Ficções

Ficções Jorge Luis Borges




Resenhas - Ficções


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Eduardo S 07/04/2009

Matemática
Borges trouxe à literatura uma espécie de precisão encontrada nas ciências exatas. Seu apuro linguistico, a narração unindo descrições de paisagens e impressões, as incertezas mascarando uma profunda erudição, enredam o leitor de forma única. "As Ruinas Circulares" é a estória inusitada de um fantasma; "A Loteria Em Babilônia" mostra um mundo de valores invertidos. "Tema do Traidor e do Herói" é uma estranha ode a Shakespeare. "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius" é a estória de uma civilização inteira, como só ele poderia criar. Estão nesses e em outros contos os temas recorrentes, como o espelho, o labirinto.
Uma obra impressionante.
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Lucas Rufino 20/01/2020

Esperava mais
Me falaram muitíssimo bem deste livro porém houve apenas 2 contos que eu gostei, que foram a Loteria da Babilônia e a Biblioteca de Babel. Porém ainda sim recomendo a leitura exclusivamente por esses dois contos pois os mesmos são excelentes.
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Eduardo 11/12/2013

Uma obra prima do Mestre Argentino
Ficções, é uma coletânea de contos do autor argentino Jorge Luis Borges. Borges, dividiu este livro em duas partes intituladas "O Jardim das Veredas que se bifurcam" e "Artifícios". Com mais uma prova de sua brilhante maestria, o escritor nos presenteia com mais uma compilação de excelentes contos.
A erudição mostra o alto grau intelectual de Borges, revelando toda sua capacidade criativa. Os contos - em alguns momentos - revelam algumas interligações sutis, que demonstram a quase perfeição da escrita do autor.
O caráter fantástico e metafísico de alguns contos do livro tornam tudo mais interessante. Discussões sobre Deus, o tempo e o espaço prendem a atenção do leitor. Em alguns momentos Borges cria reflexões e discussões que beiram a digressões, mas tudo aparenta ter um sentido bem construído, o que dá uma beleza especial aos contos.

Um escritor que merece ser lido. Sua obra redefiniu toda a literatura latina, bem como a mundial e não por acaso. O talento único de Borges pode ser lido em cada linha vertida nas cento sessenta e oito páginas deste trabalho. Incríveis cento e sessenta e oito páginas!
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Diego 29/08/2019

A leitura de Borges é uma experiência transformadora em literatura
A prosa de Borges não é fácil de se ler. Já vou avisando o leitor muito jovem ou pouco fluente. Mas não se assuste; insista. A experiência é única e transformadora. É literatura no que ela pode fazer de melhor com a gente: elevar-nos a lugares fantásticos, surpreendendo-nos e, no fim, transformar-nos.

O que marca na prosa borgeana é a erudição absurda de um homem que começou a ler compulsivamente aos quatros anos de idade (usufruindo da vasta biblioteca de seu pai). As frases curtas, quase enigmáticas, também nos obrigam a uma leitura mais atenta e criteriosa muitas vezes. Borges não se lê correndo! Fica a dica. Essas poucas 189 páginas foram lidas em longos sete dias... Isso porque às vezes a "digestão" de um conto não lhe permite seguir imediatamente ao próximo. Você vai ver. Depois de terminar a leitura de "Biblioteca de Babel", como ler ou pensar em outra coisa?!

Temas recorrentes: labirintos, livros e espelhos. São símbolos (alegorias) prediletas na obra borgeana e são usados diversas vezes.

Você vai encarar a ficção de outra forma depois de Borges. Vai perceber como em pouquíssimas páginas (de um texto denso e quase que uma prosa-poesia) um argentino aborda questões filosóficas, metafísicas, religiosas e humanas de maneira tão profunda -- usando-se com tal maestria da técnica do conto que será inevitável compará-lo com outros autores no mesmo gênero (e vê-los perder, claro).

Leia sem pressa. Leia até de voz alta, se der vontade. Deleite-se.

