O Pêndulo de Foucault

O Pêndulo de Foucault Umberto Eco




Resenhas - O Pêndulo de Foucault


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Andréa 08/06/2010

Tentei ler mais de 1 vez, mas .....abandonei
Quase cheguei no final, mas eu não consegui entender nada! São páginas e mais páginas escritas com coisas que não dizem nada pra mim! Outros idiomas, citações esquisitas, meu Deus! Acho que é preciso um preparo especial pra ler esse livro e eu não tenho! Infelizmente! Várias pessoas me disseram que adoraram e eu não consegui terminar! Decepção total comigo mesma, mas sem bricadeira, o livro não é fácil! Admiro os que terminaram - e entenderam - a leitura! Estão de parabéns!
HARRY BOSCH 22/08/2010minha estante
Estou lendo e sou da mesma opinião,,,


Maísa 26/08/2010minha estante
li poucas páginas até agora, mas também não estou entendendo muito... vou insistir mais um pouco pra ver se melhora


cliffoliveira 11/09/2010minha estante
o óbvio é dispensável


Sergio Carla 23/10/2012minha estante
Estou lendo e também estou no início , vamos ver com se desenrola .


Joao.Maria 09/09/2015minha estante
Para se ler este livro, devido ao tamanho e por ser cheio de citações, o melhor é ler de um a dois capítulos, aproveitando os intervalos para buscar no Google informações. Assim, com certeza vai gostar e entender.


Arthur 05/05/2016minha estante
Andréa, eu te entendo. Eu ganhei o Pêndulo de Foucault há uns 4 anos e desde então tentei ler livro por 3 vezes e o larguei ainda no primeiro capítulo, por considerar a descrição do museu que abre a obra enfadonha e extensamente desnecessária. Esse mês e eu o peguei e decidi lê-lo até o fim, custe o tempo que custar e a leitura está funcionando, embora eu ainda mantenha a opinião quanto as descrições do livro. Eu simplesmente me recusei a ser vencido por um livro de um autor contemporâneo, que escreve literatura que em tese deve ser acessível a todos. Um grande motivador foi um trecho de uma aula do Professor Clóvis de Barros, que pode ser encontrada no youtube com o título infame de "sobre ter culhões" em que ele fala justamente sobre as oportunidades de leituras que perdemos por acreditarmos que um livro é "difícil".




Gustota 11/06/2014

Tipo O Código Da Vinci, só que bom
Muito antes de haver um romance de investigadores culturais que fazem releituras de símbolos de nossa cultura e falam de Santo Graal, havia o Pêndulo de Foucault.

Não vou mentir, ele não é um roteiro emocionante do cinema igual o do Dan Brown e sequer tem albinos assassinos, apesar de ter uns personagens bem excêntricos e perigosos. Mas aqui é mais um romance para estudantes de humanas, especialmente os de história e de filosofia. Esses vão adorar e vão se identificar quando nossos protagonistas vão beber, conspirar e filosofar no bar dos proletários.

Casaubon, nosso protagonista, estuda os templários para o mestrado, sem muita vontade. Em suas jornadas intelectuais e boêmias, esbarra com a dupla Belbo e Diotalevi, dois editores de que não levam seu trabalho nada à sério, aliás, levam super à sério as várias brincadeiras que fazem com os autores e as obras. Não obstante são tempos de efervescência política na Itália dos final dos anos 70, onde pipocam loucos, boêmios, revolucionários e alguns seres esotéricos. Esse é o ambiente perfeito para se duvidar e acreditar em qualquer coisa, da Revolução Socialista ao Santo Graal.

É claro que Casaubon logo se verá trabalhando com Diotalevi e Belbo, num novo filão de livros ocultistas (que vagamente tem a ver com os templários, não é mesmo?) fazendo investigações culturais numa era Pré-Google, namorando brasileiras e conspirando com Diotalevi, Belbo e o computador Abuláfia. No entanto, o problema de se conspirar é que sempre haverá um louco só esperando para acreditar numa conspiração, ou dois...

