Ouro, Fogo & Megabytes

Ouro, Fogo & Megabytes Felipe Castilho




Resenhas - Ouro, Fogo & Megabytes


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Nat 04/12/2015

Anderson Coelho tem 12 anos e é uma sensação no jogo Battle of Esgaroth, um MMORPG (Massive Multiplayer Online Role-Playing Game), ou simplesmente um jogo de interpretação de personagens online e em massa para múltiplos jogadores. Na verdade, Anderson é o segundo colocado no ranking do jogo, o primeiro deles é o tal de Esmagossauro. Quando, durante uma partida com seus amigos, um desconhecido entra em contato tentando oferecer ao menino um emprego. Após uma mal sucedida tentativa pelo telefone, Anderson deixa o assunto de lado. Pelo menos até uma aula estranha de educação física, quando ele é provocado a saltar o muro da escola para recuperar a bola perdida do jogo de futebol e dá de cara com uma criatura que Anderson nem ao menos sabe definir o que é. Ele leva três dias de suspensão na escola e não sabe como vai contar para os pais, até chegar em casa e encontrar a mãe e o pai conversando com um homenzinho muito esquisito, o mesmo que ligou para ele, que está ali para levá-lo até São Paulo para a final da Copa de Matemática da qual ele nunca participou. Pensando que seria uma boa saída para evitar explicar sobre a suspensão, ele aceita e acaba descobrindo sobre a Organização, uma ONG que quer impedir que um poderoso magnata consiga ir até o fim com seu plano maligno de destruição usando a Mãe D’Ouro, uma criatura de fogo muitíssimo rara e poderosa ligada ao fogo. O que eles querem de Anderson é que ele crie um vírus que invada o sistema da Rio Dourado, empresa do ricaço Wagner Rios. À medida em que os dias passam, Anderson conhece as criaturas do folclore e enquanto fica amigo de alguns como Zé, o caipora e Chris, algo como um lobisomem, ele também corre perigo ao enfrentar outras como a Cuca. Anderson descobre mais sobre a vida na Organização e de que forma o triste destino de um outro cara ligado em informática que já fez parte da ONG está ligado a tudo que está acontecendo. Mais ainda, ele se vê envolvido de forma definitiva nos acontecimentos que estão por vir.

Este é o tipo de livro que você pode escrever uma resenha de cinco páginas e mesmo assim vai ter certeza de que não irá falar o suficiente. Mas vamos lá. A-PAI-XO-NA-DA!!! É assim que defino a minha pessoa após ler esse livro maravilhoso do Felipe Castilho. A primeira vez que vi este livro, o que me chamou a atenção foi a capa. Depois que eu vi que o livro abordaria como o folclore brasileiro, a curiosidade piorou. Comprei logo, mas estava esperando uma chance aparecer para ler (sempre participo de desafios literários, então eu achava que não seria difícil encaixar o livro do Felipe em alguma categoria. A dificuldade mesmo foi esperar o tempo chegar :P )
O que eu não esperava mesmo é que a história fosse me prender como prendeu. Só larguei esse livro mesmo quando já estava caindo de sono, e às vezes ainda forçava. O livro tem muitos capítulos que são pequenos, o que facilitou pra mim (como já disse na resenha de O último reino, não gosto de capítulos grandes). O gênero da ficção fantástica é um dos meus favoritos desde sempre, e juntar essa fórmula a um enredo onde os personagens fazem parte do folclore brasileiro. O tema principal do livro é: a preservação da natureza, um assunto que não poderia ser mais atual. Essa luta constante do capitalismo conta a natureza, as modernidades contra o estilo mais simples de vida, a destruição contra a preservação, tudo isso são aspectos que Felipe trata de forma bastante crítica. O chamariz é o uso que ele faz do folclore, pois, ao mostrar as criaturas e suas peculiaridades, Felipe chama atenção para o fato de que, como na vida real, a natureza tem modos de revidar pelas desgraças que o ser humano causa no meio ambiente, e ele faz isso mostrando um pouco da história das criaturas. Confesso que me emocionei com a história do Saci-Patrão e não pude evitar pensar que esta figura teve a influência em certos aspectos do famoso escravo libertário Zumbi dos Palmares (não sei se isso é correto, mas foi a impressão que tive, sorry se estiver errada). Ele também mostra que, como tudo, a internet pode ser uma ferramenta tanto de destruição e manipulação para o mal quanto de preservação e aviso. Sobre o grande traidor da história, Felipe novamente mostrou que sempre a moeda tem dois lados. Como sempre, eu penso em alguma (s) pessoa que possa ser o “culpado”, até nas possibilidades mais absurdas, nunca descarto quem é descartado na história (pra mim todo mundo é suspeito) mas raramente chego na pessoa certa, eu sempre “tropeço” na verdade e acabo ficando com raiva, mas depois percebo que esse é o trabalho de um bom autor, surpreender. E como toda a história é surpreendente, seria no mínimo errado o final ser previsível. Amei o livro, estou louca pra ler o segundo. Recomendo mil vezes.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2015/12/ouro-fogo-megabytes-de-felipe-castilho.html
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mouemily 04/12/2016

