A Náusea

A Náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


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caroline moraes 16/07/2020

a náusea que nos habita.
É o terceiro livro do Sartre que leio, e simplesmente me vejo ainda mais instigada a estudar seus pensamentos . O livro trata de um historiador chamado Antonie Roquentin. Ele acaba por perceber a náusea que existe nele e a partir do descobrimento deste sentimento desenrola-se o drama. A forma que ele relata os acontecimentos (a obra é um diário) e o não sentido do mundo é linda, assustadora e nauseante.
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Otavio.Paes 05/07/2020

Um abalo às percepções dos fenômenos da realidade
Vou fazer alguns comentários e relatar impressões que tive da obra; embora tenha lido há alguns meses.

Este romance filosófico passou por algumas edições, pois estava demasiado filosófico para um romance, inclusive Beauvoir o revisou, e então foi publicado em 1938.

Esse livro traz nuances de sua filosofia, que irá se solidificar mais tarde em outras obras. Pra quem quer começar a lê-lo, essa é uma boa obra. A leitura é fluída, pois os conteúdos filosóficos estão diluídos.

Antonie(protagonista) lança um olhar aguçado sobre seu entorno, observando os objetos e as pessoas, e fica em dúvida se é as coisas que mudam ou se o que está mudando é a percepção do eu sobre elas(oque aumenta seu enjoo). Percebe que eles existem mas não têm ciência disso, diferente de nós; demonstra o devir da vida: "infinitas pequenas metamorfoses ocorrem em nossa vida, sem que percebamos, e de repente ocorre uma revolução", então diz que não tem medo da mudança mas do que ele pode se tornar.

A causa da náusea de Antonie, é a percepção de que a vida não tem sentido, ela é regida pela contingência (acaso), ou seja, nossa existência ou inexistência não tem uma razão, tudo é imprevisível. Sua náusea vai embora quando ele ouve uma música, porque esta tem começo, meio e fim, que formam um todo ordenado- na contramão da realidade e da vida humana.

Depois, Roque Tim pensa em escrever um romance para que seu nome seja lembrado pelos leitores, mas acaba mudando de idéia, e caçoa de uma tia que tinha a música de Chopin como bálsamo- afinal, a arte não salva ninguém.

Uma leitura que reflete e representa muito bem a contingência Oque é super atual, pois quem poderia esperar essa pandemia? Ela é fruto do acaso; ou como diria Nietzsche, faz parte da "inocência do devir"; "o acaso é inocente como uma criança".

A Náusea nos mostra como a ficção é mais interessante que a vida, esta, no dia a dia, não tem grandes aventuras nem grandes acontecimentos, tudo meio parecido e sem novidades. O cenário muda, as pessoas entram e saem; e isso é tudo. Nunca há princípios. Os dias sucedem aos dias, sem tom nem som; é um alinhamento interminável e monótono. "Em certos momentos - raras vezes - deitam-se contas à vida, percebe-se que estamos ligados a uma mulher, que nos metemos num bom sarilho. Como um clarão, o momento passa. Então o desfile recomeça, voltamos a alinhar as horas e os dias. Segunda-feira, terça, quarta. Abril, Maio, Junho. 1924, 1925, 1926. Viver é isto.". Já na ficção é diferente, "as dificuldades dos personagens são bem mais preciosas que a nossa; doura-as a luz das paixões futuras. E a narração prossegue ao contrário: os instantes cessaram de se empilhar ao acaso uns por cima dos outros, morde-os o fim da história, que os atrai, e cada um deles atrai, por sua vez, o instante que o precede".
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Luna 27/06/2020

Angustiante
Roquentin perdeu a naturalidade do viver.
Ele sucumbe à consciência exacerbada da diversidade existencial.
Enxerga penosamente cada elemento de sua existência e o imprime para o leitor, compartilhando a descoberta de cada coisa para além da determinação de seus nomes.
Aliás o nome das coisas serviria apenas para limitá-las, porque a taxonomia é incapaz de abranger a realidade das coisas que existem.

Ele também demonstra como a subjetividade determina porcamente a aparência das coisas, não a realidade. Tudo o que experimentamos é no presente e a interpretação está no passado. Portanto, não pode ser real.