O sensacional do Umberto Eco é a pura masturbação cultural, onde os papos podem ir de Tom & Jerry, passando pelo altos cânones do ocultismo europeu, à la Crowley e Eliphas Levy, pra falar de futebol, arte sacra, Pato Donald e o que mais couber. E já falei que o Casaubon visita a Bahia? E não é tão estereotipado como você possa imaginar, na verdade foi uma das referências mais legais que já li a respeito de nosso país.

E no final, o livro vai te dar aquela sensação de pensar duas vezes antes de tratar com aquela sutil ironia intelectual e levianidade a crença do próximo. Contar um segredo que o outro queira ouvir é ser escravo e refém da expectativa do iludido.
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Matheus Pinatti 12/03/2019

As oscilações de Umberto Eco

"Foi então que vi o pêndulo. A esfera, móvel na extremidade de um longo fio fixado à abóbada do coro, descrevia suas amplas oscilações em isócrona majestade".

É assim que Umberto Eco (brilhantemente) inicia o romance. Durante o restante da primeira parte (formada por dois curtos capítulos), o leitor acompanha o protagonista Causabon, um redator da editora milanesa Garamond, escondido entre as exposições do Musée des Artes et Métiers enquanto aguarda ansiosamente a chegada de alguém.

Da segunda parte em diante -- o livro é formado por 10 partes, cujos nomes remetem à Cabala judaica --, o narrador, que é o próprio Causabon, volta anos e anos no tempo para, ainda que lentamente, explicar os acontecimentos que deram causa à sua “aventura” no museu. Digo lentamente porque o livro gasta centenas de páginas para percorrer esse caminho, o que, acreditem em mim, não é um ponto positivo da obra. Mas, em suma, vê-se que Causabon e outros dois amigos (Belbo e Diotallevi, também redatores da referida editora) descobriram uma suposta conspiração milenar que eles denominaram como o Plano. E a descoberta os deixou fissurados a tal ponto que eles iniciam, cada um à sua maneira e ao seu tempo, uma investigação meticulosa a respeito do tema.

Mas não é preciso ler as quase setecentas páginas que compõem o romance para captar o estilo do autor. Ainda na primeira página, ao narrar as majestosas e isócronas oscilações do Pêndulo, Umberto Eco já lança mão de termos técnicos e de descrições cientificamente precisas, dando uma pequena amostra do que está por vir na sequência. Ele não é um simples escritor ou filósofo. E faz questão de esclarecer isso logo no primeiro contato que estabelece com o leitor.

Acontece que o tom erudito, verborrágico e prolixo da obra, apesar de inicialmente encantador, com o tempo passa a ser cansativo e chato, irritante até. Sem qualquer pudor, Eco regurgita parágrafos e parágrafos de conhecimentos tão obscuros quanto os segredos do tal plano investigado pelos redatores: são inúmeras referências a eventos históricos ignorados pelo grande público, a personagens igualmente desconhecidos e/ou a seitas obscurantistas ou sociedades (realmente) secretas relegadas ao mais completo anonimato.

Assim, o leitor é transportado à força para um looping praticamente infinito. O ritmo do romance quase que emulando o vaivém do Pêndulo de Foucault: às vezes chato, às vezes legal; ora maçante, ora excelente. Com efeito, o leitor se depara com alguns fragmentos de história aqui, fica interessado por um gatilho da trama ali e até se encanta com outro parágrafo brilhante acolá (sim, a obra está repleta de trechos geniais), tudo isso para reunir forças e, em seguida, suportar as sucessivas páginas de pura masturbação intelectual do douto autor italiano.

A obra não é ruim, longe disso, mas, no fim das contas, os seus muitos méritos são ofuscados pelos pontos negativos já citados, estes muito mais recorrentes ao longo do livro do que aqueles. O desenvolvimento do tema central do romance (o Plano), cujos segredos de início são realmente intrigantes, quase sempre é preterido em prol da sanha exibicionista do escritor, e com o passar do tempo a história acaba perdendo fôlego, culminando inclusive num desfecho que, para muitos, pode soar frustrante.
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florescerdaleitura 08/12/2023

