O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


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Renato Esteves 05/03/2023

Li rapidamente. O drama da seca e da fome, a luta pela sobrevivência daqueles que não tem com o que se segurar na terra. Um livro agradável de se ler, mas triste, fica um peso no coração depois de lido. Como a fé acaba sendo usada como um anestésico para a realidade.

O pano de fundo é inspirado na grave seca terrível que se alastrou em 1915 por muitos estados do nordeste, incluindo o Ceará onde a autora residia antes de ir com a família, fugindo dessa seca, para o Rio de Janeiro.
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Paulo 29/05/2017

O Quinze
Este foi o primeiro livro que li da Raquel de Queiroz, adorei conhecer este trabalho da autora. Em minha opinião ela conseguiu retratar o drama sofrido pelas pessoas sob as condições em que foram submetidas devido à seca de forma esplendida, e fez isso tão bem que muitas vezes me flagrei junto com seus personagens sofrendo com suas dores e duvidas.
O quinze é um ótimo romance regional, traz uma estória bem forte e crível, personagens marcantes e uma escrita excepcional. Ela ilustra de forma brilhante as mazelas da seca e o drama do sertão nordestino.
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Thiago662 14/05/2021

Subversivo/A seca pela ótica feminina
Escrito por uma mulher de 19 anos, publicado em 1930. Subversivo. O quinze apresenta uma forma direta de contar e escrever sobre a seca e seus efeitos sobre a população. Quinze porque retrata ou é influenciado pela famosa seca de 1915, que assolou partes do Nordeste.

São três núcleos principais. O retirante Chico Bento, expulso da sua terra, e sua família. O sofrimento, desenraizamento, as humilhações, fome, mortes. Esfacelamento da família no longo percurso em direção a uma vida talvez melhor. Jamais saberemos se conseguiram, mas é a história de muitas pessoas que fizeram o sudeste.

Vicente, o fazendeiro que fica, tenta resistir, luta para salvar seus animais e sua gente. Vive por aquele pedaço de chão, tão seco quanto a sua vida.

E Conceição, a professora, independente, que lê sobre tudo, e que se considera sozinha. É diferente das outras. Não consegue se enxergar casada, mas sente falta de algo.... Por isso mesmo, tem um amor irrealizado com Vicente. Não combinam e combinam ao mesmo tempo. Não se ajustam, é uma escolha.

Pensar a mulher tão independente, leitora de obras feministas e socialistas, que desafia a sociedade do seu tempo, no momento em que às mulheres era reservado o casamento ou o magistério (outro casamento) é um ponto interessante da obra.

Impossível não se emocionar e se sentir imerso no ambiente desolador descrito por Rachel de Queiroz. Impossível ficar indiferente a fome doída de Chico Bento e sua família ou a morte de Josias. Uma fome de tudo, que ainda caracteriza o Brasil.
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Leonardo Rasseli 21/04/2021

O livro retrata a dura realidade de um sertão de secas, fome, miséria, onde retirantes tem que tentar sobreviver a própria sorte.
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Shay 24/04/2022

Mais que experiência!!!
Esse é um dos primeiros nacionais que eu leio, e tenho que admitir que ele foi bem escrito, bem envolvente. Ele retrata de forma tão tocante a seca passada no 15, é algo que me assustou mas ao mesmo tempo me interessou, pode tirar muito proveito dessa leitura, foi incalculável o tamanho sentimento que passei nessas folhas, quero ler mais nacionais, quero ler mais Raquel de Queiroz!
Alane.Sthefany 24/04/2022minha estante
Nossa, se vc gostou desse. Super indico Morte e Vida Severina, tem também uma animação do livro no canal TV Cultura, espero que goste, caso você se interessar ???




Micka 12/03/2021

Clássico da literatura brasileira
- Este livro entrou para os meus favoritos, inclusive, achei mais profundo e doloroso do que Vidas Secas de Graciliano Ramos.

- Narração em terceira pessoa;
- Linguagem simples, íntima e realista;
- Cenários detalhados;
- Regionalismo puro com sofrimento escancarado, que escrito de forma natural, traz um sentimento de angústia para o leitor;
- A estória se passa no sertão do Ceará durante a seca de 1915, por isso o livro se chama "O Quinze";

- "Recordando a labuta do dia, o que o dominava agora era uma infinita preguiça da vida, da eterna luta com o sol, com a fome, com a natureza".

- Nesta edição, a obra em si só vai até a página 160, o resto é glossário, fortuna crítica e cronologia.
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Ayumi.kimura 19/04/2021

A luta do homem contra a seca
Uma grande reflexão sobre dinheiro, conhecimento e oportunidade venha interferir no destino de um indivíduo ou de uma família, e além da sorte. E também acreditar que em algum outro lugar possamos ser felizes ou apenas deixar viver.
Essa é a jornada do livro, e um amor de duas pessoas que nunca tiveram a coragem de se declarar.
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Jessica Moraes 18/02/2024

Somos apresentados a historia de chico bento e sua família, que são levados a irem embora da fazenda onde estavam trabalhando devido a seca. o gado foi solto por ordem da proprietária e vários empregados, demitidos. como não tinham condições de transporte e nem trabalho por aquela região, seguiram até a próxima cidade no 'campo de concentração' de a pé para tentarem uma nova vida.
são ajudados por conceição, um professora que também tem laços com o interior do sertão e que tenta ajudar como voluntária nesse 'campo';
é narrado o encontro das histórias entre essas famílias.. sobre esse tema de seca nordestina, acredito que esse 'o quinze' tem um foco diferente de 'vidas secas' por exemplo, mas os dois são leituras obrigatórias.
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Siane 23/11/2021

Clássico
A narrativa desse livro é incrível, nos transporta literalmente para dentro da história. Uma história de miséria, fome e esperança, retratando a luta das pessoas durante a seca no sertão, ao mesmo tempo que discorre sobre personagens cativantes como a Conceição, que tanto ensina. E os diálogos e palavras tipicamente nordestinas, impossível não se identificar ou lembrar.

