Um defeito de cor

Um defeito de cor Ana Maria Gonçalves




Resenhas - Um Defeito de Cor


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Talita.Martinho 18/03/2024

Essa Obra consegue te arrastar para dentro da história de uma maneira que você não se cansa de ler, apesar de ser um livro extenso, a leitura é muito prazerosa. É impossível não se apaixonar pela história de Kehinde.
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Mari 28/07/2022

Um livrão... Literalmente
Foram quase 3 anos envolvida nessa leitura. Eu descrevo essa jornada como a leitura de uma longa carta de uma mãe ao seu filhos, suas memórias, saudades, dores e alegrias.

Chorei, senti tristeza, revolta, cansaço e alegria. Senti que eu envelheci e rejuvenesci durante esse tempo. Esse livro passou por muita coisa ao meu lado e eu vivi cada página quase como se eu estivesse dentro dele.

Essa leitura é um aprendizado GIGANTE e o que fica é sensação de que eu ainda poderia ter aprendido mais.
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Alassë 29/12/2023

A Odisseia em Versão Brasileira
A narrativa em primeira pessoa como uma contadora de historia curiosa e cuidadosa, Ana Maria Gonçalves através da personagem Luisa conseguiu me cativar e abrir os meus olhos para varias questões estudadas como passagens históricas sem importância durante os anos escolares.

Este livro deve ser colocado em disposição dos jovens para conhecer a construção do seu próprio país e povo. Com um relato estremamente envolvente, passei meses enredada pela brilhante trajetoria e temperança de Kehinde.

No fim das contas, ter uma amiga para quem escrever nossos pensamentos realmente muda nossa relação com a vida e suas adversidades.
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Susu 05/01/2024

Minha bíblia de vida
É um romance que tem uma mistura da ficção com a realidade. É uma aula de história sobre a constituição do Brasil sob a ótica de uma mulher negra tirada do continente africano. Acompanha a formação da cultura afro-brasileira, às resistência dos costumes diante de um apagamento imposto. É uma história não contada, mostra, aponta e lateja como se deram as relações escravocratas e os impactos. No mais, definiria como sendo uma escola sobre ancestralidade.
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FAtima311 01/02/2024

Kehinde
A história de Kehinde, a menina negra de 8 anos que é capturada na África e escravizada Brasil, atravessa 8 décadas e quase 1000 páginas. Há que se ter fôlego, lenço e olhar atento para não se peder em uma narrativa tão cheia de detalhes quanto de "serendipidade".
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Marcone.Procopio 25/05/2020

Um livro para a vida. Vale muito a leitura, as aulas de história e as reflexões por ele provocadas.
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Cássia 07/06/2020

O melhor livro da minha vida até aqui. Poucos livros conseguem ser tão completos. Mas nesse, não falta nada. Ele tem tudo. Ele é perfeito.
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augusilveira 17/11/2023

Relato rico sobre o Brasil colonial
Levei quase um ano para percorrer as quase mil páginas que narram a vida de Kehinde. Trata-se daquela obra que se lê de forma mais lenta, para aproveitar cada detalhe. "Um Defeito de Cor" é uma narrativa sensível e repleta de personalidade, proporcionando não apenas a perspectiva da protagonista sobre os eventos da época, mas também insights sobre costumes e tradições.

Kehinde, uma africana que foi escravizada junto com sua irmã gêmea e avó, desembarca no Brasil em condições desumanas, a bordo de um navio. A leitura proporciona uma imersão na riqueza da cultura africana, especialmente se, ao ler, o leitor se dedica a explorar alguns termos e pesquisar os contextos sociais da época. O sofrimento é uma constante, mas a resiliência de Kehinde diante das adversidades é o que mais se destaca. Ela é uma daquelas mulheres que não se abalam diante das dificuldades, destacando-se por sua visão empreendedora que a salvou em diversas situações.

O que me chamou a atenção, e que não havia encontrado em outros relatos históricos do período, foi o estranhamento e os conflitos que surgiam quando alguns escravizados conquistavam a liberdade e retornavam à África. Os costumes, influenciados pelo catolicismo, entravam em conflito com os habitantes que não haviam sido traficados. Em muitas situações, santos, orixás e Alá se entrelaçavam, criando uma crença totalmente transformada.

Entre as leituras que eu já fiz, é a primeira a acompanhar tão extensivamente a vida de uma personagem, desde a infância até as dificuldades da velhice, proporcionando uma experiência única. Certamente, tornou-se um dos meus livros favoritos. Recomendo a leitura, especialmente para os apreciadores da história do Brasil. Além disso, é uma obra importante para compreender as raízes das primeiras manifestações do racismo e para entender como essa questão persiste na sociedade até hoje. A profundidade e a dor de ser subjugado pela cor da pele são exploradas de maneira tocante, permitindo uma compreensão mais profunda das dores frente ao preconceito diário.
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Nan 29/09/2020

Uma Luta de Cor
O livro Um Defeito de Cor da escritora Ana Maria Gonçalves resignifica a escravidão para o leitor. Nós estamos habituados a conhecer a face técnica e acadêmica do Brasil escravocrata, pensando em como a economia era sustentada pela força braçal da mão de obra escrava. Já nessa obra nós vemos a história como ela deve ser contada, com riqueza de detalhes e do ponto de vista de um ser humano.