Erudito
A trama complexa criada pelo trio Causabon, Belbo e Diotallevi tornam essa aventura muito erudita. São muitas referências históricas e as vezes é difícil separar a ficção dos fatos reais. É muito bom ler e aprender com esse livro, o conhecimento abordado nele é amplo e variado e me encantou na leitura. Até o funcionamento do motor do carro entra na história. Além do magnífico pêndulo de Foucault.
Gostei muito dele ter mantido o ritmo da narrativa até o fim. Excelente leitura ?
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Drighi 20/11/2021

Não me identifiquei
Apesar de ter sido um livro sugerido na confraria literária da qual faço parte, abandonei a leitura desse livro! Um livro denso, extremamente chato e que não conseguiu prender minha atenção. Aplausos a quem gosta, mas vejo uma discrepância entre "O Nome da Rosa" e "O Pêndulo de Focault", parece que foram escritos por autores diferentes. Amo os clássicos, mas esse, em especial, eu não me identifiquei e preso fiquei na trigésima oitava página. Não recomendo.
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Lucas 09/02/2011

O vinho do Porto da literatura
Muitas pessoas, talvez, dirão que acham o gosto amargo, outros dirão que o cheiro é forte demais ou muito fraco, os mais entendidos arriscarão criticar a uva ou a região do Douro, outros, ainda, criticarão uma determinada safra e elogiarão outra. Por fim, outros simplesmente elogiarão meramente por conhecerem o nome de peso do vinho. O vinho do Porto, apesar de sua fama, não agrada a todos, seja pela sua uva, aroma, densidade ou meramente pelo fato de ser degustado aos poucos.
As obras de Umberto Eco são o vinho do Porto da literatura, aroma peculiar, um gosto levemente amargo, uma cor singular e uma densidade sem igual, muito diferente de Dan Brown (pobre espumante Sidra cereser, sabor agradavelmente adocicado, impossível tomar apenas uma taça, mas depois vem a dor de cabeça).
Umberto Eco nos apresenta uma obra cuja uva é cultivada para produzir a mais fina ironia, a mais afiada crítica (o movimento estudantil é um dos muitos alvos de Eco), o mais profundo suspense e a maior irritabilidade (há momentos em que o livro torna-se uma enumeração de teorias ocultistas que faz o leitor criar uma repulsa pela obra).
O estilo não é dos mais carismáticos, a estória é, no mínimo, extravagante, mas prima pela inteligência, descrição de personagens, ambientes e sensações, esta última, em minha opinião, é magistral.
Ao estilo de O Nome da Rosa, O Pêndulo de Foucault é muito mais que uma trama mística, é uma obra repleta de modernas considerações filosóficas, contando a estória de três amigos editores que criam um Plano templário de conquista do mundo, calcado em muito ocultismo, ficção e fatos reais, não escapando nem os orixás brasileiros, aliás, parte do livro se passa no Brasil e na Roma negra, só lendo para entender. O grande problema é que o Plano almeja mais do que uma simples folha de papel.
Curioso, travei contato com essa obra nas aulas de Metodologia Jurídica do prof. José Reinaldo, na parte em que Belbo define quatro tipos de pessoas, quatro tipos de trabalho científico. Recomendo essa leitura, mas alerto, alguns goles do livro serão um bocado amargos, com descrições de seitas que só a força de vontade o farão vencer essas não poucas páginas, mas vale a pena ler, principalmente os acadêmicos sem paladar de nosso país, docentes e discentes. Vale avisar, não é necessário fazer um ano de latim para entender a obra, ao contrário de O Nome da Rosa.
Mas claro, alguns degustadores irão preferir um Clarete ao vinho do Porto.
Recomendo! Boa leitura.
Camile 20/11/2011minha estante
Haha! Muito oportuna a comparação com os etílicos. Adorei.