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Leiliane R. Falcão 12/11/2018

Dificílimo
Ao contrário do outro livro de Borges que li, O Livro de Areia, cuja experiência de leitura foi deliciosa e extremamente marcante, o Ficções infelizmente não me proporcionou a mesma sensação. Foram meses lendo e relendo os contos desse livro, e ainda assim sinto que não entendi muita coisa da história. O demérito não é, de forma nenhuma do escritor. Eu sinto que ainda me falta maturidade literária para de fato entrar no clima e entender este livro. De toda forma, a escrita de Borges é extremamente bem construída. Suas frases mais simples são de uma beleza ímpar. Uma pena que eu tenha penado tanto para entender o enredo.
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musa 29/04/2009

excelente leitura em matéria de contos.!!!!!!
li os dois livros de borges,não consigo imaginar os dois separados .pois um complementa o outro o nível de excelência atingido por Borges nestas obras é altíssimo. são os melhores livros de contos escritos.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

Hermético, Erudito E Genial
Publicado em 1944, "Ficções" reúne uma série de dezessete contos do argentino Jorge Luis Borges (1899-1986) nos quais o leitor se depara com um narrador que com coerência expõe suas considerações sobre o universo, abordando temas como a natureza ilusória da realidade, a lei causal e a relação espaço-tempo. Esses textos apresentam desde um assassinato até uma fantasia cristológica, mas sempre se encaminham para uma explicação transcendental, despertando a atenção pelo rigor da construção do enredo e um inesperado humor.

O conto mais conhecido é "A Biblioteca de Babel", fonte de inspiração para inúmeros livros como "O Nome da Rosa" de Umberto Eco e a tetralogia "O Cemitério dos Livros Esquecidos" de Carlos Ruiz Záfon. Nele, o universo é comparado a uma gigantesca biblioteca que abriga todo o conhecimento humano em seus livros, sendo impossível ordenar ou dar um sentido para eles. Apontando para inexistência de Deus, hoje em dia, a obra também é encarada como uma metáfora premonitória sobre a Sociedade da Informação. Por sinal, em outra narrativa, "Funes, o Memorioso", o escritor volta a lidar com a ideia, ao apresentar um jovem que possui uma memória enciclopédica, mas absolutamente inútil.

Outra conto curioso é "O Jardim de Caminhos que se Bifurcam". Tendo como palco a Primeira Guerra, narra a história de um espião chinês, a serviço da Alemanha, em vias de ser capturado em solo britânico. Dessa vez, Borges exibe a ideia da existência de universos paralelos, contrariando a existência do tempo único e absoluto. Essa questão só seria teoricamente resolvida quase duas décadas depois através de uma complexa teoria matemática formulada pelo físico Hugh Everett.

Para finalizar, logo no início do conto "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius" é mencionado o projeto de um romance na primeira pessoa cujo narrador omitisse ou desfigurasse os fatos e incorresse em diversas contradições que permitissem a poucos leitores adivinhar a realidade. Segundo alguns estudiosos, Nabokov partiu dessa sugestão para criar "Lolita" e "Fogo Pálido".

Hermética, erudita e genial, "Ficções" é uma leitura desafiadora. Não é por acaso que é considerado um dos mais importantes livros do século XX.
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Alinde 06/02/2010

Engraçado que peguei esse livro na estante da minha mãe apenas pra ver o que afinal o Borges tem de gênio (tinha lido O informe Brodie e não tinha me convencido...). No final da leitura de quase todos os contos do livro, tinha que recolher meu queixo no chão. O livro é uma reunião de contos escritos na primeira metade do século passado sobre ficções inventadas pelo próprio Borges. Seria uma coletânea de resenhas, se os livros resenhados não fossem eles ficcionais. A escrita é brilhante, ora nos remetendo a hábitos de leitura diferenciados, ora realizando versões de ficções existentes, ora nos remetendo à paixão que todos nós, admiradores dos livros, temos por bibliotecas. E ainda nos faz pensar sobre noções de historicidade!
Um livro de um apaixonado por literatura para outros apaixonados. Brilhante. Brilhantemente escrito. Para ler e reler muitas vezes.
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Stella F.. 20/03/2018

