Ficções

Ficções Jorge Luis Borges




Resenhas - Ficções


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Daniel' 14/09/2022

Este foi meu primeiro contato com Borges e imediatamente fiquei apaixonado pela sua escrita. Há vários tipos de contos nessa coletânea, de policiais até fantásticos. Tudo isso com uma escrita densa, porém deliciosa.

Borges escreveu apenas histórias curtas. No prologo de 'Ficções' ele justifica: "Desvario trabalhoso e empobrecedor o de compor vastos livros; o de espraiar em quinhentas páginas uma ideia cuja perfeita exposição oral cabe em poucos minutos. Melhor procedimento é simular que esses livros já existem e propor um resumo, um comentário."

Para mim se destacaram os contos:

- As Ruinas Circulares: É contada a história de um mago que criou um homem (seu próprio filho) através dos sonhos. O final é surpreendente.

- Pierre Menard, autor do Quixote: Aqui, temos a análise da obra de Menard, que escreveu 'Quixote'. Ele leva a obra de Cervantes ao século XX, mas de um jeito bem peculiar: ele reescreve o livro de maneira idêntica ao original, linha por linha. De acordo com Borges "O texto de Cervantes e o de Menard são verbalmente idênticos, mas o segundo é quase infinitamente mais rico". É um texto engraçado e irônico, que nos faz pensar sobre o que realmente significa possuir a autoria de uma obra.

- A Biblioteca de Babel: Meu conto favorito desse livro. Fala sobre uma biblioteca (universo) que possui todos os livros que já existiram ou poderiam existir. Ou seja, todas as respostas e mistérios do mundo estão nela. Só há um problema: Por existirem possibilidades quase infinitas de livros, é totalmente improvável achar algo que faça sentido.

Normalmente livros de contos têm seus altos e baixos, é difícil achar algum que todos os textos sejam bons. Porém achei todos os contos deste livro impecáveis. Apesar disso, muitos contos possuem diversas camadas e necessitam de releituras. Com certeza vou aproveitar ainda mais o livro quando tiver uma bagagem literária e filosófica maior.
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Renato Esteves 17/09/2022


Na biblioteca que foi Borges, esse livro é o seu labirinto. Como um homem entregue à escuridão pode ir tão longe e ver tão longe? O que esconde a escuridão da solidão que guardamos em nós mesmos? O quão profundo um escritor, artista, pode se tornar ao buscar em si mesmo o que seu desejo pelo fantástico pode proporcionar a ele? Esse objeto no qual Borges torna a inspiração, assim como o faziam artistas anteriores, mas ao invés de um objeto ou lugar a tinham como musas e divindades.
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Beatriz 18/09/2022

Fantástico
Esse livro é dividido em 2. A primeira coletânea, o jardim de veredas q se bifurcam, ela é mais complexa e por meio de mundo simbolismo Borges escreve como tudo se repete, nada é original ou renova. É onde estão as melhores histórias, na minha opinião. A biblioteca de babel é maravilhosa.
A segunda coletânea é artifícios onde ele não trás as faces do homem. São as histórias mais inusitadas.
Borges tem a capacidade de criar dentro da criação, que a gente perde a noção de verdade. Ele cria críticas a livros, autores etc inventados, mistura com pessoas reais, lugares reais e de repente a mágica acontece e a gente não é capaz de sair de lá, de pensar sobre tudo aquilo e querer entender mais.
Em outros momentos ele cria uma situações tão comuns e termina de maneira tão inusitada, que a gente precisa parar antes de continuar a leitura.
Ele nos faz rir e nos faz ficar abismados, embasbacados, intrigados. Há muito nesses contos que encantam.
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Carolina 13/10/2022

Fascinante!
"Talvez a velhice e o medo se enganem, mas suspeito que a espécie humana ? a única ? está em vias de extinção e que a Biblioteca perdurará: iluminada, solitária, infinita, perfeitamente imóvel, armada de volumes preciosos, inútil, incorruptível, secreta."

Borges é extraordinário. Um livro repleto de riquezas.
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Alyne.Queiroz 28/10/2022

Bom
É um livro de contos, algumas histórias legais outras meio complicadas de entender, parece que o autor flerta com o realismo fantástico e isso me complica a vida pois não tenho facilidade com coisas fantasiosas, outra dificuldade são as inúmeras referências desconhecidas. O autor parece ter fascínio por labirintos, espelhos, enciclopédias, outras línguas, pois são itens sempre presentes em seus contos.
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Sr.Caiodonorte 12/11/2022

Memento, solum memento
As exíguas linhas a seguir possuem por objeto o conto "Funes, o memorioso".

O que poderíamos dizer sobre Funes?
Um rapaz pacato numa triste faina?
Um sujeito repleto de passado, que por isso perde o presente?
Sim, isto poderia ser dito a seu respeito; ele um Uruguaio comum que por uma desventura se descobre possuidor de um tipo de super-memória em suas palavras, "infalível", era capaz de lembrar de tudo, exatamente tudo, da hora exata até das folhas de uma árvore; poderíamos até dizer que é algo sumamente bom, será?
Imaginem, sermos capazes de declamar de cor todos os belos poemas que já lemos, todos os grandiloquentes textos que já nos aventuramos, oh como seria belo!
Mas Funes é só memória pura, irrefletida, isto não é conhecimento nem erudição é pura e simplesmente catalogação. "Tinha aprendido sem esforço o inglês, o francês, o português, o latim. Suspeito, contudo, que não fosse muito capaz de pensar".
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Laisinhaa_aa 24/12/2022