Lineu 23/05/2018

Arrogante
Após me deliciar em O Nome da Rosa, achei q poderia repetir a sensação. Neste Pêndulo, Eco parece querer provar a cada página que é o mais culto ser do Universo. Vomita citações de livros antiquissimos a todo instante, transcreve frases em outras línguas e NÃO disponibiliza a tradução (inclusive textos em caracteres árabes!). Descreve uma aventura sem início nem fim, cria personagens rasos, explica mal as passagens intermediária. Enfim é um bom peso para uma pilha de papéis.
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Gláucia 19/07/2011

O Pêndulo de Foucault - Umberto Eco
Avalio a obra pelo modo como ela me tocou, me envolveu e não pelo seu valor literário, que reconheço ser elevado quando se trata de Umberto Eco. Não apreendi seu significado, sua essência e foi realmente difícil terminar a leitura. Um mau momento talvez?
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Elisa Coelho 07/04/2023

Quem não desiste, alcança ?
Eu sinto que poderia dar duas opiniões completamente distintas sobre esse livre: uma das primeiras 400 páginas e outra sobre as demais 200.
A primeira parte achei extremamente longa, não fui capaz de me conectar com nenhuma das personagens? continuei lendo na insistência.
As últimas 200 páginas, devorei. Finalmente (e ainda bem!) a história me cativou, e fiquei realmente curiosa com o rumo da história de Casaubon. E extremamente satisfeita com o final da narrativa, achei o final perfeito para o livro.
Meu conselho: leia. Insista. Não à toa, esse é considerado um dos livros mais brilhantes da literatura contemporânea.
Então insiste, que ao final? a recompensa vem??
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Valeria 23/11/2014

Destruindo Paulo Coelho e O Código da Vinci - mas só se você tiver muita determinação
Este é um livro que adoro, que li na hora certa e cujos sentimentos sobre ele são confusos, por isso preferi traduzir uma resenha em italiano sobre ele, muito mais interessante do que eu poderia escrever neste momento. (Sou tradutora de italiano)

"Ao começar a escrever sobre O Pêndulo de Foucault, não se sabe onde começar nem onde terminar. É um livro feito de livros, como todos os livros de Eco (feitos de livros e de livros sobre livros). É um livro complexo. São muitos livros juntos. É eletrizante como um policial (O Pêndulo é um policial!), rigoroso como um ensaio (é também um ensaio), emocionante como um livro de aventura, apaixonante como uma reportagem histórica, provocativo e cáustico como um manifesto (é panfletário também), afabulatório, intrigante, pirotécnico, super-culto, sofisticado.
A ideia base do livro é totalmente antiliterária. O núcleo do Pêndulo de Foucault é a exposição paradigmática de uma tese: as aberrações da RAZÃO, embora fascinantes, geram monstros, e podem se demonstrar terrivelmente perigosas. Para demonstrar esta tese Eco escreve o livro, que, muito além de todas as intenções teoréticas é - seja bem claro - antes de tudo um ROMANCE.
Romance tecido em volta de uma formidável, muito bem controlada e calibradíssima trama narrativa.
Para demonstrar sua tese, Eco faz uma simples operação: reescreve a História Universal! Relê parte da história cultural da Itália dos anos 70 e 80, a partir dos anos cruciais
da contestação política, com seus fermentos e suas (re)descobertas: relê toda a história do Ocidente através da ótica do "saber hermético" que, como uma obscura e magmática trama subterrânea parece assinalar os destinos da Humanidade; tece, sob os olhos fascinados do leitor, uma densa rede de referências e citações literárias, filosóficas e culturais que permanecem, em grande parte, escondidos ao leitor comum (o leitor que não compartilha - leitor ideal, outro conceito conhecido pelos leitores de Eco - a cultura ilimitada e o domínio seguro que o autor demonstra sobre todo este magma).
Leitor que é, entretanto, carregado pelo vórtice mesmerizante da leitura do Pêndulo."
(Só um trecho porque a resenha também é enorme: Editora Bompiani, pela Redazione Virtuale).

site: www.deedellaterra.blogspot.com
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Erick 18/01/2011

Uma opinião negativa
Vou discordar da maioria aqui.

Em primeiro lugar, que fique claro: o estilo do autor é excelente como de costume, e a pesquisa que ele fez sobre o conteúdoé extrema, muitíssimo bem feita, rica e detalhada. Do ponto de vista técnico, merece nota máxima.

Agora, quanto a ser uma leitura interessante, o livro deixa muito a desejar. Já li O Nome da Rosa e Baudolino, adorei ambos, mas o Pêndulo de Foucault foi uma decepção. Tem várias passagens muito interessantes, engraçadas e inteligentes, mas infelizmente tem mais ainda trechos maçantes.

