Bartleby, o escriturário

Bartleby, o escriturário Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escriturário


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Flavia.Borges 21/02/2022

Livro curto, conto clássico, sutil e tocante. Bartebly me fez questionar o significado da vida e que marcas são as que deixamos. Faz questionar a noção de fim.
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Camila 30/12/2020

O escrevente
Bartleby, o escrevente, me impressionou pelo enredo simples que carrega questões de vida tão complexas.
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Cleuzita 31/12/2023

Estranho, incômodo e bom
Não sei como definir esse livro. A escrita é boa, a história me prendeu até o fim, fiquei intrigada procurando respostas, mas não as encontrei. Ou pelo menos fiquei procurando outras explicações para além do óbvio descrito na narrativa. Gostei e recomendo.
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Bruno 27/09/2023

A melancolia retratada de forma sublime.
Poderia dizer que este livro trata de maneira única e singular a depressão, na época chamada de "melancolia".

Mas...

PREFIRO NÃO.
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Ramon98 20/11/2023

Aprender a dizer não sem se explicar
Livros que retratam o absurdo muitas vezes necessitam de interpretações absurdas. Para minha sorte como leitor, não foi por acaso que fui levado a essa leitura, mas por meio de outra, no caso a obra "Sociedade do Cansaço" de Byung-Chul Han, que explicita a exposição na sociedade e no mundo do trabalho a uma alta carga de estímulos, em sua maioria positivos. Positivos no sentido de dar respostas positivas, concordância, aceitação, sempre o "sim" para alguma demanda ou convite. É nesse sentido que acredito que a obra de Herman Melville pode ter o seu devido valor em um personagem absurdo como Bartleby, aquele que se nega, que diz não, que renuncia o fazer, que nega o convite.

Em um mundo que nos estimula o tempo todo a fazer algo, a recusa, à renúncia e o não fazer no caso de Bartleby podem parecer a princípio uma loucura. Porém, quando utilizados com uma certa sensatez, esses atos podem representar um momento de lucidez. Essa é a maior lição dessa obra: a negatividade é necessária. Como diz Byung-Chul Han, ela é uma forma de desconstruir e transgredir a lógica da sociedade de desempenho e da positividade compulsiva.
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Tamires 17/03/2020

Bartleby, o escrivão: uma história de Wall Street, de Herman Melville
Faz tempo que o e-book Bartleby, o escrivão, de Herman Melville (Ubu, 2016) estava no meu Kindle aguardando para ser lido. Eu tinha pouco conhecimento prévio sobre essa história, mas alguns carimbos costumam acompanhar o livro nas fotos, então meu palpite inicial era de que se tratava de um conto sobre a burocracia. Eu sabia que podia ser uma narrativa com a qual eu pudesse me identificar, tendo em vista que trabalho neste tipo de serviço, como auxiliar administrativo. Mas Bartleby, livro e personagem, é muito mais denso do que toda essa minha análise inicial.

A novela é narrada em primeira pessoa por um advogado que é dono de um escritório que presta serviços de escrituração. Tempos distantes, os quais era necessário um extenuante trabalho manual para executar um serviço que hoje se faz com poucos minutos em uma máquina de Xerox. Este escritório conta com dois funcionários e um estagiário, pessoas as quais o chefe consegue manejar razoavelmente bem, cada qual dentro de seus humores e peculiaridades. No entanto, o volume de trabalho requer a contratação de mais alguém e Bartleby — o novo funcionário —, é um acréscimo diferente, um pouco complicado de se lidar. O rapaz é absolutamente estoico e, a cada ordem que recebe, repete uma espécie de refrão que leremos por toda a obra: “acho melhor não”.

Não pense que Bartleby é um preguiçoso. No início trabalhou com muito mais afinco que o necessário (e recomendado). Seu local de trabalho não era dos melhores, não tinha muita iluminação e a vista de sua mesa era um muro (sem glamour para “Wall Street” por aqui, em uma interpretação e tradução literal). Nele existe algum conflito interno (ou externo, não sabemos), que o faz se rebelar, mesmo que desta forma particular e curiosa, uma revolta pacífica ancorada em suas frequentes negativas. Com isso, Bartleby intriga (e irrita) profundamente seu chefe, além de influenciar os colegas: “Acho melhor…” vira um bordão involuntário no escritório.

