O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


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Joao.Alessandre 04/02/2024

1915
Raquel de Queiroz surpreende muito nestas menos de 200 páginas. Numa prosa simples, direta e contundente nos arrasta para a seca de 1915. Entrelaçando personagens icônicos inaugura a descrição realista de uma população bastarda da sorte e entregue a penúria extrema. Neste cenário perturbador insere uma figura feminina destoante, "frágil-forte", que tem nos livros os grandes aliados para lidar com a realidade implacável. A jovem escritora arrebatou grandes medalhões literários e críticos de sua época. Chegou forte, gritando e reverberando o sofrimento dos esquecidos e penalizados pela aridez climática e perversidade humana...
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Niara 24/03/2021

Marcante, forte, reflexivo
Livro muito importante para compreendermos melhor a formação do Brasil e todo o contexto de exploração do povo nordestino assim como os efeitos da "indústria da seca".
Dói ler eventos tão marcantes e sofridos, principalmente por saber que é verdade.
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Giu sccp 20/06/2022

Esse livro é maravilhoso, li em 2018, até hoje sou fascinada pela história.
A autora cearense, com 19 fucking anos, quase minha idade e não me imagino escrevendo algo tão perfeitamente assim, relata a história da triste seca de 1915 que assolou o sertão nordestino. A história se passa no Ceará, em Quixada, conta a história de uma família que por conta da seca em suas terras e falta de alimentos tiveram que migrar a pé pra capital em busca de uma oportunidade de vida melhor, no entanto, no caminho acontece muita coisa, eles acabam chegando em Fortaleza com apenas 1 dos 3 filhos. Ao mesmo tempo conta a história de Conceição e Vicente e sua avó, moradores da capital, possuem mais condições financeiras. Ao final do livro mostra a chegada da chuva e uma esperança aos sertanejos nordestinos.
Não me canso de falar como esse livro é bom, a escrita é maravilhosa, a história muito emocionante, tocante. A descrição do lugar faz com que você realmente sinta as emoções e a autora brilhante. Leria mil vezes de novo.
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Gabi Sagaz 01/05/2020

Bom
O livro é bom, e trás uma realidade do nordeste que sabemos mas esquecemos.
Mas o fim... Ahhh o fim.
:/
Bruno B. 08/05/2020minha estante
https://brunobts2014.wixsite.com/maisumcapitulo/post/o-quinze-raquel-de-queiroz
Saiu mais uma publicação do Blog Mais Um Capítulo. Vai lá conferir!!


Bruno B. 30/05/2020minha estante
Mais um vídeo no YouTube, se puder assistir, ficarei grato.

https://youtu.be/AS8MzpyoOLw




@jaquepoesia 16/12/2023

Livro excelente!
• O quinze
• Rachel de Queiroz
• Editora José Olympio ▪︎ @grupoeditorialrecord
• Ano: 1930 - edição: 2016 - 208 páginas

💬 Vamos falar do magno opus que traz a realidade da seca em uma ficção que desempenha um papel político, sendo uma denúncia sobre o descaso com os retirantes. Pessoas expulsas da própria terra pela seca, sede, fome e doenças levando mais e mais vidas, esperança de outra vida em outra terra...
Rachel nos leva a enxergar a estiagem por diferentes perspectivas, e em todas elas sofremos, sofremos pela desumanidade, pelas tragédias, pela árida verdade por traz de cada capítulo.
Sofremos por saber que existiram na realidade Josias, Pedros e Duquinhas... sofremos porque a potência da escrita dela nos calou, fazendo com que ficássemos em silêncio ao ouvirmos os horrores do Campo de Concentração em Fortaleza.

Embora com apenas 157 páginas, O quinze é um livro gigante em significado, é intenso, é áspero e necessário. Essa edição também conta com um glossário, e a incrível crítica de Mário de Andrade sobre a obra e uma cronologia da escritora.

🍂 "Por que, em menino, a inquietação, o calor, o cansaço sempre aparecem com o nome de fome?
》 pág. 48

🍂 "Então ser superior é renunciar ao seu feitio e à sua vontade, e, recortando todo excesso de personalidade, amoldar-se à forma comum dos outros?"
》 pág. 52

As consequências de uma terrível seca no Ceará em 1915 afeta drasticamente a vida de muitas famílias, dentre elas estão Inácia e sua neta Conceição, Vicente (primo de Conceição), Chico Bento e Cordulina, um casal pobre que enfrenta a seca com seus filhos.