Digo maçantes por se tratarem de nomes e mais nomes de seitas, pessoas, correntes filosóficas, passagens históricas obscuras, etc. em número suficiente para ocupar centenas de páginas (sem exagero). O que era para ilustrar e dar vida à história acabou tirando o brilho. É possível pular vários parágrafos do livro sem perder nada.

Mas justiça seja feita: os personagens são muito bem construídos, as situações, idem, e a história central é muito boa. Vem com críticas embutidas aos ocultistas de plantão e intelectualoides.

Só recomendo para quem tiver muito interesse/paciência de ler as tais "partes maçantes".
Rubens 19/01/2011minha estante
Cocordo totalmente com sua análise. É exatamente o que eu estava pensando. Estou lendo e não vejo a hora de terminar e passar para outro...


Lucas 19/01/2011minha estante
Erick, não terminei o livro, tenho muito o que ler ainda, entretanto, quando você diz que há trechos maçantes, com nomes de seitas, pessoas e correntes filosóficas, mas que adorou O Nome da Rosa, então creio que achou os dois maçantes correto? Já li O Nome da Rosa, obra ótima, mas tão cheia de autores e filosofia escolástica quanto O Pêndulo de Foucault. Creio que ambos guardam um semelhança considerável, a leitura é lenta e densa, alguns trechos são maçantes sim, mas disso para condenar a obra é um grande passo. Estou achando o livro fantástico, mas é importante falar que achei muito interessante você colocar uma opinião diferente, é para isso que serve esse espaço. Sua resenha, embora eu não compartilhe totalmente de sua opinião, está muito boa. abraço




Laiza 05/08/2022

Longo
A leitura não foi pra mim. Achei longo, metade do livro achei uma embromação sem fim, talvez se eu me interessasse mais por teorias da conspiração eu tivesse me divertido mais lendo.
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Gentil 11/05/2012

Um livro erudito
A maior dificuldade na leitura deste livro fantástico reside na técnica de escrever adotada por Umberto Eco. Pode-se dizer que o livro é escrito de trás para frente. No início o leitor fica confuso com tanta informação e não consegue amarrar bem as pontas da trama. Só quando vai chegando ao final ele entende tudo. Umberto Eco abusa do vasto conhecimento que possui. Por exemplo, entre as dezenas de citações que incluiu no livro, lá pelas páginas tanto ele joga um "Et in Arcadia Ego", sem explicação nenhuma, e vai em frente. O leitor atento fica louco. Esta expressão latina (sem nenhum verbo) controversa quer dizer, segundo alguns especialistas, "eu existo mesmo na Arcádia", referindo-se à morte. Ela está inscrita no famosso quadro de Poussin existente no Louvre. O livro é fantástico e recomendo a quem nunca o leu.
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L F Menezes 14/10/2012

Diabolicamente mágico
Numa primeira vista, uma história interessante sobre um grupo de amigos que trabalham numa editora fazendo um livro sobre história das sociedades secretas; que depois acaba virando numa obsessão desenfreada de ambos para conseguir uma "verdade maior".
Umberto Eco simplesmente pega vários ícones da história geral, monumentos importantes, fatos históricos e conhecimentos culturais e simplesmente os une em uma só trama diabólica em que tudo parece se ligar. Isso faz com que seus personagens fiquem presos em um mistério fictício (cheguei até a duvidar sobre a ficção do livro de tão bem elaborado que é) simplesmente fascinante, nos quais eles acabam se afogando e ocupando a maior parte do seu tempo.
Mas o que era pra ser só um livro interessante, extremamente criativo, culto e misterioso, acaba por se mostrar como uma obra mágica que nos proporciona vários ensinamentos (como disse um crítico: "esse livro concebe várias interpretações), mas, pra mim, o mais importante foi o que diz que a vida não possui segredos, não possui um porquê; mas sim ela é o próprio porquê, ela se explica por si só.
Como disse Causabon: "Compreendi. A certeza de que nada havia pra compreender, esta devia ser minha paz e meu triunfo". Por que perder tempo e procurar um sentido para a vida? Não seria bem mais fácil viver sem preocupar com isso?
Grande e às vezes cansativo. Mas vale mais do que a pena ler esse livro extraordinário.
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