Ficções

Ficções Jorge Luis Borges




Resenhas - Ficções


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Stella F.. 20/03/2018

Nova experiência
Primeiro Borges lido. Tinha um certo medo e não era sem razão. Achei muito difícil principalmente o primeiro conto. Depois fui acostumando com a linguagem. Mas não estava satisfeita e recorri a uma booktuber que tinha um projeto #lendoficçóes e foi bastante esclarecedor. Estou agora relendo cada um para tentar entender melhor e tirar proveito. Sei que não é resenha, é apenas um relato.da minha dificuldade de leitura mas achei importante fazê-lo.
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luizrantunes 07/06/2024

Explorando Borges: Gostos e Dilemas
Me senti culpado ao terminar de ler este livro e perceber minha falta de referências. Ao buscar outras resenhas, vi que não estava sozinho nessa.

Posso ser sincero: gostei do pouco que entendi, mas não gostei do que não compreendi. Não sei se a maturidade literária me trará uma futura compreensão desta obra ou se simplesmente o gênero não se encaixa comigo. Que dilema!

Reforço que os contos não são ruins. Indiretamente, Borges me fez entender que não precisamos e não somos obrigados a gostar de tudo.
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Eduardo 11/12/2013

Uma obra prima do Mestre Argentino
Ficções, é uma coletânea de contos do autor argentino Jorge Luis Borges. Borges, dividiu este livro em duas partes intituladas "O Jardim das Veredas que se bifurcam" e "Artifícios". Com mais uma prova de sua brilhante maestria, o escritor nos presenteia com mais uma compilação de excelentes contos.
A erudição mostra o alto grau intelectual de Borges, revelando toda sua capacidade criativa. Os contos - em alguns momentos - revelam algumas interligações sutis, que demonstram a quase perfeição da escrita do autor.
O caráter fantástico e metafísico de alguns contos do livro tornam tudo mais interessante. Discussões sobre Deus, o tempo e o espaço prendem a atenção do leitor. Em alguns momentos Borges cria reflexões e discussões que beiram a digressões, mas tudo aparenta ter um sentido bem construído, o que dá uma beleza especial aos contos.

Um escritor que merece ser lido. Sua obra redefiniu toda a literatura latina, bem como a mundial e não por acaso. O talento único de Borges pode ser lido em cada linha vertida nas cento sessenta e oito páginas deste trabalho. Incríveis cento e sessenta e oito páginas!
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Leiliane R. Falcão 12/11/2018

Dificílimo
Ao contrário do outro livro de Borges que li, O Livro de Areia, cuja experiência de leitura foi deliciosa e extremamente marcante, o Ficções infelizmente não me proporcionou a mesma sensação. Foram meses lendo e relendo os contos desse livro, e ainda assim sinto que não entendi muita coisa da história. O demérito não é, de forma nenhuma do escritor. Eu sinto que ainda me falta maturidade literária para de fato entrar no clima e entender este livro. De toda forma, a escrita de Borges é extremamente bem construída. Suas frases mais simples são de uma beleza ímpar. Uma pena que eu tenha penado tanto para entender o enredo.
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marcosm 28/02/2016

Para ler e reler
Um livro sem dúvida muito interessante e que merece uma releitura. Achei a primeira parte muito abstrata, de difícil interpretação, bem 'viagem'. Mesmo assim, os temas são densos e bem trabalhados, sem, é claro, muitas explicações. A segunda, Artifícios, gostei bem mais, é mais acessível, mas não menos densa. Alguns temas são recorrentes; morte, realidades alternativas, o tempo. A compreensão desses textos requer várias leituras, e dada a habilidade do Borges com as palavras e os temas que aborda, cada uma delas será bem prazerosa.
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Christian Rosa 08/05/2014