Bartleby não diz tudo — na verdade, não diz nada, pois o conhecemos apenas pelo olhar do narrador —, no entanto nos mostra muitas sutilezas psicológicas e de linguagem em sua breve narrativa. Em minha experiência particular no front, entre carimbos e atendimentos, me chamou mais atenção nesta história o fato de que ninguém honestamente e sinceramente se perguntou o porquê da atitude estranha deste homem em sempre repetir “acho melhor não”. O que mais incomodava o dono do escritório era a estranha insubordinação de Bartleby, pois é certo que não sabia como lidar com ela. Deste modo, a única saída possível seria a demissão. Somos descartáveis (?).

Eu poderia dar mais alguns detalhes sobre o livro ou sobre minha longa experiência conferindo, carimbando, rubricando e protocolando coisas. Poderia. Mas acho melhor não.

site: https://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-bartleby-o-escrivao-uma-historia-de-wall-street-de-herman-melville/
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de Paula 17/12/2021

A interpretação está disponível ao gosto do leitor
Mais um daqueles livros que trazem uma conotação de vida em meio a páginas de um livro curto e direto. Já tinha visto a edição da Cosac, que tinha todo um trabalho artístico para reforçar a vida na Rua do Muro (Wall Street) e como as pessoas podem se afetar com a vista das janelas de um local sem perspectiva de vida, luz solar ou natureza.

O narrador é o advogado dono do escritório que emprega alguns escrivães no século XIX, considerando que não existiam máquinas de fotocópia e muito menos computadores, esses profissionais tinham o ofício de transcrever a mão, com caneta - ou melhor, tinteiro, as informações necessárias para os processos judiciais e casos advocatícios. Ele contava com dois ingleses bem peculiares, cujo os apelidos eram Turkey e Nippers, o primeiro era excêntrico na parte da tarde e o segundo expressava seu jeito único pela manhã. Além deles, tinha um garoto de 12 anos que o pai queria que aprendesse o ofício da lei e por isso ajudava os demais, respondia por Ginger Nuts.

Não bastando essas pessoas, ele contrata um novo copista, Bartleby. Um homem sério, calado, que faz muito bem o seu trabalho de copiar, mas é só. Não obedece a nenhum pedido do patrão, começa a morar no escritório e decide que não quer mais trabalhar depois de um tempo, ficando a olhar para as paredes a todo momento. O patrão enlouquece, tenta de todas as formas se livrar do indivíduo sem passado e sem futuro, que responde sempre: "Eu prefiro não".

Sem mais alternativas, o advogado muda de escritório, mas permanece conectado ao estranho homem. O final é bem triste, mas possui uma interpretação do narrador para as atitudes do rapaz.

Na minha opinião, temos em mãos um livro sobre uma pessoa autista que viveu numa época que ninguém o compreendia e por isso era tão difícil entender sua postura, que aparentava mais rebeldia do que era de fato. Percebi isso quando Bartleby trabalhava com afinco e incansavelmente, o foco que muitos autistas tem e por isso tem a propensão de serem bem sucedidos. Só que isso é inconstante e pode mudar, mas a segurança que o escritório transmitia a ele era o que precisava, sem entender as consequências. Porque todos não deveriam ouvir sua preferência? O mundo é um lugar confuso. Deixando claro que não sou especialista no assunto, mas o que eu li em ficção ou assisti em filmes me leva a crer que a história tem esse viés, mesmo que o autor não entendesse isso na época.

Há quem interprete a liberdade do personagem, ou até mesmo a depressão, de qualquer modo, acho que está aberto a todo tipo de interpretação. O que levo dessa história de Melville é que não temos o controle de tudo e a sensibilidade humana pode ser afetada por respostas inesperadas, provocando as mais diversas reações. Vale a leitura! E como diria Rory Gillmore, esse é o meu primeiro Melville.
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EduardoCDias 13/04/2020

Fantástico e irritante
Bartleby é um escrivão que começa trabalhar num escritório e, em poucos dias, começa a recusar-se a obedecer a qualquer ordem e após, entra numa passividade irritante e improdutiva. Perturbador!
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Patrick 27/07/2022

Como diz Simone de Beauvoir, é difícil descrever um mito: não se deixa apanhar nem cercar, habita as consciências sem cair na imobilidade. É às vezes tão fluido, tão contraditório que não lhe percebemos, de saída, a unidade. Bartleby é, a um tempo, uma frágil criatura e uma força elegíaca; é o silêncio abissal da História, a negação de si próprio e a razão de ser do homem...
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Kathleen 06/08/2022

Reflexivo
Comecei a ler esperando enigmas se desenrolarem, enigmas se desfazerem e na verdade eles aumentaram. Ninguém entende se era cansaço, se era desistência, se desistência. Faz refletir o tanto de vezes que as vezes a gente obedece sem querer, faz sem poder, aceita sem estar feliz.
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Glauber 06/06/2020

História curta e instigante
História curta sobre um funcionário de um escritório, que, a todo pedido ou ordem, responde: "Prefiro não".