A história de Chico Bento me tocou de uma maneira inexplicável, lembrei muito da história que meus avós contavam sobre o período que viajaram também em cima de um jumento e de todo o sofrimento que vivenciaram, é doloroso ler essas páginas e saber que essa foi a realidade de muitas pessoas, quantas crianças e adultos morreram na esperança de uma vida melhor.

Além disso, nos faz perceber como a água é importante e é também um símbolo de esperança. Se você ainda não leu esse livro, leia, pois garanto que vale muito a pena. Ressalto ainda que apesar de ser um clássico, a leitura é super rápido e fluida e a escrita de fácil compreensão.
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Dk 14/01/2021

Quem quiser que se iluda achando que é uma linguagem simples... A narrativa é fluida, porém densa. Não por causa de regionalismos ou questões semânticas, a densidade fica por conta do conteúdo. Na minha avidez por saber mais da história, tive que voltar várias linhas e reler trechos cheios de significados "pesados", que não cabiam fácil em minha compreensão. É um livro muito humano, muito próximo de realidades não tão distantes assim de mim, e por isso também marcante.
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Fernando 03/04/2021

A história dos personagens é conduzida, e mesmo determinada, pela seca, tão bem retratada na obra, com todo o realismo e dor que ela carrega.
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Hiago.Oliver 12/06/2022

19 anos?...
Terminei e simplesmente e um bom livro...
Ela conseguiu mostrar cada detalhezinho perfeitamente,soube todas as palavras certas daquele momento.
Passou sim,muitas expressões através das palavras.
Eu curti cada parte do livro...
Mas senti falta da Conceição no decorrer do conto,sei que não o total foco em si, naquele estante,mas achei realmente que ela iria acabar que...casando com o vicente?tendo um laço maior com ele e no fim acabou que n rolou nada doque espera.
Mas fora isso mostrou como ela e decidida,nunca foi contra seus extintos,sempre agindo conforme ela vai vivendo e incrível.
Sinti falta de um desfecho para chico bento....
Dps de sofrer tanto na seca,de por si,perder não um,mas três filhos,senti falta de um ele,espera um "a viagem foi difici,mas ao chegar no São paulo,conseguiu levar a vida" ou um "chico por si e sua familia,não aguentaram,e ambos pais tiveram q ver seus filhos indo um a um"
Mas o livro e incrível,ela conseguiu demonstrar bem a seca nos sertões,um excelente trapalho eu diria(quem sou eu pra flr).
Mas o jeito q ela mostra a dor retratada em palavras,o sofrimento daqueles tempos difíceis e formidável,ela consiguiu mostrar os costumes daqueles tempos...
Enfim,aconselho a ser cuidadosamente,caso contrário vc acaba se perdendo um pouco do contexto.
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duda 10/05/2020

e a raquel que com a minha idade publicou essa obra belíssima...
Bruno B. 30/05/2020minha estante
Mais um vídeo no YouTube, se puder assistir, ficarei grato.

https://youtu.be/AS8MzpyoOLw




Amanda 03/05/2023

Simples,profundo e sensível.
Li esse livro pq a escola pediu e admito que não estava com as expectativas muito altas,mas acabei me surpreendendo.A história se passa no cenário de seca que assolou o Ceará em 1915,trazendo, naturalmente, inúmeras questões sociais sobre a vida no Nordeste e a vida miserável dos migrantes da região,mas o mais admirável nessa obra é a forma como a autora trouxe esses temas de forma tão sábia,sem romantizar nada e sensibilizando o leitor, o que consagra "O Quinze" como uma obra-prima da literatura brasileira
Mas afinal,o que torna "O Quinze" um clássico?Como eu sempre digo,todo clássico é um clássico por uma razão,e que razão seria essa?Pois bem,a resposta pode ser dada com uma só palavra:a sua simplicidade.
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Camila Borges 22/01/2022

O "algo a mais" na tradição de histórias sobre a seca
O que mais me atraiu nessa leitura foi a linguagem simples e a personagem principal, uma mulher leitora. Temos narrativas excepcionais sobre a seca, sobre o sertão nordestino, sobre a fome, mas Rachel acrescentou algo a mais nessa tradição. A autora começou essa história com uma cena corriqueira de Conceição, uma mulher que lia livros "socialistas" e livros sobre "a questão feminina, da situação da mulher na sociedade". Isso me marcou de uma forma especial, principalmente levando em conta que o livro foi escrito em 1930 (nem preciso dizer nada sobre o machismo e a misoginia da época).

Faz toda a diferença saber quem é o sujeito principal da história. A seca é diferente pra um vaqueiro, para uma senhora de idade que cresceu naquela terra vendo tudo secando, pra uma criança, para um rico dono de terras, e para uma mulher com "ideias". Achei que muitas cenas são incompletas, propositalmente. A gente sente que falta algo acontecer, um amor que quase se realiza, um menino que fugiu e não sabemos pra onde, acho esse "silêncio" algo perturbador (de forma positiva) na literatura, pois abre ainda mais espaço pra imaginação.
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