Eu sempre amei André Vianco. Falo dele em pelo menos metade das minhas resenhas de livros brasileiros de fantasia. E uma das coisas que eu mais amei nos seus livros, desde o começo, foi a forma como ele conseguiu reunir o folclore local e até mesmo o europeu em um cenário totalmente brasileiro. Ainda assim, ele não fazia muito uso das nossas lendas aqui, e eu continuava a procura de alguém que conseguisse fazê-lo. E daí eu finalmente conheci Ouro, fogo e megabytes.

Ouro, fogo e megabytes é tudo que eu sempre quis em um livro: Personagem birracial como protagonista? Sim. Criaturas do folclore como personagens importantes dentro da história e que vão além de suas origens mágicas? Sim. Menções a autores brasileiros? Sim. Cenário familiar, que não se limita a São Paulo? Sim. Found family? Sim. Um estilo de escrita gostoso de ler, que flui bem e te faz rir alto diversas vezes nos momentos mais inesperados? Sim, sim, sim!

Felipe Castilho consegue inserir a magia brasileira de forma tão divertida e bem construída que é impossível não amar. Desde os capelobos guarda-costas até o casal formado por um boto e uma filha de sereia, passando por um saci com uma história linda apesar de triste e, claro, um lobisomem fantástico (é só ver o meu reading process pra ter uma noção da minha surtada) e uma cuca incrível. As lições de moral são bem explícitas, mas fazem sentido dentro do livro, assim como todas as justificativas dadas. Inclusive, diria que é um esquema bem parecido com Percy Jackson - se não melhor, justamente por ser brasileiro.

Não dá pra explicar quão rápido eu me apaixonei por esse livro ou quão grande meu amor pelo mesmo é. Cada nova página era um sorriso novo no rosto. Minha decepção maior? Não ter lido esse livro antes. Ou não poder obrigar meio mundo a lê-lo. Esse é exatamente o tipo de livro que eu daria para crianças no ensino fundamental ou até mesmo no primeiro ano do ensino médio quando me perguntassem que tipo de história as faria aprender a gostar de ler.
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Paola 18/09/2016

Ouro, Fogo & Megabytes: quebrando paradigmas
Se você ama fantasia mas torce o nariz para folclore brasileiro, esse livro é para você!

O Felipe Castilho faz uma releitura moderna de algumas de nossas lendas, com uma pegada mais dinâmica e urbana - e o resultado é excelente!

O protagonista, Anderson, tem apenas doze anos e tive receio que isso tornasse a leitura um pouco "infantil" demais para mim. Mas me surpreendi bastante e me peguei várias vezes durante o dia pensando na história. É uma leitura bem fluida, cheia de ação, daquele tipo que a gente termina em poucos dias.

Além do entretenimento, o Felipe traz à tona discussões sociais, políticas, ambientais e éticas no geral. Recomendo muito para os adolescentes, mas também para adultos que, como eu, adoram um bom juvenil de aventura e fantasia.
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Frank 15/08/2016

Ouro, fogo e Gostei Muito
Leia. Não vou gastar muito vocabulário para dizer o óbvio: leia.

O livro trata, no melhor estilo hollywoodiano, do folclore brasileiro que a gente tanto negligencia. É uma pena que o personagem principal tenha 12 anos, e por isso a história é infantil, mas isso não quer dizer que você não vá se divertir com as referências de Senhor dos Anéis, Star Wars e vários outros.

