Ficções

Ficções Jorge Luis Borges




Resenhas - Ficções


172 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12


CrisVieira~ 07/11/2021

Um Jardim Sem Nome...
Sinceramente, eu apenas decidi ler este livro por causa do conto 'O Jardim dos Caminhos Que Se Bifurcam' (e me surpreendi com a qualidade dos demais contos deste livro. Borges realmente merecia o Nobel de Literatura!) que foi indicado pelo escritor Italo Calvino na maravilhosa obra 'Seis Propostas Para o Próximo Milênio'. Na verdade, cada uma das Propostas de Calvino nos leva à leitura de livros com os quais talvez jamais tivéssemos tido contato se não fosse a obra de Calvino. E o mais interessante é que este autor indicou a leitura de 'Seis Passeios pelos Bosques da Ficção', do escritor Umberto Eco, o qual, em contrapartida, também indica uma das obras que mais amo na vida de Italo Calvino: 'Se Um Viajante em Uma Noite de Inverno'.
Foi uma jornada a leitura destes livros ao longo deste ano e no fim do anterior que me surpreendeu, por terem sido leituras riquíssimas de um Saber e erudição acessível e admirável da parte destes autores, e que felizmente, eu encerro naquele Jardim, que não possui explicação sobre qual seria, mas que nos envolve e que rege nossas vidas como um relógio invisível e sempre presente.
Tem de ler esta obra para descobrir o que seria este 'Jardim'...
Foi um TEMPO glorioso na companhia destes livros tão soberbos que eu indico aos fãs destes autores: Borges, Eco e, principalmente, Calvino - que iniciou esta "brincadeira" de leituras como uma caça ao coelho -; mas que também recomendo àqueles que sempre estão à caça de livros ocultos em outros livros; os quais apenas parecem ter sido criados para nos enriquecerem com a descoberta destas pérolas de conhecimento sobre Escrita, Livros e mesmo a Vida.
E o prazer da leitura? Isto é por nossa conta, leitoras e leitores!
comentários(0)comente



Marcos 12/11/2021

Não é fácil, mas vale a pena
Ficções é um livro de fantasia que contém vários contos ficcionais, tendo isso em mente deve-se considerar os símbolos chaves para os contos: labirinto, espelho, círculo, punhal, etc. Cada símbolo possui um significado, o círculo por exemplo representa a repetição enquanto que o espelho representa o infinito. Ao menos foi essa a interpretação que tive de tais símbolos, mas recomendo buscar os peritos nos Youtube. O primeiro conto, Tlon, Uqbar, Orbis Tertius, se torna a introdução ao universo borgiano. As leis de Tlon regem não só esse primeiro conto, mas todos os outros que vem a seguir através dos símbolos chave. As reflexões proporcionadas por esse livro possuem cunho filosófico/psicológico/sociológico, uma vez que trazem reflexões sobre nossa existência, sobre a moral e sobre nossa sociedade. Essa foi a mimha interpretação do universo borgiano, qual a sua?
comentários(0)comente



Luh 12/11/2021

Desafiador e maravilhoso
Esse livro é de uma inteligência absurda... Se você não tem uma bagagem literária sólida, como eu, vai encontrar certa dificuldade na leitura dos contos. Para ajudar na interpretação indico a série de vídeos sobre o livro da Aline Aimee no YouTube. Foi a partir da análise dela que pude perceber mais claramente como Borges é sensacional e extremamente inteligente, como suas metáforas são bem construídas e como as suas filosofias são de uma sagacidade absurda.
comentários(0)comente



Gisele 19/11/2021

Algumas histórias de leitura muito cansativa, arrastadas. Vale a leitura por tudo que Borges trouxe para a literatura distópica.
comentários(0)comente



Titi 19/11/2021

A literatura permite imaginar sem restrições. E Borges em ficções foi hábil nisso, o livro todo me cativou, eu oi ele relativamente rápido, porque todos os contos, apesar de cheios de informações, são muito cativantes. O estilo de escrita e a genialidade desse louco com certeza estarão guardados na minha mente.
comentários(0)comente



yascosta 10/01/2022

não deu muito certo pra mim. as narrativas fantásticas envolvem temas que sempre retornam a guerras, bibliotecas e labirintos ficando um tanto quanto repetitivo

não dá porém pra negar a habilidade clara que borges tem com a escrita. de forma geral, se diferencia de todos os autores que já li por sua temática e estilo de escritas serem bem específicas.

