spoiler visualizarNasa 20/02/2019
Sombra da Noite - Deborah Harkness
Então, comecei a leitura no exato momento que fechei o livro dois. E felizmente eu tinha o segundo livro da série a mão para dar continuidade a leitura. Eu tenho por habito não ler séries sem antes verificar se todos os livros foram lançados. Sou muito ansiosa para aguentar a espera. Prefiro esperar e ler um após o outro.
E com essa série então teria sido sofrido esperar os dois últimos livros. Comecei a ver a série para TV, e estou aqui sofrendo porque só tem a primeira temporada lançada.
Vamos a resenha:
O segundo livro começa exatamente onde o primeiro terminou e amei isso. Diana e Matthew pulam do presente para o passado, mais especificamente 1590, na Londres Elisabetana.
Imagina só ter esse poder, ai meu bom Deus!
Quando Matthew e Diana chegam o primeiro susto foi o dos criados, eles ficam em choque ao ver o patrão que chegou inesperadamente, vestindo poucas roupas trazendo a reboque sua esposa, pior uma bruxa. A casa é a mesma velha cabana que ela visitou no presente, claro, os moveis e funcionalidades estão completamente diferentes.
Os criados olham Diana com desconfiança e chegam mesmo a pensar que ela lançou um feitiço sobre Matthew, eles a consideram velha. Na Inglaterra de 1590 uma mulher na sua idade é mãe de filhos crescidos, enquanto ela não tem nenhum. A situação de Diana não é boa, ela tem um sotaque terrível para os padrões aceitáveis, o seu latim estava ruim, e alguns desconfiam que ela é sequer inglesa.
Sua personalidade chama a atenção dos amigos Ilustres de Matthew e causa certo desconforto, e ciúmes perigosos.
Para Diana é maravilhoso estar entre os seus amigos como por exemplo Christopher Marlowe(escritor de Fausto), George Chapman, Thomas Harriet (inventor do telescópio) Walter Raleigh e Henry Percy, William Shakespeare (escritor),Elizabeth I (rainha da Inglaterra)
Mas até para desenvolver algumas conversas é complicado, pois ela precisa saber como se comportar e os modos da época, os vestidos pesados. Mas nada disso vai impedi-los de buscar o Ashmole 782.
Diana mudou, ao atravessar a barreira do tempo seu cabelo se tornou maior, e seus poderes mudaram, estão sombrios e perigosos. Ela percebe isso depois de um incidente na casa da Condessa de Pembroke, Mary Sidney. Sem falar que as Bruxas de Londres, pelo menos algumas, não confiam nela e podem jogá-la direto na fogueira.
Matthew também mudou, se tornou mais possessivo, um homem de 1590, é como se o século houvesse pesado sobre ele. Diana tenta lidar com isso da melhor forma possível, mas a pressão é grande entre eles. Ela fica presa a ela, a seu poder de vampiro, sua independência sumiu, ficou no livro um. A autora fez questão de mostrar o quanto uma esposa dependia de seu marido.
A passagem de Diana e Matthew pelo castelo dos Clermont na França é muito interessante. A viagem deles até lá é cansativa. No castelo Diana conhece Philippe de Clermont, pai de Matthew, o encontro é emocionante, pois ele no presente está morto. Mas digo a autoridade dele sobre o filho é forte e faz Diana conhecer Matthew de verdade. Philippe é um personagem necessário e sua passagem pelos livros foi crucial para o desenrolar da trama. Tudo que ele fez repercutiu no futuro.
De volta a Londres Diana conhece um grupo de Bruxas que vão finalmente ajudá-la a entender seus poderes. Ela vai enfrentar pequenos e grandes desafios e conhecer pessoas que irão mudar sua vida.
O encontro com a rainha é muito tenso, amei essa parte e não duvido que ela fosse exatamente como foi descrita. A viagem para Praga e as descobertas sobre o Ashmole 782 são decisivas.
O livro alterna presente e passado de uma forma sutil. E mostra no presente os personagens encontrando rastros de Matthew e Diana no passado.
É o melhor livro da série na minha opinião.
Detalhes irritantes:
Matthew, é imortal, e tem mil e tantos anos, mas cometeu erros no passado e no presente. Acho que a autora tentou com isso deixá-lo mais humano? Talvez, mas acho que em vários momentos ele poderia ter sido mais “vivo”. Diana fez o mesmo, então ficaram empatados. São esses detalhes que me incomodaram no livro um e dois, porque foram erros bobos, improváveis para uma bruxa e um vampiro. Mas isso não tirou o prazer da leitura em nenhum momento.
Minha nota? Cinco Beijos Mordidos!
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