui estamos, todos nós, comendo e bebendo, para conservar nossa preciosa existência, e que não há nada, nada, nenhuma razão para existir."

"Existo - o mundo existe - e sei que o mundo existe. Isso é tudo. Mas tanto faz para mim. É estranho que tudo me seja tão indiferente: isso me assusta."

"... pensam no Amanhã, isto é, simplesmente num novo hoje; as cidades dispõem apenas de um único dia que retorna igualzinho todas as manhãs."
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gabidonatello 06/09/2022

Nível máximo da crise existencial
Se você leu esse livro e não sentiu uma leve crise existencial, sinto informar que você leu errado.

Dias depois de ter terminado ainda estou tentando encontrar um sentido na minha vida ?

Adorei e apesar de ser um clássico, não é uma leitura difícil.
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Onyxia 29/08/2022

O mal-estar existencial
"Meus estranhos sentimentos da outra semana me parecem hoje bastante ridículos: já não me identifico com eles."

Levei um tempo demasiado para ler esse livro. Alguns relatos são bem intensos, retratando a falta de sentido na vida. Outros são bem chatinhos, um simples cotidiano.
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Thamiris60 28/08/2022

"Eu fui acometido pela Náusea, me deixei cair no banco, já nem sabia onde estava; via as cores girando lentamente em torno de mim, sentia vontade de vomitar. E é isso: a partir daí, a Náusea não me deixou, se apossou de mim."

Essa foi a minha primeira leitura de Sartre, eu não tive dificuldade, imaginei que pudesse ser uma leitura difícil, mas, pelo contrário, fluiu demais. Esse livro te prende e te faz ter inúmeras reflexões sobre a existência, sobre existir. Acho que todo mundo deveria ler, de verdade.
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Carla Verçoza 26/08/2022

Em formato de diário, o protagonista Antoine Roquentin, um escritor que está cidade fictícia de Bouville, escreve uma biografia do Marquês de Rollebon, um aristocrata do Século XVIII.
Antoine descobre um dia a falta de sentido na vida, o vazio, o que lhe causa a Náusea. Durante as páginas, vai descrevendo como se sente, suas impressões sobre a vida e sobre si mesmo, com um quê de angústia, de sensação de vazio, sua crise existencial que na verdade acaba sendo de todos nós.
Acontece a identificação em várias questões e pensamentos do protagonista, que também é um amante de jazz, tendo a música uma presença importante no livro.

"Não é simpatia o que há entre nós: somos parecidos, só isso. Ele está só como eu, porém mais enterrado na sua solidão do que eu. Deve estar à espera de sua Náusea ou algo no gênero. Há agora, portanto, pessoas que me reconhecem, que pensam, depois que me encararam: "Esse é dos nossos." E então? O que ele quer? Deve saber que nada podemos fazer um pelo outro. As famílias estão em suas casas, em meio às suas recordações. E nós aqui, dois destroços sem memória. Se ele se levantasse de repente, se me dirigisse a palavra, eu daria um pulo." Pág. 83

"Pousou o garfo e me olha com uma intensidade prodigiosa. Vai me contar seus problemas: lembro-me agora que algo o aborrecia na biblioteca. Sou todo ouvidos: tudo o que quero é me com padecer com os problemas dos outros; isso representará uma mudança para mim. Não tenho problemas, tenho dinheiro, fruto de rendas, não tenho patrão, nem mulher, nem filhos; existo, é tudo. E esse tédio é tão vago, tão metafisico, que me sinto envergonhado. A náusea." Pág. 125

"Some of these days
You'll miss me, honey"
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Clarissa 24/08/2022

Que "MERGULHO" foi esse?! ??
Num primeiro momento a leitura não me capturou, mas segui e o "MERGULHO" que ainda não havia acontecido, chegouuu. Fiquei mergulhadíssima em "A Náusea".

Foi um experiência sensorial pra mim. Estava com uma bala na boca enquanto lia determinada parte do livro e essa bala me lembra minha infância, mas geralmente só lembro racionalmente. Lendo o livro enquanto saboreava a bala, senti a lembrança. Acho que a forma como o autor vai narrando foi estimulando memórias sensoriais. Esse livro pode gerar experiências sensoriais interessantes, pode ativar certa visceralidade que, a depender de quem sinta, pode incomodar. Eu senti um incômodo que eu gosto. Algumas passagens foram libertadoras.