das 16 partes, gostei de 6. as ruínas circulares, três versões de judas iscariote e tema do traidor e do herói foram as melhores, e sinceramente? brilhantes. me aventuraria por outra obra de borges? muito cedo pra dizer
comentários(0)comente



thamyres 26/01/2022

livros de contos nunca me chamaram atenção mas borges conseguiu com seus ensaios sobre livros e autores imaginários, com a sua filosofia e misticismo, sua fantasia e sua realidade, com seu tom seco que foi gradativamente se transformando em paixão... tudo.
comentários(0)comente



Valter.Guedes 29/01/2022

A arte do sonho.
Borges, um poeta introspectivo do século 19 caminhou trôpego e sereno pelo século 20, o século da máquinas grosseiras e das cinzas. Parece pesar a lama em seus sapatos finos enquanto caminha guiado por sua bengala, recriando a cada passo uma nova vida inteira em que o fantástico que dele se afasta é arrastado para ele quando Borges aceita ser o que era, um oráculo. Ainda que cercados por multidões de fieis, todo protagonista de seus contos se encontra sozinho, mesmo entre seus pares.

Seja em um quarto de pensão em que espera o disparo na nuca, seja sentado diante de uma cadeira em alguma biblioteca na qual em uma enciclopédia encontra um verbete que faz referência a um continente perdido, o protagonista é sempre alguém sozinho em seu mundo, por ser o centro de seu mundo sonhado.

Borges tornou sua cegueira, sua solidão, sua voracidade mágica em seu labirinto e o mobiliou com seu passado fantasiado de criança. Um homem perdido entre sombras, mas que as conheceu muito bem.

comentários(0)comente



Carolina Del Puppo 07/02/2022

Um verdadeiro mestre
Olha eu amei de mais, me identifiquei tanto com esse autor, seus pensamentos, suas ideias, apesar de as vezes não compreender uma coisa ou outra, mas valeu muito a pena.
comentários(0)comente



Lucília 08/02/2022

Um labirinto que te faz voltar ao início do texto.
Ficções é uma coletânea de textos e de início achei a leitura super difícil. No primeiro conto parecia que eu estava lendo um texto científico quando na verdade só queria literatura. No entanto, os textos seguintes realmente me surpreenderam, por serem rápidos, profundos e sempre me fazendo voltar a seu início para captar algo que achava que tinha deixado passar. Borges fala de livros e lugares fictícios com tanta verossimilhança que não parece que estamos lendo ficção. Ele faz muitas alusões a ideia do labirinto. E de fato seus textos são como labirintos e você se pega dando voltas e voltas nas ideias e no próprio texto, caindo na tentação de relê-lo antes de chegar a seu término. E sempre há uma sensação de perplexidade no fim, para recomeçar com o próximo conto. Maravilhoso.
comentários(0)comente



Gabriel 10/02/2022

Realmente genial, não há o que discutir. Borges é no fundo um brincalhão, joga conosco o tempo todo. Usa da metafísica e suas próprias obsessões e erudição pra criar um universo. Não há um endosso desses interesses, mas sim uma ficção por cima deles. Existem vários signos nos contos e nada está ali por acaso. Entendo quem não se identifique, pois vários contos só fazem sentido se o leitor tiver um conhecimento prévio de muitos assuntos (inclusive há um intenso diálogo entre eles). São contos que dão nó na cabeça, mas que no final vale a pena. Para os que não leram sugiro que antes ou durante a leitura conheçam a figura de Borges para ter uma melhor experiência.
comentários(0)comente



Lucas 06/03/2022

A realidade possui uma essência onírica
Ficções, é um livro composto por 16 contos. Dividido em duas partes, a primeira, o jardim de veredas que se birfurcam, e a segunda, artifícios. Os contos são sobre assuntos diversos e que possuem tipologias diversas. Tentando fazer uma interseccionalidade nestes 16 contos, ficções, é sobre o humano, a civilização, o divino, a comunicação entre estas instâncias, seus significados e as narrativas geradas destes aspectos. Repleto de figuras e conceitos tais quais espelhos, labirintos, memória, eternidade e o tempo. Borges escreve sobre a percepção e a realidade.

