Resenhas - O Anticristo

Tatics 08/11/2020

Obra grandiosa e polêmica
Nietzsche foi polêmico tanto em vida quanto em morte. Sua obra foi usada de forma distorcida, mas graças ao tempo e aos estudos posteriores sua grandiosidade foi finalmente reconhecida e hoje ele é um dos autores mais influentes na filosofia e costumes contemporâneos.

O Anticristo é uma crítica aberta ao cristianismo e todos os seus princípios, uma obra polêmica que me levou a questionar minhas próprias crenças e confesso que me fez ter uma outra visão sobre elas, sendo essas crenças religiosas ou não.

Acho que hoje, diante da situação em que vivemos, é necessário questionarmos o modo como nos comportamos, pensamos e agimos e precisamos entender o que influenciou isso para chegarmos ao ponto em que estamos: um completo caos.

Claramente tivemos influências muito ruins e seguimos isso cegamente, sem questionar e sem avaliar as consequências. Está na hora de revermos nossa forma de nos relacionar, revermos como vemos o meio em que vivemos e nosso papel no mundo, Nietzsche com certeza terá um papel fundamental nessa busca de conhecimento.

FlaviosParanhos 04/11/2020

Forte
O ANTICRISTO
Friedrich Nietzsche

"A própria palavra cristianismo é um equívoco, no fundo só existiu um cristão, e esse morreu na cruz"

Está obra no mínimo polêmica é curta, densa e difícil, aqui Nietzsche expressa como no fundo todo o cristianismo é um movimento de enfraquecimento histórico, e vingança. Na opinião do autor, o evangelho proposto por Cristo era algo vivido internamente, não existe pós vida, não existe milagre, não existe fé. Toda a boa nova que Cristo apresentou ele viveu! Não só viveu ele deu a vida por isso. E por ódio, desejo de vingança e desejo de uma ruptura social, Paulo e outros de seus apóstolos criaram o cristianismo, não só isso, eles pegaram conceitos de todas as religiões existentes até então, suplantaram até mesmo o judaismo, e criaram o conjunto de regras perfeitas. É impossível questionar algo que vc só saberá se existe ou não em outra vida. A fé é cômoda demais, e todo bom sacerdote sabe bem como estimular e se aproveitar disto. O conceito de pecado, a negação da ciência, a necessidade que de existe sofrimento no mundo para que a fé não pareça, provado principalmente pelo fato de que os países melhor desenvolvidos são os que têm menos religiosos... porém Nietzsche não era lá um dos maiores exemplo de sanidade. Tiro desta obra um bom conhecimento, não concordo com tudo, mas acho importante e percebo a sagacidade que a teoria da prosperidade espalha pelo mundo, e o quanto a humanidade já pagou, paga e pagará por isso. Todo meu respeito a Cristo o único cristão que existiu.

Juan 27/10/2020

Mesmo eu gostando do ateísmo, discordei de várias críticas desse livro em relação ao cristianismo. E concordei com várias também. A comparação final com o Código de Manu foi lamentável. Quanto a leitura, do meio pra frente fica mais fácil de ler, já se acostuma mais com a escrita e as ideias de Nietzsche.