O livro tem várias camadas. Talvez você aproveite uma ou outra. Eu aproveitei todas.
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Priscila 21/02/2016

Li e resenhei recentemente, um livro sobre o Folclore Brasileiro, e agora, não é que eu li outro? Este é mais um nacional, que nos apresenta o mundo onde o saci, a cuca, o lobisomem e todas as lendas folclóricas tem vez. Mesmo lendo os dois livros do gênero quase em seguida, não há meios para compará-los. São dois livros excelentes, muito bem escritos, e com enredos distintos.


Anderson Coelho, tem 12 anos e é o segundo colocado no ranking mundias do jogo Battle of Esgaroth, um jogo de interpretação de personagens online, e em massa para múltiplos jogadores, ou simplesmente MMORPG. O primeiro colocado do jogo, o Esmagossauro, avançou bastante nos últimos meses, mas eles já foram muito próximos no ranking, e inclusive, o Anderson já o venceu em uma batalha.

Durante uma partida, onde jogava com seus amigos, um estranho falou com ele, e convidou-o para uma missão, porém sem sucesso. Também telefonou para sua casa, mas ainda assim, não conseguiu convencer o garoto. Quando ele leva uma suspensão na escola, após pular o muro, para buscar a bola para um valentão e encrenqueiro. E quando chega em casa, para contar aos pais sobre a suspensão, encontra o mesmo homem que ligou e falou com ele no jogo. Este homem, convenceu os pais do Anderson, que ele participaria da final de uma Copa de Matemática em São Paulo. Como os dias seriam suficientes para encobrir a suspensão, e de quebra, descolaria um valor em dinheiro, Anderson aceitou, e foi para lá.

Chegando em São Paulo, ele descobre um pouco mais sobre a Organização, e o papel deles, de lutar a favor da natureza. Porém, é claro que o garoto começou a perceber coisas estranhas, e foi descobrindo que na verdade, muitos dos membros da Organização, possuía poderes.

Sinceramente, caso eu fale um pouco mais, transcreveria o livro e acabaria dando spoiler. É um livro que não dá para parar de ler, e de verdade, não conseguirei expressar o tão bom ele é, apenas nessa resenha. O livro tem belas sacadas de humor, consegui rir bastante, mesmo com tantas coisas estranhas acontecendo. É claro que muitas coisas que ocorreram, seria meio que impossível de ocorrer na realidade, principalmente em uma Megalópole como São Paulo. Mas este livro trata-se de uma FANTASIA, então não há motivos para reclamação em relação a isso.

Felipe Castilho conseguiu apresentar o folclore brasileiro de uma maneira fenomenal, e inclusive a mim, apresentou alguns termos que não conhecia, como por exemplo, os capeloubos. Além disso, o principal, foi poder abordar um tema tão atual e delicado, como a natureza. O vilão desta estória, destrói a natureza por onde passa, e ainda assim, consegue reverter midiaticamente isto, com "soluções" para os problemas que ele mesmo causou. O livro foi escrito em 2012, e no ano passado, aconteceu aquela destruição sem tamanho em Minas Gerais, e foi a partir daí que eu percebi que, os jovens em idade escolar, e ainda em formação principalmente, PRECISAM ler este livro. Ele realmente precisa ser adotado nas escolas, e discutido entre eles. Eu, aconselho a todos que leiam, e sintam o mesmo que eu.

site: http://curtindooslivrosadoidada.blogspot.com.br/
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Jana 22/10/2015

Ouro, Fogo e Megabytes me agradou bastante!

O estilo da narrativa é bem marcado e bastante original. As piadas, em geral, foram bem inseridas e naturais, ri bastante com algumas referências à cultura pop. Achei a "brasilidade" bem inserida também: além de várias referências diretas à nossa cultura, o dia a dia na Organização é descrito de forma bem verossímil, com inserções naturais de coisas brasileiras. Também vale dizer que o cenário da cidade de São Paulo é usado lindamente! Igualmente interessante é a ambientação na cidadezinha do interior onde vive Anderson.