O personagem principal, Antoine Roquentin, me pareceu uma pessoa bem perceptiva. Uma percepção aguda que acaba por amargurar? Dar náuseas? Ele me pareceu um ser humano excessivamente "descortinado". Como se tivesse sobrado quase nada ou nada das ilusões. Extremamente consciente da sua existência e da existência das coisas ao redor.

No decorrer da leitura me questionei se me senti desconfortável lendo esse livro. Eu me senti repensando, relembrando, me identificando, me questionando, mas não me gerou desconforto. Achei uma leitura libertadora, transformadora, uma leitura que me fez sentir confortável até para me ver em lugares, que já estive mais em outras épocas, mas que de certa forma ainda estou e que não gostaria de estar, rsrs. ?? Em outros tempos ia tentar corrigir, me criticar e hoje tento escutar para entender o que diz e depois descobrir se tem e qual o rumo que é possível pra eu seguir, dentro da realidade na qual me encontre na ocasião. E isso poderia me gerar desconforto em outros momentos, mas realmente, tentando ser o mais honesta possível comigo, não senti desconforto com essa leitura.

No fim me vi emocionada... Foi uma experiência literarária incrível, que fez muito sentido pra mim.

Quem desejar, sugiro se permitir o "MERGULHO"! ??
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lorena418 17/08/2022

.
leitura maravilhosa, acabou comigo. as diversas reflexões e a forma com que o protagonista se sente sobre a vida ao redor de si diz muito sobre como nós nos percebemos, e como fingimos que não
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Lipen 24/07/2022

Dos mesmo criadores de: Dostoiévski; Hermann Hesse;Kafka...
[...] é isso que ilude as pessoas um homem é sempre um narrador de histórias,vive rodeado por suas histórias e pelas histórias dos outros, vê tudo o que lhe acontece através delas,e procura viver sua vida como se a narrasse.[...] VIVER OU NARRAR??
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Agadelhacamila 18/07/2022

Reflexão
Este livro eu não indico pra qualquer um. Como já diz o título, ele literalmente vai te nausear em vários momentos pela narrativa e maneira que Sartre vai escrevendo. Mas acredito que ele é a obra prima do autor. Quem estiver disposto a fazer reflexões sobre o mundo, a naturalidade que vamos aceitando das coisas, este livro é perfeito!
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Eliza.Rezende 30/06/2022

Não atoa que o título anterior da obra, dado por Sartre, fosse "Melancolia". É exatamente este sentimento melancólico, marcado principalmente por um vazio imenso, que irá rodear o personagem principal.

Nesse livro, Sartre nós traz alguns conceitos de sua teoria: a de contingência, a de que a existência precede a essência, e, a que acredito ser a mais evidenciada, o vazio enorme que nos constitui.

Confesso ser angustiante entrar em contanto com alguém que não vê sentido em nada, nem na própria existência, nem na dos outros.

Para mim, foi uma leitura como o próprio título sugere que seja: nauseante. É difícil digerir, seja porque certas vezes me identifiquei com o personagem ou porque me revoltei com sua apatia quanto a vida.

No mais, o livro se baseia nas grandes questões existenciais da vida humana, sendo a principal delas: qual o sentido da vida?

Essa pergunta obviamente não possui resposta, mas traz a liberdade e, como o próprio Sartre diz, a condenação de cada um criar o seu próprio sentido.
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Berenga 26/05/2022

Que perfeição !
Devo me preocupar ao ter lido um livro tão angustiante, tão enfático na questão do ser pelo ser, na amostra da solidão e da falta de sentido e ao mesmo tempo não ter me sentido sozinho?

Saber que alguém escreveu tão fielmente a simples finitude da existência e que, ao mesmo tempo, de forma humana consegue gerar ao leitor um sentimento de humanidade e companheirismo (por que não?) é realmente fascinante.

Não à toa Sartre em uma de suas posteriores obras ganhou o Nobel de Literatura que, fatalmente, recusou.
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Arthur 26/04/2022

Bem difícil taxar esse livro como romance, porém como livro de filosofia ele se torna impecável, relfexoes sobe o existencialismo sartriano de forma bem lírica
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Carlota Joaquina 19/04/2022

A angústia nauseante de Sartre
Um livro que consegue transmitir um enorme sentimento de angústia e isso é fascinante numa leitura, sentirmos o que o escritor na escrita preparou para nos tocar. Li esse livro na faculdade por volta de 1996 e foi um dos mais marcantes até hoje. A literatura sartreana é carregada de filosofia, desceu a filosofia do pedestal (da qual é digna) para os "comuns", Sartre é leitura obrigatória!
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