Nova experiência
Primeiro Borges lido. Tinha um certo medo e não era sem razão. Achei muito difícil principalmente o primeiro conto. Depois fui acostumando com a linguagem. Mas não estava satisfeita e recorri a uma booktuber que tinha um projeto #lendoficçóes e foi bastante esclarecedor. Estou agora relendo cada um para tentar entender melhor e tirar proveito. Sei que não é resenha, é apenas um relato.da minha dificuldade de leitura mas achei importante fazê-lo.
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Bruninha Silva 28/03/2011

O livro me surpreendeu muitíssimo! Era muito curiosa por Borges devido a ótimas recomendações, mas não pensava que fosse aquilo...
Comecei a ler o primeiro conto e não estava entendendo muito bem: tinha umas passagens geniais, mas enfim, não tinha visto brilho em quase nada. Porém, quando o conto acabou fiquei boquiaberta.
Depois que me acostumei à escrita do autor, só conseguia achar tudo muito genial, muito magnífico e diferente de quase tudo que já tive contato em minha vida. Os desfechos, as idéias,a inimaginável criatividade do autor me conquistaram, e ouso dizer que os contos me apresentaram a perspectivas ainda não imaginadas por mim.
Maravilhoso!
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Breno 17/01/2012

Excelente!
Ficções é um livro original em todos os aspectos.
A forma e o conteúdo de seus contos são inovadoras, extremamente criativas e bem construídas. Um dos melhores livros que conheço
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marcosm 28/02/2016

Para ler e reler
Um livro sem dúvida muito interessante e que merece uma releitura. Achei a primeira parte muito abstrata, de difícil interpretação, bem 'viagem'. Mesmo assim, os temas são densos e bem trabalhados, sem, é claro, muitas explicações. A segunda, Artifícios, gostei bem mais, é mais acessível, mas não menos densa. Alguns temas são recorrentes; morte, realidades alternativas, o tempo. A compreensão desses textos requer várias leituras, e dada a habilidade do Borges com as palavras e os temas que aborda, cada uma delas será bem prazerosa.
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Christian 08/05/2014

Às vezes me pego retornando a esse livro, seja relendo contos inteiros ou rememorando curtas e memoráveis passagens. Sem dúvida singular contribuidor à Literatura Fantástica, Borges é conhecido por tecer contos repletos de labirintos, tigres, espelhos e jogos geométricos. Nas palavras de Ítalo Calvino, era o escritor do cristal. Seus temas incluem a memória, o esquecimento, a limitada percepção humana, a literatura, o caráter caótico que permeia a realidade. Algumas vezes se apresenta com muito bom humor, como no irônico "Pierre Menard, Autor do Quixote"; em "Funes, o Memorioso", tomamos conhecimento de um homem cuja percepção e memória eram sobre-humanas; em "As Ruínas Circulares", um jogo caleidoscópico de irrealidade, de sonhos que sonham sonhos se apresenta a nós, que não deixa de parecer refletir a intertextualidade da Literatura. Também se destaca a diluição entre o ensaio e ficção, a especulação filosófica fantástica. Subverte as noções do real, adicionando notas e inventando livros. Sua prosa, escrita em elegante estilo, ainda que apresente prodígios, é lógica, racional, e nem por isso menos espantosa. O rigor com a palavra, as expressões cunhadas, tudo é tão bem construído que sempre nos convida à releitura. Não é um autor fácil de início: Borges exige a participação do leitor na construção dos sentidos. Erudito, tem gosto pelas citações e demonstra um domínio literário admirável. A reflexão e releitura são essenciais para melhor aproveitar o livro.
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Everton Vidal 03/01/2014

Comecei sem muitas expectativas, Borges tinha me parecido pesado quando tentei lê-lo tempos atrás. Mas agora nas primeiras linhas de "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius" já fiquei cativo. Terminei o livro com a sensaçao de ter presenciado o bigband, é talvez, o melhor livro latinoamericano já escrito. Sao contos geniais, engenhosos, magistrais, alguns como "La biblioteca de Babel", "funes el memorioso", "la forma de la espada", "tema del traidor y del heroe", "el milagro secreto"... contêm muitos e muitos livros em si, num universo novo (o borgiano) que se abre e se fecha e se abre numa corrente de imaginaçao e engenho.

Eu gostaria de ter a habilidade (e o tempo) pra escrever uma resenha digna da genialidade, profundidade intelectual e inquietude metafísica de Borges.
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