O Nome da Rosa

O Nome da Rosa Umberto Eco




Resenhas - O Nome da Rosa


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Iago 23/03/2020

Uma narrativa que vai além do livro.
Os livros geralmente buscam conquistar os leitores de imediato. N'O nome da rosa isso não acontece; o que temos é um desafio, uma iniciação e, caso não se passe por ela, não se terminará a leitura do livro, e isso quem diz é o próprio autor. A intertextualidade é fortíssima, seja nos nomes dos personagens ou nas obras citadas, e é maravilhosa. Espero que todos possam entrar na abadia e viver os sete dias desse mistério ao lado de monges do século XIV, os quais apresentam um paralelo sobre as relações de domínio que podem ser vistas até hoje, onde a verdade e o que é certo e santo depende de quem detém o poder e, portanto, a verdade.
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Laura.Novelli 25/03/2020

Que clássico!
Ao ler a sinopse deste grande clássico, já quis adquirir! A edição capa dura exclusiva da Amazon está belíssima, uma riqueza de detalhes na ilustração de capa, lombada e uma linda folha de guarda.

O livro nos traz de tudo um pouco! Há um pano de fundo maravilhoso de fatos históricos, trazendo os conflitos religiosos sobre a riqueza e pobreza da igreja, discutidos na idade medieval. O que por si só já seria um baita enredo, traz ainda uma série de mortes misteriosas dentro de uma abadia, um monge incrivelmente inteligente e seu discípulo de jornada que é quem nos narra a história muitos anos depois dos fatos ocorridos. Sem mais palavras. Certamente um livro a ser relido em alguns anos!
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maracci 27/03/2020

Ótimo
Vários questionamentos sobre o papel da religião na vida das pessoas e sobre fanatismos. Leitura maravilhosa.
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Conça 28/03/2020

Minhas impressões, opniões e sentimentos
5 estrelas!!!!!!!
Um livro profundo, polêmico, histórico e surpreendente!

Descobri o livro através de um grupo de leitura coletiva e fiquei encantada com a edição da editora Record, capa deslumbrante e o melhor de tudo, um livro completo desde nota da revisão até o pós escrito a ?O nome da Rosa?. Inclusive título que chamou bastante minha atenção.

Primeiro livro que li de Umberto Eco, que além de escritor, é também filósofo e linguista e possui diversas obras consagradas na área de semiótica, comunicação de massa e estética medieval. (Quero poder ler outras obras desse escritor extraordinário).

O livro incialmente define como um romance policial e me causou uma primeira impressão de profunda incerteza se seria da minha capacidade de conhecimento acompanhar esse leitura. Assim, resolvi ser desafiada.

O enredo de O Nome da Rosa se passa em uma época medieval, mais precisamente dentro de um monastério, que eram muitos durante este tempo e estavam espalhados por toda a Europa. O autor é bastante detalhista, e nos apresenta com detalhes a região onde está o monastério e como ele se parece.
Porém, algo de estranho está acontecendo neste lugar e abalando a calma e a tranquilidade que sempre estiveram presentes. Ainda nos primeiros momentos do livro descobrimos que uma série de crimes vem assustando quem vive por ali. Logo em seguida, sabemos também que um frade franciscano, juntamente com seu fiel discípulo, resolve investigar.

Quem vai nos conduzindo na narrativa é Adson, o fiel discípulo de Frei Guilherme. Durante toda a leitura fui sendo conduzida de forma bem aprofundada os mistérios entorno da religião e da política na disputa do poder. A religião andando em mão contrária, negava e obstruía a sociedade o direito ao conhecimento e evolução da humanidade, punindo severamente aqueles que buscavam a sua verdade até entre o bem e o mal.

Os personagens bem evoluídos e construídos vão dando a grandeza da obra de forma minuciosa, dando pistas de ensinamentos e passagens dignas de questionamentos. O que mais me impressionou foram as discussões filosóficas e o deslindar do poder da sapiência, deixando muitas vezes de lado o mistério que envolvia o romance e mais ainda quando somos surpreendidos com as revelações finais.

O resultado dessa leitura confirma minha opinião formada quanto a esses dois assuntos: religião e política, assuntos que motiva muitos embates e desordens na nossa sociedade em tempos atuais.
O maior sentimento que tenho dessa obra é de amor ao conhecimento, que eu nunca me sinta saciada de buscar cada vez mais e sempre.

Recomendo a obra para todos leitores em geral, especialmente e principalmente para pessoas com culturas religiosas que precisam sair de dentro dessa muralhas em busca de mais esclarecimento para entender e compreender fora da caixinha o que é verdade e mentira.
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Marcos Ferraz 01/04/2020

Uma parábola da história da humanidade.
Eu nunca tinha lido o livro, nem assistido ao filme. E gostei muito. Um dos melhores que li recentemente.

Trata-se de uma trama passada no ano de 1327, ou seja, na Baixa Idade Média (século XI ao XV), período marcado pela desintegração do feudalismo e formação do capitalismo na Europa Ocidental. Ocorrem, nesse período, transformações na esfera econômica (crescimento do comércio monetário), social (projeção da burguesia e sua aliança com o rei), política (formação das monarquias nacionais representadas pelos reis absolutistas) e até religiosas, que culminarão com o cisma do ocidente, através do protestantismo iniciado por Martinho Lutero na Alemanha (1517).

Destaca-se também o movimento renascentista que surgiu em Florença no século XIV e se propagou pela Itália e Europa, entre os séculos XV e XVI. O renascimento, enquanto movimento cultural, resgatou da antiguidade greco-romana os valores antropocêntricos e racionais, que adaptados ao período, entraram em choque com o teocentrismo e dogmatismo medievais sustentados pela Igreja.

E o livro traz justamente este contexto de enfrentamento entre a racionalidade (re)nascente e o obscurantismo convenientemente mantido pelo poder dominante, incluído especialmente o poder da Igreja. Sobre este pano de fundo, o monge franciscano Guilherme de Baskerville representa o intelectual renascentista que, com uma postura humanista e racional, consegue desvendar a verdade por trás dos crimes cometidos em um mosteiro beneditino ao qual acabara de chegar com seu escriba e jovem discípulo Adso de Melk, que é quem narra toda a história num manuscrito ao final de sua vida.

O livro traz os elementos formadores da cultura e do pensamento modernos, no período da transição da Idade Média para a Modernidade.

Apesar de poder ser lido normalmente como um romance policial, dada a investigação das misteriosas mortes dos monges, o livro tem, na verdade, uma camada subjacente bem mais densa, com caráter filosófico, quase metafísico, já que nele também se busca a verdade, a explicação, a solução do mistério, a partir de um novo método de investigação. E Guilherme de Baskerville, o frade fransciscano detetive, é também o filósofo, que investiga, examina, interroga, duvida, questiona e, por fim, com seu método empírico e analítico, desvenda o mistério, ainda que para isso seja pago um alto preço.

A obra traz muito do pensamento de Santo Agostinho (354-430), um dos últimos filósofos antigos e o primeiro dos medievais, que fará a mediação da filosofia grega e do pensamento do início do cristianismo com a cultura ocidental, dando origem à filosofia medieval, a partir da interpretação de Platão e o neoplatonismo do cristianismo. As teses de Agostinho nos ajudarão a entender o que se passa na biblioteca secreta daquele mosteiro beneditino, na qual estavam guardados, em grande número, códigos preciosos: parte importante da sabedoria grega e latina que os monges conservaram através dos séculos.

O acesso à biblioteca é restrito, porque há ali um saber que é ainda estritamente pagão (especialmente os textos de Aristóteles), e que pode ameaçar a doutrina cristã. Como diz ao final Jorge de Burgos, o velho bibliotecário, acerca da obra Poética, de Aristóteles – trazido à abadia por meio de obras dos árabes que dominaram a península ibérica e grande parte da Europa –, a comédia pode fazer com que as pessoas percam o temor a Deus e, portanto, faz desmoronar todo esse mundo.

Mas não era só uma questão a respeito do sentido filosófico do riso. O saber técnico-científico do mundo europeu era nesta época extremamente restrito e a contribuição dos árabes será fundamental para este desenvolvimento pelos conhecimentos de que dispunham de matemática, de ciências (física, química, astronomia, medicina) e de filosofia. O pensamento agora (Aristotélico) será marcado pelo empirismo e materialismo. Um enfrentamento da mistificação então reinante na cultura e na sociedade europeia de então.

Há também importantes e acaloradas discussões acerca da riqueza material da Igreja, onde surge um enfrentamento das ideias franciscanas a respeito da pobreza de Cristo e de seus seguidores, chegando a haver movimentos para frustrar a realização de um conclave que decidiria se a Igreja deveria doar parte de suas riquezas. Instala-se até mesmo um Tribunal de Inquisição para julgar e condenar adeptos de tais ideias, consideradas heréticas à época.

O nome da rosa é um livro escrito numa linguagem da época, cheio de citações teológicas, muitas delas referidas em latim. É também uma crítica do poder e do esvaziamento dos valores pela demagogia e pela hipocrisia, pela perversão dos costumes, os conflitos no seio dos movimentos heréticos, a luta contra a mistificação e o poder.

Uma parábola ao mesmo tempo sangrenta e patética da história da humanidade.
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Tiago.Carneiro 01/04/2020

É um bom livro, mas ...
Talvez eu não tenha sensibilidade necessária para apreciar os longos diálogos entre os monges sobre os mais diversos assuntos teológicos, dentre outras coisas, pois achei que o livro se arrastou demais, as coisas demoram muito para acontecer.

No mais, é um livro coerente com sua proposta, e honesto, visto que não tira soluções mágicas da cartola para trapacear o leitor. Recomendaria sim, para leitores pacientes.
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AnaMB 11/04/2020

Achei bem ok
Nada demais
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Kazu 19/04/2020

Indubitavelmente, trata-se de um clássico!
Já havia tentado ler ?O Nome da Rosa? na adolescência, logo após a sua publicação, mas abandonei o livro. Na época achei o texto rebuscado demais, cheios de termos em latim, muito difícil de ler. Quarenta anos depois, resolvi retomar a leitura, e valeu pena a espera. A idade ajuda, e essa edição especial da editora Record é um espetáculo à parte. O enredo é mais do que conhecido, tendo sido passado para os cinemas e algumas séries de tv. Um monge franciscano, Guilherme de Baskerville, é convocado para investigar o assassinato de um monge dentro de uma abadia na Itália medieval. A história é narrada por seu discípulo e escriba, um noviço beneditino, Adso de Melk. Umberto Eco desfila toda sua erudição sobre a Idade Média, o que pode tornar a leitura para algumas pessoas um pouco enfadonha. Eco narra com detalhes impressionantes os costumes da época, as construções, e principalmente, a filosofia religiosa e as intrigas políticas entre a realeza e a Igreja católica medieval, bem como, os conflitos dentro da própria Igreja entre seus grupos religiosos. O principal cenário do enredo se passa na biblioteca da abadia, outro motivo para Umberto Eco apresentar todo seu conhecimento. O livro em si é excelente, mas não podemos deixar de fazer menção ao lindíssimo projeto gráfico do livro. Ele vem em capa dura, com uma gravura em tema medieval muito bonita. O papel off-white não é muito fino e também não chega a ser muito branco, com tipografia Minion Pro e espaçamento entre as linhas suficientes para tornar a leitura muito agradável. A tradução é de Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade. Porém, em 2012, Umberto Eco revisou o texto original e esta revisão não consta das edições anteriores. Assim, essa edição de luxo vem com revisão da tradução feita por Ivone Benedetti, bem como, acompanhada de um glossário das expressões em latim, o que ajuda a compreender várias passagens do livro. Já escrevi em outras resenhas, alguns livros precisam da época certa para serem lidos e merecem sempre uma segunda chance. Foi o caso de ?O Nome da Rosa?. Trata-se de um clássico. Recomendo a leitura.
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Matheus 19/04/2020

Não à toa, um clássico
Simplesmente sensacional. A despeito da redução de questões fundamentais das teologias monásticas e reputar heresias à meras disputas de poder político da Igreja, o romance é fabuloso. Para um cristão mal formado ou um leigo incauto, convém o cuidado para não confundir fato e ficção.