Gosto da parte em que Anny está com Roquentin e afirma que ele não a reencontrou. Logicamente seria impossível REencontrar alguém, posto que os momentos não podem se repetir e o que "foi" não é mais o mesmo no presente.

Roquentin desiste de tudo, por considerar que se fizesse algo criaria mais existências... Sendo que a quantidade e crudeza com que as coisas existem já lhe causa repugnação suficiente. Decide, assim, apenas "sobreviver a ele mesmo".

É um excelente livro! Porém, não o recomendaria para pessoas com transtornos de ansiedade (rsrs). Pode ser penoso reconhecer similaridade nos momentos em que o protagonista relata suas próprias crises, as quais ele denomina "A Náusea".
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Roberto 10/06/2020

Obra-prima de um gênio.
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Karen 23/05/2020

Sartre diz tudo nesse livro
O filósofo traz reflexões pertinentes de forma sublime.
Vou levar esse livro pra vida!
Leiam!
Apenas leiam
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anonimoBR 19/05/2020

Complexa obra que aborda o peso da existência sobre o sujeito que possui consciência da mesma. É um texto bem interessante e fluido de se ler, apesar de em alguns momentos ser um tanto quanto confuso, mas, ao menos para mim, esses trechos meio desordenados complementaram a experiência da leitura, a tornando mais única.
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Kel 09/05/2020

O livros é carregado de pensamentos sobre a vida, o universo e tudo mais e trata da grande questão do existencialismo, que é a grande filosofia concebida por sartre. Possui uma linguagem incrível e melancólica
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Teco3 02/05/2020

A falta de lógica em existir
Náusea é o primeiro grande romance de Jean Paul Sartre, escrito aos 26 anos e lançado nas vésperas da Segunda Guerra Mundial, em 1938.
Roquetin, o protagonista, retrata a Náusea como sensação presente nele e em tudo mais que existe. Esta que tanto se fala se trata da contingência do existir, ausência de sentido, a ilógica da coisas, que vem do aleatório e é o próprio abismo.
Sartre usa a discrepância entre Roquetin e o Autoditada, os dois principais personagens, para defender seu ponto de vista. Um era um total existencialista (pessimista?), Já o outro um humanista, que estudava os escritos por ordem alfabética dos nomes dos autores e acreditava que o sentido da vida estava no desenvolvimento humano. A todo momento o segundo era retratado como um idiota ou um ingênuo, como preferirem, que não percebia a inutilidade de seus esforços, a inutilidade do todo e a falta de um sentido prévio. Basicamente, o livro quer lhe dizer que não há caminho, não há salvação, não há nada previamente estabelecido e lógico que leve a um fim já pensando como nas boas narrativas ficcionais que obedecem a um capricho autoral. Inicialmente era pretendido que fosse um tratado de filosofia, mas, graças ao Castor, nome carinhosamente dado por Sartre a sua companheira amorosa, Simone Beauvoir, foi transformado em um romance onde o bandido é a própria vida. As questões editoriais não param por aí, o livro se chamaria Melancolia, mas o editor de Sartre pediu a mudança para Náusea e foi acatado.
O livro, apesar de tratar do mais íntimo do indivíduo, não foge das circunstâncias do seu tempo. O mundo estava a beira da Guerra, com diversos conflitos entre países europeus, acensão de Hitler, Mussoline e Franco, guerras civis e conflitos localizados que dariam origem ao maior massacre da história. Se O Grito de Van Gogh precedeu e mostrou o espírito da época da Primeira grande Guerra, Sartre através do seu indivíduo personagem fez algo semelhante com a Segunda.
5/5
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Marcos Nandi 23/03/2020

Não faz meu gênero, mas é bom.
Li esse livro, pois, está na lista de clássicos mundiais da revista Bravo!.

A história da biografia do historiador é muito boa. Mas, a parte existencial exige atenção.

