Ellen 09/02/2024
Esse livro se inicia após os eventos do primeiro livro, de maneira que Tessa ainda está no Instituto e Wil evitando-a mais do que tudo nesse mundo. Boa parte não tem toda aquela correria como o primeiro livro da trilogia, porém isso não fez com que a história ficasse chata. A autora conseguiu desenvolver e até trazer muitas revelações sobre os personagens com um final ainda mais instigante.
Durante a leitura do livro Cidade dos anjos caídos, da série Os Instrumentos Mortais, temos menção de Will durante uma conversa entre Magnus e Camille e de maneira bem superficial, com a vampira declarando o interesse de Magnus em caçadores de sombras. Por fim, em Príncipe Mecânico, descobrimos sobre essa ligação do Magnus e Will, e da importância e ajuda do feiticeiro para que Will resolvesse problemas com o seu passado.
Por outro lado, embora Will tenha buscado todas as formas de se afastar da Tessa, Jem procura todas as formas de se manter perto dela. E a autora consegue escrever cenas tão intimidantes entre o trio, revelando todo o desejo incontido kkkkk, fiquei pasma!
E apesar de termos a nossa protagonista com uma cena quente tanto com Jem quanto com Will, fica evidente o amor que os dois sentem pela Tessa. No entanto, em relação a Tessa, não fiquei tão convencida sobre o amor dela em relação a ambos os garotos. Desde o início percebemos que a atração que ela sente pelo Will é muito mais forte, porque por mais este tenha dito tantas coisas horríveis, parece que no fundo ela não quer acreditar, ficando sempre muito confusa, recriminando-se diversas vezes por ele ainda despertar sentimentos nela, mas não fica evidente que ela o ama ou a Jem.
Eu realmente prefiro que ela fique com o Will, o Jem é muito perfeitinho, gentil e compreensivo, já Will impulsiona a Tessa, fazendo com que ela encare todos os problemas, utilizando-se até do próprio poder para desvendar os mistérios, o que dá uma sensação de parceira mesmo, porque ao tempo em que ele dá ideia para ela utilizar os poderes, ele também fica do lado dela, mas nunca se esquecendo do que ela é, até porque o poder de transformação faz parte dela, e isso é muito bonito no casal. A união das características específicas de ambos, para que consigam atingir um ponto específico na história, pode ser vencer uma luta , desvendar algum mistério (como foi o que aconteceu durante uma cena desse livro), o que sinto falta no casal Jace e Clary dos Instrumentos Mortais. Sem contar nas raras conversas entre eles, onde concluímos o quanto Will conhece a Tessa, os gostos dela, as piadinhas sarcásticas, enfim, desculpa Jem, mas é Will e Tessa!!
O mais impactante na história continua sendo “o que Tessa é?”, porque apesar das idas e vindas do romance, dá pra saber com quem ela vai ficar. Mas a parte de definição da Tessa é o que mais intriga, porque sabemos que ela não é feiticeira, pois não possui marca, e apesar de algumas revelações, não há neste livro nada definitivo sobre o passado de Tessa.