Embora classifique o livro como 4, tenho algumas ressalvas particulares sobre a experiência geral: primeiro, achei o enredo principal meio mirabolante (cheio de idas e vindas e de acontecimentos meio megalomaníacos rsrs)... Também achei que algumas lições sobre meio ambiente e moral foram inseridas de forma um pouco explícita demais, às vezes quebrando o ritmo da narrativa com alguns diálogos meio irreais, colocados ali unicamente para contar o passado de alguns personagens ou para reforçar algumas mensagens do livro. Foi algo que relevei tranquilamente por entender a importância de falar sobre alguns assuntos com o público jovem, mas particularmente acho que alguns trechinhos poderiam ter sido mais sutis. Acho que muitos dos pontos que não me agradaram muito passam desapercebidos - ou mesmo agradaram - para o público alvo do livro, o jovem, então acho que a nota 4 é bem justa. :)

Por último, achei que a magia no livro é bastante deliberada - mas não classificaria esse ponto como negativo, já que é uma opinião estritamente pessoal. É o tipo de magia que se encontra em Harry Potter, por exemplo, e embora não seja a minha abordagem preferida da fantasia, é consistente e bem construída, como a do mundo do bruxinho. Vale dizer que o uso do folclore brasileiro de forma bem pouco convencional - capelobos vestidos de guarda-costas, mães d'ouro usadas como artifício na corrida do ouro e mãos-peladas abandonados em terrenos baldios - valeu muitos pontos e valorizou bastante a experiência geral da leitura.

Os volumes 2 e 3 já estão na minha lista de próximas leituras e, daqui em diante, Ouro, Fogo & Megabytes está na minha lista de livros para presentear jovens leitores!
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Viviana 14/08/2015

O tema para o mês de agosto do Desafio Literário Skoob 2015 era folclore e eu realmente queria algo sobre o nosso folclore. Este título surgiu durante uma pesquisa, se não me engano em um texto do próprio autor, então eu não tinha muitas referências e esta história de ecoativistas e hackers ambientalistas misturados com criaturas folclóricas não me deixou muito animada. O início do livro, com um protagonista de 12 anos e a linguagem de MMORPG quase me fizeram acreditar que o livro era "infantojuvenil demais" para mim.
A história me pegou mesmo na primeira sequência de ação. Aliás, todas as cenas de ação foram muito bem narradas. Adorei as referências, o modo como o autor conseguiu misturar o moderno e o folclórico sem ficar forçado e a crítica a nossa própria sociedade e a realidade do nosso país.
A história foi bem montada, e o livro conta uma história completa com o gancho para o segundo livro (que eu já estou providenciando para ler - rsrsrssr). Tem algumas partes que eu achei que mereciam maiores explicações, mas aceitei como um tipo de "licença poética", afinal de contas, o livro não é mesmo para a minha faixa etária. Recomendo para pessoas que, como eu, adoram uma boa fantasia e aventura.
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Herick 06/06/2014

Resenha Ouro, Fogo e Megabytes- Felipe Castilho
Anderson Coelho, um mineirinho de 12 anos de idade e segundo melhor colocado em um jogo de MMORPG. Depois de um estranho aparecer através do jogo, a vida de Anderson muda totalmente. Como fica o dia todo jogando Anderson não tem um físico muito aperfeiçoado, e em uma aula de educação física acontece um encontro pra lá de tenso, resultando em uma suspensão. Sem ter a minima ideia de como contar aos pais, ai aparece Zé, e Anderson se safa com uma proposta de ir para uma olimpíada de matemática em São Paulo. Mas a olimpíada é na verdade uma forma de cobrir a verdade, Anderson tem muitas habilidades em computação, e foi escolhido para lutar contra o grande magnata Wagner Rios, que está extraindo todo os recursos da natureza. Wagner também conta com a ajuda forçada de uma "Mãe D´OURO", uma criatura que elemental do fogo, que tem total domínio sobre o ouro. A partir daí, Anderson desencadeia milhares de situações pra lá de inusitadas, mistérios e duelos com criaturas do nosso folclore.

Nota: ☼ ☼ ☼ ☼ ☼. Felipe soube usar super-bem os contos para criar novas histórias. O livro te prende até a última folha, e você aprimora seus conhecimentos locais.

