Leo de Jonge 17/08/2012
Branca de Neve e o Caçador
Sabe quando você espera ansiosamente, loucamente, desesperadamente por um livro e acaba procurando o tempo todo informações do cujo que chega até a cansar você mesmo? Bem, foi assim com Branca de Neve e o Caçador, quando eu fiquei sabendo que iria ter um livro baseado no filme, já comecei a imaginar a maldade da Rainha Má (adoro mulheres no estilo “sou bela, mas sou fatal”) sendo narrada nas páginas do livro, a visão de uma Branca de Neve com pitada de Joana D’Arc, enfim, muito drama, muita ação e por aí vai. (talvez tenha um pequeno spoiler ou outro ao decorrer do texto, hehe)
Foi isso que aconteceu? NÃO! Eu com fone de ouvidos escutando a música da trilha sonora (Breath of Life – Florence And The Machine, é ótima) fui lendo página por página e aos poucos fui tirando a conclusão de que foi um livro, vamos dizer, sem graça, sem pimenta, sem açúcar, sem nada.
Claro, admito que a estória reformulada é interessante, eu realmente cheguei a pensar no início em uma princesa guerreira, o que na verdade não passa de uma mentira já que a moça dos cabelos negros praticamente não teve treinamento nenhum, a não ser na hora que o Caçador a ensina como desviar um golpe, ela não passa por mais nada do gênero, nada de 200 (pelo menos) flexões por dia, ou uma maratona correndo com os pés descalços, ou horas e horas de combates corpo a corpo, a menos que ela tenha o dom da osmose, não consegui ver aonde ela conseguiu o diploma de princesa guerreira.
Voltando as vias de fato, a querida Snow White depois de um tempo sem fazer mais nada, resolve colocar uma armadura, pega uma espada e um escudo e sai que nem uma doida se achando a Mulher Maravilha, no meio de uma futura batalha.
Mas voltando um pouquinho, só pra esclarecer, o livro conta a jornada da Branca de Neve desde a morte do pai até a revolta pela situação que ela passou durante tantos anos, e então a fase “guerreira” dela. Os personagens principais são Branca de Neve (obviamente), o caçador Erik (obviamente também), e a melhor definitivamente, a Rainha Ravenna (gosto desse nome) e um número bacana de personagens secundários (incluindo os anões, a propósito). O livro é narrado em terceira pessoa, o que não me agradou, acho que teria sido bem melhor se os próprios personagens contassem as histórias, tanto é, que eu achei a estória extremamente superficial, para mim pelo menos não deu para se familiarizar com os personagens, porque se não fosse pelo filme, a imagem deles já teria sumido da minha cabeça a um bom tempo. Além disso, o suposto triângulo amoroso Branca de Neve, Caçador e o filho do amigo do pai dela (não lembro o nome) foi mais sem graça que água com açúcar
Dou 3 estrelas porque estou de bom humor, ta, mentira, é porque apesar de tudo, Ravenna ainda conseguiu dar uma melhorada no livro, ela sugando a juventude/beleza das pobres garotas foi bem legal, gostei.
Eu não sei se vocês repararam mas a resenha está um pouco confusa, mil perdões aos que um dia lerem esse projeto de resenha, hahahaha.