Ficções é bastante interessante. Um livro consideravelmente pequeno, composto por contos que te submergem na história, e apesar de a maioria ter cerca de 5 páginas, te leva á uma leitura complexa, marcada por reflexões e releituras constantes. Muito interessante a visão que Borges tem de que tudo no mundo é construído e cíclico.
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Cesar Garcia 29/12/2022

Magnífico
Os contos de Borges são magníficos. Exploram diversos temas, às vezes muito reais, outras vezes fantásticos, mas sempre com mistério e cheios de significados.
Uma escrita primorosa de um livro inesquecível desse grande autor.
Impecável.
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Eduardo Mendes 30/12/2022

Borges é mestre em criar histórias curtas
Para o centésimo texto da minha jornada literária escolhi o livro que mais me marcou neste último ano, Ficções do escritor argentino Jorge Luis Borges. E pra justificar a escolha, preciso citar minha relação com alguns dos autores lidos até aqui; Gabriel García Márquez, Dostoievski e Kafka foram meus preferidos.

Existe uma lenda que García Márquez ficou estupefato ao ler “A Metamorfose” de Kafka e comentou: “Então eu posso fazer isso com as personagens? Criar situações impossíveis?”. Minha sensação ao ler Ficções foi mais ou menos a mesma. Borges leva seus contos por caminhos inimagináveis, manipula a realidade, desafia o leitor com uma escrita difícil, irônica e labiríntica.

Borges é mestre em criar histórias curtas, ele não precisa de muito pra instigar o leitor. Seus contos parecem quebra-cabeças, com metáforas, duplicidades, e temas complexos como metafísica, filosofia, misticismo, a eternidade, o tempo. Ele cita escritores e filósofos, inventa autores e livros nunca escritos e cria um universo “borgiano” extremamente particular. Não é uma leitura fácil, precisei reler alguns contos para melhor compreensão, mas o esforço certamente vale a pena.

Meus contos favoritos foram: “Funes o Memorioso”, um personagem com uma memória praticamente infinita. Funes não esquece nada do que lê, nada do que ouve, nada do que vê, e isso lhe é um tormento sem fim. Em “As ruínas circulares” encontramos um personagem que decidiu sonhar um homem perfeito em todos os aspectos e depois trazê-lo ao mundo real. Doidera total.

“A Biblioteca de Babel” é outro conto extraordinário e repleto de metáforas em que o universo é equiparado a uma biblioteca. Os habitantes dessa biblioteca procuram, durante suas vidas, um significado para a existência da biblioteca, da ordem e do conteúdo dos livros. Angustiados por um ambiente injustificado, misterioso e confuso, o narrador afirma que alguns se suicidaram por não conseguirem encontrar significado nos livros da biblioteca.

Indico também os contos “Pierre Menart, autor do Quixote”, “O jardim das veredas que se bifurcam” e “Tema do traidor e do herói”. Fantástico!


site: https://jornadaliteraria.com.br/ficcoes/
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Re Vitorino 30/12/2022

Um deleite
Ainda que curto, é um livro de longa leitura pois a cada conto é necessário contemplar o teto, digerir os detalhes e repetir o quanto Borges e genial. As histórias se amarram em si mesmas e algumas são tão bem construídas e imersivas que mais de uma vez quase abri o Google para obter alguma informação completar sobre uma cidade ou um povo mencionado de forma tão despretensiosa e crível que me fazia esquecer que lia "ficções".
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Lukas 10/01/2023

Ótimos Contos
É um livro de contos muito bem escrito. Eu gostei do tom de mistério que os primeiros carregaram, não vou negar que alguns dos contos não foram tão bons quanto os primeiros. Porém num geral a obra tem uma qualidade muito boa, até pela criatividade de alguns, que tem temas que eu pessoalmente única havia imaginado, como o que fala de Dom Quixote.
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Grasi 13/01/2023

Ah, Borges!
Contos magníficos, muitas frases marcadas neste livro.
Borges relata diversas histórias e algumas com plot twists impressionantes.
Amei, favoritado com certeza
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Alan Furiati 15/01/2023

Borges perdido no labirinto de sua erudição, de um labirinto feito de solidão, conceitos, livros e ideias. Seus personagens se perdem também nesse labirinto, mas cada um tem seu próprio labirinto.
Dividido em duas parte, mas como em um espelho adulterado as duas partes se refletem, mas não perfeitamente.
A primeira mais complexa, Borges usa mais de simbologias e fala sobre o ciclo da existência.A segunda parte Borges busca falar sobre o burlesco da rotina do homem, da magia em seu dia a dia, do homem que anda carregando nas costas todo o seu passado.

El presente era casi intolerable de tan rico y tan nítido.
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Felip_ 17/01/2023

Radicalmente universal
Esse livro mudou a minha vida e o modo de pensar a literatura. Com grande conversa com tudo que veio antes, Borges nos apresenta essa coleção de contos como imbricações de outras ficções, uma ficção em aberto, em debate, como se realmente existisse. Borges se apresenta de forma universal, conversando com o mundo inteiro, mostrando que não há grandes mudanças fundamentais entre os povos quando se fala de imaginário. Radicalmente universal, mesmo sendo latino americano, a gente tão fadado ao regionalismo.
Os contos que mais me chamaram a atenção são os que tem formato de ensaio ou até mesmo de um artigo de coisas inexistentes, de livros que não existem, de autores inventados, realmente fantástico esse livro. Tudo, nem sei dizer qual é o meu favorito apenas dizer que eu adorei, LEIAM.
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