Os personagens são muito bem colocados, o saci, o caipora, os capelobos e outros vários. As narrativas são muito atraentes e melhora o compreendimento do leitor, outro fato á apontar é que o diálogo entre personagens na vida real, e os diálogos em chat no computador, o modo de escrita e a fonte mudam tornando o livro bem mais divertido e atraente. Para quem é Fã de mitologias e não tem uma base sobre os mitos brasileiros é uma ótima dica para conhecê-los do modo mais divertido que podemos encontrar. As ilustrações de Tiago Cruz, são muito bonitas e facilitam a caracterização dos personagens e a visualização dos cenários. A capa de Octavio Cariello, retrata a luta final entre Anderson e o Boi Tatá e já da para ter uma ideia de como serão as aventuras ao decorrer do livro.

site: http://readingwithafox.blogspot.com.br
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Marco 05/06/2014

Resenha de Ouro, Fogo & Megabytes (E meus feelings)
Nota introdutória: Não há spoiler na resenha, mas na parte final eu avisei que comentaria algo que pode ter spoiler, mas deixei bem avisado, então só leia o final do post se já tiver lido o livro. Obrigado!

Conheci "Ouro, Fogo & Megabytes" por acaso (ou destino?) através do Facebook. Vi uma publicação com a imagem da capa e logo fiquei interessado (não só por causa da capa, que por sinal é muito bonita e bem feita, mas por causa do título “Ouro, Fogo & Megabytes” e da saga "O Legado Folclórico").

Sou apaixonado e um grande admirador do Folclore Brasileiro desde quando eu era pequeno. Em minha infância, meu colégio organizava Feiras Folclóricas no dia 22 de agosto (dia marcado para a comemoração do folclore brasileiro) e talvez por isso eu tenha esse grande apreço por essa parte da nossa cultura que às vezes é deixada de lado. Então, assim que vi o livro, tratei de adicionar no Facebook o Felipe Castilho para saber mais sobre a obra.

Fiquei por volta de um mês acompanhando o autor e então tive a oportunidade de adquirir o livro (e por um preço muito bom, corre no Submarino que ainda tem promoção) e guardei o exemplar na minha estante apenas por uns três dias (prazo para o término da leitura de outro livro). Mas enfim... Vamos à resenha do livro!

“Ouro, Fogo e Megabytes” nos traz a história de Anderson Coelho, um garoto de 12 anos que vive em uma cidade do interior de Minas Gerais (Rastelinho) e leva uma vida como a maioria dos garotos de hoje. Gosta de series, possui um avatar/personagem - que está como 2° colocado no ranking do jogo - chamado “Shadow Hunter” em um MMORPG (Battle of Asgorath), e tem uns poucos amigos (sim, me identifiquei levemente, tirando a parte dos jogos!).

Em mais um dia comum - pelo menos era pra ser mais um dia comum - Anderson está jogando com seus amigos o seu amado jogo e um player estranho se dispõe a conversar no chat com Shadow e seus aliados de guilda (companheiros) fica online querendo conversar virtualmente com o Shadow. O player fala de uma forma muito formal e culta (algo bem raro no meio virtual) e aparenta saber quem realmente é Shadow Hunter, ou seja, Anderson. O garoto fica desconfiado e incomodado, então sai do jogo. Assim que Anderson fica off-line, o telefone no seu quarto toca e (advinha?) é o mesmo moço do jogo, oferecendo um emprego de hacker ao garoto (que não aceita a oferta).

No dia seguinte o garoto vai à escola normalmente e na aula de educação física, por causa de alguns valentões, Anderson ganha uma suspensão de três dias. Ele vai embora, pensando em como vai dizer aos Coelhos (pais dele) que foi suspenso do colégio. No entanto, ao chegar em casa, Anderson se depara com um anão (trajando terno) conversando com os Coelhos.

O anão (o mesmo sujeito do jogo e do telefonema) de alguma forma convence os pais de Anderson que o garoto precisa ir a São Paulo participar das olimpíadas de matemática porque foi classificado. Anderson junta o útil mais o agradável e decide ir com o anão (assim o garoto não precisaria explicar a suspensão aos pais).

Anderson embarca numa van verde para ir a São Paulo com mais três pessoas. O mineirinho chega a São Paulo e é levado a um casarão, onde fica a Organização para a qual prestará o serviço. E é a partir daí que a história começa a ficar fantástica, com grandes acontecimentos prestes a acontecer e o envolvimento de figuras folclóricas.

