spoiler visualizarDeborah.Paula 20/07/2023
Não gostei tanto, como achei que iria gostar
Comecei a ler “Objetos Cortantes” por interesse em assistir a série, gosto de fazer comparações entre livro e adaptação, porém algumas pessoas me falaram que a série é bem melhor, ainda não assisti, mas terminando o livro percebo que talvez venha ser mesmo. O livro é curto, para mim a leitura até fluiu bem, mas não gostei do livro tanto como achei que gostaria. Não me conectei com nenhum personagem, achei os capítulos cheio de informações, que na maioria das vezes não foi útil, capítulos longos com poucas informações relevantes, achei tudo muito esquisito e sem conectividade com o leitor. Achei extremamente desnecessário a quantidade de teor sexual referente a meninas de 13 anos. A autora foi extremamente repetitiva em enfatizar que a Amma (13 anos), tinha seios fartos. Me pareceu que a autora queria chocar, e ai meteu sexo, drogas no arco das crianças, talvez para mostrar a falta de limite e educação? Não sei, mas achei tudo muito desconexo. Os diálogos alguns para mim não fazem sentido algum, não sei se foi a tradução do livro ou se a autora escreveu assim mesmo, na minha concepção parece que ela usou alguma substância ilícita para escrever esse livro de tanta coisa esquisita e sem nexo. Escreveu tudo isso para no fim ser um plot previsível, onde a autora poderia ter usado outros caminhos para contar a história, enrolou 254 para no final ser revelado rapidamente em um capítulo de 5 minutos. Achei o plot interessante? Sim, mas a forma que a autora escolheu escrever esse livro para mim não fez sentido nenhum, muita enrolação, muita frase e diálogo sem necessidade, personagens sem carisma, estranhos (isso aqui foi o objetivo da autora).
Apesar de achar o livro de razoável a ruim, confesso que achei bem interessante o núcleo familiar da protagonista. A Adora é totalmente louca, aquela mãe que adoece os filhos para ter atenção e se sentir útil também, por isso a relação dela com a Camille é bem complexa e curiosa. A gente vê como a Camille foi afastada da família, excluída, simplesmente por não aceitar os cuidados da mãe (que queria adoece-la). Alan, o padrasto também, é um ara rígido, polido e até submisso, que faz o que Adora quer, não gosta de conflitos, sempre busca a alternativa mais fácil para lidar com os problemas. Temos Amma que é a irmã mais nova, completamente pirada, sem limites e educação, é relatada do ponto de vista dos outros personagens como má e cruel, e ela é tudo isso mesmo, como vemos no último capitulo, é ela quem matou as meninas. O ambiente tóxico em que Adora criou as filhas, deixou a mais nova assassina. Os problemas do núcleo familiar são bastantes interessantes, mas achei esse livro muito enrolado em certas partes, cenas repetitivas, como a Camille indo entrevistar as mesmas pessoas de novo, nunca saia do lugar, sempre no mesmo meio, a autora poderia ter explorado outras coisas, ter feitos outros diálogos mais decente. E não curti as cenas de sexualização de menores de idade, do meu ponto de vista a autora queria tratar isso como algo normal, e dá entender que os adultos da cidade sabem que isso acontece, mas não fazem nada a respeito disso. Esse é um ponto que me incomodou bastante durante a leitura. Não gostei do livro, agora vou assistir a séries, porém pretendo ler também “Garota Exemplar”.