fleabookz 15/09/2020

Uma história de mais ódio que amor
É a primeira vez que leio algum livro de filosofia, então não tenho nada para comparar. Logo, também não fiz leitura das outras obras do Nietzsche.
Obviamente que eu sabia que é um livro com o objetivo de criticar o cristianismo, mas fiquei bastante surpresa ver ele citando outras religiões. Fiquei mais surpresa ainda ao perceber que ele falava bem dessas outras religiões.
Concordo com várias coisas ditas, mas discordo totalmente de outras. Vou tentar colocar essas concordâncias e desavenças de maneira breve, ou não, e na ordem em que aparecem no livro.
No que diz respeito ao poder, acredito que o cristianismo realmente o olha como algo pecaminoso. Esse poder está em Deus e em seus sacerdotes, não no homem. Mas não necessariamente vejo a compaixão como sinônimo de fraqueza, penso que precisa ter força para simpatizar com a dor do outro.
Não é segredo pra ninguém que o cristão deve seguir algumas regras, abrir mãos de coisas terrenas, ao menos na teoria. Pois esse está preparando o seu espírito para o "paraíso", ou seja lá o que o for.
Gostei bastante da comparação com o budismo, o pintando como melhor que o cristianismo. Porém, no meu ver não faz sentido falar bem de uma religião enquanto ataca outra, visto que todas tem seus pontos altos e baixos. Além do que, depende muito também de como os fiéis a colocam em prática.
Em certo momento o autor fala que o cristão é hostil com os nobres e que não se pode mais esbanjar seus privilégios. Isso me fez rir demais, essa briga todo com o cristianismo, simplesmente por não poder mais se denominar aristocrata (tão patético). Já pro final mais uma fala desse tipo, que os "medíocres" são felizes por estar nessa posição. Ainda mais que é devido a essa desigualdade que os direitos existem e que esses são privilégios. Fiquei bem brava nessa parte, não vou mentir.
Apesar dessa grande raiva dita no parágrafo anterior, como boa apaixonada que sou, amei sua breve fala sobre o amor. "O amor é o estado em que o homem mais vê as coisas como elas não são." e é isso mesmo, por isso o chamamos de cego.
Me chamou a atenção ele falar de Jesus como opositor da hierarquia dirigida pela Igreja. E como um bom exemplo de modo de viver o evangelho.
Eu estava meio pé atrás em ler Nietzsche por causa da sua frase "a mulher foi o segundo erro de Deus", muitas vezes usada por algum homem pra desmerecer mulheres que citam o autor em algum momento. Sendo que tiraram ela de todo o contexto em que foi usada né? Porque com isso ele quis dizer que a Eva despertou em Adão o interesse pelo conhecimento, assim dando início à busca pela sabedoria. O que os expulsou do paraíso, visto que Deus é inimigo da ciência, e é por isso que foi um erro criar a mulher.
Por fim, sem dúvidas, o cristianismo é inimigo da ciência e não tem compromisso nenhum com a realidade. O que me deixa atônita e me faz afastar de qualquer religião possível. Gostei do livro, mas achei alguns posicionamentos muito elitistas.

Barreto 15/09/2020

Sem dúvida virou um dos favoritos.
Cara, que livro ABSURDO. Nietzsche mudou minha forma de enxergar a Igreja, ainda mais. Vou deixar uma frase do livro que achei absurda. ?O amor é o estado em que o homem enxerga as coisas como elas não são.?

yoongi 12/09/2020

4 estrelas porquê o gay jurou que pode fazer a mesma crítica pra uma filosofia subjetiva e um alinhamento político... gay?? Ele falando que anarquismo e cristianismo são iguais jurouuuuuuuuuu. Além de varias passagens elitistas que basicamente medem o valor individual em posse e classe social, o gay literalmente colocou a posse de latifundio como algo que diferencia os fracos dos superiores.......mulher........
Mas enfim crente eh uma aberração mesmo fatosss?

Henrique Fernandes 12/09/2020

Apresenta uma idéia bem direta sobre o pensamento de Nietzsche a respeito do cristianismo, sem filtros nem piedade.

Lira 31/08/2020

Onda reversa
Incisivamente sucinto, controverso sob (des)medidas, Nietzsche e suas palavras ecoam inquietações universais.
Provavelmente lerei com uma maior maturidade como leitor, muita coisa me passou despercebida. Me deslocou, logo, foi uma experiência.

24. #desafioskoob

LeomaxCOF 14/08/2020

...
Nietzsche é um pouco agressivo na passagem de suas ideias. Dificilmente compreensível em todos seus seguimentos. Comparado com outra de suas obras que li, acredito essa ser a mais autoexplicativa. Independentemente, de concordamos ou não com que foi arguido nessa obra, ela pode suscitar em nós uma boa introspecção acerca do tema. Caso você se sinta ofendido com essa obra, releve... Ele escreveu para poucos, que como ele, precisavam quebrar suas amarras da sua própria maneira.
Dando minha opinião sincera? Caso você seja crente, veja os argumentos desse autor problemático, busque os refutar e fortaleça sua crença. Buscar argumentos antagônicos, é a melhor maneira de fortalecer a base de seus axiomas, ou até mesmo convalida-los. Infelizmente desconheço a língua alemã, mas espero compreender um pouco essa grande mente. É um assunto polêmico... Mas mesmo que discorde de seus pontos, é uma obra que vale a pena ser lida.

Daniel 09/08/2020

Crítica pesada!
botou para fudê no cristianismo!
no decorrer do livro a gente pensa que não pode ficar mais pesado e ele se surpreender. realmente ele odeia o cristianismo, mais precisamente, o protestantismo.

o último cristão morreu na cruz.

THALES76 02/08/2020

Feliz por ter terminado.
Confesso que comecei a ler super entusiasmando, mas o entusiasmo foi se atenuando no decorrer da leitura.
O problema acredito que seja eu mesmo, pois tenho dificuldade de ler texto rebuscado (talvez este nem estivesse tanto) e ainda acrescido do meu apreço pela obra ir diminuindo, o somatório destes fatores fizeram com que eu procrastinasse a leitura, mas acabei mesmo assim.
Acho que eu não estou preparado mesmo para esse tipo de leitura, e não digo um preparo de intelectualidade, mas sim de amadurecimento e interesse pelo assunto.
Vou guarda-lo aqui para no futuro tentar um releitura, ver se melhora alguma coisa partindo de outra perspectiva.

site: https://www.facebook.com/thales.mello.1/

João Sales 24/07/2020

Moralidade Cristã
Nietzsche descarrega uma contundente crítica ao moralismo cristão. Vale muito a leitura.

Senhora King 14/07/2020

Chatinho.
Tudo bem, eu sei que foi escrito bem antes dos dinossauros existirem, mas veja bem, que leitura chata rs. Eu acho que filosofia não é minha praia pra ser sincera.

Giovanna.Saviczki 08/07/2020

As ditas "críticas ácidas" mais me pareceram um ódio explícito ao cristianismo, o que me fez pensar que talvez houvesse algum ressentimento com esta religião ou cristãos.
Os pontos levantados por ele e a sua fundamentação são muito interessantes e chegam até ser bem atuais.
Porém, por mais que seja dito que o cristianismo é o mal da humanidade, não pude deixar de discordar pois o mesmo serviu de base para as ações "morais", independente da crença.
É um bom livro para questionar o trabalho da religião na sociedade.

sohisolo 02/07/2020

Nietzsche transcende muitas barreiras
Já era de se esperar que Nietzsche fosse provocativo e tão ácido em seus argumentos, mas ainda assim me surpreendi de forma muito positiva com o livro. Confesso que num primeiro momento, baseado no título, deduzi que fosse uma crítica à Cristo, mas muito longe disso. O autor crítica de todos os âmbitos possíveis somente a doutrina, inclusive com paralelos sobre outras das principais doutrinas.

Uma leitura é realmente proveitosa não só quando te satisfaz, mas te instiga a procurar outras leituras. Esse é o caso. Mais do que buscar argumentos para concordar com o alemão ou refutá-lo surge o interesse mais puro possível pelas doutrinas. O que era praticado em seu tempo não condiz com o período relatado por ele, assim como o período vivido por nós não condiz com o período vivenciado por ele. Dessa forma, é bom não só ler e se aprofundar em publicações de épocas diferentes, mas a partir delas traçar uma linha que possa facilitar a compreensão do todo.