É uma narrativa instigante, narrada pelo chefe do escritório, que admite pouco saber sobre aquele pálido e calado empregado.

As reações desse narrador-personagem contribuem para que a personalidade de Bartleby seja analisada, ou melhor, especulada, com alguma sensibilidade.

Bartleby é um dos personagens mais enigmáticos com quem me deparei: Um homem pacato, de aparência passiva, e ao mesmo tempo decidido a sempre dizer um "não" quase automático.

Suscita alguma reflexão. E, o final, traz uma surpresa poeticamente melancólica, em meio a essa ambientação do mundo do trabalho de Wall Street.

Achei genial.
Adriana Naves 06/06/2020minha estante
Nossa que interessante, eu nunca li um livro q se passe no ambiente de Wall Street. Do Melville só ouvi falar do Moby Dick.


Glauber 06/06/2020minha estante
Esse é bem intrigante. Ainda não li Moby Dick.

Um dia vou pegar pra ler.




Maria Amélia 15/12/2022

"Uma irônica e literária análise da natureza humana, do mesmo autor de Moby Dick. A narrativa de Melville ? um dos precursores do absurdo na literatura ? é curta, rica e múltipla; leitura para se perder em interpretações. O personagem título é um jovem escrivão judicial que, cansado do trabalho burocrático, decide adotar o "não" como lema e o "nada" como estilo de vida. Publicada anonimamente pela primeira vez em uma revista, em 1853, Bartleby, o escrivão é uma daquelas obras que deixa os leitores curiosos quando chegam ao final: não há uma resposta única e sim questionamentos sobre quem seria esse personagem tão peculiar."
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Lucaslucasrocha 19/03/2021

Quer deixar uma resenha?
Acho melhor não! ?
História ótima para ler em uma sentada. Divertida e ajuda aqueles que não sabem falar não para nada o quanto pode ser libertador seguir suas vontades.... Oooou perigoso
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Ingrid 29/11/2022

Resenha - Bartleby, o escriturário
“Bartleby, o escriturário” é um conto do escritor americano Herman Melville, autor do famoso “Moby Dick”. Esse conto pode ser encontrado com alguns outros nomes aqui no Brasil, “Bartleby, o escrivão” e “Bartleby, o escrevente”, então pode escolher a edição que desejar para conhecer essa história. Eu li na edição da Rocco, que está no kindle unlimited.

O conto é curto, não chega às 96 páginas do livro, então em mais ou menos uma hora é possível terminar a leitura. Ademais, a escrita do autor é fluida, não existem muitas dificuldades, e enquanto lê você fica com vontade de saber o que vai acontecer. É uma leitura que prende.

A história é narrada por um advogado que tem um escritório na Wall Street, e que tem três funcionários, Turkey, um senhor que trabalha de forma excelente pela manhã, mas o frustra pela tarde; Nippers, um ótimo funcionário pela tarde, mas que tem manhãs problemáticas; e Ginger Nut, um garotinho muito diligente, que trabalha no escritório por conta de seu pai.

Então, certo dia o advogado precisa contratar um novo escriturário, e se depara com Bartleby, que se mostra excelente em seu trabalho. As cópias feitas por Bartleby tem ótima qualidade, e ele trabalha sem atrapalhar, sempre em seu espaço e trabalhando dia e noite.

A partir daí a história nos mostra um Bartleby que só trabalha, e tem isso tão automático em si, que não consegue fazer nada além do escopo de escriturário. Sua frase “Prefiro não fazer” vai frustrando cada vez mais seu chefe, o advogado.

É angustiante ver o que se passa com o advogado, tentando descobrir o que fazer com Bartleby, que com o tempo perde totalmente a vontade de trabalhar e, principalmente, de viver. Ele se robotiza em um ponto que é como se fosse um fantasma, sua humanidade se perde.

Enfim, é um conto rápido que nos faz refletir, e vale a leitura para quem quer começar a ler Herman Melville.

site: https://www.instagram.com/ingridbeatrizbs/
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