Lau 04/09/2020
Jogando um Jogo de cão e gato sem os animais...
Quando comecei a ler esse romance policial eu tinha mtas expectativas a cerca do tema, pensei ser um daqueles crimes chocantes e com reviravoltas maravilhosas ou descobertas incríveis. Não foi meu caso. De verdade, acabei bem desapontada com a leitura. Nunca li nenhuma obra de Sidney Sheldon, apesar que gostaria muito, mas, apesar de querer, não sei se escolheria o livro entre tantos outros. Quando se trata de suspense e temas que abrangem o tema policial/crime/mistério, acredito (partindo de meus gostos e leituras de criminologia afins), que a narrativa importa muito mais que a história em si, apesar de que, entre tantos gêneros, é este que se destaca por envolver o leitor e mostrar realidades alternativas, fatos chocantes e histórias inéditas, acredito, mesmo com esse fator de destaque entre os livros, que a narrativa importa até mais que a história, pois, se expõe uma narrativa complexa, com personagens bem construídos e intrigantes, é onde se prende o leitor ao arco do mistério central, fazendo-o se questionar em que ponto e até qual o personagem vai para provar aquilo que acredita, ou simplesmente pelas necessidades que o movem. E não foi isso que vi nesse livro, na verdade foi o extremo oposto. Não sei se o fato de não conseguir terminar as páginas quando peguei o livro na mão (por causa de compromissos) que me fizeram achar a leitura entediante e ficar enrolando, porque, por muito tempo, negligenciei terminar, larguei por um ano, mais o menos e voltei à ler. Confesso que não queria terminar, achei a leitura cansativa e quase desisti, me obriguei a ler e não pegar outro livro na mão até que se esgotassem as páginas este livro e de fato, achei um saco, porque eu tenha outros para ler e foi uma grande surra de letras e páginas ter de ler isso, levei semanas, coisa que levaria no máximo 3 dias, me senti lendo um roteiro de escola apresentando um trabalho do qual não tinha fim e se misturava a tentativa de tentar narrar ações que tinham necessidade para o entendimento da trama. Confesso que é uma critica muito dura, mas achei muito entediante e cansativo, senti que a leitura dava voltas atrás de um arco central para tomar um rumo inicial e no fim a coisa foi bem diferente e não no sentido de linearidade e sim naquele de desenvoltura. A Autora (não se isso é verdade, mas pesquisei e vi que Tilly escreveu esse livro sozinha e colocou o nome de Sidney como homenagem. Não sei a veracidade deste fato, alguém pode me confirmar ou desmentir -?-) se estendeu em detalhes alongo das páginas para, terminar com uma mistura de clichê com tentavas de inovar, e os dois sentidos surpreendentes foi saber quem, de fato, era o que fazia o que (tal qual, muitas vezes beirava a confusão e ao famoso famigerado "nada ver" e não por falta de criatividade), e o que, para mim realmente foi o pior, era saber que o fulano principal do livro, simplesmente do nada larga tudo que ele construiu anos depois, baseado em nada, para ficar com a famosa fulana vilã que, também, se baseou em nada e o fato de deles mudarem tanto as suas questões físicas (os criminosos) me fez questionar o porque, depois de anos nisso tudo, ninguém nunca desconfiou ou não foram simplesmente atrás de saber do fato e se eles não acabariam se deformando de certa forma com TANTAS vezes que repetiram o MSMO processo. Claro que, tudo foi muito bem pensado, a criatividade que a autora demonstra é estonteante e tem uma perspectiva incrível do que ela queria com tudo aquilo, mas... o que faltou nela mesmo foi entender como aquilo iria funcionar e como que ela inseriria aquilo no livro, que ficou sem pé nem cabeça pelo fato de ocorrer de uma forma mto sem graça comprado a todo o teatro que ela montou, que na minha sinceridade, foi um arco incrível e muito grande, mas mesmo com o teatro e o cão e gato, estica e puxa, feito uma forma muito rasa e meios realmente cabíveis ali que mesmo que se fosse raso, ainda seria minimamente interessante. Um grande conto, com grandes oportunidades perdidas (isso é, para mim).