?Os espelhos e a cópula são abomináveis, porque multiplicam o número de homens.?

?Queria sonhar um homem: queria sonhá-lo com integridade minuciosa e impô-lo à realidade.?

?Desvario trabalhoso e empobrecedor o de compor vastos livros; o de espraiar em quinhentas páginas uma ideia cuja perfeita exposição oral cabe em poucos minutos?.
comentários(0)comente



Ana Bellot 19/05/2022

Apenas Borges
Genialidade definem esses contos. Podem parecer confusos no inicio mas insista! Você merece essa leitura.
comentários(0)comente



Glauber 01/06/2022

Não li o livro em um bom momento e acho que isso contribuiu para que nenhum conto me prendesse na leitura ou que eu tivesse alguma memória
comentários(0)comente



Tiago Mujica 04/06/2022


Li quando era mais garoto vários contos do Borges e conforme fui envelhecendo, eu os reli e curioso que sempre que os relia entendia algo diferente da história, as reinterpretava e encontrava novos significados para o texto. Não sei se não era um leitor muito atento na época, ou se existe realmente essa magia nesses contos.

Borges era um fascinado pelo tema do labirinto perfeito que englobaria o Todo numa espécie de repetição infinita, numa infinidade de variantes. Tudo isso deixa o leitor atordoado e imóvel no olho da tempestade. “Ficções” também está imbuído de uma forte poesia melancólica que torna cada conto atemporal.
Borges leu tudo, sua imaginação fértil alimentada por suas leituras abundantes de tudo que chegava às suas mãos (literatura ocidental, oriental...), suas metáforas e seu simbolismo aberto a todas as interpretações, sua maneira original de nos levar a refletir, imaginar, examinar, buscar para descobrir, abrir novos caminhos para nós. Encontrei também ali, o homem labiríntico que é Borges, que conduz o leitor por onde ele jamais poderia ter entrado! Para ler este livro pequenino, é preciso uma referência rica, é preciso se adaptar ao estilo de Borges, a toda essa informação histórica (mais mitológica), científica (matemática). Além disso, Borges é o homem no espelho, um mundo tem seu duplo. E este ad infinitum; o mundo da biblioteca, o homem e o seu duplo de sonho, o real e o imaginário, o destino e o acaso.

Borges é o homem da biblioteca, o seu livro é uma hábil mistura de todos os escritos universais mas também das enciclopédias que consultava. As peças (porque não podemos nomeá-las ou classificá-las) que esta coleção reúne são variadas e originais (em termos de forma e conteúdo). Borges, que defende a releitura, apresenta-nos uma obra a ser relida interminavelmente. Porque essas peças são como vidro pulverizado que mostra um reflexo diferente toda vez.

Se Kafka queria (entre outras coisas) representar o mundo transformando-o em sonho (ou pesadelo), Borges queria recriar o mundo que não verá mais, por causa de sua cegueira.

“A Biblioteca de Babel” e “Pierre Ménard, autor de Dom Quixote”, me destacam particularmente entre os contos presentes nas Ficções. Ambos os contos apresentam caricaturas irônicas que simbolizam o absurdo e a vaidade absoluta da busca frenética do conhecimento em que nossa civilização atualmente parece se encaminhar. Também apreciei muito a luta pela liberdade expressa em vários contos, incluindo “Tlön, Orbis Tertius” e especialmente “A Loteria da Babilônia”.
Um leitor precisa conhecer certas informações precisas, apenas para captar o sentido do que é expresso e a impressão que deve emergir dele, e é à palavra que Borges sempre lhe dá a medida certa. Obviamente, é possível que a mensagem não chegue a alguns, mas todas as chances serão disponibilizadas para eles, a fim de manter sua atenção e interesse em seus níveis máximos.

comentários(0)comente



172 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR