Luh 04/10/2013Infelizmente achei muito surreal!Se você ainda não leu Delírio (o primeiro livro) eu sugiro que não continue lendo para não ter spoiller de Delírio.
Apesar de adorar a temática de livro fantasia, onde coisas surpreendentes e irreais acontecem, não espero o mesmo em distopias.
Pandemônio é o segundo livro de Delírio (resenha de delírio-aqui) e trata-se de uma distopia. O primeiro livro achei muito profundo, já esse segundo faltou a profundidade e achei muito sem pé nem cabeça. Muitos trechos de ação pareciam fantasia, Lena conseguia fugir, lutar, enfim ela parecia uma mistura de Mulher Maravilha com Sherlock Holmes, porque passou de uma menina inocente e frágil, para uma lutadora investigativa, e parecia que tinha o poder de teletransporte, enfrentava poucos obstáculos, gostaria que fosse um pouco mais difícil, ou devo dizer, mais real.
Depois de perder o seu grande amor Alex, que ao final do primeiro livro fica para lá da cerca, trecho onde eu quase chorei, e até hoje me dói o coração de lembrar. Lena passou a ter uma nova identidade e assim como Alex ela passa a ser uma infiltrada no grupo dos chamados zumbis, os curados da delíria. Apesar de Lena não ser curada, ela enfrenta muito bem a situação até que ocorre um grave incidente e ela é obrigada a conviver com Julian Finneman, o filho de Thomas Finneman, o líder mais influentes da ASD, que são totalmente contra os não curados.
Lena e Julian enfrentam os chamados Saqueadores, com a chegada desse novo grupo, a autora sugere mais ação, adrenalina e suspense.
Os capítulos são intercalados entre Antes e Agora, o Agora são os fatos ocorridos entre Lena e Julian, já o antes trata-se de como Lena conheceu o grupo da Selva, personagens fortes surgem como Graúna e Prego. O relacionamento com o novo grupo é muito marcante, porém eu me envolvi mais com os capítulos que narravam o agora, ou seja o presente de Lena, gostei muito de Julian, a única questão que me fez dar 3 estrelas para o livro, é que como eu disse logo no início, eu achei muito surreal. Muitos trechos que Lena precisava agir com coragem, achei forçado demais, e esperava mais humanidade e até mesmo fraqueza física ou emocional da personagem, afinal ela ainda estava a enfrentar um luto. Também tenho dificuldade em gostar de livros que envolvem um outro amor em um curto espaço de tempo, ou até mesmo triângulo amoroso.
Senti muita saudade de Alex mas ao mesmo tempo não poso negar que fiquei muito encantada com Julian, ele é bem sensível e sentimental. Na verdade eu acho que o senti falta da relação entre Lena e Alex, acho que eles super se combinam, na minha opinião parece que Julian é um daqueles personagens que pode-se dizer, "mais um pobre coitado que será usado pela mulher", coitadinho.
Confesso que o final é instigante e Lauren Oliver conseguiu me deixar com vontade de comprar o próximo livro intitulado no Eua por Requiem, o lançamento está previsto para 2014 aqui no Brasil.
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