A história se passa com muitos mistérios e surpresas. Quem não é familiarizado com o folclore brasileiro começa a ficar por dentro desse mundo junto com Anderson, compassadamente; mas, quem já sabe algo do folclore, começa a perceber alguns fatos antes deles serem expostos.

A trama se desenrola muito bem e fatos surpreendentes são expostos. Castilho criou ótimos personagens, cada um com características próprias, com histórias próprias, e eu gostei de todos (com exceção do vilão, claro, porque ô homenzinho detestável). Alguns personagens foram mais expostos que outros, mas talvez sejam melhores trabalhados ao decorrer dos outros livros da saga. Mas enfim... entre os personagens, o que mais gostei e me identifiquei foi o Chris; Chris e Beto, os dois trabalham na Organização.

Felipe Castilho conseguiu trabalhar muito bem com o folclore brasileiro e atualidade. As lendas brasileiras que às vezes são esquecidas ou deixadas de lado são trazidas à tona, aos dias de hoje. O autor escreve muito bem, de uma maneira divertida e gostosa (adorei o “parêntese” que ele abriu em determinado ponto da história, me fez rir muito).

Além das lendas brasileiras, Castilho também aborda temas ecológicos, conscientizando os leitores a terem uma vida mais verde. Esse tópico me fez refletir bastante sobre como tenho vivido e como contribuirei para que o planeta seja um lugar melhor agora e no futuro. O tema é abordado naturalmente, porque tem tudo a ver com a história, então não é algo monótono (como seria, talvez, se fosse uma palestra sobre desenvolvimento sustentável).

(E, ah, quero dizer que agora faço minhas pesquisas acessando o Eco4Planet, coloquei o site como minha página inicial do navegador. Também estou tentando passar menos tempo na frente do computador e mais tempo de fato vivendo, se bem que leio mais do que qualquer outra coisa.)

Ah, sim, quanto ao livro em si... A capa é muito bonita e chamativa. A ilustração é bem feita e tem muito a ver com a história (é uma das cenas do livro). As letras do título do livro são douradas e meio que mudam de cor de acordo com a iluminação. Por dentro, a diagramação do livro é muito bem feita; as letras são em um tamanho bom e legível, as páginas são amareladas e resistentes, e no início de cada capítulo há uma ilustração em preto. Quanto à revisão... achei realmente muito boa, não me recordo de ter encontrado algum erro.

Enfim... Essa resenha que era pra ser algo bem breve já se estendeu demais. Quero agradecer ao Felipe Castilho por ter escrito esse livro fantástico, por ter abordado esses temas singulares e por ter me proporcionado momentos de alegria e descontração.

De 0 a 5 (se fosse no Tide of Books eu chamaria de bowties), o livro leva 5 estrelas – muito merecidas. Já me considero fan do autor e irei adquirir o segundo volume da saga (cujo título é “Prata, Terra e Lua Cheia) assim que possível.

PS: Se você já leu o livro, abaixo comentarei algumas coisas sobre a história.
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O conteúdo a seguir contém spoiler do primeiro livro. Se você não leuo livro ainda, aconselho que não continue a leitura deste post. Está avisado, se continuar será por sua conta e risco.

[SPOILER]
Os fatos a seguir não estão em ordem, vou comentar de acordo com o que eu lembrar.

Não tive dificuldade em identificar as criaturas folclóricas apresentadas no livro, mas, mesmo assim, fiquei surpreso.

Sobre aquele mistério do traidor: OMG. :o A princípio eu desconfiei do Olavo, por causa do emprego e talz, mas depois, por ter tomado antipatia ao Pedro, me deixei levar pela narração e acabei achando que ele fosse mesmo o traidor (mas uma voz lá no fundo me alertava sobre o Olavo, principalmente na parte em que ele quase insistiu que o Anderson fosse comer).

Sobre o novo usuário do Esmagossauro: acredito que seja o Caladão. E, AH, QUE SURPRESA! Eu pensei que ele fosse um hacker, mas não o associei à figura do Wagner Rios. Por isso fiquei tão surpreso com o final.