     Kehinde é a narradora e personagem da história que se inicia com ela ainda na África em sua infância e se desenvolve a partir do momento em que ela é capturada e trazida para o Brasil. E é muito curioso perceber como a sua visão sobre o Brasil, mais especificamente a Salvador do início do século XIX vai mudando e amadurecendo junto com a personagem já que ela fala como era a visão dela se toda a situação como a criança que era.

Devo alertar que estamos falando de um livro de 947 páginas, riquíssimo em detalhes e que é simplesmente impossível lembrar de tudo que me fascinou durante esses 3 meses de leitura, mas vou me esforçar.

     A cultura de cada povo é descrita de maneira muito interessante. Nós temos contato com pelo menos 3 cultos diferentes de matriz africana como o culto aos orixás e os voduns, também conhecemos um pouco de como eram os negros islamizados, conhecidos como muçurumins ou Malês, vemos até mesmo como era possível haver uma certa resistência entre povos diferentes mesmo que ambos fossem do continente africano, o que nos ajuda a romper com o preconceito de quê a África é algo uniforme. Ainda falando de religião, é interessante ver o surgimento do sincretismo como fruto da xenofobia que os negros sofriam, sendo tirado deles até mesmo o direito de rezar para as divindades em que acreditavam e até mesmo conversar em idiomas que não fossem o português.

      A intolerância fica bem evidente e chega a ser doloroso ver o quanto era cruel o trato dado aos escravos que inclusive eram chamados de "peças". Os pretos na verdade nem mesmo eram considerados gente, e os que de fato aceitavam a religião católica, se quisessem ser padres tinham que pedir uma espécie de autorização que os perdoava do "defeito de cor".

     É muito curioso ver as descrições dos bairros de Salvador numa época que parece tão distante, e que se não é tão distante assim, no mínimo é muito diferente do que é hoje. Kehinde sofre muitas perdas e revézes, mas a sua força faz com que ela supere muitas dores também. A vida é feita de altos e baixos e isso é muito presente no livro o que gera uma empatia ainda maior com Kehinde por ela ter uma história tão verossímia. O livro traz até mesmo momentos históricos que já conhecemos como a noite das garrafadas e, obviamente, a revolta dos Malês que é narrada de uma maneira comovente já que resulta novamente em perdas para a personagem cuja vida a gente se aproxima desde a infância dela até a sua velhice.

      Essa é uma obra fantástica e que não deixou claro pra mim o quanto é relato de uma história real e o quanto é parte das elocubracões da autora, mas é inquestionável a proximidade com o que se sabe através dos documentos históricos. Recomendo esse livro a qualquer pessoa, principalmente se for brasileiro e principalmente se for negro, porque sem dúvida esse romance nós aproxima muito de uma história e uma cultura que o sistema se esforça para que esqueçamos, mas que criou cicatrizes que jamais esqueceremos. O mundo criou uma tecnologia poderosa o bastante para enriquecer nações inteiras às custas da opressão de povos; as tão admiradas potências dos nossos tempos, se tornaram o que são hoje fazendo barbáries como as que Um Defeito de Cor narra brilhantemente. Leiam esse livro e entendam que nunca o Brasil capturou escravos, ele teve PESSOAS escravizadas. Não esqueçam disso.

     Quero agradecer também ao professor Léo Passos por me presentear com esse livro incrível e proporcionar uma das melhores leituras da minha vida.
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May 29/09/2020

Fascinante
Esse livro foi uma tremenda surpresa pra mim, comecei lendo sem fazer nenhuma ideia do quanto me cativaria. É um dos livros mais extensos que li, mas que percebo que cada parte é necessária. Muito prazeroso de ler e com certeza meu favorito de 2020. A Kehinde é aquele personagem resiliente que te inspira e que mesmo em um cenário extremamente contrário a si, consegue virar o jogo. Esse livro me deixou mais perto da África e, mesmo com seus conteúdos de ficção, consegue representar esse cenário adverso dos ex escravizados retornados ao seu país que acabam até por rejeita-lo. Esse marcou a minha vida.
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Rodrigo 11/12/2020

Como pode um livro ser tão incrivelmente bem escrito e desenvolvido?
Bom, o livro é uma história de origem contada pelo ponto de vista de Kehinde, uma africana arrancada da região de Daomé, na África e levada como escrava para o Brasil. Toda a narrativa é feita dentro da premissa de Kehinde contando sua história pessoal, desde sua infância até sua velhice. Ela conta toda sua história de vida marcada por mortes, estupros, amores, amizades, violência e, acima de tudo, força. A forma como o livro é contado nos deixa tão envolvido com a história e com os personagens que me fez amar cada vez mais esse livro.

