Ju 22/09/2014ExtrasEsta resenha contém spoilers dos livros anteriores da série.
Terminei a leitura desse livro fazendo as pazes comigo e com Scott Westerfeld... rs... Então a resenha ficará bem diferente da do volume anterior. Fico feliz que isso tenha acontecido, afinal, gostei tanto de conhecer o autor pessoalmente que me sentiria péssima por odiar profundamente algo que ele escreveu.
A história de Extras tem início três anos depois do fim de Especiais. Se passa em outra parte do planeta, em uma cidade do Japão em que a "libertação" trouxe um novo tipo de sociedade: as melhores casas, roupas, enfim, as melhores vidas, pertencem às pessoas mais famosas. Passamos da ditadura da beleza à ditadura da fama.
Conhecemos Aya Fuse, uma garota de 15 anos que, como quase todos na cidade, possui uma câmera flutuante que a segue por todos os lugares e tem o sonho de conseguir uma matéria para exibir em seu canal que a coloque entre os 1000 mais famosos - no início do livro sua posição está bem próxima do número 450.000. Ou seja, Aya é uma extra, alguém invisível para o mundo, que não tem valor algum.
"Aya se lembrava vagamente da Era da Perfeição, quando bastava pedir por roupas fantásticas ou por uma nova prancha voadora para elas surgirem de um buraco na parede como se fosse mágica. Mas, hoje em dia, o buraco não dava nada decente a não ser que a pessoa fosse famosa ou tivesse méritos para gastar. E ganhar méritos significava ter aulas ou realizar tarefas - o que quer que o Comitê da Boa Cidadania mandasse, basicamente."
Aya descobre um grupo de garotas que surfam em cima de trens, e passa a investigá-las por acreditar que fornecerão a matéria de sua vida, aquela que vai permitir que ela abandone o desagradável anonimato. Mas isso acaba por levá-la a descobrir algo muito mais relevante, e a vida da garota vira de cabeça para baixo com essa descoberta.
Como os outros livros, esse faz uma crítica bem legal à nossa sociedade. Mostra que a fama traz privilégios, mas é importante nos lembrarmos também do preço que é cobrado por isso. E mantém o tema que está presente em toda a série, o fato do ser humano tender a destruir o planeta.
Quem acha que a Tally sumiu para sempre com o fim do terceiro livro, se engana. Ela e outras personagens já conhecidas do leitor reaparecem nesse volume, afinal, ela prometeu estar sempre de olho, não foi?
Eu gostei bastante de Extras, me senti parte da equipe da Aya na busca pela verdade. E foi bem legal rever personagens que eu odiava e conseguir gostar delas dessa vez. Agora eu posso dizer que valeu a pena a leitura dessa série, apesar de ainda querer picotar Especiais.
Alguém já leu? Me contem o que acharam! =)
Até mais!
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