Os animais e a vegetação morrem com a falta de água, e logo a fome toma conta de todos que não puderam ir para o centro ou para outro estado, tendo de suportar um pesadelo que pode lhes custar a vida. Todas as camadas sociais são atingidas pela seca, mas são os mais pobres os mais afetados. Esse é o caso de Chico Bento que não consegue passagem para deixar o Ceará e tenta viajar da sua maneira para Fortaleza, levando consigo sua família e tudo que pode.
JurúMontalvao 18/12/2023minha estante
?
esse já tá na minha lista infinita




Izabella.BaldoAno 07/06/2024

"como pode descrever de maneira tão bonita algo tão triste?" foi uma anotação que fiz logo no início de O Quinze e que foi se repetindo várias vezes ao longo dele.

uma das coisas que mais me chamou a atenção na escrita de Rachel aqui foi como ela parte da paisagem dura da seca para a criação de uma poética, tão tocante mas também tão dura e seca. dá pra sentir na pele o sol, nos pés as rachaduras de um solo árido, na boca a escassez de água. dá pra ver aqueles juazeiros que ainda são esperança de abrigo num cenário tão hostil, dá pra sentir internamente a dor dos animais que padecem.

como faz com o ambiente, a secura invade também as relações humanas, condicionadas e moldadas pela dor, pela fome e, como em todos os cenários, mas extremadas pelo extremo da própria situação, o poder. há a estrutura familiar completamente abalada pela desolação da fome, há amores suspensos pelo tempo, quase que à espera de chuva pra que se tornem sólidos ou se liquefaçam. há aquele que se curva, mão estendida em pedido, e aquele que mataria para conservar intacto seu patrimônio, mesmo diante dos que morrem de fome.

num momento em que nosso país passa por uma tragédia tão grande causada pelo excesso de água, foi extremamente marcante ler um livro que se passa num cenário oposto, onde a tragédia é causada por falta dela. ambas situações tão extremas e reais, enfrentadas no mesmo país, ora em tempos diferentes, ora contemporâneas. as duas reveladoras de mazelas extremas que nós, estando tão próximos, muitas vezes não costumamos alcançar.

assim como a realidade, O Quinze me deixou uma marca permanente.
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Lets_abueno 22/03/2021

Clássico
O Quinze é o tipo de livro de que te faz pensar na vida. Sua narrativa puramente brasileira, simples e sertaneja mostra uma faceta tão real de nossas raízes que nos faz pensar em quanto somos sortudos por várias coisas.

A autora acertou em cheio com seus personagens, literalmente representando nosso povo com eles. Intimamente, sinto orgulho desta obra.
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Eduardo 13/12/2022

A seca e a miséria em palavras
Em 1915 ocorreu uma das piores secas no Ceará que acarretou um intenso fluxo migratório dentro e fora do estado. Daí vem o título do livro. Rachel de Queiroz com sua magnífica escrita retrata a imensa miséria provocada pela seca no sertão que rodeia seus personagens.

Há aqui duas tramas principais: a de Conceição, professora, e a de Chico Bento e sua família, todos retirantes.

Conceição, sendo uma mulher a frente a seu tempo, tem atos de caridade e independência, atitudes nada comuns de moça da época, atuando nos campos de concentração, onde ficam os retirantes, e ajudando como pode. Nessa trama envolve também Vicente, um pretendente dela que formam um casal mal-resolvido.

A família de Chico Bento que está em busca de melhores de condições de vida, é a que mais sofre durante toda a narrativa. A dor da perda, a fome são constantes entre todos os membros. O sofrimento deles não vem somente da estiagem como também da falta de empatia com os que passam necessidade, mas também surgem a ajuda e a caridade de onde não se espera.