A discussão sobre o significado existencial, simbólico, teológico e filosófico das bibliotecas é absurdo de tão genial.
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Carolina CM 27/04/2020

Genial
Ser transportado para a idade média é inusitado. Ter que pensar com uma cabeça muito diferente onde óculos e bússolas são artefatos muito modernos, beirando a bruxaria, ao passo que unicórnios e sereias são seres absolutamente reais. Entender a política, os valores daquele tempo...só isso já é muito interessante nesse livro, mas esse é só o pano de fundo. Acompanhando a visita de um monge franciscano a uma abadia beneditina, temos reflexões e discussões muito profundas sobre o conhecimento, o acesso ao conhecimento, poder do conhecimento, ao poder que entender várias línguas pode dar, as questões políticas da época entre povo, igreja, império, justiças, injustiças, medo, amor, livros, biblioteca, laberintos...a razão de casa um, suas verdades, obediência, fé, fanatismo...até do poder do cânone literário...fala de tudo isso e ainda tem um mistério à la Sherlock Holmes a ser desvendado. Personagens densos, bem construídos, que refletem bem o seu tempo. Eu não tenho muito o que dizer sobre esse livro além de que é espetacular e gera muitas reflexões. Um livro inteligente, do tipo que seria muito lamentado se fosse queimado, extinguido, censurado ou se você, por alguma razão, não tivesse acesso à ele.
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Rodrigo Fernandes 11/05/2020

Prolixo
A estória é boa! Mas o autor divaga as vezes em palavras em demasia; não sintetiza o pensamento. Cansativo por estender-se demais no tempo; tende a arrastar-se em assuntos que não são da narrativa em si dos acontecimentos da trama.
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luisasfreitas 13/05/2020

Um livro de muitas camadas
?O nome da rosa? vai tratar do frei Guilherme que é chamado a um mosteiro e leva consigo o seu aprendiz, Adso de Melk, para solucionar o assassinato (que posteriormente se transformará em uma série destes) de um monge.
Ao primeiro olhar do leitor esse livro pode parecer com um romance policial, mas é muito mais que isso. As discussões, dentre muitas, que ele traz acerca de heresia, das facções dentro da religião católica, conhecimento, livros e até mesmo sobre o riso são extremamente interessantes e enriquecedoras. O pano de fundo da Europa medieval que o autor, especialista no estudo medievalista, imerge o leitor de uma forma espetacular.
No final ficarão ainda perguntas sem respostas, e essa com certeza foi a intenção do autor, deixando para a interpretação do leitor muitas coisas, inclusive o próprio título do livro.
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Rafael.Montoito 18/05/2020

Uma obra-prima
Já faz algum tempinho que acabei de ler "O Nome da Rosa", mas ainda não tinha conseguido parar para escrever sobre este livro, tal qual ele merece. E nem sei se agora o consigo, pois à obra de Eco faltam adjetivos que descrevam sua qualidade narrativa, inventiva, histórica e linguística. Contudo, deixo aqui um pequeno registro, sublinhado pela opinião de achar que este é daqueles raros livros que todo mundo teria que ler antes de morrer, uma obra-prima em todos os aspectos imagináveis.
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A história se passa num convento do Norte da Itália, onde mortes misteriosas têm acontecido frequentemente. Lá chega, então, o frei Guilherme de Baskerville, cuja mente lógica e perspicaz se põe no intento de desvendar o mistério; em sua companhia, está o jovem Adso de Melk (que é o narrador da história, já em idade avançada).
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As pistas para desvendar o intrigante caso parecem estar relacionadas à majestosa biblioteca, na qual monges copistas são responsáveis por reproduzir as obras mais relevantes do conhecimento humano. A biblioteca, por si só, é um labirinto estranho, cujas salas se intercomunicam de uma maneira que só o bibliotecário conhece (o labirinto, e até mesmo a biblioteca, são uma forte referência ao escritor argentino Borges), mas a mente de Guilherme é perspicaz demais para ser enganada por algo que o homem projetou.
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Envolto em questões religiosas, disputas de poderes entre ordens distintas da Igreja, questões da inquisição e da ciência, Guilherme e Adso (que conhece o amor carnal de uma maneira um tanto inesperada e trágica), estreitam laços intelectuais e fraternais enquanto juntam as pistas: cada monge tem um papel central na história e a descrição de suas personalidades, feita por Eco, é magistral.
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Ao final, o leitor fica estupefato com o modo como o autor junta as peças espalhadas pelo romance e apresenta a revelação do segredo; o clímax, então, é de deixar qualquer amante dos livros e das bibliotecas pasmo, perturbado com a ideia de que aquilo pudesse acontecer.
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Não negarei que um ou dois capítulos me pareceram bastante tediosos, mas são também eles mostra da erudição de Eco que, em seu primeiro romance, fez uma obra que gravou seu nome na história. O filme só é bom para quem nunca leu o livro; perto das páginas de Eco, ele desaparece como poeira ao vento.
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