Maísa Andreoli 21/09/2014
Modificando o Sistema
“O Vendedor de Sonhos e a Revolução dos Anônimos”, segundo volume da trilogia, é uma critica ao atual sistema social em que vivemos. Segundo o autor, vivemos em um sistema doente que forma pessoas doentes para viver em uma sociedade doente, ressaltando, então, o egocentrismo e a falta de sensibilidade. O protagonista da obra é um maltrapilho que após perdas irreparáveis passa a vender sonhos para as pessoas. Mas o Mestre esconde seu passado. Não obstante, é tranquilo e humilde. Contempla os pequenos eventos da vida, os pequenos detalhes. Seus novos amigos, baderneiros e arruaceiros, são amados por ele, e se tornaram uma família.
"Estou aprendendo a saldar dívidas com minha consciência. Não é fácil reconhecer minha imaturidade e falar daquilo que me envergonha. Mas fugir de mim mesmo é perpetuar minhas mazelas, é levar para o palco do meu túmulo os conflitos do meu script." - Pág. 134
Após inúmeras andanças, espalhando por aí mensagens de otimismo e altruísmo, eles foram convidados para discursarem em um presídio de segurança máxima e, lá estando, abalaram os perigosos presidiários. Seus discípulos descobriram que o Mestre chama-se Mellon Lincoln Filho, o mesmo nome de seu pai, e que era milionário dono de uma das maiores empresas do mundo, e que ele fora humilhado. Todavia, o Mestre não guarda rancor, dizendo que a melhor forma de nos livrarmos dos nossos inimigos é perdoá-los. Durante a trama ocorrem inúmeros acontecimentos chocantes, emocionantes, engraçados, tensos, angustiantes e felizes. A loucura e a lucidez, a tranquilidade e o estresse, o amor e o ódio são, afinal, privilégios dos vivos.
"Ele conseguia colocar no mesmo liquidificador e ao mesmo tempo a psicologia, a sociologia, a filosofia e as ciências da educação." - Pág. 193
"Mesmo esses homes, que estavam acostumados com o risco de morrer, de ser mutilados, presos, enfim, tinham aventuras injetadas nas veias, não estavam preparados para mudanças tão bruscas de humor. Por instantes, não sabiam se riam ou se choravam." - Pág. 241
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