Às vezes me pego retornando a esse livro, seja relendo contos inteiros ou rememorando curtas e memoráveis passagens. Sem dúvida singular contribuidor à Literatura Fantástica, Borges é conhecido por tecer contos repletos de labirintos, tigres, espelhos e jogos geométricos. Nas palavras de Ítalo Calvino, era o escritor do cristal. Seus temas incluem a memória, o esquecimento, a limitada percepção humana, a literatura, o caráter caótico que permeia a realidade. Algumas vezes se apresenta com muito bom humor, como no irônico "Pierre Menard, Autor do Quixote"; em "Funes, o Memorioso", tomamos conhecimento de um homem cuja percepção e memória eram sobre-humanas; em "As Ruínas Circulares", um jogo caleidoscópico de irrealidade, de sonhos que sonham sonhos se apresenta a nós, que não deixa de parecer refletir a intertextualidade da Literatura. Também se destaca a diluição entre o ensaio e ficção, a especulação filosófica fantástica. Subverte as noções do real, adicionando notas e inventando livros. Sua prosa, escrita em elegante estilo, ainda que apresente prodígios, é lógica, racional, e nem por isso menos espantosa. O rigor com a palavra, as expressões cunhadas, tudo é tão bem construído que sempre nos convida à releitura. Não é um autor fácil de início: Borges exige a participação do leitor na construção dos sentidos. Erudito, tem gosto pelas citações e demonstra um domínio literário admirável. A reflexão e releitura são essenciais para melhor aproveitar o livro.
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Everton Vidal 03/01/2014

Comecei sem muitas expectativas, Borges tinha me parecido pesado quando tentei lê-lo tempos atrás. Mas agora nas primeiras linhas de "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius" já fiquei cativo. Terminei o livro com a sensaçao de ter presenciado o bigband, é talvez, o melhor livro latinoamericano já escrito. Sao contos geniais, engenhosos, magistrais, alguns como "La biblioteca de Babel", "funes el memorioso", "la forma de la espada", "tema del traidor y del heroe", "el milagro secreto"... contêm muitos e muitos livros em si, num universo novo (o borgiano) que se abre e se fecha e se abre numa corrente de imaginaçao e engenho.

Eu gostaria de ter a habilidade (e o tempo) pra escrever uma resenha digna da genialidade, profundidade intelectual e inquietude metafísica de Borges.
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Henrique 10/04/2013

Literatura filosófica: quando o pensamento se torna um fenômeno estético.
A influência filosófica nos escritos de Borges é latente. O próprio autor assume o papel importante que os pensamentos filosóficos desempenham em seus escritos. Em Ficções, a fusão literatura-filosofia chega ao seu ápice com a letra borgeana. Os temas principais do escritor argentino estão presentes na sua mais alta formatação nesta obra: a metafisica, o universo, a inexorabilidade da vida, a negação da liberdade, o outro. É o tratamento estético desse tipo de indagação filosófica que confere a originalidade de Borges, o argentino faz menos revestir o pensamento filosófico com uma camada estética, do que fazer do pensamento a matéria prima da expressão da beleza, ou seja, em Borges, a intelectualidade não é trajada com a beleza, mas sim se converte no próprio belo. Borges traz ideias filosóficas como argumento para cada um dos dezesseis contos, a filosofia se torna bela, o belo chega ao seu mais alto grau - como imagina Platão - quando se torna intelectual. Platonicamente, Borges é a culminância do Belo. O leitor se deparará, em Ficções, com uma leitura com cadência lenta, é uma leitura serena, contemplativa, labiríntica por vezes, mas que faz você ler e reler; muitas vezes o leitor sentirá a necessidade de ler os contos novamente, não por incompreensão, mas sim para vislumbrar mais um dos vários sentidos que cada uma das peças carrega, para fazer um novo trajeto no labirinto de Borges. Ficções é um livro circular, isto é, para ler e reler infindáveis vezes, desde o primeiro conto isto fica explícito. Borges faz ficção da ficção, leva a ficção, portanto, até um nível mais profundo, guiando o leitor por todo o labirinto que não é apenas superfície, mas sim se divide em camadas diversas, este é o mote que constitui seus contos. Borges escreve ideias profundas em poucas linhas, a concisão de seu estilo espraia complexidades de modo simples sem deixar que percam seu vigor, sua escrita serve ao propósito estético de fazer o intelectual expressar o Belo. O leitor versado no pensamento idealista, na tese do tempo circular encontrada, por exemplo, em Nietzsche, terá uma compreensão assaz fecunda da obra. Em suma, Ficções é uma leitura ficcional como o próprio título deixa ver, mas é uma ficção intelectual, sem precedentes. É um livro inesgotável, predicado da eternidade, um livro eterno, destarte. O que Borges sempre buscou e tomou como ofício do escritor é concretizado em Ficções: a expressão da eternidade.
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Breno 17/01/2012