Hum... Eu fiquei muito preocupado e triste quando achei que a Elis fosse mesmo apagar a memória do Anderson. Eu fiquei tipo: NÃO PODE, CARA, ELE SALVOU TODOS VOCÊS E MERECE SABER DE TUDO ISSO. Eu já estava me sentindo como quando a Donna teve a memória apagada pelo Doctor (Doctor Who). Meu coração quase foi partido, mas, ainda bem, deu tudo certo!

Enfim... Era isso. Tinha mais coisas, mas está tarde e o sono não me deixa lembrar mais os detalhes que eu havia achado interessante. Quero um grupo no facebook para comentar com os leitores, porque não tenho amigos que leram. AINDA. hahaha'
[/SPOILER]
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R.S.Boning 28/05/2014

Brilhante!
"Fico feliz e orgulhoso por saber que esse autor é brasileiro. Que livro fantástico! Bem escrito! Daqueles que não se consegue largar. O autor brinca com as palavras de um forma genial e tem um senso de humor que me faz gargalhar lendo esse livro e preciso de um tempo pra recuperar o fôlego. Pra quem comparou o livro e disse que esse é o Percy Jackson brasileiro, na minha opinião é muito melhor (não curti Percy Jackson). O Brasil tem sim bons autores, e bons autores de histórias fantásticas e Felipe Castilho com certeza faz parte dessa lista. Como não pensei nisso antes: Usar o folclore nacional pra criar um livro de fantasia. Brilhante!"
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Nelmaliana 18/05/2014

Ouro, fogo, megabytes, folclore? Tudo assim, junto mesmo? Pois é, tudo junto e muito bem misturado é o que esse livro, que é o primeiro de uma série, nos traz.

É a história de Anderson Coelho, um garoto de 12 anos, morador da cidadezinha de Rastelinho, no interior de Minas Gerais.

Anderson tem duas vidas: em uma delas ele é um garoto comum que mora com os pais, vai à escola. Na outra vida, ele é Shadow Hunter, o 2° colocado no ranking do Battle of Asgorath (BoA), um jogo de RPG on line.

Leia mais no link:

site: http://profissaoleitora.blogspot.com.br/2014/01/cuidado-com-cuca.html
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casalibra 17/03/2014

- Organize-se! Recomendado!

Não me lembro mais o que estava fazendo – aqui no Skoob, é claro – quando vi a capa de Ouro, Fogo & Megabytes. Que coisa interessante, eu pensei, essa cobra de fogo só pode ser um boitatá, e já fiquei logo querendo ler. Ultimamente temos um jorro de literatura que se utiliza de diversas mitologia (grega, romana, egípcia, indiana... quais mais? rsrs) e por mais que sejam interessantes, estão de certo modo distantes da nossa cultura. Acho que sou um pouco nacionalista, do tipo que acredita no potencial do país e se lamenta com o enorme desperdício de recurso, mas isso não entra no caso. Importa é que Ouro, Fogo & Megabytes se encaixa perfeitamente na tarefa de oferecer uma história de fantasia tipicamente brasileira.

Passemos para a história em si. A gente demora um pouco para acostumar com a linguagem nerd/geek, mas isso nem chega a ser um problema. O livro de Felipe Castilho oferece um ótimo panorama dos tipos brasileiro, do nosso folclore, até da nossa fala! Estas expressões fazem a diferença no sentido de que nos aproxima das coisas que já conhecemos. E também, que história divertida! Humor e ironia, além dos despropósitos próprios das histórias de fantasia, deixam você rindo feito um disco quebrado.

Anderson Coelho vai parar no meio de uma tal Organização, que é singular em dois sentidos: primeiro, pelos seus habitantes e, segundo, pela sua estratégia de ação, em que basta ter coragem para conversar com estranhos na rua, e é bem provável que dê certo. Sabe, um ótimo meio de conscientização para aqueles desavisados que ficam jogando lixo na rua, vai Organização! Rsrs Em relação aos habitantes, só vou dizer que depois dessa história tenho vontade de pesquisar ainda mais coisas sobre Cucas, Boto (ah, Beto...), Saci, Capelobos, Caiporas e, por que não?, Mãe D’Ouro?