A autora conta toda essa tragédia que ocorreu de forma simples e direta. Sem rodeios ou idealizações. Vemos uma parte triste da nossa história, a fé de um povo que mesmo com as adversidades existe e resiste.
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Michele 07/01/2022

De brasileiro pra brasileiro
Não é à toa que é considerado um clássico nacional. Uma história que nos tira da nossa bolha e nos apresenta uma realidade dura, seca e cruel. Realidade essa que não é apenas parte da nossa história, mas que infelizmente perdura até os dias de hoje, onde muitos brasileiros passam vidas inteiras em busca de um mínimo de dignidade, porque essa é a única opção que eles têm: não desistir, mesmo não sabendo exatamente de quê.
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Dira 25/05/2020

Tristeza e história
A história dos retirantes nordestinos é a história da formação pós colonial do Brasil bem crua. Foi um livro curto que me deixou absorta e sem fôlego. A fome é a pior das desgraças que um individuo pode estar sujeito. Bela obra.
Bruno B. 30/05/2020minha estante
Mais um vídeo no YouTube, se puder assistir, ficarei grato.

https://youtu.be/AS8MzpyoOLw




Suzana 09/06/2021

Históricas da seca
Incrível como um livro consegue abrir sua mente e seu coração para um tipo de dor que a gente não viveu, mas que pode, através da imaginação, chegar próximo do sentir?
Esse livro é um pequeno conjunto de histórias de vidas sertanejas que se entrelaçam e têm destinos tão diferentes, dores iguais mas tão divergentes?
Eu me emocionei muito com algumas passagens, Chico Bento e Cordulina entraram no meu coração e na minha alma?
Fiquei indecisa quanto ao destino do Josias, não sei se lamentava ou se agradecia por Deus ter-lhe poupado.
Quanto a Vicente e Conceição? vida que segue?
Rodrigo.Silva 09/06/2021minha estante
Como é que faz pra ler um carai de um livro nesta caraia que faz um tempão porra


Suzana 09/06/2021minha estante
Não entendi


Rodrigo.Silva 09/06/2021minha estante
Me ajude por favor faz duas horas que eu quero ler um livro e não consigo


Suzana 09/06/2021minha estante
Mas não tem como ler livros por aqui, aqui a gente só comenta, faz resenha do que estamos lendo, vemos o que os outros estão lendo para ter inspirações para leituras futuras? esse livro eu tenho físico, em casa. Aqui só posto as minhas impressões e faço os acompanhamentos da minha leitura.


Rodrigo.Silva 09/06/2021minha estante
Sério isso. Caramba meu Deus. Kk?kkk tá bom vou sair então


Suzana 09/06/2021minha estante
Beleza ??




Cindy 29/06/2021

O quinze foi meu primeiro e encantador contato com Rachel de Queiroz. O romance escrito de forma simples, poética, metafórica e realista retrata a grande seca que assolou o sertão em 1915 que deu então o título da obra. Com variados personagens, a autora nos apresenta vivências que a seca e suas extremas dificuldades que acomete os sertanejos, que possuem grande família, mulheres que não se adequam as ideia patriarcais a cerca do matrimônio, pessoas instruídas, sertanejos relutantes quanto a sua saída de suas terras, restaurantes que arriscam suas vidas e dos seus em fuga da seca e em busca de melhores condições. Enfim, o quinze é um curto e fluido que nos prende a muitas questões sociais em torno das migrações para os cenários urbanos, os apoios que o governo faz aos retirantes que muitas vezes não é de todo eficiente e às vezes cruel ao ponto de só estagna a deplorável situação os sertanejos, sobre as relações das mulheres na sociedade e entre outras. Creio a autora finalizou mítico bem a obra ao deixá-lo em aberto pois nos permite variadas sensações de ansiedade, de curiosidade e êxtase, que em particular me atrai muito nas leituras. Recomendo muito também ler Vidas secas pois se relaciona muito com o livro em questão.
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Dri 10/01/2022

Misto de emoções
Primeira LC do ano concluída e só posso afirmar que foi com grande estilo.
O sertão sempre me deixa com o coração apertado, toda a seca, todo o sofrimento dos retirantes, nossa. E nesse aqui o sofrimento é muito, chorei em vários momentos. Simplesmente incrível.
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geovana 24/08/2021

não é o tipo de livro que eu leio, mas até que gostei e li rápido ele. a história tem como foco a situação difícil que a família de chico bento está passando. retrata a realidade dos retirantes nordestinos quando essa região foi atingida por uma seca enorme em 1915.

é uma história triste muitas vezes em um cenário deplorável mas que tem um final bom. gostei bastante e li rapidinho também.
Fernanda 24/08/2021minha estante
Ela escreve muito bem.


geovana 24/08/2021minha estante
@fernanda sim fiquei besta q ela escreveu com 20 anos


Fernanda 25/08/2021minha estante
Memorial de Maria Moura é bom também.




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