Bartleby, o escriturário

Bartleby, o escriturário Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escriturário


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Fabi 29/03/2023

Desperta várias interpretações
Ah! gente, que conto bom de ler. Adorei. Impressionante como ele dá margem para diversas interpretações. Bartleby, um escrivão "palidamente limpo, tristemente respeitável, incuravelmente desamparado" contratado como copista em um escritório de advocacia, simplesmente começa a recusar a realizar algumas tarefas e sua explicação é simples: Prefiro não fazer. A história é tão bem escrita que você começa a imaginar motivos e entra no embalo do enredo. Prefiro não contar mais pois corro o risco de dar spoilers. Após ler essa edição, acabei comprando também o da Antofágica pelos textos extras.
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Fabi 25/03/2023

Que delícia de leitura. Tem ritmo, é um convite à reflexão, é simples, não é óbvio, é rápido, não enrola e dá o recado.
Leiam essa história que fala da atitude de um chefe que tem que lidar com um funcionário diferente, excêntrico e que mostra o quão sensível e vulnerável ele pode ser.
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bardo 21/03/2023

Talvez o maior mérito desse pequeno conto seja a capacidade do autor em construir uma situação e lançar o leitor num sentimento ambíguo com tão poucos elementos. A despeito dessa edição ter pouco mais de 100 folhas (trata-se de uma edição bilíngue) o conto em si é bastante curto e extremamente eficiente em seu objetivo de incomodar o leitor.
É difícil não se indispor inicialmente com o narrador, suas descrições de seus subalternos e mesmo suas revoltas por mais razoáveis que sejam o colocam num lugar de uma afetação irritante. Inicialmente a figura de Bartleby nos parece até simpática, como inclusive é a impressão do narrador.
Aos poucos porém a ambiguidade vai tomando conta e é difícil não dar razão ao desconforto do narrador e ao mesmo tempo se exasperar com sua submissão às ações incompreensíveis de Bartleby. Esse aliás talvez seja o grande trunfo do conto, como só temos a versão do narrador e seu antagonista “prefere não dizer” nada sobre si não temos como precisar suas motivações.
Inclusive a pena do narrador para com ele nos soa despropositada, gradualmente o personagem de Bartleby nos parece estranho, inconveniente, amorfo e a passividade do narrador e seu motivos simplesmente sem sentido. O final dramático e até certo ponto inesperado nos lança de vez no terreno do imponderável e nos faz questionar afinal o que presenciamos.
Talvez frustre alguns leitores a indeterminação do conto, inicialmente fica um sentimento de o que isto quis dizer? Seria uma metáfora de uma apática rebelião contra o Sistema? Uma gradual recusa formal de participar do convívio humano? São perguntas que provavelmente o leitor vai se fazer ao terminar essa curiosa e quase atemporal narrativa.
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RaissaBDA 19/03/2023

Preferia não fazê-lo
Novela curta, do mesmo autor de Moby Dick, cheia de significados e metáforas por trás dos comportamentos dos poucos personagens, em especial do próprio Bartleby.

A trama é narrada em primeira pessoa por um advogado respeitável de Wall street, cuja a rotina de trabalho é pacata, apesar das peculiaridades dos seus auxiliares. Até que o mesmo resolve contratar um novo copista (estamos na wall street de 1800), Bartleby.

De comportamento incansável no início, o copista passa a adotar uma atitude de revolta passiva e aplicar o bordão ?preferia não fazê-lo?. Inicialmente para trabalhos, passando a situações cada vez maiores e absurdas, que não vou contar para não estragar a surpresa do livro.

É difícil não contar o final nesta resenha, pois as atitudes de negação de Bartleby são a fonte da reflexão. O que o levou a negar tudo? Liberdade? Sensação de aprisionamento? Traumas? As interpretações são múltiplas.
De um início cômico, a pequena novela mexe com nossos sentimentos, passando ao trágico por fim. Recomendo fortemente que tirem uma tarde para serem absorvidos por essa tão peculiar história.
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Rafael.Gomes 17/03/2023

Prefiro não comentar?
A história é sobre uma relação de trabalho/amizade/afeto/ódio/curiosidade entre ?dois? personagens interessantíssimos.

Trata das relações humanas e de um trabalho burocrático e absolutamente chato. Bartleby, personagem kafkaniano, vive a vida de forma extraviada e indiferente, deixando a todos perplexos?

Prefiro não comentar mais. O livro é bastante curto, então, simplesmente o leia.
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Pandora 11/03/2023

Joia! Uma pequena joia.

A história se passa no final do século XIX e é narrada por um advogado perto dos 60 anos que tem um escritório em Wall Street (Rua do Muro), até hoje o famoso centro financeiro da cidade de Nova York.
Descrito por si mesmo como um homem pouco ambicioso, que acredita que a forma de vida mais fácil é a melhor, não participa de julgamentos ou media conflitos; a natureza de seu trabalho é tranquila e envolve muita documentação (ações, hipotecas e propriedades de homens ricos), por isso ele emprega escrivães/copistas.

Estes escrivães são Turkey (Peru) e Nippers (Alicate) e há também um jovem contínuo, Ginger Nut (Pão de Mel). Cada um dos copistas tem uma particularidade dificultosa que faz com que Turkey trabalhe melhor de manhã e Nippers à tarde e o advogado parece entender e aceitar muito bem esse arranjo, mas ao longo da leitura vemos que este narrador não muito confiável - afinal só temos sua versão da história - parece sempre muito razoável e cordato, paciente, amistoso e boa gente. Aqui e ali pescamos sua linha de pensamento, que obviamente retrata a visão de um patrão. Com Bartleby, apesar de todo o absurdo da situação e do que o advogado faz para minimizar o problema, não é muito diferente.

Bartleby é contratado porque o advogado assume o cargo de Oficial do Registro Público e o trabalho aumenta consideravelmente. A princípio, apesar do ar taciturno do novo funcionário, o patrão fica feliz na esperança de que aquele rapaz tão sossegado possa equilibrar o ambiente um tanto tenso por causa das indisposições dos outros empregados. Ele instala Bartleby perto de sua mesa - para que possa chamá-lo a qualquer momento -, porém atrás de um biombo e ao lado de uma janelinha que dá para um muro. “A luz vinha de cima passando por dois prédios altos, como se fosse uma pequena abertura numa c u p u l a” - pág. 8.

À princípio, Bartleby parece o funcionário-padrão: trabalha noite e dia, à luz natural e à luz de velas, não para pra almoçar (vive à pão-de-mel), não fala, não reclama, exerce sua função mecanicamente. Até o dia em que o advogado lhe pede que confira com ele algumas cópias feitas recentemente, ao que ele docilmente responde: acho melhor não. E a partir daí, esta parece ser a frase que ele tem para todas as solicitações do chefe, nas mais variadas situações.

Já faz alguns dias que terminei a leitura, mas não sabia como escrever sobre ela. Ainda não sei bem. É uma história tão pequena, mas tem tantos desdobramentos… você acha que é sobre o Bartleby, mas é sobre o Bartleby e o advogado, sobre relação patrão-empregado, sobre classes, sobre adoecimento, sobre hipocrisia e sociedade, sobre resistência e liberdade.

Livia Piccolo, num vídeo sobre a edição da Antofágica, nos lembra que o livro é um clássico aberto a várias interpretações e cita duas:
Uma crítica ao capitalismo, por mostrar esses trabalhos desumanizantes, que não acrescentam nada à vida.
Questão de saúde mental. Bartleby teria depressão? E aquele trabalho maçante estaria agravando essa condição? Já eu me pergunto se não é o fato de ser diferente, de não se encaixar, de tentarem mudar quem ele é, que o adoece.

Em “Reflexões sobre o animal laborans e o homo faber em Hannah Arendt: uma abordagem jurídica”, Elizabeth Alice Barbosa de Araujo e Eulália Emília Pinho Camurça escrevem o seguinte: O homem necessita constantemente lutar pela sobrevivência e pelo consumo, e como só visa produzir o consumível, não possui nem o tempo e nem a liberdade suficientes para desenvolver sua personalidade na esfera pública, tornando-se uma grande engrenagem no sistema e podendo ser facilmente descartado. Também é este mesmo homem o mais susceptível a compor a chamada “massa” que pode servir de base para regimes totalitários. Este homem é chamado de animal laborans e é clara a sua vitória frente ao homo faber e ao cidadão”.

Há uns anos vi um filme europeu que, infelizmente, não me recordo o nome. Era sobre um rapaz que vai estudar na Espanha, não me lembro se ele era inglês ou francês, e quando ele volta tem um cargo público lhe esperando. No primeiro dia uns colegas o recebem com alegria e mostram as instalações, a sala, os arquivos, contam o que fazem e falam efusivamente sobre a melhor hora do dia, que é a hora do café. E o levam pra lá. O cara foge! (eu ri muito) e eu entendi tanto aquela fuga, o tanto de vida que ele tinha vivido até então naquela viagem, as experiências, os estudos, as dificuldades também, mas era vida!, não café de persianas fechadas.

Bartleby, o escrivão, pode sim, ter várias interpretações. É um conto fantástico, para ser lido e relido. É triste, mas tem seus momentos engraçados. Acho que só se passa incólume por Bartleby se não se prestar atenção a nada. Para mim vem ao encontro de tantas coisas sobre as quais reflito há anos e sei que continuarei refletindo.
Jeffez 11/03/2023minha estante
????????


Carolina 12/03/2023minha estante
Também adorei essa história angustiante!


Pandora 12/03/2023minha estante
Jeffez, obrigada.


Pandora 12/03/2023minha estante
Carolina, mesmo com minha amnésia literária, este será difícil esquecer.


Carolina 12/03/2023minha estante
Também sofro dessa amnésia. Não tem como lembrar de tudo, mas quanto mais universal o tema, mais cala na alma :-)




Aldemir2 09/03/2023

The Office do século XIX
Uma história engraça que se passa em um escritório, um chefe estranho e funcionários peculiares, seria The Office? Dessa vez não!

Bartleby, o escrevente: Um história de Wall Street é um dos contos mais famoso de Herman Melville, mesmo autor do clássico Moby Dick. Trazendo uma história absurda, confusa e engraçada quando deixamos de lado as partes trágicas, esse é um conto que por mais simples que seja o seu plot (Bartleby, o escrevente em um escritório de Wall Street, um dia decide que prefere não mais trabalhar), te faz pensar e querer buscar uma explicação para o que diabos estava acontecendo na história. A resenha completa e falando um pouco também sobre o absurdismo, corrente filosófica apresentada por Albert Camus no século XX, mas que já era presente na literatura desde quase um século antes, você pode conferir no blog, link abaixo.

site: https://lendocomogilmore.blogspot.com/2023/03/bartleby-o-escrevente-herman-melville.html
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Andreia Santana 07/03/2023

Herman Melville previu a Síndrome de Bournout
A recusa de Bartleby em executar as tarefas que seu chefe esperava dele quando o contratou, a princípio parece um ato de desobediência civil. Mas é cansaço. Com Bartleby - O escriturário [em algumas traduções, o escrivão], Herman Melville antecipa a Síndrome de Bournout, a fadiga crônica, o esgotamento tão profundo que faz com que o indivíduo se aliene completamente, apagado no exterior e no seu íntimo, até o estágio de demência.

Primeiro ele se automatiza, ao realizar dezenas de cópias de petições como se fosse uma impressora humana e nisso lembra o operário vivido por Charlie Chaplin em Tempos Modernos. A novela de Melville, de 1853, parte da mesma premissa do filme de Chaplin, lançado décadas depois [Tempos Modernos é de 1936]: o trabalhador moído e trucidado pelas engrenagens do sistema. No caso de Bartleby, ele se afoga em tarefas monótonas e repetitivas a serviço de um sistema judiciário burocrático.

Tanto em Tempos Modernos quanto na novelinha de menos de 100 páginas de Herman Melville, depois do autômato ser sugado até a última gota pelas condições deploráveis de trabalho e pela pressão da rotina, ele cede lugar ao alienado. Bartleby trava. De pé, por detrás do biombo que o isola do restante da repartição, ele mira o vazio e, lentamente, perde a razão.

Os colegas não o compreendem. O chefe, inicialmente, também não. E a crítica social de Herman Melville é certeira ao colocar na conta do estranhamento do chefe diante da conduta de Bartleby, todo um estranhamento social diante das doenças mentais em geral e, atrelado a isso, das doenças mentais que afligem especificamente trabalhadores extenuados.

Incapacitado para o trabalho e incapacitado para a vida, o malfadado escriturário se afoga em solidão e em uma apatia que aos poucos se converte em uma paralisante depressão. Em um mundo pós-contemporâneo, onde as exigências do mercado de trabalho são ainda maiores do que no tempo em que Melville criou Bartleby, o bordão do personagem – “prefiro não fazer” – se converte em prenúncio de futuros sombrios: prefiro não viver. E ele se deixa lentamente definhar porquê de si mesmo só resta uma carcaça magra e pálida, pois lhe falta ânimo até para comer, para se mexer do cantinho onde o deixam.

É de se pensar que em meados do século XIX, quando Bartleby - o escriturário foi publicado, ou mesmo na primeira metade do século XX, quando Chaplin lançou Tempos Modernos, que as condições de trabalho eram as piores possíveis e que hoje, ao menos, existem direitos fundamentais que naquela época nem se imaginava. Mas, se compararmos a história de Melville com a realidade atual, o fenômeno da ‘uberização’, a terceirização desenfreada, onde todo mundo vira MEI [Micro-Empreendedor Individual] e fica tudo certo, mesmo que o cidadão venda o almoço para pagar o jantar e trabalhe, no mínimo, de 12 a 16 horas do seu dia. Basta um passeio nas redes sociais para ler desabafos de trabalhadores de diversas idades. A sombra de Bartleby paira sobre nós.

Esse texto, que agora em 2023 completa 170 anos, é tão atual que chega a incomodar. Bartleby pode ser qualquer um dos frustrados millenials à beira de um infarto aos 40 anos, traz no seu âmago o desencanto de milhares de pessoas que viviam para o trabalho até que este mastigou seus cérebros e absorveu suas almas e que, uma vez destituídas de uma função, não conseguem se enxergar como nada além de uma casca vazia...

Bartlebly no cinema e no teatro:

Bartleby - o escriturário já foi adaptado para o cinema, em 1970, com direção de Anthony Friedman. John McEnery, que dois anos antes tinha vivido Mercúrio na adaptação de 1968 de Romeu e Julieta dirigira por Franco Zefirelli, interpreta o escriturário e Paul Scofield é o seu chefe. Em 2001, a novela de Herman Melville ganhou nova adaptação cinematográfica, dessa vez dirigida por Jonathan Parker e estrelada por Crispin Glover - o George McFly de De Volta para o Futuro e o Grendel de Beowulf -, como Bartleby; e o comediante David Paymer, como o chefe.

O texto também já esteve nos palcos brasileiros. Em 1953, Luís de Lima, o primeiro tradutor de Bartleby no Brasil, produziu e estrelou, em São Paulo e no Rio de Janeiro, um drama de mímica baseado na novela. Esse é considerado o primeiro espetáculo dramático sem uso da palavra na América Latina. A outra adaptação para o teatro é dos anos 1990, e traz uma releitura mais contemporânea da obra feita pela companhia de Teatro Hip-Hop.

O exemplar que eu li:

É a versão em e-book da Coleção Novelas Imortais, idealizada pelo escritor Fernando Sabino, nos anos 1980 e reeditada pela Rocco, nos anos 2000. A coleção reúne novelas – estilo de texto literário situado entre o romance e o conto – de autores clássicos. Cada livro da coleção tem um prefácio escrito por Sabino, que além de apresentar o livro, também oferece informações sobre a biografia dos autores, situando a obra no contexto de vida e carreira de cada um. Acessei o e-book via Kindle Unlimited. Alguns volumes da coleção estão disponíveis no sistema de empréstimos do serviço; e outra parte está à venda na loja Kindle, na Amazon. Busquei em livrarias online valores e disponibilidade do livro físico, mas encontrei apenas de vendedores particulares na própria Amazon ou na Estante Virtual. Em sites de livrarias como a Dois Pontos, que inclusive tem um clube literário de assinaturas, consta como esgotado. Há, no entanto, dezenas de outras edições, incluindo uma recente e bem bonita da Editora Antofágica.

Ficha Técnica:
Bartleby, o escriturário
Autor: Herman Melville
Tradução: Luís de Lima
Prefácio: Fernando Sabino
Editora: Rocco, 2010 / Selo Jovens Leitores
96 páginas
Como ler? Essa edição da Rocco está disponível no catálogo do Kindle Unlimited para empréstimo aos assinantes. A assinatura do serviço, que disponibiliza até 10 livros para empréstimo por mês, é R$ 19,90.


site: https://mardehistorias.wordpress.com/
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Jordi 08/02/2023

Ruim, mas tem quem goste
Tinha tudo para ser um livro bom; o enredo é bom para o início da história, mas ao decorrer das páginas percebemos que não sai do lugar e permanece no mesmo ponto até o final.
VinAcius 08/02/2023minha estante
Vc não pode ler um clássico julgando como se fosse um livro barato de hoje em dia


Jordi 08/02/2023minha estante
Não julguei como um livro barato de hj em dia. Achei ruim msm, nem todo clássico é bom




Laryssa210 04/02/2023

Bartebly, o escrevente
Mesmo curto, "Bartebly, o escrevente", se tornou um dos meus livros favoritos, ocupou boa parte dos meus pensamentos na semana em que o li, chegando a me fazer aderir o verbo "preferir"(marca do jovem) em minhas falas. Durante a leitura, era como se Bartebly estivesse no meu apartamento, me incomodando, me deixando com raiva, torci para que fosse expulso. Senti-me, também, muitas vezes angustiada e extremamente intrigada para conhecer a origem desse jovem escrivão. O fim trágico e a suposição de sua origem tocaram-me profundamente. Recomendo fortemente a leitura
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Bianca Martins 31/01/2023

A monotonia
É um retrato da monotonia e burocracia singela do trabalho do escritório.
Por vezes o advogado fica incomodado, por horas fica conformado, com pena, busxa soluções para melhorar mas no fim só deixa as coisas como estão. Em um último ato de tentativa chega a fazer uma mudança radical, mas que não leva ele para a solução esperada.
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