Desta forma, o livro trabalha com muitas jogadas interessantes, e aí percebi como é boa a junção de assuntos ambientais e folclóricos, já que as duas coisas muito me interessam. Na parte ambiental este trecho representa o que acontece hoje em dia:
"Partindo do princípio de que foi o homem quem poluiu a atmosfera, jogou carbono nos céus e abriu um rombo colossal na camada de ozônio, não existe mais essa de desastre natural" (p. 155)

Pois é. Espero que a leitura desperte esta consciência, cada vez mais firme em cada um de nós, para evitar, quem sabe, uma tragédia ambiental nacional. Acho que estou variando outra vez. Voltando ao tema... são envolventes, a narração tem um ritmo muito bom (e só percebo que li muito quando meus olhos começam a doer). À medida que fui lendo, a história ficava cada vez mais empolgante.

O título merece um parágrafo a parte rsrs. O ouro, o fogo e os megabytes fazem a história se mover e acontecer, e assim reúne os elementos principais de uma forma exótica que, para mim, lenta como sou, só foi fazer sentido no caminho final da trama – okay, talvez porque eu não tivesse parado para entender antes. Então pensei que este recurso se parece com o que C. S. Lewis utilizou em “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa” (já mencionei que sou fã de Nárnia, e que muito me alegrei ao ver uma referência a minha saga favorita n’O Legado Folclórico de Felipe Castilho?), o que, pessoalmente, acho muito interessante.

Há uma empresa ambiciosa, um vilão mais ambicioso ainda e um traidor. Mantive minha posta no danado do traidor desde o início, mas ele demorou a ser revelado. E eu estava certa! rsrs As revelações finais me deixaram ansiosa para ler o segundo volume, mas acho melhor me segurar e guardar a diversão para mais tarde.

Para finalizar, fica uma frase que se encaixa perfeitamente na condição humana: "Talvez a natureza pudesse ser definida como uma série de coisas boas com enorme potencial para realizar coisas ruins" (p. 173)

Então é isso. Organize-se. Leia e aproveite. E vamos usar nosso potencial para coisas boas.

BoA Tarde!
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Ana Valentina 11/03/2014

Resenha: Ouro, Fogo & Megabytes
Faz muito tempo que comecei ler este livro, mas sempre colocava outro na frente e acabava deixando ele de lado. Como não estava lendo interruptamente demorei a me envolver completamente na estória, mas vamos lá.

Foram duas coisas que me fizeram ‘prestar atenção’ nesse livro. Primeiro, o autor mistura o cotidiano com mitologia, e como sou fã de Percy Jackson (que trabalha com a mesma temática), resolvi que precisava lê-lo. Segundo, achei uma ideia inovadora usar nosso querido e velho folclore para formar uma aventura maravilhosa, aliás, livros nacionais que exploram nossos ‘tesouros’ é maravilhoso não?

Ouro, Fogo & Megabytes, primeiro volume da série O Legado Folclórico, apresenta uma leitura facílima, com doses certeiras de humor, mistérios e aventuras. Além disso, notei que Castilho conseguiu elevar muito o nível do livro, a partir da metade da estória (Depois que Anderson descobre que as lendas são vivas ;-) ). Outro ponto forte são as ilustrações — que aparece em cima de cada capítulo — e nos faz lembrar da literatura em cordel. Sem falar que a capa do livro é um colírio para os olhos.

Tenho que dizer que o livro foi muito bem trabalhado e além das características acima, Castilho ainda nos presenteia com um adorável glossário dos termos nerds, para ajudar os simples mortais a compreender um pouco mais do universo dos games (Já deu para perceber que eu sou meio leiga no assunto né? ;-) )

O personagem principal é apenas um garoto comum de doze anos ou melhor dizendo é um típico gueek, que adora passar as horas na frente do PC jogando um jogo online chamado Battle of Asgorath, e seu avatar Shadow Hunter é classificado como 2º melhor no ranking mundial (Quanta honra não?)

E por causa de seu envolvimento com o jogo, Anderson foi selecionado para prestar um serviço para a misteriosa Organização, localizada na grande São Paulo. Muita coisa estranha acontece desde então, e o garoto terá que usar suas habilidades virtuais na vida real para sobreviver, ao mesmo tempo que colhe informações para desvendar o emaranhado de segredos que paira sobre a Organização.

É um livro muito bom e super leve, recomendo para todos, inclusive para adultos. Já comprei o segundo volume da série e já estou ansiosa para lê-lo.

site: https://garotasdejales.wordpress.com
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