3 estrelas. Livro bom
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Lucas 07/03/2020

Existência
"A Náusea" é um ensaio filosófico em formato de romance. É um livro denso e cansativo, mas que proporciona reflexões acerca da existência, do ser humano como indivíduo, das causas e ausências das mesmas.
Em vários momentos do livro, eu interrompia minha leitora de maneira abrupta para digerir o que estava escrito, em poucos desses momentos consegui chegar em alguma conclusão que me satisfez, mas na maioria das vezes, não cheguei em nenhuma conclusão e, talvez, eu nunca alcance conclusões satisfatórias.
Ler “A Náusea”, do meu ponto de vista, foi uma experiência enriquecedora, me identifiquei mais do que eu gostaria com o protagonista. E continuo refletindo sobre essas semelhanças. É um livro qual relerei daqui uns dez ano, para ver onde cheguei, ou não.


“- É que estou pensando - digo rindo - que aqui, estamos todos nós, comendo e bebendo, para conservar nossa preciosa existência, e que não há nada, nenhuma razão para existir.”
Jean-Paul Sartre
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Mrs. Brócolis 24/02/2020

Sinopse.
"A Náusea", publicado originalmente em 1938, é o primeiro romance de Sartre. Nele estão presentes, de forma ficcional, todos os princípios do existencialismo que seriam mais tarde postulados em "O Ser e o Nada", principal obra filosófica do autor. Escrito sob a forma de diário íntimo, o autor constrói seu romance filosófico a partir dos sentimentos e da observação de ações banais de Antoine Roquentin, o protagonista, que, ao perambular por uma cidade desconhecida, é confrontado com o absurdo da condição humana.
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Vinicius 08/02/2020

Tenha coragem
Não é facil de ler, mas ainda sim o existencialismo pode ser melhor entendido nesse livro. Dessa forma, esteja preparado pra sofrer.
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Vinicius.Villela 03/11/2019

Uma interpretação do que todos nós já sentimos.
Foram muitos os momentos que eu me identifiquei com o livro. Com os sentimentos do protagonista, e é quase doloroso o observar tentando entender estes pensamentos que o assolam, assim como é doloroso em mim quando me pego refletindo sobre a vida.
A leitura não é tão agradável, mas tem um conteúdo muito rico, caso você dedique uns segundinhos a mais em pensar sobre a frase que acabou de ler, e não simplesmente pular para a próxima. Mas também não se flagele caso não consiga captar tudo, muitos dos nossos pensamentos em momentos como esses são particularmentes nossos, e acho que JPS fez um belíssimo trabalho de passar suas experiências e linhas de raciocínio brilhantemente bem, um vacilo ou outro e seria muito difícil entender qual era a essência do que ele gostaria de dizer.
Imagino que outras obras do existencialismo talvez me interessem e me supram mais, porém foi uma leitura que me fez pensar, mesmo que honestamente não me apresentando tantas coisas novas, mas que para você que talvez não seja o pensador mais ávido sobre a existência, pode ser uma porta de entrada espetacularmente aterrorizante, que depois de aberta, lhe aviso enfaticamente, não há volta. Ela some para sempre.
Marcos.Azeredo 27/12/2019minha estante
Sartre, o filósofo que mais gosto.




Gabriel.Tesser 30/09/2019

Obra necessária
?O que eu quero dizer é que por definição, a existência não é a necessidade. Existir é simplesmente estar aqui;?
Nem sei por onde começar. O que senti ao ler essa obra? Sartre é o demiurgo do existencialismo, tão contundente e muito preciso na razão e no pensar sobre a razão. Esse livro diz muito sobre mim, sobre nós. A existência da Náusea nos faz refletir e, quem sabe, abrir o horizonte de escolhas das possibilidades que transitam entre altos e baixos de nossa finita vida, do que desejamos ser. O livro é uma ficção sobre personagens forjados acerca da existência da razão e emoção, do próprio ?eu? (Antoine Roquentin) em uma cosmovisão do estar, do existir nesse universo. Uma literatura excepcional que nos leva a indagar a essa Náusea persistente, entre a estabilidade e instabilidade, expressão e introspecção; assuntos nada simples de entender, a priori, mas que nos são preciosos para compreender o curso de nossa própria existência. Mais uma obra necessária.
Infelizmente, a encadernação e diagramação desta edição são ruins e compromentem a leitura.
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