Excelente!
Ficções é um livro original em todos os aspectos.
A forma e o conteúdo de seus contos são inovadoras, extremamente criativas e bem construídas. Um dos melhores livros que conheço
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Alinde 06/02/2010

Engraçado que peguei esse livro na estante da minha mãe apenas pra ver o que afinal o Borges tem de gênio (tinha lido O informe Brodie e não tinha me convencido...). No final da leitura de quase todos os contos do livro, tinha que recolher meu queixo no chão. O livro é uma reunião de contos escritos na primeira metade do século passado sobre ficções inventadas pelo próprio Borges. Seria uma coletânea de resenhas, se os livros resenhados não fossem eles ficcionais. A escrita é brilhante, ora nos remetendo a hábitos de leitura diferenciados, ora realizando versões de ficções existentes, ora nos remetendo à paixão que todos nós, admiradores dos livros, temos por bibliotecas. E ainda nos faz pensar sobre noções de historicidade!
Um livro de um apaixonado por literatura para outros apaixonados. Brilhante. Brilhantemente escrito. Para ler e reler muitas vezes.
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musa 29/04/2009

excelente leitura em matéria de contos.!!!!!!
li os dois livros de borges,não consigo imaginar os dois separados .pois um complementa o outro o nível de excelência atingido por Borges nestas obras é altíssimo. são os melhores livros de contos escritos.
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Eduardo S 07/04/2009

Matemática
Borges trouxe à literatura uma espécie de precisão encontrada nas ciências exatas. Seu apuro linguistico, a narração unindo descrições de paisagens e impressões, as incertezas mascarando uma profunda erudição, enredam o leitor de forma única. "As Ruinas Circulares" é a estória inusitada de um fantasma; "A Loteria Em Babilônia" mostra um mundo de valores invertidos. "Tema do Traidor e do Herói" é uma estranha ode a Shakespeare. "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius" é a estória de uma civilização inteira, como só ele poderia criar. Estão nesses e em outros contos os temas recorrentes, como o espelho, o labirinto.
Uma obra impressionante.
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Biu.V 06/08/2009

O Jardim de Veredas que se Bifurcam...WOW!!!... Todo o livro é genial. Para quem tinha preconceito contra contos, Literatura Latino Americana e também a Jorge Luis Borges, após o terceiro conto todos os tabus se acabaram. Pré-determinismo ante Borges é completamente inválido.
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zaca 04/03/2009

O SUPRA-SUMO DA FORMA CONTO
Borges é, para mim, o maior contista de todos os tempos e este, seu maior livro, no qual ele exercita ao máximo sua literatura fantástica. Destaco vários contos: Ruínas Circulares, em que um homem descobre ser o reflexo de um sonho; Exame da Obra de Herbert Quain, com resenhas de livros fictícios; Funes, o Memorioso, que conta a estória de um homem que sofreu um acidente e adquiriu uma memória prodigiosa que, no entanto, revela-se inútil e causadora de insônia; O Sul, considerado por Borges como seu melhor conto, mostrando um cena gaúcha e o destino de um forasteiro;e, meu preferido, A Morte e A Bússola, uma história de detetive com final diferente e com o fantástico penetrando o cotidiano. A fala final do bandido: "Para a outra vez que o matar prometo-lhe esse labirinto, que consta de uma única linha reta e que é invisível,incessante."
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