O romance é muito bem escrito, descrevendo as religiões e costumes africanos, contando de forma bem detalhada a vida dos escravos desde serem pegos na África, quando conseguem sua carta de alforria e, por fim, voltando à África e se deparando com diversas diferenças culturais. No começo, a autora conta que achou cartas escritas por essa mulher e que foi assim que saiu esse livro, não sei se é real e isso deixou ainda mais pessoal e funciona muito bem para a história, torna a exposição de contexto histórico mais natural (o livro mescla experiências pessoais da Kehinde com fatos históricos da cultura afro-brasileira).

O livro é MUITO grande, por sinal, tem 952 páginas e não é uma leitura fácil porque o livro não esconde nada, detalha toda a crueldade da escravidão e dos brancos, tudo o que eles foram privados pelos brancos desde o começo, como eles viviam e os seus costumes, as suas crenças, as suas religiões e tudo o que eles tentavam e faziam para conseguir sair daquela realidade. E são fatos, histórias e pessoas que não são contados em livros de histórias, não são detalhados pelos professores e eu, como branco, foi minha primeira experiência tendo total conhecimento de como realmente era detalhadamente a escravidão e a cultura afro-brasileira que surgiu disso, porque podemos ver em filmes, em novelas, em livros na escola, mas não é a mesma coisa de ler esse livro, de ler um livro contando cada detalhe dessa história.

A protagonista é TUDO, ela é uma força da natureza, é valente, perseverante, inspiradora e uma pessoa que sofreu MUITO, passou por muitas coisas, mas sempre tentou passar por esses obstáculos, viver, ajudar outros pretos, tentar que o máximo de pessoas saíssem daquela vida.

Única coisa ruim do livro é que Kehinde é bem prolixa, chega em um momento do livro que é quando ela foge de São Salvador e a leitura deixa de ser fluida e começa a se tornar um pouco cansativa e esperando que algo acontecesse sabe? Não sei explicar, mas demorou um pouco para sair dessa parte. Enfim, o livro é incrível e inesquecível, você se envolve tanto com o livro, os personagens e por tudo que a Kehinde descreve que acaba sendo uma leitura que você precisa acabar o mais rápido para conhecê-la.

Ana Maria, você é uma lenda! Estou apaixonado por esse livro.

"Durante dois dias ela me falou sobre os voduns, os nomes que podia dizer, as histórias, a importância de cultuar e respeitar os nossos antepassados. Mas disse que eles, se não quisessem, se não tivessem quem os convidasse e colocasse casa para eles no estrangeiro, não iriam até lá. Então, mesmo que não fosse através dos voduns, disse para eu nunca me esquecer da nossa África, da nossa mãe, de Nanã, de Xangô, dos Ibêjis, de Oxum, do poder dos pássaros e das plantas, da obediência e respeito aos mais velhos, dos cultos e agradecimentos. A minha avó morreu poucas horas depois de terminar de dizer o que podia ser dito. virando comida de peixe junto com a Taiwo. Não sei dizer o que senti, se tristeza, se felicidade por continuar viva ou se medo. Mas a pior de todas as sensações, mesmo não sabendo direito o que significava, era a de ser um navio perdido no mar, e não de estar dentro de um."
Luciana 11/12/2020minha estante
Adorei a resenha! Tá na minha lista pro próximo ano!




Jader 19/12/2020

Longa caminhada por uma vida de luta, sofrimento e conquista
Amo ficção histórica, me faz durante a leitura fazer perguntas e buscar respostas (seja pesquisando ou refletindo). Neste livro podemos encontrar detalhes riquíssimos sobre a escravidão contada pelo lado que fez parte dela, de como funcionava este sistema cruel que causa impacto até nos dias de hoje. Além de toda a parte que envolve as religiões de matriz africana, interessante forma de nos apresentar as crenças de um povo. Um romance de formação da melhor qualidade!
Mirela 19/12/2020minha estante
Amo que você ame ficção histórica, porque já que eu não leio, aprendo por seu intermédio


Mirela 19/12/2020minha estante
??


Jader 20/12/2020minha estante
É um prazer dividir as histórias com você ?




Alice.Gargioni 17/01/2021

Kehinde narra suas alegrias e dores de uma vida toda. Diante de um cenário escravocrata, a obra apresenta a vida de uma menina até a sua velhice entre África e Brasil. Temperada pelas superações e reinvenções de si, a protagonista constrói uma paisagem de sofrimentos, destacada pelo seu último grande sonho: reencontrar o filho.
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Max 25/07/2022

Uma aula de Brasil
Fantástico! Uma aula de história e cultura do Brasil sobre a perspectiva de uma mulher africana capturada ainda criança e trazida como escrava para o Brasil. Sua trajetória dos 8 anos até sua velhice e sua busca por um filho pedido. Uma saga que já nasceu clássica!
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