Mariana 26/05/2020a Razão, naquele exato momento, estava tomando um cafezinhoScifi best-seller né amoures, não tem muito o que dizer. Leitura fácil, bobinha, com humor que te conquista, personagens estereotipados, autor nerd e fã de Bob Dylan.
Gostei da ideia de que a raça humana é bastante pretensiosa porém no fim das contas infeliz e com um cérebro pouco desenvolvido. Achei cômico os ratos serem os cérebros mais inteligentes da Terra, e que na verdade os humanos é que são objetos de um experimento. Muito legal também o pragmatismo/ceticismo em relação às grandes questões do Universo (quem somos? de onde viemos? para onde vamos?):
"Talvez eu esteja velho e cansado, mas acho que a probabilidade de descobrir o que realmente está acontecendo é tão absurdamente remota que a única coisa a fazer é deixar isso pra lá e simplesmente arranjar alguma coisa pra fazer."
Pessoalmente, não achei o humor do livro dos melhores, mas acho que isso é questão de gosto. Tem muita piada nerd e alguns comentários levemente sexistas. Num geral me lembrou um pouco o humor non-sense de The Sims. A tradução do inglês direto pro carioquês ("sacou?") também não ajuda.
"essa história de idealismo, de dignidade da pesquisa pura, da busca pela verdade em todas as suas formas, está tudo muito bem, mas chega uma hora que você começa a desconfiar que, se existe uma verdade realmente verdadeira, é o fato de que toda a infinidade multidimensional do Universo é, com certeza quase absoluta, governada por loucos varridos."
A ideia de um computador 50 milhões de vezes mais inteligente que humanos ser um personagem deprimido e entediado foi uma boa sacada. E de outro computador se suicidar ao ouvir uma concepção sobre o universo também. Não foi o melhor livro que li na vida, mas gostei do deboche.