Mauricio 07/01/2024Haja imaginaçãoJá tinha ouvido falar, mas soube melhor desse livro numa daquelas palestras corporativas ministradas pelo Silvio Meira, no caso sobre transformação digital, termo muito em voga no mundo empresarial atualmente. Não lembro se ele disse que esse foi o melhor ou um dos melhores livros que ele já leu na vida. Pois bem, fui eu comprar a versão digital e ler, pra saber qual era a desse tal de Mochileiro das Galáxias...
O livro é totalmente sem pé nem cabeça. Trata-se de uma viagem inter espacial protagonizada por Arthur Dent e Ford Perfect, onde o autor usa de todo tipo de criatividade para apresentar diversos planetas, seres, naves, cenários e situações, completamente surreais e inusitadas, tanto que precisamos exercitar muito a imaginação para entender. No meio desse entedo maluco, o autor, Douglas Adams vai apresentando algumas definições do Guia dos Mochileiros, ou personagens onde há um paralelo com coisas da nossa vida mundana, como os funcionários públicos, a existência de Deus, o sentido da vida, a burocracia, a imprensa, o marketing, os robôs, o sucesso, entre outros temas. São essas as partes mais interessantes e engraçadas e de onde podemos tirar as opiniões que o próprio autor quis passar sobre esses temas. Interessante também que os computadores e a inteligência artificial são descritos com tamanha concordância com o que estamos vivendo hoje que nem parece que o livro foi escrito em 1979. A despeito desses fatores, não achei o livro tão bom assim, a leitura é bem complicada por conta dessa imaginação fértil, mas não chega a ser desagradável. Minha recomendação é, se for ler, leia sem se preocupar em imaginar todos os cenários e situações do texto, pois isso sim é quase impossível, se concentre nessas várias mensagens inter galáticas que podem ser codificadas para o nosso querido globo terrestre e nossa querida humanidade.