Bartleby, o escriturário

Bartleby, o escriturário Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escriturário


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Francisco.Assis 03/03/2020

Autonomia e desapego
"Prefiro não fazer", essa é a frase que caracteriza o protagonista, uma fala frequente que causa angústia ao seu empregador. Mas essa frase também representa uma postura de desapego do mundo, de desprendimento da sociedade. Uma obra reflexiva!
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Tamires 17/03/2020

Bartleby, o escrivão: uma história de Wall Street, de Herman Melville
Faz tempo que o e-book Bartleby, o escrivão, de Herman Melville (Ubu, 2016) estava no meu Kindle aguardando para ser lido. Eu tinha pouco conhecimento prévio sobre essa história, mas alguns carimbos costumam acompanhar o livro nas fotos, então meu palpite inicial era de que se tratava de um conto sobre a burocracia. Eu sabia que podia ser uma narrativa com a qual eu pudesse me identificar, tendo em vista que trabalho neste tipo de serviço, como auxiliar administrativo. Mas Bartleby, livro e personagem, é muito mais denso do que toda essa minha análise inicial.

A novela é narrada em primeira pessoa por um advogado que é dono de um escritório que presta serviços de escrituração. Tempos distantes, os quais era necessário um extenuante trabalho manual para executar um serviço que hoje se faz com poucos minutos em uma máquina de Xerox. Este escritório conta com dois funcionários e um estagiário, pessoas as quais o chefe consegue manejar razoavelmente bem, cada qual dentro de seus humores e peculiaridades. No entanto, o volume de trabalho requer a contratação de mais alguém e Bartleby — o novo funcionário —, é um acréscimo diferente, um pouco complicado de se lidar. O rapaz é absolutamente estoico e, a cada ordem que recebe, repete uma espécie de refrão que leremos por toda a obra: “acho melhor não”.

Não pense que Bartleby é um preguiçoso. No início trabalhou com muito mais afinco que o necessário (e recomendado). Seu local de trabalho não era dos melhores, não tinha muita iluminação e a vista de sua mesa era um muro (sem glamour para “Wall Street” por aqui, em uma interpretação e tradução literal). Nele existe algum conflito interno (ou externo, não sabemos), que o faz se rebelar, mesmo que desta forma particular e curiosa, uma revolta pacífica ancorada em suas frequentes negativas. Com isso, Bartleby intriga (e irrita) profundamente seu chefe, além de influenciar os colegas: “Acho melhor…” vira um bordão involuntário no escritório.

Bartleby não diz tudo — na verdade, não diz nada, pois o conhecemos apenas pelo olhar do narrador —, no entanto nos mostra muitas sutilezas psicológicas e de linguagem em sua breve narrativa. Em minha experiência particular no front, entre carimbos e atendimentos, me chamou mais atenção nesta história o fato de que ninguém honestamente e sinceramente se perguntou o porquê da atitude estranha deste homem em sempre repetir “acho melhor não”. O que mais incomodava o dono do escritório era a estranha insubordinação de Bartleby, pois é certo que não sabia como lidar com ela. Deste modo, a única saída possível seria a demissão. Somos descartáveis (?).

Eu poderia dar mais alguns detalhes sobre o livro ou sobre minha longa experiência conferindo, carimbando, rubricando e protocolando coisas. Poderia. Mas acho melhor não.

site: https://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-bartleby-o-escrivao-uma-historia-de-wall-street-de-herman-melville/
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Gab 22/03/2020

Prefiro Não
Quando um simples copista vai trabalhar num escritório de advocacia de Wall Street e após um período de trabalho intenso ele resolve não atender mais aos pedidos do seu chefe e responde ?prefiro não?!
A partir desse ponto começa uma grande reflexão que chega às vias de fato e deixa uma enorme interrogação aos leitores sobre nossa rotina.
?Bartleby, de repente, prefere não. Ele se vê livre pra dizer que prefere não, para afirmar a recusa, para confirmar a frustração - sem explicações, motivos, justificativas. Até porque ele sabe, ou suspeita, que enfeirar explicações, motivos e justificativas é um outro jeito de se submeter, uma ou outra maneira de dizer sim, sim, sim. Bartleby prefere dizer não, não, não.
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Gizalyanne 22/03/2020

Descritivo
Herman Melville aqui conta uma estória comum mas com seu talento descritivo nos prende do início ao fim. É um conto simples sobre um patrão e seu empregado. Um advogado e um escriturário. Mas o que fascina aqui é a exposição das características dos personagens. Recomendo!
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Livrissimu 28/03/2020

EU PREFERIA NÃO RESENHAR, MAS…
Ao terminar a leitura dessa novela do autor de Moby Dick, desapontado, pensei: ‘’é só isso?’’. Essa primeira reação decorre de termos aqui uma história de poucas concretudes, não fornecendo respostas às minhas questões. Então, aos interessados, estejam avisados: Melville escondeu suas reais intenções debaixo das letras na superfície; você precisa levantá-las e procurar um pouco. Contudo, ao procurar, entendi a riqueza de seus possíveis significados.

Um advogado de renome contrata um novo copista: Bartleby. No inicio, o novo empregado trabalha incansavelmente. O chefe muito se impressiona com sua eficiência e tenta ignorar as excentricidades do escrivão: um homem calado, nunca visto fora do escritório ou comendo nada além de meras bolachas de gengibre. O tom da narrativa estremece quando Bartleby, sem nenhum aparente motivo, responde com um firme e educado ‘’eu preferia não fazer’’ a um rotineiro pedido do Advogado para que conferisse uns documentos. A partir de então, o mantra do personagem ‘’eu preferia não’’ repete-se vez após vez, promovendo um baita desconforto no escritório e deixando o seu chefe confuso sobre o que fazer com o funcionário insubordinado.

Não é atoa que o subtítulo do livro é ‘Uma História de Wall Street’’, que já em 1853 era símbolo do manejo financeiro e comercial do país. O protagonista parece não ser guiado por absolutamente nada, a não ser representar uma antítese para tudo ao seu redor. Logo, a teimosia polida de Bartleby pode ser interpretada como uma espécie de rebelião, uma silenciosa revolução contra a mentalidade materialista que lhe era imposta pela sociedade, personificada pelo Advogado. Bartleby está quase indefeso, com exceção do NÃO que ele embainha contra as tentativas de fazê-lo enquadrar-se e que rapidamente vai penetrando e alterando o discurso de quem está próximo.

Apesar de parecer irreal e insustentável a postura do personagem, vale a pena lembrar: quase 100 anos depois, Mahatma Gandhi catalisou a independência Indiana com uma atitude não muito distinta do nosso querido Bartleby.

NOTA:9




site: https://www.instagram.com/p/B9eiXRKDGWZ/
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Deaolive 05/04/2020

Sentimentos conflitantes
Um livro para ser lido em uma sentada. Fluído e enigmático.... tive vários sentimentos enquanto estava lendo e, portanto, notei que o final permite que tenhamos interpretações diferentes.
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EduardoCDias 13/04/2020

Fantástico e irritante
Bartleby é um escrivão que começa trabalhar num escritório e, em poucos dias, começa a recusar-se a obedecer a qualquer ordem e após, entra numa passividade irritante e improdutiva. Perturbador!
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leh.dias2 26/04/2020

Preferia não
... o conto sobre um escrevente, narrado por um ?advogado?, na minha opinião o conto te mostra que algumas coisas não são exatamente o que parecem ser e as vezes temos barreiras que são intransponíveis!
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Letícia 12/05/2020

Melhor não
Essa não é uma história de grandes acontecimentos, na verdade, ela narra um pouco a cena burocrática dos escritórios de direito nos Estados Unidos do século XIX, que dependiam de intenso trabalho manual.
Por vezes, a história assume um tom cômico. Em outras, faz uma análise profunda da personalidade de cada personagem. Em outras ainda, mostra como nos deixamos influenciar pela opinião de nossos pares. Entretanto, Bartleby é uma figura enigmática, calada e que se torna completamente apática no decorrer do livro.
Enfim, eu gostei do livro por conta desses pontos de vista, o final fica em aberto e eu pude refletir bastante sobre a não-reação de Bartleby. Conto um pouco sobre isso na resenha do blog!

site: https://desafiolivrospelomundo.wordpress.com/2020/05/09/bartleby-o-escriturario/
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Picón 21/05/2020

Eu prefiro não...
Um conto muito bom (e que lembra Kafka) prenunciando o Existencialismo e seu "Absurdo". Uma leitura que permite várias interpretações. Essa obra pode ser colocada na estante na mesma prateleira de "O Estrangeiro", "A Náusea", "Esperando Godot" e todos os do Kafka...
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Isadora1232 21/05/2020

Preferiria não fazê-lo...
Bartleby é uma novela precursora do absurdo que deixa muitas perguntas e poucas respostas. Apesar de ser um livrinho curto, a história fica com a gente por muito tempo, matutando sobre quem seria o personagem título, suas motivações, e, claro, sobre nós mesmos.
Infelizmente, por aqui o livro não recebeu tanto prestígio e conhecimento como merecia.
Pra mim, que precisava de um empurrão divino pra ter coragem e encarar Moby Dick, a leitura veio em boa hora.
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Lise 23/05/2020

Instigante
Interessantíssimo. Da mesma forma que o narrador é incapaz de tomar atitudes mais enérgicas em relação o funcionário, também é impossível parar de ler. Achei uma leitura divertida e instigante, fiquei impressionada com a fluidez do texto apesar de ter sido escrito há muito tempo. O mistério do escrivão ainda ressoa na minha cabeça. Por que ele achava melhor não? Algum momento ele deixou de achar? (Pelo menos deixou de expressar...). Um exemplo muito bom de narrador não confiável. E essa edição... PERFEITA. A capa vem costurada, as folhas têm que ser cortadas para que o texto possa ser lido, como se o próprio livro oferecesse resistência. Um excelente exemplo de projeto gráfico alinhado ao conteúdo. Enfim, excelente. Recomendadíssimo.
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Carrara 24/05/2020

Uma novela que te deixa curioso e prende do início ao fim. Li em uma manhã, a qualidade é excepcional. A solidão e as excentricidades de Bartleby são comoventes.
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maria laura 24/05/2020

esse é o livro mais engraçado que já li na vida, não sei se algum dia vou ler algo mais engraçado que isso, é hilário
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